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Urologia - Aula 1

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Clínica Cirúrgica 06/04/2016 – Dr. Sérgio –Celso Carlos de Oliveira Filho 
8º período – Urologia – 1ª Aula 
Urologia 
 
INTRODUÇÃO: 
 Já estudamos toda a semiologia geral, mas agora que estamos entrando em subespecialidades como a UROLOGIA 
vamos dar um enfoque na Anamnese e Exame Físico mais direcionados, e que na urologia dizem principalmente a 
sintomas urinários como veremos agora. 
ANAMNESE: 
Distúrbios Miccionais 
 Disúria: Ardor para urinar(não é dor na uretra) 
 Polaciúria: Aumento da frequência urinária. 
 Poliúria: Aumenta do volume urinário(na diabetes por exemplo) 
 Oligúria: Diminuição do volume urinário(então urinar 2x por dia não é oligúria desde que o 
indivíduo urine muito de cada vez) 
 Anúria: Quando o indivíduo não urina. Temos que diferencia de retenção urinária. Na anúria não 
temos produção... Para diferenciarmos fazemos palpação e vemos uma bexiga cheia e cor dor... 
nesse caso é retenção... Se o individuo não urina mas também não produz, aí sim é anúria. 
 Urgência: Quando o indivíduo tem dificuldade de reter a urina(deu vontade e tem que correr pro 
banheiro). Se ele correr e mesmo assim pingar no caminho o indivíduo tem o que chamamos de 
urge-incontinencia. 
 Esforço: Geralmente não fazemos esforço pra urinar... fazemos esforço pra defecar. Se o indivíduo 
fala que pra urinar tem que fazer força, ele tem um ESFORÇO MICCIONAL. 
 Alteração do jato: Temos que perguntar porque muitas vezes o indivíduo não fala. Perguntamos 
como está o jato, se está fraco ou forte? Urina longe ou mija no bico da butina(JATO FRAQUINHO)? 
Temos que diferencia jato fraco de jato fino. O Jato fraco é aquele que sai em um calibre muitas 
vezes até grande, mas que cai perto. O fino é o de criancinha, que sai fininho e vai longe. Homem 
adulto não tem jato fino... Se tiver pensamos em estreitamento da uretra(por hiperplasia prostática 
por exemplo). 
 Retenção urinária: Já falamos. É quando o indivíduo não urina e tem dor + bexiga palpável(bexiga 
nunca é palpável... se palpou é uma situação patológica). 
 Incontinência: Quando há perda de urina. Não existe fisiológica também. Antigamente falavam que 
idoa podia ter fisiológica... hoje em dia considera-se até essa patológica. 
 Nictúria: Indivíduo urina mais vezes a noite. Isso so tem importância quando houve mudança do 
comportamento, mas se o individuo fala que sempre foi assim, desde a juventude, não é 
patológico. 
 Pneumatúria: Ar na urina(peidim urinário). Ocorre por exemplo em fístulas com o intestino(que 
tem ar naturalmente)... Pode ocorrer raramente em infecções por bactérias produtoras de ar. 
 Paraurese: É uma alteração em indivíduo ansiosos ou tímidos, que faz com que o indivíduo não 
consiga urinar em público. 
 Enurese: Quando o indivíduo não consegue controlar a micção. Toda criança tem enurese e é 
normal nela. Só consideramos patológica depois dos 5 anos. A mais comum é enurese noturna, que 
é quando criança depois do 5 anos urina na cama, ou indivíduo com Parkinson que nem vê e urina 
na calça. 
Alterações das características da urina: 
 
