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Autos nº: 1005863-9.2019.8.13.0702
SENTENÇA
I – RELATÓRIO
Trata-se de Ação Indenizatória, pelo procedimento comum, proposta por SAMANTHA COOPER, solteira, modelo, inscrita no CPF sob nº 302.815.020-48 e RG M- 38.144.354-1 SSP MG, samantha_cooper@gmail.com, residente e domiciliada na Avenida Rondon Pacheco, 7800 – Bairro Tibery, CEP: 38401-23, Uberlândia – MG, em face de JUBER MENDES MACHADO, solteiro, entregador, inscrito no CPF sob nº 155.737.010-96 e RG nº 27.160.621-6 SSP MG, jubermachado_mendes@hotmail.com, residente e domiciliado na Rua dos Pinheiros, 654 – Bairro Altamira, CEP: 38411-52, Uberlândia – MG e AGROMINAS LTDA, com sede na cidade de Uberlândia, Avenida Nicomedes Alves dos Santos, 125, Bairro Laranjeiras, CEP 38400-125, inscrita no CPNJ sob nº 56.432.380/0001-98 e Inscrição Estadual sob nº 584.581.316/4237, agrominasltda@outlook.com.br; por meio da qual requer a compensação de danos morais, materiais e estéticos decorrentes de acidente de trânsito, cuja culpa atribui o reu. 
Na inicial, instruída com os documentos, a autora alega, em síntese, que no dia 01/01/2019, o requerido conduzido seu veículo, BMW, modelo: 428i Gran Coupe M Sport 2.0 TB, ano 2019, RENAVAN 84362511960, placa GQM-8384, azul cromado; estava indo para casa quando adentrou na Avenida Rondon Pacheco cruzamento com a Avenida João Naves de Ávila, sentido sul-sudeste, tomando a via do lado direito da pista, momento em que o réu, que estava conduzindo o carro, Strada, modelo: Adv.Ext 1.8 Locke, ano 2016, RENAVAN 37050745653, preta, placa HAE-0340; da empresa do qual laborava na via de rolamento da mencionada Avenida, veio a colidir com o veículo do requerido. 
Afirma que em consequência da colisão, seu veículo foi danificado em toda a parte traseira, eixo traseiro, suspensão, pneu, amortecedor e roda traseira; tendo sido rebocado e foi para Oficina Golfinho de Ouro, onde só conseguiu retirar o veículo no dia 15/02/2019 em virtude dos danos causados pelo acidente.
Requer indenização pelos danos materiais em vista da desvalorização do automóvel; a reparação pelos danos morais suportados pela conduta do réu que lhe teria causado sofrimento pelos aborrecimentos cotidianos, além de ter ficado impossibilitada de trabalhar e utilizar seu veículo para o lazer por cerca de um mês e ter ficado com uma enorme cicatriz no rosto, ainda, dano estético, pois no acidente, a parte autora bateu o rosto no volante, deixando hematomas roxos em sua face e lucros cessantes, pois perdeu contratos em virtude da cicatriz no rosto. 
Devidamente citado, o réu apresentou contestação. Preliminarmente, chamou a empresa AGROMINAS LTDA para participar do litisconsorte passivo, pois estava laborando para a empresa no referido horário. No mérito, requer a improcedência dos pedidos da autora. Alega a falta de sinalização da parte autora ao adentrar na Avenida, a desatenção da autora ao estar dirigindo mexendo ao aparelho telefônico e o fato de ter entrado bruscamente na faixa da direita, aduzindo a impossibilidade de comprovação da responsabilidade para com os danos sofridos pelo autor e a cumulação dos danos pugnados. Sustenta, por fim, que a autora não comprovou a alegada desvalorização do veículo decorrente do acidente nem o dano no rosto. 
AGROMINAS LTDA, citada, apresentou contestação, alegou que não tinha responsabilidade pois o empregado estava com o carro após o horário de expediente e, no regimento interno da empresa, apresentado, todos os funcionários que não chegam até 18:00 horas para devolverem os carros, ficam com ele sob sua inteira responsabilidade.
