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07/10/2014 1 Prof. Me. Paulo Marconi Nutrientes, Substâncias Isoladas e Exercício Físico PÓS-GRADUAÇÃO Compêndio de Atividades Físicas: uma contribuição aos pesquisadores e profissionais em Fisiologia do Exercício Paulo de Tarso Veras Farinatti, 2003 07/10/2014 2 Em situações em que se persegue a perda de peso com diminuição do percentual de gordura corporal, é fundamental compatibilizar a ingestão com o dispêndio calórico, atingindo-se os objetivos sem prejuízo de processos fisiológicos. Individualidade Biológica 07/10/2014 3 Aluno busca.. NUTRIÇÃO DESCANSO TREINO (PRESCRIÇÃO) MACRONUTRIENTES CARBOIDRATOS LIPÍDEOS PROTEÍNAS MICRONUTRIENTES VITAMINAS MINERAIS ÁGUA CONTRAÇÃO TEMPERATURA RESPIRAÇÃO CIRCULAÇÃO SISTEMA NERVOSO SÍNTESE E DEGRADAÇÃO EXCREÇÃO 07/10/2014 4 Fontes de energia devem ser fornecidas regularmente para atender às necessidades de energia para sobrevivência do corpo Energia Síntese e manutenção dos tecidos Condução elétrica nervosa Trabalho mecânico muscular Produção de calor – manutenção TCI Lactação Necessidade Energética É a quantidade de calorias provenientes dos alimentos necessárias para a manutenção da saúde, compatíveis com o funcionamento fisiológico e social satisfatório (OMS, 1997) 07/10/2014 5 07/10/2014 6 Os estudos científicos vêm demonstrando que a performance e a saúde de atletas podem ser beneficiadas com a modificação dietética. Pode-se afirmar que o atleta que deseja otimizar sua performance, antes de qualquer manipulação nutricional, precisa adotar um comportamento alimentar adequado ao seu esforço, em termos de quantidade e variedade, levando em consideração o que está estabelecido como alimentação saudável. Diretriz da Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte - 2009 Estimativas das necessidades energéticas Crucial no acompanhame nto nutricional Várias referências: FAO/OMS, Harris- Benedict, IOM Considerar a individualidade 07/10/2014 7 Balanço energético BALANÇO ENERGÉTICO é o equilíbrio entre o consumo de calorias provenientes de alimentos (carboidratos, proteínas, lipídeos) e o gasto energético total pelo organismo. Energia consumida Energia gasta Peso 07/10/2014 8 07/10/2014 9 07/10/2014 10 Insulina GH T3 E T4 CORTISOL Aldosterona Angio II NORA Adrenalina Glucagon 07/10/2014 11 07/10/2014 12 07/10/2014 13 Diferentes tempos de regeneração de diversos sistemas biológicos 07/10/2014 14 Reação 1: PCr + ADP + H+ ATP + Creatina Reação 2: ADP + ADP ATP + AMP Reação 3: AMP + H2O + H + IMP + NH3 Acúmulo de IMP se dá: Regeneração do AMP não é capaz de superar a desaminação a IMP durante o exercício físico contínuo e intenso. 07/10/2014 15 Concentração de PCr muscular Concentração de lactato em várias velocidades 07/10/2014 16 RECURSO NUTRICIONAL PERFORMANCE PROTEÍNAS CARBOIDRATO LIPÍDEOS MACRONUTRIENTES 07/10/2014 17 Carboidrato Papel central em todos os metabolismos; Substrato energético universal para as células humanas; Fonte de carbono para a síntese de muitos outros compostos; Hormônios contra-reguladores. Diferenças de Carboidratos para o Treino Monossacarídeo Dissacarídeo Oligossacarídeo Polissacarídeo 07/10/2014 18 GLICOGÊNIO GLICOGÊNIO 07/10/2014 19 GLICOGÊNIO FOSFORILASE FOSFOGLICOMUTASE GLICOSE-1-FOSTATO GLICOSE-6-FOSTATO (G6P) Carboidratos Ingeridos – Antes do Treino e/ou Competição Não induza um pico Glicêmico Índice glicêmico baixo ou moderado Tempo de consumo e quantidade 07/10/2014 20 Glicose e Exercício Físico A oxidação da glicose responde por 75-89% da oxidação de CHO durante exercício leve prolongado até a exaustão. Durante o exercício prolongado, quando o glicogênio torna-se depletado, o consumo de glicose responde a 100% do metabolismo dos CHO. Como Preparo uma Bebida a base de Carboidrato? Qual a concentração de Carboidrato? 6 a 8% 9% ou mais Esvaziamento gástrico comprometido 07/10/2014 21 Homens e mulheres fisicamente ativos – 50 a 60% (CHO complexos) não refinados. (400 a 600g) Durante treinamento até 70% VC Total. Para otimizar a recuperação muscular de atletas, recomenda-se o consumo de 5 a 8gr/Kg/dia e em atividades de longa duração ou, em período de treinamento intenso até 10gr/Kg/dia. Recomendações Dieta com variação de Carboidrato A quantidade de glicogênio muscular, avaliado por biópsia, após 24h de recuperação foi maior para as refeições de alto índice glicêmico (106 ± 11,7mmol/Kg de peso seco) do que para as de moderado índice glicêmico (71,5 ± 6,5mmol/Kg de peso seco) (BURKE et al., 1993). “Muscle Glycogen storage after prolonged exercise: Effect of the glycemic index of carbohydrate feedings’. Journal of Applied Physiology, v. 75, 1993, p. 1019-23 07/10/2014 22 Carboidratos Vendidos Sacarose Mel Melaço Mel de abelha Mel Karo Carb up Maltodextrina Dextrose Waxi Maize Palatinose Outras fontes de Carboidratos – Alimentos Sólidos 07/10/2014 23 Palatinose A Palatinose é um carboidrato branco, puro e cristalino, derivado da fonte natural de sacarose. Ele pode ser encontrado , por exemplo, em mel e extrato de cana-de-açúcar. Totalmente digerível e lentamente liberado; fornece glicose de uma forma mais equilibrada, fornecendo assim energia prolongada. Além de ser de baixo índice glicêmico, baixo índice insulinêmico. Palatinose O nome genérico deste isômero da sacarose é isomaltulose. Palatinose é feita a partir da sacarose por rearranjo enzimático, combinando ainda a molécula a glicose e a molécula de frutose. Produzida num processo biotecnológico. Protaminobacter rubrum garante a sua fonte de alimento, criando o seu próprio carboidrato que não pode ser usado como uma fonte de energia pela maioria dos microorganismos concorrentes. 07/10/2014 24 Palatinose O Protaminobacter rubrum é capaz de reorganizar este vínculo, resultando em um novo carboidrato com uma maior estabilidade da articulação e uma estrutura tridimensional que é "menos atraente" para os outros microorganismos. O carboidrato resultante é palatinose. Palatinose A hidrólise lenta, mas completa , e a absorção de palatinose é refletida em sua resposta característica de glicose no sangue. A Palatinose apresenta muito baixo índice glicêmico , com um índice glicêmico (IG) de 32. Fornece mais energia por mais tempo: proporciona uma liberação de energia sustentável. Ela é hidrolisada e absorvida de quatro a cinco vezes mais lentamente que a sacarose, devido à forte ligação de sua glicose e frutose componente 07/10/2014 25 Palatinose Desta forma, importantes reservas de glicogênio hepático e muscular ficam disponíveis para serem utilizadas quando são realmente necessárias. A palatinose é lentamente, mas totalmente digerida e