Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Sulfonamidas – Um Planejamento baseado em detalhes Prof. Msc.: Inácio Lino DOENÇAS HOSPEDEIRO FÁRMACOS AGENTE INVASOR EFEITOS ADVERSOS BIOTRANS- FORMAÇÃO REAÇÕES IMUNOLÓGICAS AÇÃO CIDA OU STÁTICA RESISTÊNCIA RELAÇÕES IMPORTANTES NA FARMACOTERAPIA ANTIMICROBIANA Comportamento dos microrganismos frente aos fármacos Por que são necessários novos antimicrobianos? Escassez de novos fármacos Queda no interesse em pesquisa (poucos alvos, tratamentos agudos...) Aumento das exigências regulatórias Mais microrganismos resistentes Staphylococcus resistentes a penicilina Staphylococcus resistentes a meticilina 0 20 40 60 80 100 120 1930 1940 1950 1960 1970 1980 1990 2000 Year R e g is tr a ti o n s 0 20 40 60 80 100 1930 1940 1950 1960 1970 1980 1990 2000 Year R e s is ta n t is o la te s ( % ) Penicilina Meticilina Locais de ação dos diferentes antibacterianos Trimetoprima o a EXPLORAÇÃO DA TOXICIDADE SELETIVA O fármaco deve atingir apenas o agente invasor (microrganismos, neoplasias), sem promover danos às células normais do hospedeiro Necessidade de conhecimento aprofundado de diversos aspectos do ciclo de vida de bactérias, fungos, vírus, protozoários, células tumorais etc. 7 PLANEJAMENTO DE FÁRMACOS ANTIBACTERIANOS SULFONAMÍDICOS (OU SULFAS) 8 SULFAS ANTIBACTERIANAS: HISTÓRICO 1908 – Gelmo: síntese da primeira sulfa (sulfanilamida); Resultado não publicado na época 1909 – Holien (I.G. Farbenindustrie): patenteia a sulfanilamida como possível agente antibacteriano; 1930s – Gerhard Dogmagk (Bayer): Prontosil rubrum (corante vermelho) era ativo contra infecções estafilocócicas em ratos (in vivo), porém, inativo in vitro; 1936 – Tréfouël e Bovet: demonstram que a urina de ratos tratados com o corante era ativa in vitro; 1938 – PRÊMIO NOBEL DE MEDICINA Descoberta de que o corante (pró-fármaco) sofria uma redução in vivo para se transformar no metabólito ativo = sulfanilamida NH 2 NH 2 N N SO 2 NH 2 Prontosil rubrum NH 2 SO 2 NH 2 sulfanilamida PROTÓTIPO DA CLASSE azorredutase 9 protótipo da classe das sulfonamidas ANTIBACTERIANOS NH 2 SO 2 NH N N NH 2 SO 2 NH N N NH 2 SO 2 NH ON NH 2 SO 2 NH N N OMe NH 2 SO 2 NH NN OMeN H SO 2 NH O COOH COCH 3 sulfadiazina sulfamerazina ftalilsulfacetamida sulfametoxazol sulfadimetoxina sulfametoxipiridazina NH 2 SO 2 NH 2 sulfanilamida 10 BIOSSÍNTESE DE ÁCIDO FÓLICO BACTERIANO 11 Mecanismo de ação citoplasma DNA flagelo cílios ribossomos membrana citoplasmática cápsula ÁCIDO TETRAIDROFÓLICO TIMIDINA DNA RNA SÍNTESE PROTÉICA Inibidor enzimático* competitivo do PABA Bloqueio da síntese de folato e, conseqüentemente, do DNA, bloqueando todas as funções vitais da célula que são dependentes do DNA. EFEITO BACTERIOSTÁTICO *as sulfonamidas são melhor classificadas como antimetabólitos, que são os fármacos que antagonizam um metabólito essencial ao organismo vivo. NH 2 COOH PABA NH 2 SO 2 NH 2 sulfanilamida 12 ANTIBACTERIANOS N S HH O O N S HH O O N C O O HH N C O O HH 6,7 6,9 6,69 6,88 2,3 2,4 2,22 2,49 BELL E ROBLIN KOROLKOVAS DISTÂNCIAS INTERATÔMICAS (Å) sulfanilamidaPABA ANTIMETABÓLITO fármaco que antagoniza um metabólito essencial 13 O O COOH O O COOH N OH COOH R= N4 básico ácido N1 biodisponibilidade pKa atividade efeitos adversos NH 2 OH O semelhança com o PABA latenciação O N N N O R= 4 1 anel benzênico com substituintes orientados em p- essencial para AB Relações estrutura-atividade 14 Sítio catalítico da diidropteroato sintase PABA Sítio catalítico da diidropteroato sintase sulfanilamida INTERAÇÕES DE SULFAS E PABA COM A ENZIMA DIIDROPTEROATO SINTASE 15 Toxicidade renal das sulfas antibacterianas S O NH NH 2 O N S sulfatiazol FORMA MOLECULAR baixa hidrossolubilidade sulfatiazol FORMA IONIZADA hidrossolúvel pH urinário S O N NH 2 O N S - pKa = 7,1 acetilase sulfatiazol METABÓLITO menor hidrossolubilidade S O N N H O N S O O próton sulfonamídico do sulfatiazol não é muito ácido (pKa elevado) ↓ No pH urinário, permanece mais sob a forma não ionizada (insolúvel no meio aquoso da urina) ↓ Formação de cristais sulfadiazina FORMA MOLECULAR baixa hidrossolubilidade S O NH NH 2 O NN pH urinário S O N NH 2 O NN - sulfadiazina FORMA IONIZADA hidrossolúvel pKa = 6,5 S O N N H O NN O sulfadiazina METABÓLITO menor hidrossolubilidade acetilase Substituição por outro anel, mais retirador de elétrons torna o próton sulfonamídico do sulfatiazol mais ácido (diminuição do pKa) ↓ No pH urinário, permanece mais sob a forma ionizada (hidrossolúvel) ↓ eliminação pela urina 16 ANTIBACTERIANOS Ajuste da relação hidro-lipofilia para redução da absorção gastrintestinal N H NH 2 S O O N S N H N H S O O N S O OH O sulfatiazol succinilsulfatiazol DIRECIONAMENTO DE AÇÃO DE SULFAS ação na luz intestinal 17 Forma ionizada: redução da absorção pelas membranas N H N H S O O N S O OH O N H N H S O O N S O O O pH básico (intestinos) Direcionamento da ação para o lúmen intestinal FÁRMACO N H O O O FÁRMACO NH2 O O O H2O , amidase H2O HO O O OH DIRECIONAMENTO DE AÇÃO DE SULFAS 18 NH 2 SO 2 NH NH 2 NH sulfaguanidina NH SO 2 NH S NO OH O succinilsulfatiazol NH SO 2 NH S NO O OH ftalilsulfatiazol NH SO 2 NH CH 3 OO O OH ftalilsulfacetamida N=N SO 2 NH N OH O OH salazosulfapiridina Sulfas intestinais pouco absorvidas por via oral formas latentes com transportadores hidrofílicos agem na luz intestinal ativadas por amidases bacterianas 19
Compartilhar