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pág. 1 
 
RADIOLOGIA 
 
APARELHO DE RAIO X 
É formado por braço articulado, painel de controle, cabeçote e base móvel. Somente o 
cabeçote é formado por: ampola de raio X, óleo isolante, câmara de expansão, dispositivo 
localizador, colimador, diafragma e filtro de alumínio. 
 
PROCESSAMENTO RADIOGRÁFICO 
• Revelação: onde doa-se elétron para os íons prata da emulsão; 
• Lavagem intermediaria: lavar o filme por 30 segundos removendo o revelador do filme; 
• Fixação: remover da emulsão os cristais não ionizados; 
• Lavagem final: deve ser executada em agua corrente durante 20 minutos para remover 
a solução fixadora; 
• Secagem: secar completamente o filme em temperatura ambiente. 
 
ERROS DE PROCESSAMENTO 
 Em caso de radiografias muito escuras (muito densa), houve tempo excessivo de 
revelação. Em caso de radiografias muito claras (pouco densas), houve tempo insuficiente de 
revelação. 
 Manchas amareladas podem ser causadas por falta ou pouco tempo de lavagem final. E 
manchas escuras ocorrem devido a pingos de substancia reveladora após o processamento da 
radiografia. 
 Também podem ocorrer distorções devido a angulação do cabeçote. 
 
TÉCNICAS RADIOGRAFICAS INTRABUCAIS 
• Técnica periapical com paralelismo: com o auxilio de posicionadores, o filme deve ficar 
paralelo ao longo eixo do dente e o feixe de raios X deve incidir perpendicularmente ao 
dente e ao filme; 
• Técnica periapical com bissetriz: o feixe de raios X deve incidir perpendicularmente a 
bissetriz do ângulo formado pelo longo eixo do dente e o filme radiográfico; 
• Técnica interproximal: registra em um único filme as coroas dentais e as cristas ósseas 
alveolares dos dentes superiores e inferiores. Indicado para avaliação de carie. 
 
TÉCNICA DE CLARK 
 É indicada para dissociação de raízes e condutos radiculares, localização de corpos 
estranhos, processos patológicos e anomalias. 
 A mesma diz que quando dois objetos se encontram na mesma linha e são vistos de 
frente, o mais próximo ira encobrir o mais distante. Se o observador desloca-se para direita ou 
para esquerda, o objeto mais distante (pela palatina) ira acompanhar o deslocamento. 
 São 3 incidências: ortoradial, mesioradial e distoradial. 
 
 
 
 
pág. 2 
 
DENTÍSTICA 
 
CLASSIFICAÇÃO DE BLACK 
• Classe I: cavidades preparadas em regiões de má coalescência. São elas: face oclusal de 
molares e pré-molares, 2/3 oclusal da face vestibular dos molares inferiores, face lingual 
dos incisivos e caninos superiores, 2/3 da face palatina dos molares superiores. 
• Classe II: cavidades preparadas nas faces oclusais e proximais dos pré-molares e 
molares. 
• Classe III: cavidades preparadas nas faces proximais dos incisivos e caninos, sem 
remoção do ângulo incisal; 
• Classe IV: cavidades preparadas nas faces proximais dos incisivos e caninos, com 
remoção do ângulo incisal; 
• Classe V: cavidades preparadas no terço gengival, não de cicatrículas, nas faces 
vestibular e lingual de todos os dentes. 
 
Exemplos de classificação de cavidades: M, D, MO, OD, MOD. 
 
PROTEÇÃO DO COMPLEXO DENTINO-PULPAR 
• Rasa: sistema adesivo (ataque acido 20 seg em esmalte e 15 em dentina, lavagem, secar 
a cavidade com bolinha de algodão embebida na clorexidina – aplicar uma camada e 
secar, aplicar outra camada e fotopolimerizar); 
• Media: cimento de ionômero de vidro + adesivo; 
• Profunda: cimento de hidróxido de cálcio + cimento de ionômero de vidro + adesivo; 
• Profunda com exposição pulpar: cimento de hidróxido de cálcio PA + cimento de 
ionômero de vidro + adesivo. 
 
