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MIRIAN DE FARIA ALBERNAZ RA: 8067915 Currículo e Avaliação da Educação Trabalho apresentado ao Centro Universitário Claretiano para a disciplina Currículo e Avaliação da Educação, como requisito parcial para obtenção de avaliação, ministrado pelo professor: Karina de Melo Conte. Batatais (Goiânia) 2019 1) Considerando que, na Educação Infantil, as aprendizagens e o desenvolvimento das crianças têm como eixos estruturantes as interações e as brincadeiras, assegurando-lhes os direitos de conviver, brincar, participar, explorar, expressar-se e conhecer-se, como a organização curricular da Educação Infantil na BNCC está estruturada? A Educação Infantil é a primeira etapa da educação básica o início e o fundamento do processo educacional, de acordo com a BNCC a educação infantil está dividida em duas fases em creches e pré-escolas, onde entendesse que o cuidar esta indissociável ao processo educativo. No processo educativo as famílias tem um papel importante, pois é no ambiente familiar onde as crianças desenvolvem suas primeiras vivencias e conhecimento de mundo, que são acolhidos dentro do contexto escolar. De acordo com a BNCC, a organização do currículo na Educação Infantil está estruturada em cinco campos de experiência são eles: Eu o outro e o nós; Corpo, gestos e movimentos; Traços, sons, cores e formas; Escuta, fala, pensamento e imaginação; Espaço, tempo, quantidades, relações e transformações. Dentro desses campos são definidos os objetivos de aprendizagem e desenvolvimento. O eixo estruturante nas práticas pedagógicas na Educação Infantil advém das interações e brincadeiras, experiências pelas quais as crianças podem apropriar-se de conhecimentos por meio de suas ações e interações com seus pares e com os adultos, o que possibilita aprendizagem desenvolvimento e socialização, ou seja o desenvolvimento integral da criança. As Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Infantil (DCNEI, Resolução CNE/CEB nº 5/2009)27, em seu Artigo 4º, definem a criança como sujeito histórico e de direitos, que, nas interações, relações e práticas cotidianas que vivencia, constrói sua identidade pessoal e coletiva, brinca, imagina, fantasia, deseja, aprende, observa, experimenta, narra, questiona e constrói sentidos sobre a natureza e a sociedade, produzindo cultura (BRASIL, 2009). Toda via, a BNCC ressalta que os campos de experiências e os seus objetivos não devem ser compreendidos como um currículo do ponto de vista conceitual, mas antes de tudo uma ferramenta que auxilie o professor a planejar suas aulas, observando o que deve ser trabalhado em cada faixa etária. 2) Entendendo que as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental de Nove Anos (Resolução CNE/CEB nº 7/2010), sinaliza os desafios à elaboração de currículos para essa etapa de escolarização, de modo a superar as rupturas que ocorrem na passagem não somente entre as etapas da Educação Básica, mas também entre as duas fases do Ensino Fundamental: Anos Iniciais e Anos Finais. Como está estruturada a BNCC do ensino fundamental? A BNCC define nos anos iniciais a progressão das múltiplas linguagens se da através das consolidações de das aprendizagens anteriores, diferentemente da Educação Infantil, articulando assim o trabalho com as experiências anteriores e valorizando as situações lúdicas de aprendizagem. A articulação entre a Educação Infantil e o Ensino Fundamental deve prever tanto a progressiva sistematização dessas experiências quanto o desenvolvimento, pelos alunos, de novas formas de relação com o mundo, novas possibilidades de ler e formular hipóteses sobre fenômenos, de testa-las, e refuta-las, de elaborar conclusões, em uma atitude ativa na construção do conhecimento. Na elaboração dos currículos e das propostas pedagógicas devem ainda ser consideradas medidas para assegurar aos alunos um percurso contínuo de aprendizagens entre as duas fases do Ensino Fundamental, de modo a promover uma maior integração entre elas. Afinal, essa transição se caracteriza por mudanças pedagógicas na estrutura educacional, decorrentes principalmente da diferenciação dos componentes curriculares. A organização estrutural da BNCC no Ensino Fundamental como um todo se dá por áreas do conhecimento, são elas: Linguagens, Matemática, Ciências da Natureza, Ciências Humanas, cada uma delas tem competências especificas de área, que devem ser promovidas ao longo de todo o Ensino Fundamental, tal organização busca favorecer a comunicação entre os conhecimentos e aprendizagens das inúmeras disciplinas, agora chamadas de componentes curriculares. As áreas de conhecimento organizam-se em um ou mais componentes curriculares. Exemplo disso esta na área de Linguagens onde estão presentes os componentes curriculares: Língua portuguesa, Artes, Educação Física, Língua Inglesa, para cada um desses componentes, também são definidas competências especificas. 