 Turbidez: Perguntamos se está clara ou turva. 
 Coloração: Peguntamos cor da urina? Podemos ter urina avermelhada por sangue por exemplo. 
Temos vários medicamentos que alteram cor da urina também. Tem um que chama 
Pyridiun(analgésico pra quem tem disúria) que deixa a urina alaranjada. Tem um outro analgésico 
chamado Sepurin que deixa a urina verde. Indivíduo comeu 1kg de beterraba vai ter mudança na 
cor da urina sem ser patológico. 
 Espuma: Espuma significa proteína na urina. O indivíduo urina e o vaso fica cheio de espuma. Pode 
ser sabão no vaso sanitário tbm shsha. 
Febre: 
 Se tem febre tem infecção e temos que pensar na presença de queixas nas seguinte patologias: 
 Pielonefrite aguda 
 Epididimite 
 Prostatite 
Dor: 
 Se tem dor temos que perguntar se é contínua, intermitente, a localização e se irradia. Isso é importante 
para diferencia por exemplo uma cólica renal de uma lombalgia, se um dor que começa na região lombar 
que irradia pra perna, já excluímos que seja renal. Se irradia pra pernas pensamos mais em compressão 
radicular. Se o sujeito tem uma cólica renal pode irradia mas para flanco e genital. 
 Contínua 
 Intermitente 
 Localização 
 Irradiação 
Tumor: 
 Cistos: Podemos tem cisto palpáveis principalmente em criança 
 Câncer renal 
 Hidronefrose: Palpável em crianças 
 Obstrução vesical: Globo vesical que chamamos de bexigoma(localizada no hipogastro) 
 Escrotal: Tumor de bexiga, hidrocele ou qualquer outro aumento de volume. 
Genitopatias: 
 Já devemos perguntar isso também na anamnese. 
 Malformações: Uma hipospadia por exemplo 
 D.S.T 
 Câncer 
Hipertensão Arterial 
 Hipertensão Renovascular: Temos que questionar que se tem hipertensão, pode ter hipertensão 
renovascular. Está relacionada a aquelas hipertensões de início recente e refratária a 
medicamentos, e muitas vezes sem histórico familiar... Geralmente são ocasionadas por estenose 
da artéria renal, que ativam sistema renina angiotensina aldosterona, altera produção de 
catecolaminas e aumenta a pressão e a torna refratária a medicamentos. 
 Feocromacitoma 
EXAME CLÍNICO: 
 
 Devemos buscar alterações em estruturas como. 
 Pênis 
 Ureteres 
 Bexiga 
 Genitais Masculinos 
 Bolsa Testicular 
 Exame Retal e Prostático 
 Genitais Femininos: A única alteração que urologista vai pesquisar é a uretral. As outras são 
geralmente feitas pelo ginecologista 
EXAMES COMPLEMENTARES: 
 Laboratorial Clínica: 
o Urina I:(olhamos principalmente presença de leucócitos, hemácias), Densidade, Glicose e 
corpos cetônicos, Pigmentos biliares, Células de Descamações, Eritrócitos, Leucócitos, 
Filamentos, Cilindros, Cristais, Bacterioscospia / Bacteriologia 
o Urocultura 
o Primeiro jato de urina com raspado uretral(usamos muito em homens com DST, portando 
se tem uma uretrite devemos fazer esse exame). 
o Hemograma: Procuramos alterações infecciosas como desvio a esquerda em infecções 
bacterianas ou desvio a direita sem leucocitose em virais 
Analíse espermática: Avalia em indivíduos com queixa de infertilidade 
 Exames de Imagem 
 Instrumentais 
URO-PEDIATRIA 
Introdução: 
 É a especialidade que avalia as crianças desde o pré-natal até a adolescência. A urologia é muito 
expansiva. Avaliamos desde as crianças até os idosos... Por isso é uma especialidade que cada vez mais 
atrai mais profissionais. Falaremos agora das principais alterações pediatrias da alçada urológica. 
Patologias: 
Obstrução da Junção Ureteropiélica 
 