RELAÇÕES INTERPROXIMAIS 
• Matriz: dispositivos com a finalidade de substituir as paredes ausentes da cavidade, 
devolvendo as características anatômicas do dente. Tem como objetivos a proteção do 
dente vizinho, substituir as paredes faltantes, dar forma correta a relação de contato; 
• Cunha de madeira: servem para estabilizar e permitir um correto ajuste da matriz na 
região cervical, além de ajudar a afastar os dentes e evita extravasamento de material 
na região cervical. 
 
ÍNDICE DE PLACA 
• Aplicar o corante em todas as superfícies dentarias; 
• Lavar para remover o excesso - Sugador o tempo todo na boca; 
• Colocar o pior índice do sextante. Códigos: 
o 0: sem nada; 
o 0,5: pontos esparsos; 
o 1: ate 1/3 da coroa; 
o 2: ate 2/3 da coroa; 
o 3: mais de 2/3 da coroa; 
• Somar e dividir o total pelo numero de sextantes presentes (ex: 6), obtendo o índice; 
pág. 3 
 
 
• Fazer porcentagem: 3 ---- 100% (máximo que o índice pode dar) 
 Nº --- X 
• Fazer uma conta para faces livres e uma para faces interproximais; 
• X no sextante que não tem nada; 
• Não conta oclusal. 
• + 35% à alto risco; 35% à médio risco; 35% à baixo risco. 
 
RESTAURAÇÕES 
Em caso de remoção da restauração em amalgama, deve-se usar a broca tronco cônica 
diamantada ou carbide em alta rotação com refrigeração, pois há menor remoção de estrutura 
dental sadia. Já quando deve-se remover a restauração em resina composta, a broca de escolha 
é a broca esférica diamantada em alta rotação com refrigeração. Quando remover tecido 
cariado, utilizar colher de dentina e fresas esféricas lisas em baixa rotação. 
Após a remoção deve-se fazer a limpeza da cavidade com clorexidina 2% e proceder 
para a proteção do complexo dentino-pulpar. 
 
Técnica incremental: faz-se incrementos oblíquos pois favorece a anatomia final e evita 
coração de polimerização. 
 
Em restaurações classe II tentar optar por preparos mais conservadores, que buscam 
manter a crista marginal no dente. Deve-se optar por slot horizontal entra a broca no sentido 
horizontal pela vestibular ou lingual. 
 
• Profilaxia: pedra pomes e agua (quando em resina); 
• Seleção da cor: escala VITA – terço cervical e médio; 
• Pré-acabamento faz na mesma sessão, mas o acabamento e polimento final deve ser 
feito após 24 horas; 
• Ajuste oclusal: MIH e lateralidade e protrusão; 
• Esmalte sempre com suporte de dentina à se não fratura; 
• Recortador de margem gengival para remover esmalte sem suporte; 
• Isolamento: 
o Anterior: de canino a canino à grampo no pré-molar; 
o Posterior: um para trás e dois para frente. 
 
Sequencia: anamnese à profilaxia à diagnostico à seleção das cores e resinas à 
anestesia à isolamento absoluto à preparo cavitario à condicionamento acido à proteção 
pulpar à inserção da resina à ajuste oclusal à acabamento e polimento. 
 
Usamos o sistema adesivo convencional de dois passos à condicionamento acido e aplica o 
adesivo. 
 
 
 
 
pág. 4 
 
REPARO DAS RESTAURAÇÕES 
Quando há falhas na restauração temos as seguintes opções: acabamento e polimento, 
reparo com selamento, substituição (grande perda, grande fratura ou carie secundaria). O 
reparo tem como vantagem a preservação de estrutura, menor risco de injuria pulpar, técnica 
simples, economia de tempo e material, menor custo para o paciente. 
Deve-se realizar exame radiográfico para avaliar presença e profundidade de 
infiltrações, fendas marginais, caries secundarias e restaurações insatisfatórias. 
 
