Prévia do material em texto
Universidade Federal do Paraná Setor de Ciências da Saúde Curso de Farmácia Disciplina de Química Medicinal Farmacêutica Antibióticos Introdução Conceito: São substâncias químicas específicas derivadas de, ou produzidas por organismos vivos, bem como seus análogos estruturais obtidos por síntese, capazes de inibir, em baixas concentrações, processos vitais de uma ou mais espécies de microrganismos. Fontes: Naturais: bactérias (67,1%: Pseudomonales: 1,2%; Eubacteriales (Baccili): 7,7%; Actynomycetales: 58,2%), fungos (18,1%), plantas superiores (12,1%), animais (1,8%) e algas e liquens (0,9%). Síntese química. Usos: Profilaxia e tratamento de infecções, bem como para fins de diagnóstico (antibiograma). Seu uso e, sobretudo, seu abuso acarreta porém o risco de mutações genéticas nas bactérias, resultando na resistência destas ou sua insensibilidade às substâncias antibióticas usadas e, porventura, a outras que sejam quimicamente semelhantes. Além desses inconvenientes, praticamente todos os doentes que usam antibióticos vêm a sofrer modificações mais ou menos significativas na população microbiana normal existente no intestino e nas vias respiratórias e genitourinária. Tal circunstância, aliás freqüente, é perigosa pela possível exaltação e desenvolvimento de Proteus, Pseudomonas, Candida albicans e diversos fungos e bactérias, que podem ser difíceis de eliminar. Antibióticos β-lactâmicos Histórico 1929 – Alexander Fleming descobre acidentalmente a propriedade antibacteriana da penicilina (Penicillium notatum). 1939 – Florey, Chain e Abraham isolaram e identificaram a penicilina G (benzilpenicilina). 1945 – Brotzu observou a ação inibitória do Cephalosporidium acremonium no crescimento de bactérias Gram-positivas e Gram-negativas. 1946 – du Vigneaud e cols. sintetizaram pela primeira vez a penicilina G, com um rendimento de 0,008%. 1953 – Newton e Abraham isolaram a cefalosporina C a partir de culturas de Cephalosporidium sp. 1957 – Sheehan e Hénery-Logan realizaram a síntese da penicilina G (0,3%), da penicilina V (fenoximetilpenicilina, 10%) e do ácido 6-aminopenicilânico (6-APA). 1959 – Batchelor e colaboradores isolaram o 6-APA a partir de culturas de Penicillium chrysogenum deficientes de precursores da cadeia lateral. ____________________________________________________________________________________________ UFPR – Química Medicinal Farmacêutica 1 Anos 70 em diante: - Modificações moleculares de antibióticos β-lactâmicos: - novas penicilinas; - cefalosporinas de 2ª, 3ª e 4ª geração. Obtenção do primeiro membro dos antibióticos β-lactâmicos não clássicos: amdinocilina (Lund, 1971). Triagem para descobrimento de novos antibióticos β-lactâmicos naturais. Estrutura N O R R= função ácida (COOH, SO3H etc) Grupo farmacofórico: anel β-lactâmico ligado a uma função ácida. Mecanismo de ação ¾ Impedem a biossíntese da parede celular bacteriana pela inibição irreversível da enzima transpeptidase ¾ Transpeptidase: enzima responsável pela formação do peptideoglicano, estrutura que confere rigidez e forma (cocos, bacilos, vibriões) à parede celular bacteriana. Parede celular de bactérias Gram-positivas. Parede celular de bactérias Gram-negativas. ____________________________________________________________________________________________ UFPR – Química Medicinal Farmacêutica 2 Estrutura da parede celular bacteriana. Formação da ligação cruzada entre as cadeias do peptideoglicano. X Y L-ala D-glu L-lys NH (gly)5 O NH OH O NH2 OH O D-ala D-ala D-ala TPHX X X Y L-ala D-glu L-lys NH (gly)5 O X Y L-ala D-glu L-lys NH (gly)4 O NH OH O O NH2 HX X Y L-ala D-glu