Introdução: 
 A Obstrução congênita da J.U.P(onde a pelve se junta com o ureter) que pode provocar deterioração da 
função renal(porque a urina não consegue descer pra bexiga). A pelve renal e o broto ureteral tem origens 
embriológicas diferentes e durante a embriogênese elas tem que se juntar e canalizar. Então pode haver 
um problema dessa junção ou canalização de forma completa ou incompleta com consequente obstrução 
e essa obstrução congênita é chamada de JUP. 
Epidemiologia: 
 1 – 1.500 nascimentos 
 2 : 1 Mulheres: Homens são mais acometidos 
 (+) a esquerda: Mais comum a esquerda não se sabe porque. 
 Pode ser bilateral 
 A causa mais comum de hidronefrose antenatal (48%): Hidronefrose anternatal são dilatações 
diagnosticadas pelo ultrassom pré-natal NO FETO... NÃO É NA MÃE. Então como o US é recente, 
hoje ainda fazemos diagnotico de JUP em indivíduos com 60 anos. Mas cm a universalização do pré-
natal essas patológicas estão sendo diagnosticadas antes do nascimento. NÃO TEMOS 
TRATAMENTO INTRA-ULTERO. Tratamos pós nascimento.Patogênese: 
 Fatores Intrínsecos: 
o Segmento ureteral aperistáltico: Temos no ureter uma peristalse. Por isso podemos ficar de 
cabeça pra baixo e o rim continua funcionando. Se não tivéssemos esse sistema teríamos 
anúria se ficássemos de cabeça pra baixo. 
o Pregas mucosas obstrutivas: Pregas nas junções 
o Pólipos ureterais: Como o próprio nome diz, pólipo na uretra 
o Estenose verdadeira: Nasceu e teve uma estenose de verdade 
 Fatores Extrínsecos: 
o Vaso polar inferior: Um ramo da artéria renal que entra no polo inferior que pode cavalgar 
a JUP e fazer uma obstrução ali. 
Apresentação Clínica: 
 Depende do período do diagnóstico. 
 Período Antenatal: Sem apresentação clínica... só o US mesmo sugerindo isso. 
 Neonatal: Massa abdominal se for obstrução maior 
 Crianças, Adolescentes e Adultos: Pode ter dor. So vai dar oligúria se for bilateral. Unilateral o rim 
que funciona vai trabalhar pelos dois. Por isso um indivíduo com cálculo renal que obstrui ureter 
continua urinando... Por isso também que podemos doar um rim. 
Obs: O rim tem a capacidade que chamamos de VICARIANCIA, que é a capacidade do rim contralateral 
cumprir a função pela perda do outro. 
Diagnóstico: 
 U.S Obstétrico: Vemos no US o DAPP(diâmetro antero-posterior da pelve) em que medimos o 
diâmetro da pelve e se for maior de 7mm, diagnosticamos obstrução. Não podemos dizer que é 
uma JUP pelo US, mas podemos falar que é uma hidronefrose(termo para falar que está dilatado, 
mas não fala o porque da dilatação): 
o 28° semana > 7 mm. 
o 20 mm – cirurgia. 
 U.S 1° Semana de vida: O diagnóstico só vem depois que criança nasce que depois de 7 dias 
fazemos ultrassom do neném que vai confirmar ou não o diagnóstico. 
 CINTILOGRAFIA : Quando fazemos o US que confirmamos o diagnóstico, vamos investigar a causa. 
Até um tempo atrás essa inestigação era feita através de uma UROGRAFIA EXCRETORA(exame que 
injetamos contraste na veia do neném, tiramos raio x e desenhamos o sistema excretor do bebe). 
Hoje damos preferenica a cintilografia(não tem emissão de radiação ionizante). Fazemos depois 
da 4ª semana. Não da tanta riqueza de imagem como urografia mas é mais seguro. 
 