Falhas com possibilidade de reparo: perda de forma ou desgaste da restauração, falta 
de retenção, alteração de cor e durabilidade do material restaurador, integridade marginal, 
pontos de contato deficientes, excessos ou defeitos cervicais; 
Falhas sem possibilidade de reparo: fratura do corpo da restauração, exposição do 
material de base ou forramento, diversas falhas numa mesma restauração, área elevada 
(concentração de tensão), lesões de carie secundarias. 
 
Quando há restauração de amalgama com fendas marginais, deve-se verificais pontos 
de contato (para ver se não é o motivo da fratura) e desgastar a margem com brocas pequenas 
(½ ou ¼), fazer ataque acido, adesivo e resina flow. 
Etapas do reparo em restaurações de resinacomposta: 
1. Profilaxia: escova de robson, taca de borracha, pedra pomes e agua; 
2. Seleção da resina composta: luz ambiente, fotopolimerizar o incremento; 
3. Isolamento; 
4. Preparo da superfície: remoção da parte comprometida e ataque acido; 
5. Aplicação dos agentes de união: sistema adesivo; 
6. Aplicação da resina composta selecionada: técnica incremental, tempo de 
fotopolimerização de acordo com o fabricante; 
7. Acabamento e polimento da restauração: movimentos em MIH, guias protrusivas e 
lateralidade – após 24 horas. 
 
PLANEJAMENTO INTERDISCIPLINAR 
O espaço biológico pode ser relacionado com dentistica, periodontia e prótese. Já as 
lesões periodontais com endodontia. Ele compreende a distancia entre a porção mais coronária 
do epitélio juncional (base do sulco histológico) e o topo da crista óssea alveolar. 
 
• É composto pelo epitélio juncional e fibras; 
• Tem cerca de 2,04mm (0,97mm referente ao epitélio juncional e 1,07mm referente a 
inserção conjuntiva); 
• Deve haver uma faixa de 2 a 3mm de estrutura dental sadia da porção mais apical do 
preparo ou restauração da crista óssea; 
o Se não, realizar osteotomia (baixa rotacao), pois esse espaço corresponde ao 
espaço biológico que não pode ser invadido; 
o É necessário um espaço de pelo menos 2mm para inserção (espaço biológico) 
do tecido conjuntivo acima da crista óssea e para o epitélio juncional inserir-se 
ao dente. 
 
pág. 5 
 
As restaurações devem sempre ser mantidas longe da gengiva (sempre que possível), 
pois se colocada subgengivalmente, tornam-se mais difíceis os procedimentos de higienização 
bucal do paciente para controlar a colonização bacteriana. 
Se a restauração invadir o espaço biológico, não haverá lugar para o aparelho de inserção 
(epitélio juncional e inserção conjuntiva). 
• Se houver perda de inserção e migração apical, haverá resposta inflamatória; 
• Por que o espaço biológico deve ser preservado? Todo o metabolismo periodontal se 
processa nele (defesa, ataque) – a doença periodontal depende do espaço biológico 
para se defender. 
 
Localização das margens da restauração ou preparo protético: supra sulcular, gengival, 
intra sulcular (limite cervical da restauração localizado dentro das dimensões do sulco gengival, 
sem invadir o espaço biológico de 0,5mm a 1mm do topo da crista gengival) e sub sulcular 
(jamais – limite cervical da restauração ou preparo invadindo o espaço biológico – fazer cirurgia). 
Com o objetivo de tornar as restaurações melhor adaptadas, há vários recursos para o 
afastamento gengival – cirurgias periodontais: 
• Retalhos periodontais: intervenção cirúrgica para criar morfologia ideal e restaurar 
contorno fisiológico; 
• Osteotomia: desgaste ósseo – quando não há espaço para inserção do espaço biológico; 
• Gengivectomia: corrigir o excesso de gengiva, ocorrendo assim o blow up, ou seja, as 
fibras gengivais se reorganizam mais apical (crescimento para cima); 
o Epitelização da ferida: entre 7 a 14 dias; 
o Cicatrização completa: em 4 a 5 semanas; 
o Nova unidade dentogengival: 45 a 60 dias. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
pág. 6 
 