3) Faça uma análise de ambas as propostas curriculares, indicando pontos favoráveis e pontos desfavoráveis da BCNN. Sua análise trazer como referência pelos menos dois artigos que tragam visões distintas sobre o BNCC, ou seja, fundamentar teoricamente sua análise a partir das leituras realizadas até o momento e de um autor que é a favor da Base Nacional Comum Curricular e outro que seja contra. Pontos favoráveis Base Nacional Comum Curricular visa a melhorar a educação no Brasil como um todo. Um grande problema que a educação brasileira vem enfrentando é a diferença descomunal entre o nível de instrução de alunos de escolas públicas e particulares. A BNCC dessa forma, prevê que todos estudantes tenham desenvolvidos as mesmas competências, o que traria mais igualdade na distribuição da educação. Outro aspecto positivo é o fato dos conteúdos serem uniformes nacionalmente. Assim, a preparação dos estudantes para provas a nível nacional, como o ENEM, torna-se mais clara. Isso porque os conteúdos aplicados são previstos para todos os alunos em todo o Brasil. Um dos autores favoráveis à implementação da BNCC é gerente de Políticas Educacionais da Fundação Lemann, David Boyd, para ele a BNCC provocará mudanças em salas de aula é a “possibilidade de indução a uma forma de aprendizagem mais ativa, prática e menos expositiva”. Os dois pontos principais apontados por Boyd são: Primeiro trabalhar com um “conceito de 'aprendizagem' composto por dois elementos conectados: um conteúdo (fator externo ao aluno) vinculado a uma habilidade (fator interno ao aluno) de aplicar aquele conteúdo para determinado fim”. Segundo a descrição dos processos cognitivos na base, que “requerem um esforço maior do aluno do que apenas conhecer e decorar fatos”, ou seja, as aulas não serão meramente expositivas, novas formas de didáticas serão necessárias para alcançar os objetivos propostos. Pontos desfavoráveis Entre as questões polêmicas e que têm gerado discussão aparecem a antecipação da meta de alfabetização para o segundo ano do ensino fundamental, além da inclusão do ensino religioso no texto final do documento, com a indicação de objetos de conhecimento e habilidades. O respeito à diversidade aparece como um dos elementos centrais, expressando uma preocupação com as realidades locais e as particularidades culturais. Os opositores apontam que a padronização curricular seria contrária ao direito à diferença. O educador Daniel Cara, coordenador geral da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, que acompanhou o processo de elaboração e discussão da Base, opinou sobre a forma como a BNCC foi concebida e fez duras críticas a ao documento. Para o educador, a inclusão do ensino religioso no texto final, por exemplo, aliada à recente decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) que permitiu o ensino confessional nas escolas públicas, é um retrocesso. “A sociedade brasileira é diversa e o caminho trilhado pelo STF e pelo CNE deve sobrepor a matriz cristã, especialmente a católica, sobre as demais. Isso, inclusive, feregravemente o princípio da liberdade religiosa”, avalia. Quanto ao documento em si, Daniel viu “certa pasteurização de conteúdos e uma prolixidade que manifesta a insegurança do texto” e criticou mais especificamente dois aspectos: a “ausência da parte relativa ao ensino médio e a demanda pela alfabetização precoce das crianças, aos 7 anos de idade, contrariando dispositivos” do Plano Nacional de Educação. “Forçar a barra para a alfabetização precoce demonstra a incapacidade desse governo de ler os avanços científicos em matéria de psicologia, pedagogia, didática e neurociência”, diz Daniel no texto. “Todos eles indicam: é contraproducente acelerar forçosamente a alfabetização, que, a bem da verdade, não tem uma idade ‘certa’ para ocorrer.”
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