absorvida no intestino. A clivagem e absorção é lenta, mas a tolerância total, gastrintestinal é comparável a da sacarose, mesmo em elevados níveis de ingestão. Fonte: Alberts, 2004 07/10/2014 26 10 20 30 40 50 60 70 0 15 30 45 60 75 90 105 Glicose SulfonilureiasAminoácidos Alguns Hormônios Fase 1: Aguda Glicose Insulina pré-formada Insulina recém-formada Pré-insulina Fase 2: Lenta Tempo: Minutos Secreção de Insulina - BIFÁSICA 07/10/2014 27 07/10/2014 28 Fonte: Devlin 2007 FIGURA 2 Inter-relações metabólicas dos principais tecidos no estado de jejum inicial. 07/10/2014 29 METABOLISMO Somatório de todas as transformações químicas que ocorrem em uma determinada célula ou organismo, compreende uma série de reações catalisadas enzimaticamente, as quais constituem as vias metabólicas, onde o precursor é transformado em produto por meio de uma série intermediários denominados METABÓLITOS. 07/10/2014 30 Glicogênio Glicose-6-fosfato Síntese do glicogênio Degradação do glicogênio Glicose Gliconeogênese Glicólise Piruvato Aminoácidos Acetil-CoA Lactato Aeróbios – 2,5mmol.Kg-1dm.s-1 de ATP. Anaeróbios - 11mmol.Kg-1dm.s-1 de ATP, porém restrita somente ao citoplasma e podendo ser mantida por alguns minutos apenas. Fonte: Tirapegui, 2012 07/10/2014 31 A utilização da glicose não se restringe somente ao citoplasma, o maior saldo de ATP´s é proveniente da oxidação deste nutriente pela mitocôndria oferecendo cerca de 32,5 ATP´s por mol de glicose oxidada (saldo de ATP´s revisado recentemente dado o novo rendimento de ATP por cada NADH e FADH2 na cadeia respiratória: 1 NADH = 2,25ATP´s e 1 FADH2 = 1,5 ATP´s). Fonte: Tirapegui, 2012 Gliceraldeído 3-fosfato Diidroxiacetona fosfato Glicose 6- fosfato GLICOSE Hexoquinase ATP ADP Frutose 6- fosfato Fosfoglicose isomerase ADP Frutose 1,6-bifosfato Fosfofrutoquinase ATP Gliceraldeído 3-fostato Aldolase Triose fostato isomerase 1a – FASE DA GLICÓLISE 07/10/2014 32 Gliceraldeído 3-fostato Gliceraldeído fosfato desidrogenase NAD+ 1,3-Bifosfoglicerato NADH Pi 3-Fosfoglicerato ADP Fosfoglicerato quinase ATP 2-Fosfoglicerato Fosfoglicerato mutase Fosfenolpiruvado Enolase PIRUVATO Piruvado quinase ADP ATP MITOCÔNDRIA 2a – FASE DA GLICÓLISE 07/10/2014 33 GLICOSE GLICOSE PIRUVATO ACETIL CoA O2 GLICOSE PIRUVATO O2 Ácido Lático H+ + Lactato Saldo : 2 ATP´s Anaeróbio Aeróbio Gliceraldeído-3-fosfato NAD+ Pi NADH + H+ 1,3 bifosfoglicerato PIRUVATO LACTATO DESIDROGENASE-LDH O2 ↓O2 ÁCIDO LÁTICO H+ LACTATO 32,5 ATP´s 2 ATP´S (-) PFK-1 pH (↓) 07/10/2014 34 Ácido Lático Lactato Ácido Lático H+ + Lactato A medição de lactato no sangue tem sido um parâmetro metabólico frequentemente utilizado para quantificar a intensidade do esforço realizado pelo atleta durante treinamentos e competições em diversas modalidades esportivas. Lactato 07/10/2014 35 Pode ser definido como a intensidade de exercício em que a concentração sanguínea de lactato começa a aumentar abruptamente ou com a intensidade de exercício em que uma concentração sanguínea fixa de lactato é atingida, que é de 2,0 a 2,5 mMol/L. Limiar de Lactato RELAÇÃO LACTATO VS INTENSIDADE DE EXERCÍCIO 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 VELOCIDADE (Km/h) 0 2 4 6 8 10 12 14 L A C T A T O ( M m ) Limiar Anaeróbio (Lan) 07/10/2014 36 FIM
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