RESTAURAÇÕES EM RESINA 
1. Anamnese; 
2. Profilaxia: deve ser feita com pedra pomes e agua, taca de borracha (superfícies lisas) e 
escova de robson (superfície oclusal) – não pode pasta profilática pois o óleo interfere; 
3. Diagnostico: atividade da lesão (ativa ou inativa) – uso de exame radiográfico; 
4. Verificação de contatos oclusais: checar contatos e tentar mantê-los sempre que possível, 
em estrutura dental sadia; 
5. Seleção das cores e resinas: o dente deve estar úmido para não interferir na seleção. 
Portanto o isolamento deve ser realizado depois da seleção; 
6. Anestesia; 
7. Isolamento absoluto: para não interferir nas propriedades dos materiais de proteção e 
restauradores – uso de cunha e matriz; 
8. Preparo cavitario e limpeza da cavidade: remoção do tecido desmineralizado. Paredes de 
fundo planas e lisas, ângulos arredondados, paredes circundantes devem ser paralelas entre 
si e perpendicular à parede de fundo, paredes da cavidade suportadas por dentina sadia – 
preparo conservador (mantes o max. possível de estrutura dental sadia); 
9. Proteção do complexo dentinho-pupar: de acordo com a profundidade da caixa; 
10. Condicionamento acido e aplicação do sistema adesivo: usar antes da aplicação do adesivo. 
São 20s em esmalte e 15s em dentina – exposição de fibras colágenas e dos túbulos 
dentinarios. Lavagem da cavidade. Secar cavidade com bolinha de algodão, deixando a 
dentina úmida e o esmalte seco. Aplicação do sistema adesivo, após inserir utilizar jatos de 
ar para evaporar o solvente e depois polimerizar – 2x; 
11. Inserção da resina composta: técnica incremental – inserir incrementos que apresentem 
pequeno volume, sendo polimerizados de maneira gradual, pois pode haver contração de 
polimerização causando fendas, e as resinas fotopolimerizaveis so polimerizam ate onde a 
luz alcança; 
12. Ajuste oclusal: o dente deve estar seco e deve-se utilizar papel carbono + pinça Muller. 
Remover com brocas diamantadas F e FF; 
13. Acabamento: 
o Dentes posteriores classe II onde teve muito excesso de material deve-se retirar 
o excesso com lâmina de bisturi nº 12; 
o Tiras de lixa em classe III e IV para manter a convexidade cervico-incisal, com 
movimentos de tração. A inserção da lixa deve ser pela parte neutra, onde não 
tem granulação; 
o Desgastar com brocas multi-lâminadas de 12 ou mais laminas, sendo com forma 
de Chama e Piriforme para vertentes das cúspides e formato Esférico para 
sulcos; 
o Discos abrasivos - 4 granulações, sempre indo do mais escuro para o mais claro, 
ou seja, do mais granuloso para o menos granuloso. A parte áspera é a superfície 
ativa do disco. 
14. Polimento: 
o Brocas diamantadas F (fina) e FF (extrafina); 
o Pontas siliconadas sem pasta. A forma da ponta ativa irá depender do local a ser 
trabalhado; 
o Discos de feltro + Pasta diamantada; 
pág. 7 
 
