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👊DIREITO PENAL👊 😎 Prof. Cristiano Rodrigues 😎 🦉🦉🦉🦉🦉 ⚠ Instagram: @profcristianorodrigues ⚠ 1) PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA: - A Consequência da aplicação do princípio da Insignificância será sempre, em qualquer hipótese, ATIPICIDADE DO FATO, em face da ausência de tipicidade material. - Não se aplica este princípio a crimes com violência ou grave ameaça a pessoa. 2) Crimes Tributários (Lei 8137/90 – Art. 334 CP – Art. 168 CP) : - Aplica-se a insignificância para lesões de até R$ 20.000 (STF). - Parcelamento do tributo deve ser feito até o recebimento da denúncia e SUSPENDE A PUNIBILIDADE. - Pagamento integral do Tributo pode ser feito a qualquer tempo (mesmo após o Transito em julgado) e EXTINGUE A PUNIBILIDADE. Questão 01 - Jefferson, segurança da mais famosa rede de supermercados do Brasil, percebeu que João escondera em suas vestes três sabonetes, de valor aproximado de R$ 12,00 (doze reais). Ao tentar sair do estabelecimento, entretanto, João é preso em flagrante delito pelo segurança, que chama a polícia. A esse respeito, assinale a alternativa correta. A) A conduta de João não constitui crime, uma vez que este agiu em estado de necessidade. B) A conduta de João não constitui crime, uma vez que o fato é materialmente atípico. C) A conduta de João constitui crime, uma vez que se enquadra no artigo 155 do Código Penal, não estando presente nenhuma das causas de exclusão de ilicitude ou culpabilidade, razão pela qual este deverá ser condenado. D) Embora sua conduta constitua crime, João deverá ser absolvido, uma vez que a prisão em flagrante é nula, por ter sido realizada por um segurança particular. 3) ITER CRIMINIS: - Desistência voluntária e arrependimento eficaz (Art. 15 CP) - Afastam a tentativa e tornam o fato iniciado ATÍPICO, o agente responde somente por outros fatos praticados (se houver). - Arrependimento posterior gera diminuição da pena (1/3 a 2/3) e se dá após a consumação, com a reparação do dano, desde que feito até o recebimento da denúncia, e que o crime não tenha violência ou grave ameaça. (Art. 16 CP) 4) ITER CRIMINIS: - No caso concreto, para diferenciar Desistência Voluntária das hipóteses de Tentativa utilize: - Se posso prosseguir na execução e não quero haverá desistência voluntária. Se quero prosseguir e não posso haverá Tentativa. 5) ITER CRIMINIS: Para diferenciar Desistência Voluntária do Arrependimento Eficaz, no caso concreto, utilize: - Desisto do que estou fazendo (execução em curso) e paro de agir, mas me arrependo somente do que já fiz (execução completa), e atuo impedindo o resultado. - Em ambos não ocorre a consumação por escolha do próprio agente tornando o fato iniciado Atípico. Questão 02 - Filolau, querendo estuprar Filomena, deu início à execução do crime de estupro, empregando grave ameaça à vítima. Ocorre que ao se preparar para o coito vagínico, que era sua única intenção, não conseguiu manter seu pênis ereto em virtude de falha fisiológica alheia à sua vontade. Por conta disso, desistiu de prosseguir na execução do crime e abandonou o local. Nesse caso, é correto afirmar que: A) trata-se de caso de desistência voluntária, razão pela qual Filolau não responderá pelo crime de estupro. B) trata-se de arrependimento eficaz, fazendo com que Filolau responda tão somente pelos atos praticados. C) a conduta de Filolau é atípica. D) Filolau deve responder por tentativa de estupro. 6) Teoria do Erro: - TODO Erro de Tipo SEMPRE afasta o DOLO, pode afastar também a culpa se o erro for inevitável, tornando assim o fato atípico, ou punir o crime culposo (Erro evitável) - Erro de proibição: quando o agente não conhece a ilicitude, a proibição do que faz, e pode afastar a culpabilidade (Erro inevitável), ou diminuir a pena (1/6 a 1/3) do crime doloso praticado (Erro evitável). Questão 03 - Tony, a pedido de um colega, está transportando uma caixa com cápsulas que acredita ser de remédios, sem ter conhecimento que estas, na verdade, continham Cloridrato de Cocaína em seu interior. Por outro lado, José transporta em seu veículo 50g de Cannabis Sativa L. (maconha), pois acreditava que poderia ter pequena quantidade do material em sua posse para fins medicinais. Ambos foram abordados por policiais e, diante da apreensão das drogas, denunciados pela prática do crime de tráfico de entorpecentes. Considerando apenas as informações narradas, o advogado de Tony e José deverá alegar em favor dos clientes, respectivamente, a ocorrência de A) erro de tipo, nos dois casos. B) erro de proibição, nos dois casos. C) erro de tipo e erro de proibição. D) erro de proibição e erro de tipo. 7) Teoria do Erro: - Erro sobre a pessoa ou in personae (Art.20par.3º CP): É o erro do “irmão gêmeo”, em que o agente se confunde quanto a identidade da vítima, e responde como se tivesse atingido quem pretendia. (ex: mãe querendo matar seu filho sob influência do estado puerperal o confunde com o filho de outrem, e mesmo praticando homicídio, responde pelo infanticídio) 8) Teoria do Erro: - Erro de execução ou aberratio ictus (Art. 73 CP): - erro da “bala perdida”, o agente erra o alvo acertando vítima diversa da visada, neste erro também responde como se tivesse atingido a vítima que pretendia, com todas as suas características, não se considerando as características da vítima efetivamente atingida. ERROS