Apresentou-se impugnação à contestação, com provas sendo: filmagens das câmeras do Center Shopping, com o Boletim de Ocorrência, onde consta que o réu estava acima da velocidade e a autora não fazia uso de nenhum aparelho telefônico e comunicados de agências rescindindo contratos por conta da cicatriz no rosto da autora. 
Na audiência de Conciliação, Instrução e Julgamento, não foi obtida a conciliação. Prosseguiu-se a audiência, com o depoimento da autora e o depoimento do réu. As partes não produziram provas testemunhais e, a parte autora desistiu da prova pericial no veículo. Em alegações finais, os advogados das partes reportaram-se à inicial e às contestações. 
É o relatório. 
II - FUNDAMENTAÇÃO 
Presentes os pressupostos processuais, a legitimidade das partes e o interesse processual, inexistindo irregularidades ou nulidades a serem sanadas, passo ao exame do mérito.
Trata-se de questão atinente à responsabilidade civil por acidente de trânsito à qual se aplica a disciplina do Código Civil. 
O autor visa a indenização por danos morais, consubstanciados em lucros cessantes e, ainda, danos materiais e estéticos, em razão de suposto ato ilícito cometido pelo réu, provocado por acidente de trânsito, alegando que este agiu de forma imprudente ao dirigir acima da velocidade e não manter a distância minima necessaria entre o carro da frente sem os devidos cuidados.
Pela análise detida dos autos, observo que assiste parcial razão ao autor, nos termos que passo a expor.
A prova do acidente de trânsito se faz pelo Boletim de Ocorrência juntado ID 126739, no qual ficou consignado pelo próprio requerido que estava seguindo na Avenida Rondon Pacheco com seu veículo, quando olhou para a direita, disse que visualizou o veículo BMW e pensou que daria tempo de passar pra via.
Na da defesa colacionada, o réu alega apenas que não ficou comprovada sua responsabilidade nos danos que o autor aduz ter sofrido. Contudo, restou demonstrado por meio de todas as provas colacionadas nos autos, que o réu agiu com imprudência, pois deixou de tomar as devidas cautelas ao atravessar a pista com o intuito de fazer o retorno.
O ônus da prova da culpa do motorista do veículo da frente incumbe àquele que colidiu a dianteira de seu veículo com a traseira daquele (ou que sofreu a colisão provocada pela traseira do outro contra a dianteira de seu veículo). Não se desincumbido satisfatoriamente desse ônus, será considerado responsável pelo evento e condenado a reparar o dano causado. Enfim, não elidida a presunção de culpa do que colide contra a traseira de outro veículo, não se exonerará da responsabilidade pela indenização. Veja-se:
"Nos casos de acidente de trânsito com abalroamento na traseira presume-se a culpa do condutor do carro abalroador, visto inobservar o dever de guardar distância de segurança entre seu automóvel e o que segue imediatamente à frente." (RT, 611/129; JTACSP, Revista dos Tribunais, 100/43).
"Acidente de trânsito. Engavetamento envolvendo três veículos. Motorista que não guarda distância assecuratória na corrente de tráfego. Culpa exclusiva deste caracterizada. A responsabilidade pelo evento danoso há de ser carreada unicamente ao motorista do veículo que não guarda distância assecuratória na corrente normal de tráfego, dano causa a abalroamento". RT, (607/117).
Deste modo, verificada a prática de ato ilícito, bem como os danos sofridos em sua decorrência, nos termos do art. 186 do Código Civil, surge o dever de indenizar, conforme disposto no art. 927 da referida legislação. Resta, pois, a fixação do quantum devido. 
Do dano material
O cerne da demanda consiste na fixação dos danos materiais devido à desvalorização do veículo, tendo em vista todos os prejuízos causados, bem como na verificação da ocorrência de danos morais decorrentes do sofrimento e trauma oriundos do acidente, aliado à impossibilidade de sua fruição no período de conserto. 