RESTAURAÇÕES EM AMALGAMA 
1. Preparo cavitário: remoção do tecido desmineralizado. Paredes de fundo planas e lisas, 
ângulos arredondados, paredes circundantes devem ser convergentes para oclusal; 
2. Proteção do complexo dentinho-pupar: de acordo com a profundidade da caixa; 
3. Trituração do amalgama: pó + liquido; 
4. Inserção do amálgama: porta amálgama; 
5. Condensação: eliminação do excesso de mercúrio, melhor adaptação e contato íntimo do 
amálgama com as paredes cavitárias; 
6. Brunidura pré-escultura: diminuição do conteúdo de mercúrio residual e da porosidade do 
amálgama – obtenção de uma superfície lisa e melhorar adaptação marginal; 
7. Escultura: reprodução de detalhes anatômicos, início nas vertentes da cúspide; 
8. Brunidura pós-escultura: diminuição do conteúdo de mercúrio residual e da porosidade; 
9. Ajuste oclusal: verificação de contatos oclusais, MIH, protrusão e lateralidade; 
o Com brocas diamantadas F de baixa rotação; 
o Bater carbono para remoção dos pontos de contato 
10. Acabamento: 
o Com brocas multi-lâminadas de 12 ou mais laminas, sendo com forma de Chama e 
Piriforme para vertentes das cúspides e formato Esférico para sulcos - com 
refrigeração; 
o Nunca fazer movimentos vai e vem, porque esquenta e risca a restauração. O 
movimento deve ser no sentido contrario ao movimento da broca; 
o Pedras montadas o Sonda exploradora para ver se a superfície se encontra lisa, sem 
degraus; 
o Tiras de lixa - usado em restauração classe II. Começando com o lado que é mais 
granuloso e finalizar com o lado menos granuloso. 
11. Polimento: 
o Taça de borracha em forma de cone para vertentes e sulcos, e taça de borracha em 
forma de taça em vertentes lisas e cristas marginais. A taça pode ser a seco ou com 
gel específico. Semprena maior granulação para menor granulação; 
a. 1º marrom (maior granulação); 
b. 2º verde (granulação media); 
c. 3º azul (menor granulação); 
o Tiras de lixa em restauração classe II com pasta abrasiva; 
o Taça de borracha ou escova Robinson + álcool 96º e óxido de zinco ou Amalgloss + 
álcool 96º / água ou pedra pomes + álcool 96º / água. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
pág. 8 
 
PERIODONTIA 
 
Uma gengiva normal tem características como: cor rósea ou rosa pálido, contorno em 
forma de arco (depende a forma e alinhamento do dente), forma em lamina de faca, gengiva 
inserida fortemente aderia ao periósteo e pontilhada (aspecto de casca de laranja – devido a 
fusão das cristas epiteliais com as papilas do tec. conjuntivo), a posição ideal é nível da gengiva 
marginal junto com a junção amelo-cementaria, e ausência de sangramento. 
 
INSTRUMENTAIS 
• Cureta McCall – supragengival (dois ângulos de corte): 
o 13-14: Anteriores; 
o 17-18: Posteriores; 
• Cureta de Gracey - subgengival (um ângulo de corte): 
o 3-4: Anteriores; 
o 5-6: Anteriores e pré; 
o 11-12: Posteriores mesial; 
o 13-14: Posteriores distal; 
• Sondas: 
o Norte Carolina: Milímetros; 
o WHO: Profundidade de sulco 3,5 e 5,5 mm; 
o Nabers: Medir bifurcações; 
• Outras: 
o Foice monoangulada goldmanfox: Raspador mais bruto; 
o Recortador gengival: Recortar margem gengival. 
 
EXAME DE PSR 
O exame de PSR avalia o risco do paciente em desenvolver determinada doença. Com a 
sonda WHO são feitas 6 sondagens em casa dente, e o maior valor do sextante (em códigos) 
deve ser anotado. Apenas em pacientes maiores que 18 anos. Códigos: 
 
• *: indica presença de mobilidade, envolvimento de furca, retrações gengivais maiores 
que 3.0mm ou problemas mucogengivais no sextante; 
• Código 0: parte colorida totalmente visível, sem sangramento (gengiva normal ou 
normalizada); 
• Código 1: parte colorida totalmente visível, com sangramento; 
• Código 2: parte colorida totalmente visível, com sangramento, mas com fatores 
retentivos (calculo, excesso ou falta de material restaurador, próteses); 
• Código 3: parte colorida parcialmente visível ou parcialmente coberta (+ que 3.0mm = 
processo inicial de perda óssea); 
• Código 4: parte colorida totalmente coberta (mais que 5.5mm de bolsa). 
 