 Imagens: 1- Urografia excretora(com JUP) 2- Cintilogradia renal(não achei imagem com jup) 
Tratamento : 
 É importante que se saibamos que muitas vezes o tratamento é clínico expectante, ou seja, a criança 
nasce com a estenose da JUP e despois de um tempo desfaz sozinha. Quando precisamos fazer essa 
desobstrução, fazemos tratamento cirúrgico. 
Expectante: Portanto quando: 
 Função renal >40% (vemos função renal pela cintilografia) 
 DAP baixo grau (vemos pelo US) 
 Parênquima preservado (vemos pelo US) 
 Conduta é acompanhamento: US 3/3meses e depois de 2 anos sem progressão passamos pra 
6/6 meses e fazemos junto profilaxia antibiótica. O grande medo na criança é a infecção urinária, 
porque na criança os nefrons afetados pela pielonefrite fibrosam(no aduto não), e uma criança com 
múltiplas pielonefrites perdem o rim a ponto de ter que ir pra diálise. 
Tratamento cirúrgico: 
 
 É indicada quando função renal piora, DAP aumenta, parênquima diminui e infecção de repetição 
continua mesmo com ATB profilático. Temos varias técnicas: 
Aberta: Pieloplastia Desmembrada(ANDERSON –HYNES) 
Laparoscopica: Alguns serviços já fazem, o resultado é o mesmo, mas esteticamente acaba ficando melhor. 
MEGAURETER 
 
Introdução: 
 É um ureter dilatado, por vezes tortuoso. Das alterações que encontramos no US antenatal, ele responde 
a 10%. Em 50% das vezes ele é assintomático e tem regressão espontânea. 
 Outra coisa impotanté é que o calibre para pensarmos em megaureter tem que ser maior que 7mm. Nos 
vimos que pra diagnosticas hidronefrose a pelve renal tem que ter mais de 7mm. A luz do ureter tem 
menos de 1mm, isso porque a luz é virtual. Quando o ureter esta dilatado ele esta com 2mm-3mm, mas 
para considerarmos um MEGAURETER, ele tem que estar muito dilatado, ou seja, dilatado que nem a pelve 
renal... GIGANTE MESMO... 7mm é muito pro ureter... NÃO É SUPER, NEM HIPER... É MEEGGAAAA. Quando 
maior que 10mm tem pior prognostico. 
 
Patogênese: 
 Primário – (Congênito): Na grande maioria das vezes ele é primário que é o foco da aula de hoje 
o Obstrutivo: O ureter desemboca na bexiga. Se houver um problema na hora de ir pra urina, 
que em alguma obstrução , é do tipo obstrutivo. 
 Segmento ureteral distal adinâmico e fino. É como se fosse na JUV, so que ao invés de ser 
na junção ureteropielica, vai ser mais inferior na junção ureterovesical 
o Refluxivo: Se o megaureter é causado por retorno de urina da bexiga pro ureter, ele é do 
tipo refluxivo. 
 Temos um segmento ureteral intravesical curto ou ausente que vai ser muito curto e não 
vai conseguir segurar a urina na bexiga e consequentemente terá refluxo. Normalmente 
causado por um defeito no esfíncter FUNCIONAL ureterovesical. Esse esfíncter funcional 
funciona através da própria pressão da bexiga. Quando a bexiga está vazia temos a 
peristalse do ureter que mantem a urina no sentido rumo a bexiga. Quando a bexiga enche, 
ela comprime o ureter suficiente pra prender a urina na bexiga. Se o segmento do ureter 
intramural é muito curto, ele não é suficiente pra prender a urina na bexiga e acaba tendo 
refluxo 
 