Á luz do art. 927, CC, o agente que tenha causado dano a outrem, fica obrigado a repará-lo, isto é fica vinculado à obrigação de indenizar, esta, por sua vez, mensurada nos termos do art. 944, CC. 
Destaco que a responsabilidade civil em acidentes de trânsito é subjetiva, ou seja, o dever de indenizar depende da comprovação de culpa do agente que deu causa ao acidente, conforme art. 372, I, CPC, logo, o ônus da prova incumbe ao autor. 
No entanto,a autora não se desincumbiu do ônus de comprovar essas akegações. Não há nos autos provas suficientes que demonstram alegada desvalorização do automovel após os reparos realizados pela oficina Golfinho de Ouro. Ademais, em seu depoimento pessoal, folha 116, a autora admite que utiliza o automóvel normalmente até os dias atuais. Ressalto, ainda, que a autora abdicou da produção de provas periciais, esta desincumbiu de comprovar o nexo que sustenta a prevalência desta obrigação. 
Posto isto junto a análise dos autos, constata-se a insuficiência de provas no que concerne a comprovação do dever da parte ré de arcar com a desvalorização do veículo. Sendo assim, não merecer prosperar o pleito de danos materiais que vislumbram a condenação pecuniária referente a desvalorização do bem com reflexo no seu preço de mercado. 
Do dano moral
Quanto aos danos morais, o evento danoso impingiu à autora considerável lesão à sua integridade física, seu direito à imagem além de também afetar seu ânimo psíquico, moral e intelectual, sendo estes suficientes para ensejar direito à reparação, sendo inafastável a tal condenação. No caso em comento, os prejuízos extrapatrimoniais devem ser confirmados, dados os transtornos suportados pela autora com a lesão corporal sofrida. Com efeito, este fato não pode ser considerado como mero aborrecimento, sendo, pois, incontestável o transtorno e a angústia sofridos por esta, que lhe afetaram a higidez psíquica, o que caracteriza dano moral passível de indenização. 
Quanto ao valor da indenização em danos morais, o arbitramento deve levar em conta as circunstâncias do caso concreto, as condições das partes, o grau de culpa e, principalmente, a finalidade da reparação, que é a de compensar o dano ocorrido, bem como inibir a conduta abusiva.
Deve-se atentar, ainda, ao princípio da razoabilidade, a fim de que o valor não seja meramente simbólico, passível de retirar o caráter reparatório da sanção, mas, também, de modo que não seja extremamente gravoso ao ofensor.
É possivel mensurar o valor dos danos morais em R$ 5.000,00 (cinco mil reais), tendo em vista os documentos juntados nos autos. 
A propósito, segue decisão de nosso E. Tribunal
“EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL - DIREITO DO CONSUMIDOR. INSCRIÇÃO INDEVIDA DO NOME DO CONSUMIDOR EM ÓRGÃOS DE PROTEÇÃO AO CRÉDITO - DANO MORAL - CONFIGURAÇÃO - VALORAÇÃO - CRITÉRIOS. - Para fixação dos danos morais, deve-se levar em consideração as circunstâncias de cada caso concreto, tais como a natureza da lesão, as consequências do ato, o grau de culpa, as condições financeiras das partes, atentando-se para a sua dúplice finalidade, ou seja, meio de punição e forma de compensação à dor da vítima, não permitindo o seu enriquecimento imotivado. (TJ-MG - AC: 10134150126073001 MG, Relator: Mota e Silva, Data de Julgamento: 11/12/2018, Data de Publicação: 13/12/2018). Destaco.”