L-lys NH (gly)5 O X Y L-ala D-glu L-lys NH (gly)4 O NH OH O O NH TP TP Reação para formação do peptideoglicano, ao nível molecular. Semelhança dos antibióticos β-lactâmicos com a porção D-alanil-D-alanina da cadeia peptídica do peptideoglicano: ____________________________________________________________________________________________ UFPR – Química Medicinal Farmacêutica 3 Propostas para inibição da enzima transpeptidase pelas penicilinas (alta reatividade do anel β-lactâmico): N S CH3 CH3 COOH N C O H O R H H N S CH3 CH3 COOH N C O H O R H H X H XH transpeptidase transpeptidase KOROLKOVAS, A. Essentials of medicinal chemistry, 2nd ed, New York: Wiley, 1988. 1204 p. N S CH3 CH3 C O O OH NH R O H X N H H ENZIMA NH C S CH3 CH3 C O O OHH X N H ENZIMA NH R O NOGRADY, T. Medicinal chemistry, a biochemistry approach. New York: Oxford University Press, 1985. 449 p. Efeito nas bactérias: ruptura da membrana e da parede celular bacteriana e extravasamento do citoplasma, com conseqüente morte do microrganismo. Pressão interna: G+: ~ 20 atm G -: ~ 5 atm ¾ Efeito bactericida. ¾ Toxicidade seletiva: as células de mamíferos não apresentam parede celular. Classes ¾ Antibióticos β-lactâmicos clássicos o Penicilinas o Cefalosporinas ¾ Antibióticos β-lactâmicos não clássicos ____________________________________________________________________________________________ UFPR – Química Medicinal Farmacêutica 4 Antibióticos β-lactâmicos clássicos Apresentam a seguinte estrutura geral: - anel β-lactâmico, condensado com um anel contendo um heteroátomo; - cadeia lateral amídica na posição α à carbonila. NH O NHCR O X Penicilinas N O NHCR O S CH3 CH3 H COOR' H H 16 3 5 Estrutura básica: ¾ Anel β-lactâmico fundido a um anel tiazolidínico. ¾ Grupo carboxílico na posição 3. ¾ Cadeia lateral amídica adequadamente substituída. ¾ Três centros quirais (oito formas opticamente ativas): somente o estereoisômero 3S:5R:6R apresenta atividade biológica. ¾ Ressonância normal da amida do anel é suprimida pelo sistema de anéis fundidos (não coplanar). ¾ Anel β-lactâmico altamente reativo: extremamente susceptível ao ataque nucleofílico ou eletrofílico. ¾ Grupo ácido carboxílico: pKa ~ 2,65; se tiver grupo básico na cadeia lateral, pode existir como zwitterions (ex. ampicilina). ¾ Protótipo: penicilina G (benzilpenicilina). N O NHC O S CH3 CH3 COOH Penicilina G = benzilpenicilina ____________________________________________________________________________________________ UFPR – Química Medicinal Farmacêutica 5 Limitações da penicilina G 1 - Inativação em meio ácido: N O NHCR O S CH3 CH3 COOH N O NHCR S CH3 CH3 COOH O H+ NH O N + C R S CH3 CH3 COOH O H N S CH3 CH3 COOH N HOOC R Ácido penílico - H+ Por esta razão, a penicilina G não é usada por via oral. 2 - Inativação pelas β-lactamases (ou penicilinases: enzimas responsáveis pela resistência bacteriana a esta classe de compostos): N O NHCR O S CH3 CH3 COOHXH NH O NHCR O S CH3 CH3 COOHX H--OH NH NHCR O S CH3 CH3 COOH HOOC XH + Ácido penicilóico - CO2 NH NHCR O S CH3 CH3 COOH Ácido penilóico Por esta razão, deve-se evitar usar a penicilina G em cepas resistentes; necessidade de identificação da bactéria e determinar sua resistência. ____________________________________________________________________________________________UFPR – Química Medicinal Farmacêutica 6 3 - Inativação em meio aquoso: N O NHCR O S CH3 CH3 COOH H--OH NH NHCR O S CH3 CH3 COOH HOOC Ácido penicilóico - CO2 NH NHCR O S CH3 CH3 COOH Ácido penilóico Por esta razão a maioria das preparações aquosas da penicilina G é preparada no momento da administração. 