 Temos também divertículo paraureteral congênito que pode levar a esse distúrbio 
refluxivo. 
 Secundário(a alguma obstrução baixa) 
Diagnóstico: 
 Us antenatal: É o mesmo exame da JUP, O US antenatal. A diferença do megaureter pra jup é que 
na JUP tem dilatação piélica e dos cálices renais(hidronefrose). No Megaureter é uma dilatação da 
pelve associada a uma dilatação do ureter. Se faço um US vejo o RIM dilatado + temos também o 
URETER dilatado, não é JUP... DESCARTO. 
 Us neonatal – 2° ou 3° dia de vida: Ficamos mais preocupado que na JUP, pois pode ser alteração 
no URETER mas pode ser também na bexiga, então não esperamos uma semana e já fazemos no 
segundo ou terceiro dia. Então nesse investigamos bexiga e uretra também, diferente da JUP que 
investigamos so via URINÁRIA alta. 
 CUM: Fazemos também a CUM(cistouretrografia miccional). Nesse exame colocamos uma sonda 
dentro da bexiga, colocamos um contraste e esperamos o neném fazer xixi... Quando ele iniciar 
micção, tiramos a radiografia, o contrante sai pela uretra até esvaziar bexiga e o contrante fica so 
na bexiga, não voltando pro ureter em situação não patológica. Portando esse exame vai estudar se 
a uretra está pervia, se a bexiga esvazia toda e se á refluxo. 
 DTPA(cintilografia renal dinâmica) – 1 mês: Quando eu quero avaliar também o rim, pra ver 
repercussão dessa obstrução do rim é a CINTILOGRAFIA RENAL. 
 
 Nessa radiografia vemos um exame que sabemos que não é cistourografia miccional, e sabemos 
que não é porque a bexiga esta vazia... O ureter, no caso de refluxo poderia estar assim, mas a 
bexiga não pode estar vazia de contraste assim... Essa imagem é uma urografia excretora portando. 
Tratamento: 
Clinico/expectante: Atb profilaxia. O problema de tratar expectante é o mesmo que tínhamos na JUP que 
são as infecções urinária de repetição. 
 
Cirúrgico: Quando temos: Dor persistente, Infecção recorrente, Hematúria, Piora função renal, aí sim 
temos indicação cirurgica. 
 
 O tratamento cirúrgico é um reimplante ureteral. Retiro a obstrução e reimplanto ureter ou se for 
refluxivo reimplanto aumentando tamanho da JUV e consertando o refluxo. 
VÁLVULA DE URETRA POSTERIOR 
 
Introdução: 
 Na mulher so temos uma uretra, curta e simples. Já no homem temos a uretra dividida em 4 pedaços. Dois 
da uretra posterior e dois da uretra anterior.Portanto a válvula de uretra posterior é uma doença 
MASCULINA. 
 É a causa mais comum de obstrução uretral congênita na criança. Apesar disso, ainda é muito rara. Mas 
temos que saber disso porque ela é muito grave. 
 Quando falamos na JUV ou megaureter, ela pode ser uni ou bilateral. Mas com a válvula de uretra vai ser 
sempre bilateral, dando bexiga distendida e hidronefrose bilateral. Portando se no US vermos dilatação na 
bexiga, suspeitamos de válvula da uretra posterior. 
Patogênese: 
 Nessa patologia existe uma membrana obstrutiva uretra posterior, causando dilatação e aumento da 
uretra prostática e uma bexiga de esforço (aquela bexiga que sofre pra poder esvaziar). A bexiga é um 
músculo e todo musculo quando submetido a esforço acaba hipertrofiando. O problema é que ela é de 
musculo liso, que quando hipertrofia demais, começa a haver deposição de fibras de colágeno e a bexiga 
depois de um tempo “tentando ficar forte” começa a “ficar fraca”. 
Diagnóstico: 
 Também é feito através do US antenatal, na maioria das vezes. 
 Dx antenatal com US encontraremos: 
o Ureterohidronefrose bilateral. 
o Feto sexo masculino + bexiga espessada cheia. 
o Oligoidrâmnio revela gravidade de insuficiência renal: Como já vimos na G.O, o liquido 
amniótico é formado pela urina do bebe. Um oligodramnio intenso gera morte do bebe. A 
gravidade do oligodramnio revela a gravidade da obstrução e consequentemente da IR. Essa 
é uma doença grave. Diferente da JUV e Megaureter, nessa já avisamos os pais da gravidade 
e torcemos pra gestação dar certo, porque o risco é enorme. 
 C.U.M.(uretrocistografia miccional) ainda no berçário: A criança nasceu, já fazemos o exame. Via 
de regra essas crianças nascem com obstrução bilateral + oliguria severa + IR + Infecção(muitas 
vezes sepse)... Portando nasce e já vai pra UTI. 
 