Dos lucros cessantes 
Segundo Sérgio Cavalieri Filho, 
"O ato ilícito pode produzir não apenas efeitos diretos e imediatos no patrimônio da vítima (dano emergente), mas também mediatos ou futuros, reduzindo ganhos, impedindo lucros, e assim por diante. Aí teremos o lucro cessante. É a consequência futura de um fato já ocorrido. (...) Consiste, portanto, o lucro cessante na perda do ganho esperável, na frustração da expectativa de lucro, na diminuição potencial do patrimônio da vítima. Pode ocorrer não só da paralisação da atividade lucrativa ou produtiva da vítima, como, por exemplo, a cessação dos rendimentos que alguém já vinha obtendo da sua profissão, como também, da frustração daquilo que era razoavelmente esperado" (In. Programa de Responsabilidade Civil, p. 74/75).
	
No que tange ao cabimento de lucros cessantes, conceituado anteriormente, cabe ressaltar que a profissão da requerente é baseada na sua imagem e aparência, dessa forma, os hematomas advindos do acidente, demonstrados nos registros de ID 38539, impossibilitou que esta desempenhasse sua atividade como manequim, ocasionando na frustração da expectativa de lucro e paralisação de sua atividade lucrativa por um determinado período. Destarte, é aplicado o art. 402, e 403 CC, bem como sua efetiva reparação tendo em vista incapacidade laborativa temporária junto ao lucro que deixou de captar. 
A propósito, o Superior Tribunal de Justiça possui o posicionamento consolidado no sentido de que, para a concessão de indenização por perdas e danos com base em lucros cessantes, faz-se necessária a comprovação dos prejuízos sofridos pela parte. Confira-se:
“1. A jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça firmou-se no sentido de que, para a concessão de indenização por perdas e danos com base em lucros cessantes, faz-se necessária a comprovação dos prejuízos sofridos pela parte. (AgRg no AREsp 111.842/SP, Rel. Ministro Ricardo Villas Bôas Cueva, Terceira Turma, Julgado em 21/03/2013, DJe 26/03/2013).”
Por se tratar de danos materiais, os lucros cessantes não podem ser presumidos, pois revela-se imprescindível a prova do prejuízo para o seu reconhecimento, havendo sido preenchido, neste caso, todos os requisitos, entendo que são devidos ao autor.
Do dano Estético
Em relação aos danos estéticos, recorro à lição de Maria Helena Diniz: 
"O dano estético é toda alteração morfológica do indivíduo, que, além do aleijão, abrange as deformidades ou deformações, marcas e defeitos, ainda que mínimos, e que impliquem sob qualquer aspecto um afeiamento da vítima, consistindo numa simples lesão desgostante ou num permanente motivo de exposição ao ridículo ou de complexo de inferioridade, exercendo ou não influência sobre sua capacidade laborativa. P. ex.: mutilações (ausência de membros - orelhas, nariz, braços ou pernas etc.); cicatrizes, mesmo acobertáveis pela barba ou cabeleira ou pela maquilagem; perda de cabelos, das sobrancelhas, dos cílios, dos dentes, da voz, dos olhos (RJTJSP, 39:75); feridas nauseabundas ou repulsivas etc., em conseqüência do evento lesivo." (DINIZ. Maria Helena. Curso de direito civil brasileiro. 10. ed. São Paulo: Saraiva, 1995, v. 7)
No caso em comento, as lesões faciais, devidamente comprovadas, são de natureza leve, no entanto, entendo exordial a configuração da reparação destes danos haja vista a situação consternada da autora que depende de suas características estéticas para desempenhar suas atividades lucrativas. 
Segundo a doutrina majoritária, para a configuração desta espécie de dano moral basta qualquer tipo de transformação na aparência do indivíduo que proporcione um cenário vexatório, a presença de ferimentos permanentes ou, neste caso, de efeito prolongado e não há a necessidade de que este seja visível, englobando até mesmo as feridas passíveis de serem camufladas por cosméticos. 