 
 
 
 
 
pág. 9 
 
PERIOGRAMA 
• Dente e/ou porção coronária ausente: preencher em preto; 
• Dente incluso: contornar em preto; 
• UEC-MG (distância entre união esmalte-cemento e margem gengival): marcar os valores 
na linha correspondente de cada quadrado, em preto. Lembrar que o ponto de partida 
é a UEC; 
o Retração gengival: valor positivo (por ex. 2); 
o Hiperplasia gengival: valor negativo (por ex. -2) ; 
o MG = UEC: valor zero; 
• Traçar no gráfico a posição da margem gengival em relação à UEC em azul; 
• PCS (profundidade clínica de sondagem): marcar os valores na linha correspondente de 
cada quadrado, em preto. Lembrar que o ponto de partida é a MG; 
o Se houver sangramento à sondagem (SS) fazer um ponto vermelho acima ou 
abaixo do número correspondente; 
o Pintar no gráfico, em vermelho, os valores ≥ 4.0 mm; 
• NCI (nível clínico de inserção): somar os valores de UEC-MG e PCS. Anotar os valores na 
linha correspondente de cada quadrado, em preto; 
• Mobilidade: seguir a classificação de Miller (grau 1, 2 ou 3). Anotar em azul na face 
oclusal do dente correspondente. 
o 1: movimento vestibul-lingual; 
o 2: movimento vestíbulo-lingual e mesio-distal; 
o 3: gira em torno do seu eixo; 
• Envolvimento de furca: seguir a classificação de Hamp (grau I, II ou III). A ponta do 
triângulo deve apontar para a furca envolvida. Desenhar, em vermelho, triângulos, 
como a seguir: 
o Grau I: 
o Grau II: 
o Grau III: 
• Problema muco-gengival: freio, recessão gengival, quant. insuficiente de gengiva 
inserida, etc. Marcar um * verde entre o quadrado e o desenho do dente envolvido; 
• Tratamento endodôntico e/ou lesão periapical: desenhar, em azul, imitando a condição 
radiográfica; 
• Diastema: desenhar, em azul, o símbolo || entre os dentes envolvidos; 
• Contatos interproximais insuficientes: desenhar, em azul, o símbolo = entre os dentes 
envolvidos; 
• Cárie e/ou excesso marginal: desenhar, em vermelho, o símbolo ≈ na face 
correspondente; 
• Implante dentário: desenhar, em preto, o símbolo sobre o dente que está substituindo; 
• Prótese fixa: desenhar, em preto, o símbolo |_______| sobre os dentes adjacentes ao 
espaço protético. O(s) pôntico(s) é (são) simbolizadas) pelo preenchimento da(s) raiz(es) 
em preto. 
 
 
 
 
pág. 10 
 
CLASSIFICAÇÃO DAS DOENÇAS PERIODONTAIS 
• Uteis na elaboração de diagnostico, prognostico e plano de tratamento; 
• Ex: gengivite induzida por placa modificada por medicamento. 
 
I - Doenças gengivais 
 
Doenças gengivais induzidas pela placa: 
• Gengivite induzida por placa e associada com placa dental somente 
o Sem outros fatores contribuindo; 
o Com fatores locais contribuindo (anatomia dental, restaurações, fratura); 
• Doenças gengivais induzida por placa e modificada por fatores sistêmicos 
o Associada ao sistema endócrino (puberdade, ciclo menstrual, gravidez, diabetes 
mellitus); 
o Associada a discrasiais/alterações sanguíneas (leucemia, anemia falciforme); 
• Doenças gengivais induzida por placa e modificada por medicamentos (ciclosporina) 
o Doenças gengivais influenciadas por drogas (hiperplasia gengival); 
o Gengivite influenciada por drogas (contraceptivos orais); 
• Doenças gengivais induzida por placa e modificadas por má nutrição 
o Gengivite associada com deficiência de vitamina C, outras. 
 