4 - Baixo espectro de ação: atua sobre a maioria das bactérias G +. Não atravessa a membrana externa das bactérias G -, para atuar sobre a parede celular. 5 - Meia vida curta: A penicilina G tem um t1/2 de 30 minutos, após administração IM, devido à rápida eliminação através dos rins, por secreção tubular ativa. Para aumentar o t1/2 da penicilina G, pode-se associar à probenecida ou preparar formas latentes. Obtenção ¾ Penicilina G: culturas de Penicilllium notatum e P. chrysogenum. ¾ Penicilinas biossintéticas: adição de precursores da cadeia lateral ao meio de fermentação. Aplicação limitada, devido à capacidade biossintética do fungo. Exemplos: Penicilina Precursor Penicilina V (fenoximetilpenicilina) Ácido fenoxiacético Penicilina O (aliltiometilpenicilina) Ácido aliltioacético N O NHCCH2 O S CH3 CH3 COOH O Penicilina V Penicilina O N O NH O S CH3 CH3 COOH S ¾ Penicilinas semi-sintéticas: a partir do ácido 6-aminopenicilânico (6-APA), produto da hidrólise da benzilpenicilina. Hidrólise: enzimática e química. ____________________________________________________________________________________________ UFPR – Química Medicinal Farmacêutica 7 Hidrólise enzimática: N O NHCCH2 O S CH3 CH3 COOH amidase, H O2 N O NH2 S CH3 CH3 COOH 6-APA CH2COOH Ácido fenilacético + Hidrólise química: desvantajosa em relação à hidrólise enzimática (muitas etapas, baixo rendimento). Acilação do 6-APA: N O NH S CH3 CH3 COOH R ON O NH2 S CH3 CH3 COOH 6-APA N C N R OH O R Cl O (C H ) N, solv. org.2 5 3 solv. org., aceptor de H+ O O O R R A partir da acilação do 6-APA (ou a partir da adição de precursores da cadeia lateral ao meio de fermentação) foi possível obter: 1) Penicilinas resistentes à inativação em meio ácido. 2) Penicilinas resistentes à inativação pela β-lactamase. 3) Penicilinas de amplo espectro. 4) Penicilinas latentes. ¾ Penicilinas sintéticas: pouco valor comercial (baixos rendimentos). Tipos de penicilinas: 1) Penicilinas resistentes à inativação em meio ácido: Possuem grupos retiradores de elétrons na cadeia lateral, prevenindo o rearranjo. N O NHCCH2 O S CH3 CH3 COOH O Penicilina V N O NHCCH O S CH3 CH3 COOH O CH3 Feneticilina ____________________________________________________________________________________________ UFPR – Química Medicinal Farmacêutica 8 N O NHCCH O S CH3 CH3 COOH NH2 Ampicilina N O NHCCH O S CH3 CH3 COOH NH2 HO Amoxicilina 2) Penicilinas resistentes à inativação pela β-lactamase: Possuem grupos volumosos (anéis aromático orto-dissubstituídos) ligados diretamente à carbonila amídica da cadeia lateral, o que causa impedimento estérico na interação com a β-lactamase. N O NHC O S CH3 CH3 COOH OMe OMe Meticilina N O NHC O S CH3 CH3 COOH OEt Naficilina N O NHC O S CH3 CH3 COOH O N Me Ph Oxacilina CIM (μg/ml) Microrganismo Penicilina G Meticilina Oxacilina S. aureus 0,02 1,25 0,1-1,6 S. pyogenes 0,01 0,25 - S. fecalis 2,5 25 - 3) Penicilinas de amplo espectro: Possuem grupos de caráter hidrofílico na cadeia lateral, alterando a hidrofilia das penicilinas e permitindo a passagem destas através dos canais de porina da membrana externa das bactérias G -. N O NHCCH O S CH3 CH3 COOH NH2 Ampicilina N O NHCCH O S CH3 CH3 COOH NH2 HO Amoxicilina N O NHCCH O S CH3 CH3 COOH COOH Carbenicilina 4) Penicilinas latentes: ¾ Sais de alto peso molecular, pouco hidrossolúveis: N O NHCCH2 O S CH3 CH3 COO CH3 C O OCH2CH2N + H CH2 CH2CH3 CH3 Penicilina G Procaína N O NHCCH2 O S CH3 CH3 COO CH2N + CH2CH2 N + CH2 H HH H 2 Penicilina G benzatina ¾ Ésteres que lentamente são hidrolisados no organismo, gerando as penicilinas: N O NHCCH2 O S CH3 CH3 O CH2 O C O CH3 O Penamecilina N O NHCCH O S CH3 CH3 O CH O C O CH2 O NH2 CH3 CH3 Bacampicilina ____________________________________________________________________________________________ UFPR – Química Medicinal Farmacêutica 9 Cefalosporinas N O NHC O X R' COOH R''R H 67 Cefalosporinas clássicas: X = S R" = H Cefamicinas: X = S R" = OCH Oxacefemas: X = O R" = OCH 3 3 Estrutura básica: ¾ Cefalosporinas clássicas: anel β-lactâmico fundido a um anel di-hidrotiazínico, levando a menor tensão que as penicilinas. ¾ Grupo carboxílico na posição 4. ¾ Ramificação em C-3, relacionada com as propriedades farmacocinéticas (R’). ¾ Ramificação em C-7, relacionada com o espectro antibacteriano (R”). o CH3O- em C-7: aumenta a resistência à β-lactamase (cefamicinas). ¾ Cadeia lateral amídica adequadamente substituída. ¾ Dois centros quirais (quatro formas opticamente ativas): somente o estereoisômero 6R:7R apresenta atividade biológica. ¾ Possibilidade de ressonância da enamina no anel di-hidrotiazínico, se R’ tiver grupo retirador de elétrons ou grupo abandonador, aumentando a potência e a reatividade. CIM (μg/ml) Microrganismo Penicilina G Cefalotina Cefalexina S. aureus 0,02 0,1-1,6 0,5-5 Obtenção: ¾ Cefalosporina C: culturas de Cephalosporium sp. N O NH C S COOH HOOC NH2 O O O H H Cefalosporina C ¾ Cefalosporinas semi-sintéticas: a partir do ácido 7-aminocefalosporânico (7-ACA), produto da hidrólise da cefalosporina C. Hidrólise química: N O NH C S COOH HOOC NH2 O O O NOCl HCOOH H H N O N S COOH O O O HOOC H H N O NH2 S COOH O O H H H2O ____________________________________________________________________________________________ UFPR – Química Medicinal Farmacêutica 10 1) Cefalosporinas de 1ª geração. 2) Cefalosporinas de 2ª geração. 3) Cefalosporinas de 3ª geração. 4) Cefalosporinas de 4ª geração. ¾ Cefalosporinas sintéticas: Oxacefemas Classificação: 1) Cefalosporinas de 1ª geração: ¾ Introduzidas nos anos 1960-70. ¾ Espectro de atividade mais estreito que as cefalosporinas de outras gerações. ¾ Resistentes a algumas β-lactamases. ¾ t1/2 relativamente curto. ¾ Pobre penetração no fluido cérebro-espinhal. H H N S CH3 COOH O N HNH2 O Cefalexina H H N S CH3 COOH O N HNH2 O Cefradina H H N S COOH O N H O S O O Cefalotina Cefalosporina Via de administração Resistência a ácido Resistência a β-lactamase Espectro de atividade Atividade anti- Pseudomonas Cefalexina Cefradina Cefalotina Oral Oral/Parenteral Parenteral Sim Sim Não BaixaBaixa Baixa Intermediário Intermediário Intermediário Não Não Não Inativação em meio ácido das cefalosporinas: N S COOH O N H R O O O N S COOH O N H R O O OH + N S COOH O N H R O O OH O H N S O N H R O OH C O OH N S O N H R O O OINATIVO H+ H2O - H+ - H2O ____________________________________________________________________________________________ UFPR – Química Medicinal Farmacêutica 11 2) Cefalosporinas de 2ª geração: ¾ Introduzidas nos meados dos anos 70 até o presente. ¾ Espectro de atividade semelhante ao das cefalosporinas de 1ª geração, porém mais ativas contra bactérias entéricas G -. ¾ Cefamicinas: mais resistentes à β-lactamases. ¾ t1/2 semelhante a 1ª geração. ¾ Penetra melhor no fluido cérebro-espinhal. N S COO - O N H O O H S N N N N CH3 H H Nafato de cefamandol Na + N S COOH O N H O O S NH2 O O H Cefoxitina Cefalosporina Via de administração Resistência a ácido Resistência a β-lactamase Espectro de atividade Atividade anti- Pseudomonas Cefamandol Cefoxitina Parenteral Parenteral Não Não Média Alta Amplo Amplo Não Não 3) Cefalosporinas de 3ª geração: ¾ Iniciou nos anos 80. ¾ Espectro de atividade mais amplo (ativos contra G -). ¾ Boa estabilidade à β-lactamases. ¾ Alguns com atividade anti-Pseudomonas. ¾ Menos ativos contra bactérias G +. N O