 A bexiga como vemos nessa imagem de um C.U.M. A uretra prostática nessa imagem, como 
vemos está suuper dilatada... É patognomonica. 
Tratamento: 
 Nasceu, já procedemos com as seguintes atitudes em sequencia: 
Cateter uretral 4 a 6 Fr. – curta permanência: Criança não pode ficar de sonda... SE deixarmos sonda por 
longo prazo, destruímos a uretra da criança. Quando os exames da criança melhorares, tiramos a sonda o 
mais breve possível. 
Dosagem seriada de creatinina 
Vesicostomia: Abrimos um buraquinho na bexiga, conectamos com meio externo  esvaziando bexiga, 
“apagamos o fogo” e deixamos os rins voltarem a trabalhar. Aí depois procedemos com a cauterização. 
Cauterização das válvulas. 
 
REFLUXO VESICO-URETERAL 
 
Introdução: 
 Acomete 20% dos neonatos com hidronefrose(portando, a primeira causa de hidronefrose neonatal é 
JUV, a segunda causa é refluxo e a terceira com 10% é o megaureter). 
 Ocorre por fluxo retrógrado de urina da bexiga ao trato urinário superior(já vimos a causa disso no 
tópico de megaureter). 
 Ascensão de bactérias aos rins (pielonefrite)... Essa ascensão ocorre pela falta da válvula ante-refluxo 
que permite que a urina contaminada suba para os ureteres a aumenta a ocorrência de infecções(É O 
GRANDE PROBLEMA DOS REFLUXOS). 
 Dependendo do grau de refuxo, podemos ter uma patologia chamada nefropatia de refluxo. 
 Um dado interessante é que 30 % das crianças com I.T.U tem refluxo. Então criança com ITU alta 
devemos ficar de orelha em pé. 
 Existe um fator familiar, e portanto devemos investigar a família toda se achou a patologia em alguém. 
MANDA OS IRMAOS TODOS PRO CONSUTORIO. 
Patogênese: 
 Primário – ( Congênito.) 
 Secundário: 
o Obstrução funcional (bexiga neurogênica) 
o Anatômica (V.U.P.): Aumentou tanto a pressão da bexiga que ela ”estourou” o esfíncter 
funcional vesicoureteral. 
Classificação: 
 Baseia-se na Uretrocistografia miccional e na CUM. 
 
Grau 1- refluxo de urina até o ureter 
Grau 2- refluxo de urina até o rim, mas sem dilatação do ureter e da pelve (sistema que está conectado ao 
rim) 
Grau 3- refluxo de urina até o rim, com dilatação do ureter e pelve leve. 
Grau 4- refluxo de urina até o rim com dilatação moderada do ureter e pelve. 
Grau 5- refluxo de urina até o rim com dilatação tão acentuada do ureter, que esse faz dobras até chegar 
na pelve. 
Diagnóstico: 
 É feito em crianças que começam apresentando I.T.U de repetição. Aí nesse caso de inf. urinário com 
febre temos descartar refluxo. Fazemos um CUM e diagnosticamos. Portando não é descoberto no US 
antenatal, mas sim no pós natal. 
Indicações de investigação: 
 I.T.U. febril . 
 Hidronefrose antenatal. 
 Irmãos . 
 I.T.U. Sexo masculino mesmo sem febre 
Exames: 
 U.S: Iniciamos com US pra investigar trato alto. 
 C.U.M: Fazemos com 2 meses. Na imagem abaixo vemos um unilateral. 
 