In casu, a parte autora busca ser indenizada pela ocorrência de danos estéticos e morais, com base nos fatos já tratados acima. Neste particular, registro conhecer o movimento doutrinário e jurisprudencial que defenda pela autonomia entre as supracitadas modalidades de dano, e que, em suma, empenha-se em individualizar a indenização em separado, pois mesmo que sejam derivados de um mesmo fato, são espécies independentes. 
Entretanto, filio-me ao entendimento de que a indenização pelos “danos estéticos” nada mais é do que um desdobramento lógico da indenização por danos morais, na medida em que esta segunda modalidade de reparação civil alcança a imagem do indivíduo em toda a sua amplitude, isto é, em todos os seus aspectos (sejam eles físicos ou não).
Trago à lume o entendimento já sedimentado na 16ª Câmara Cível Do Tribunal de Justiça de Minas Gerais: 
EMENTA: AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E ESTÉTICOS - RÉ REVEL - QUEDA DENTRO DO SUPERMERCADO DA RÉ - DANOS ESTÉTICOS, IMPOSSIBILIDADE DE CUMULAÇÃO COM OS DANOS MORAIS - INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS - VALOR MANTIDO - CORREÇÃO E JUROS DE MORA A PARTIR DO ARBITRAMENTO. - O dano estético é uma espécie do dano moral,não havendo que se falar em uma indenização em separado. A vítima faz jus ao recebimento de somente uma parcela, tendo em vista a impossibilidade de cumulação da indenização pelos danos morais e estéticos. - Incontroverso nos autos a ocorrência dos danos morais, tem-se que o valor fixado, se em montante capaz de reparar a gravidade objetiva do dano, não cabe ser majorado. - A correção monetária e os juros de mora, em se tratando de condenação ao pagamento de indenização por danos morais, têm incidência a partir da data do arbitramento.  (TJMG - Apelação Cível  1.0024.12.173514-6/001, Relator(a): Des.(a) Batista de Abreu , 16ª CÂMARA CÍVEL, julgamento em 24/04/2014, publicação da súmula em 09/05/2014)
Concluo meu posicionamento com o prosseguimento do pleito de indenização a título de danos morais, envolvendo os desdobramentos estéticos reivindicados na exordial, levando em consideração o parâmetro estabelecido no art. 944, CC para a demarcação do quantum, este por sua vez, faz referência ao dano perpetrado mediante a gravidade da ofensa, de modo que a compensação, neste caso, seja condizente com as consequências experimentadas no dano sofrido. 
III- Dispositivo 
Ante o exposto, acolho parcialente os pedidos da autora SAMANTHA COOPER, nos termos do art. 487, inciso I, do CPC, para o fim de:
Condenar o réu ao pagamento de indenização, a título de dano moral; no importe de 5.000,00 acrescidos de juros de mora no patamar de 1% ao mês, conforme art. 406 do CC e art. 161, §1º do CTN, a partir do evento danoso, 01/01/2019 (art. 398, Código Civil e Súmula 54 do STJ) e corrigidos monetariamente pelo INPC a partir do arbitramento (Súmula 362 do STJ).
Condenar o réu ao pagamento de indenização, a título de lucros cessantes. 
Durante o processo, não foi possível mensurar os lucros cessantes, por isso será indispensável a liquidação da sentença por meio de arbitramento. 
Rejeito os pedidos concernentes ao pagamento de indenização por danos estéticos e danos materiais por ausência de comprovação.
Condeno o réu ao pagamento de custas processuais e honorários advocatícios, estes nos termos do artigo 85, §2º, do Código de Processo Civil, que ora fixo em 10% sobre o valor atualizado da condenação.
Decorrido o prazo para o trânsito em julgado e nada sendo requerido, arquivem-se, observadas as formalidades legais.
Uberlândia, 12 de fevereiro de 2019.
Ágata Morais Schrader 
 Juíza de Direito
Código para validar documento: 10954136981922
Validar no endereço: http://www.tjmg.jus.br/sdm2/consultaPublica/validaCodigoAtoJudicial

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