COO - O N HCOO - O S N N N N CH3 OH O H Moxalactama dissódica Na + Na + N S O N H O O N S O NH2 N O H H COO - Cefotaxima sódica Na + Cefalosporina Via de administração Resistência a ácido Resistência a β-lactamase Espectro de atividade Atividade anti- Pseudomonas Moxalactama Cefotaxima Parenteral Parenteral Não Não Alta Alta Amplo Amplo Sim Sim ____________________________________________________________________________________________ UFPR – Química Medicinal Farmacêutica 12 4) Cefalosporinas de 4ª geração: ¾ Espectro comparável às cefalosporinas de 3ª geração, porém mais resistentes a algumas β- lactamases. ¾ Via parenteral. N S O N H O N S NH2 N O N + CH3 COO - H H Cefepima Outras cefalosporinas de 1ª, 2ª e 3ª geração: ____________________________________________________________________________________________ UFPR – Química Medicinal Farmacêutica 13 Antibióticos β-lactâmicos não clássicos 1 - Carbapenens ¾ Originários de Streptomyces sp. (tienamicina). ¾ Dupla em C-2-C-3 e CH2 no lugar do S. ¾ Potente atividade antibacteriana, de amplo espectro. ¾ Resistente à inativação de muitas β-lactamases. ¾ Usado em hospitais. ¾ Usado em associação com a cilastatina, um inibidor sintético da desidropeptidase renal, que hidrolisa o imipenem no túbulo proximal. N O OH CH3 S NH2 COOH HH Tienamicina S R N O OH CH3 S N NH H COOH HH Imipenem S COOH NH2COOH NO H Cilastatina 2 - Monobactamas ¾ Aztreonam: obtido por síntese total. ¾ Contém somente o anel β-lactâmico. ¾ Alta estabilidade a muitas β-lactamases. ¾ Boa atividade contra bactérias G -. ¾ Baixa atividade contra cocos G +. S N CH2 N CH3 SO3 -O OC COOH CH3 CH3 H3N+ 2 1 4 3 Aztreonam Posição 3 com –O-CH3 : ↑ resistência a β-lactamase ↓ potência antibacteriana Posição 4 com –CH3: ↑ resistência a β-lactamase ↑ potência contra Gram negativas ↓ potência contra Gram positivas ____________________________________________________________________________________________ UFPR – Química Medicinal Farmacêutica 14 3 - Oxapenens ¾ Possuem O no lugar do S (anel oxazolidínico). ¾ Ácido clavulânico: produzido por Stretomyces clavuligerus (1976) ¾ Baixo espectro de atividade antibacteriana. ¾ Inibidor de β-lactamases (substratos suicidas). ¾ Usado em associação com amoxicilina ou ampicilina (penicilinas de amplo espectro susceptíveis à β-lactamase). N O O OH COOH Ácido clavulânico HX---Nu NH O O OH X H COOH Nu NH X COOH OH OH O Nu H NH X COOH OH OH O Nu 4 - Sulbactama ¾ Derivado originado pela manipulação química do 6-APA (English e cols, 1978). ¾ Sulfona do ácido penicilânico. ¾ Fraca atividade antibacteriana. ¾ Potente inibidor de β-lactamase. ¾ Usado via parenteral, pois é pobremente absorvido. ¾ Usado em associação com ampicilina. N S O OH OO O Sulbactama Bibliografia MARTIN, A. R. Antibacterial antibiotics. In: DELGADO, J. N.; REMERS, W. A (ed.) Wilson and Gisvold’s textbook of organic medicinal and pharmaceutical chemistry. 10th ed. Philadelphia: Lippincott Willians & Wilkins, 1998. Cap. 10, p. 253. MITSCHER, L. A. Antibiotics and antimicrobial agents. In: FOYE, W. O. et al. Principles of medicinal chemistry. 4th ed. Media: Williams e Wilkins, 1995. Cap. 34, p. 759. ____________________________________________________________________________________________ UFPR – Química Medicinal Farmacêutica 15 KOROLKOVAS, A.; BURCKHALTER, J. H. Química Farmacêutica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1988. Cap. 33, p. 575. Antibióticos Introdução Antibióticos (-lactâmicos Estrutura Mecanismo de ação Classes Antibióticos (-lactâmicos clássicos Limitações da penicilina G S. aureus Cefalosporinas S. aureus Antibióticos (-lactâmicos não clássicos