 Cintilografia renal DMSA Tc99: Quando temos dilatação e queremos ver grau de função desse rim, 
faremos a cintilografia. 
Tratamento: 
 Aqui é da mesma forma que a JUP que podemos ter resolução espontânea e portanto podemos ter um 
tratamento expectante 
 Clínico/expectante: 
 - Temos uma taxa de resolução espontânea. 
 - Quimioprofilaxia antimicrobiana(mais importante que na JUP e megaureter.... aqui temos mais 
chance de pielo de repetição). 
 - Acompanhamos com U.S.6/6 meses e CUM 12/12m. Hoje temos uma tendência a usar radio-
traçador para tentar não expor a criança todos os anos a essa radiação. 
 Cirurgia: 
 Normalmente esperamos a criançar ter mais de 1 ano para diminuir o risco cirúrgico, mas se o 
refluxo piorar pra alto grau , criar muitas cicatrizes DMSA, devemos adiantar essa cirurgia. 
Dois tipos: 
- Endoscópico. 
- Reimplante. 
 
 
 
CRIPTORQUIDIA 
 
Introdução: 
 Posicionamento congênito do testículo fora da bolsa. O testículo forma la no abdome, e através de uma 
estrutura chamada CONDUTO PERITONEO-VAGINAL que leva o testículo até a bolsa escrotal. Se essa 
decidus testis não ocorrer corretamente e ele ficar no meio do caminho ou não descer totalmente temos a 
criptorquidia. 
 3 % em meninos nascidos a termo 
 30% prematuros(mais comum em pré-termo) 
 Mais comum em pré termo , gemelar e P.I.G. 
Classificação: 
 PALPÁVEIS: 80 % são palpáveis estando na região do anel inguinal para baixo. 
 NÃO PALPÁVEIS : 20% dos testículos não são palpáveis, e não temos exame de imagem que faça o 
diagnostico. Então temos que fazer uma laparotomia para procurar ele no trajeto. 
Patologia: 
 Deficiência da espermatogênese: O testículo para produzir esperma tem que etsar a uma 
temperatura abaixo da corporal. A função do escroto é diminuir essa temperatura. Portanto o 
testículo dentro do abdome, quando não reduz essa temperatura, tem problemas na produção 
espermática. 
 Degeneração maligna: O risco de formação do cancer é 40 x maior em relação a população sem 
criptorquidia e ESSE RISCO NÃO DIMINUI MESMO COM A CIRURGIA PRECOCE... NASCEU COM 
CRIPTORQUIDIA = 40X MAIS RISCO. 
 Torção.: Como o testículo está fora da bolsa, está mais propenso a torcer e se torcer a criança 
perde o testículo. 
Tratamento: 
 Cirurgia: Não temos tratamento clínico. Fazemos a cirurgia entre 6 m e 12 meses de vida . ISSO É 
UM PROBLEMA... Se a cirurgia não for feita até um ano de vida fica infértil. Por isso TODOS 
DEVEMOS SABER UROLOGIA. Muito pediatra por aí diagnostica mas fica falando pra levar a criança 
no urologista até o quarto ano de vida... AÍ JÁ PERDEU O TESTICULO.... Por isso cultura médica é 
boa. 
HIPOSPADIA 
 
 A hipospádia é a principal malformação congênita da genitália masculina e é uma patologia muito 
comum, estando presente em um caso em cada 300 nascimentos. A principal característica da hipospádia é 
a presença de uma uretra que nãochega até a glande ou cabeça do pênis, sendo portanto mais curta e 
abrindo-se na parte de baixo do mesmo. Existem desde formas leves em que a uretra chega quase na 
glande, até formas graves em que o orifício da uretra se encontra no escroto ou mesmo no períneo, 
próximo do ânus. Uma das implicações evidentes deste problema é que a criança urina para baixo e não 
em linha reta, obrigando-a a fazer sua micção sentada. Fica fácil entender o quão constrangedor isto é para 
a criança e acaba criando muitos complexos. 
 As hipospadia proximais são as piores. Quem diagnostica isso é pediatra e não urologia. 
 Não tem prepúcio na porção inferior. 
 Quando em ereção fica torto. 
 É preciso operar, mas essa não tem TEMPO para operar... O problema é que pode ser 
acompanhado de estenose do meato uretral e nesse caso teria que operar precoce.

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