Doenças gengivais não induzidas pela placa: 
• Doença gengival causada por bactéria especifica (Neisseria gonorrheae, Treponema 
palidum, Streptococus sp, etc); 
• Doença gengival causada por vírus (herpes vírus – apresenta-se com ulcerações, muita 
dor, sem acumulo de biofilme possivelmente); 
• Doença gengival causada por fungos (candidíase gengival generalizada, eritema gengival 
linerar, histoplasmose, etc); 
• Doença gengival de origem genética (fibromatose gengival hereditária); 
• Manifestações gengivais de condições sistêmicas 
o Desordens mucocutanas (liquen plano, eritema multiforme, induzidas por 
drogas, etc); 
o Reações alérgicas (a material restaurador, dentifrício, enxaguatórios, 
alimentos); 
• Lesões traumáticas (injurias químicas, físicas, térmicas); 
• Reações de corpo estranho; 
• Não especificada. 
 
Periodontite: perda óssea sempre esta associada ao biofilme 
 
 
 
 
 
 
pág. 11 
 
II - Periodontite crônica – classificadas por extensão e severidade (mais em adultos): 
• Extensão (localização): 
o Localizada: sitio em apenas um sextante; 
o Generalizada: em mais de um sextante; 
 
• Severidade (gravidade): 
o Leve (ate 1/3 de perda de inserção); 
o Moderada (de 1/3 a ½ de perda de inserção); 
o Severa (mais de ½ de perda de inserção) 
 
 
III - Periodontite agressiva – casos fora do padrão, destruição rápida em sítios específicos, 
muitas vezes a gengiva parece estar normal mas na sondagem é profunda a perda (mais em 
jovens) – NÃO TEM FATOR PREDISPONENTE: 
• Localizada: inicio próximo a puberdade, perda de inserção localizada em INCISIVOS e 1º 
MOLARES; 
• Generalizada: normalmente atinge pessoas abaixo de 30 anos e idosos, INCISIVOS E 1º 
MOLAR estão afetados, mas deve haver pelo menos MAIS UM SÍTIO nos outros dentes 
(ex: 2º pré-molar). 
 
 
IV - Periodontite como manifestação de doença sistêmica: 
• Associada a desordens hematológicas (neutropenia adquirida, leucocemias, etc); 
• Associado com desordens genéticas (síndrome de down, síndrome de papillon, etc); 
 
 
V - Doença periodontal necrotizante: 
• Gengivite ulcerativa necrotizante (GUNA): necrose com inversão de papila,doe e 
sangramento, causada por fumo, higiene oral precária, má nutrição e stress. Sensação 
de cunha entre os dentes e gosto metálico, dor e mau hálito. 
o Tratamento: remoção dos irritantes locais (gaze para remover o tecido 
necrótico) , controle químico do biofilme, reestabelecimento progressivo das 
medidas de higiene. Metronidazol 250mg 3x por dia (antibioticoterapia) 
• Periodontite ulcerativa necrotizante (PUNA): perda ossea e necrose tecidual; 
 
 
 
 
 
 
 
VI - Abcesso periodontal: 
• Abcesso gengival, abcesso periodontal e pericoronarite (tirar da fase aguda para 
diminuir carga viral, depois exodontia). 
 
GUNA: presença de pseudomembrana e gosto metálico, origem bacteriana, acomete indivíduos mais 
adultos, acoteme gengiva marginal e inserida (áreas interproximais). 
Gengiva estomatite herpética (GEHA): acomete indivíduos mais jovens, origem viral e distribuído pela 
mucosa. 
pág. 12 
 
VII - Periodontite associada com lesões endodônticas: 
• Lesões combinadas periodonto-pulpares 
• Periodonto primaria: começa pelo periodonto; 
• Endodôntico primaria: começa pela polpa e via canais acessórios chega ao periodonto; 
• Combinada: ambos; 
 