ACIDENTAIS: Erro sobre a pessoa (art. 20,§3º, CP) - Erro sobre quem é a pessoa - Erro do irmão gêmeo. Erro de execução ou “aberratio ictus” (art. 73, CP) - Erro da bala perdida - Valoração / Identidade da vítima - Erro Fático – O agente erra o alvo Nos dois casos o agente responde como se tivesse acertado na pessoa que pretendia. Questão 04 - José dispara cinco tiros de revólver contra Joaquim, jovem de 26 (vinte e seis) anos que acabara de estuprar sua filha. Contudo, em decorrência de um problema na mira da arma, José erra seu alvo, vindo a atingir Rubem, senhor de 80 (oitenta) anos, ceifando-lhe a vida. A esse respeito, é correto afirmar que José responderá: A) pelo homicídio de Rubem, agravado por ser a vítima maior de 60 (sessenta) anos. B) por tentativa de homicídio privilegiado de Joaquim e homicídio culposo de Rubem, agravado por ser a vítima maior de 60 (sessenta) anos. C) apenas por tentativa de homicídio privilegiado, uma vez que ocorreu erro quanto à pessoa. D) apenas por homicídio privilegiado consumado, uma vez que ocorreu erro na execução. 9) CONCURSO DE CRIMES : I) Várias Condutas: - Concurso Material (Art. 69 CP) são varias ações com vários resultados, e deve-se somar as penas. - Crime Continuado (Art. 71 CP) o agente também realiza vários crimes com várias ações, porem tem que ser crimes iguais, e em circunstancias de tempo, lugar e modo de execução semelhantes, para afastar a soma das penas e aplicar uma só pena aumentada de 1/6 até 2/3 - ou de 1/6 até o triplo no Crime Continuado específico(Art. 71 par único). 10 - CONCURSO DE CRIMES: II) Uma só conduta: - Concurso Formal Perfeito (Art. 70 CP) é uma só ação com vários resultados, sendo que o agente só tem um único objetivo ao agir (pode ser um só dolo ou culpa), aplicando-se a pena de um só crime aumentada (1/6 a 1/2) e nunca ultrapassando o equivalente a soma das penas. - Concurso formal Imperfeito (Art. 70 – 2ª parte) também se dá com uma só ação, mas o agente quer produzir cada um dos crimes (vários dolos), desígnios autônomos, por isso deve-se somar as penas. Questão 05 - Juarez, com a intenção de causar a morte de um casal de vizinhos, aproveita a situação em que o marido e a esposa estão juntos, conversando na rua, e joga um artefato explosivo nas vítimas, sendo a explosão deste material bélicoa causa eficiente da morte do casal. Apesar de todos os fatos e a autoria restarem provados em inquérito encaminhado ao Ministério Público com relatório final de indiciamento de Juarez, o Promotor de Justiça se mantém inerte em razão de excesso de serviço, não apresentando denúncia no prazo legal. Depois de vários meses com omissão do Promotor de Justiça, o filho do casal falecido procura o advogado da família para adoção das medidas cabíveis. No momento da apresentação de queixa em ação penal privada subsidiária da pública, o advogado do filho do casal, sob o ponto de vista técnico, de acordo com o Código Penal, deverá imputar a Juarez a prática de dois crimes de homicídio em A) concurso material, requerendo a soma das penas impostas para cada um dos delitos. B) concurso formal, requerendo a exasperação da pena mais grave em razão do concurso de crimes. C) continuidade delitiva, requerendo a exasperação da pena mais grave em razão do concurso de crimes. D) concurso formal, requerendo a soma das penas impostas para cada um dos delitos. OMISSIVOS PRÓPRIOS PUROS OMISSIVOS IMPRÓPRIOS IMPUROS A lei prevê omissão. A lei prevê uma ação. Cria-se um dever geral de agir. Cria-se um dever específico, especial de agir. Ex.: garantidores – artigo 13, §2º, CP. A pessoa não responde por resultados, apenas por ter se omitido. Responde pelos resultados que surgiram da omissão. A pessoa não tem obrigação de enfrentar perigo. Tem obrigação de enfrentar o perigo. 11 – CRIMES OMISSIVOS : Questão 06- Odete é diretora de um orfanato municipal, responsável por oitenta meninas em idade de dois a onze anos. Certo dia Odete vê Elisabeth, uma das recreadoras contratada pela Prefeitura para trabalhar na instituição, praticar ato libidinoso com Poliana, criança de 9 anos, que ali estava abrigada. Mesmo enojada pela situação que presenciava, Odete achou melhor não intervir, porque não desejava criar qualquer problema para si. Nesse caso, tendo como base apenas as informações descritas, assinale a opção correta. A) Odete não pode ser responsabilizada penalmente, embora possa sê-lo no âmbito cível e administrativo. B) Odete pode ser responsabilizada pelo crime descrito no Art. 244-A, do Estatuto da Criança e do Adolescente, verbis: “Submeter criança ou adolescente, como tais definidos no caput do art. 2o desta Lei, à prostituição ou à exploração sexual”. C) Odete pode ser responsabilizada pelo crime de estupro de vulnerável, previsto no Art. 217-A do CP, verbis: “Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com menor de 14 (catorze) anos”. D) Odete pode ser responsabilizada pelo crime de omissão de socorro, previsto no Art. 135, do CP, verbis: “Deixar de prestar assistência, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, à criança abandonada ou extraviada, ou à pessoa inválida ou ferida, ao desamparo ou em grave e iminente perigo; ou não pedir, nesses casos, o socorro da autoridade pública”. 👊DIREITO PENAL👊 😎 Prof. Cristiano Rodrigues 😎 🦉🦉🦉🦉🦉 ⚠ Instagram: @profcristianorodrigues ⚠
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