 
VIII - Condições e deformidades de desenvolvimento ou adquiridas (deformidades 
mucogengivais ou trauma): 
• Fatores locais relacionados ao dente que modifica ou predispõem a placa causadora da 
doença gengival periodontal (anatomia dos dentes, restaurações, fraturas radiculares, 
reabsorção cervical, etc); 
• Deformidades mucogengivais e condições ao redor do dente (recessão gengival, freios, 
bridas, etc); 
• Deformidades mucogengivais e condições em áreas edentulas; 
• Trauma oclusal: 
o Primário: periodonto saudável não da conta das forças mastigatórias; 
o Secundário: periodonto reduzido não da conta da demanda fisiológica; 
 
São doenças periodontais agudas: GEHA, GUN, PUN, abcesso gengival e periodontal, 
pericoronarite. 
 
FATORES 
• Determinantes: são considerados os causadores principais da doença, sem ele a doença 
não aparece. Responsáveis pelo inicio, desenvolvimento e manutenção da doença. – 
biofilme; 
• Predisponentes: são fatores que interferem na quantidade e qualidade da placa, 
propriciando a retenção/impacção de alimentos. A presença de fatores predisponentes 
não significa que o individuo terá doença periodontal. Podem ser: morfologia do 
periodonto, fatores iatrogênicos, problemas mucogengivais, aparelhos, sistema 
imunológico, hereditariedade; 
• Modificadores: podem exacerbar a doença, podendo atuar como predisponentes 
(facilita a incidência) e depois modificadores (agravando e modificando o curso da 
doença já instalada) – doenças sistêmicas, pacientes fumantes, trauma. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
pág. 13 
 
CASO CLINICO 
Queixa principal: mobilidade dentária (pode ter sido causada por trauma) e dor abrir a 
boca (disfunção). 
 
• Alérgico a penicilina à clindomicina; 
• Tabagista: 1 maço de cigarro por dia à fator modificador; 
• Range os dentes dormindo à bruxismo; 
• Escova os dentes 3x ao dia, não faz uso de fio dental, escova de cerdas macias e cabeça 
grande, última visita ao dentista a quatro meses, gengiva sangra como escovação. 
 
Quando utilizar antibiótico em periodontia? R: quando houver abscesso ou 
linfodenopatia. Somente raspagem não há necessidade 
 
PSR: 4 4 4 
 4 4 4 
 
Fatores determinantes: associação placa cálculo; 
Fatores predisponentes: restaurações e próteses mal adaptadas, contato anormal das ameias, 
margem cervicais subgengivais; 
Fatores modificadores: fumo, fatores traumatizantes (contatos do oclusais excessivos, hábitos 
parafuncionais); 
 
Diagnóstico: periodontite crônica severa e generalizada 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
pág. 14 
 
ENDODONTIA 
 
CONICIDADE: 
• Lima 30.02 à D0: = 0,30mm à aumenta 0,02mm a cada 1; 
• Ex: D7 no instrumento 40 manual (40.02) à D0 = 0,40mm... D7 = 0,54mm. 
 
TIPOS DE LIMA 
 A lima K é utilizada em canais apertados com cinemática de alargamento e limagem. 
Possui secção transversal quadrangular, guia de penetração inativa, instrumento torcido. 
 A lima F (flexofile) é utilizada em canais curvos com cinemática de alargamento e 
limagem. É mais flexível e possui maior numero de espirais, instrumento torcido de secção 
transversal quadrangular ou triangular. 
 A lima H é utilizada em canais retos com cinemática de limagem. Possui baixa 
flexibilidade, formato aspiral e grande capacidade de corte. 
 A lima MTWO possui anais no cabo: 01 é conicidade 04, 02 é conicidade 05, 03 é 
conicidade 06, 04 é conicidade 07. 
 
PLANEJAMENTO ENDODONTICO 
1. Radiografia diagnóstica – Ingle; 
2. Isolamento absoluto; 
3. Desinfecção do lençol de borracha com hipoclorito; 
4. Determinar o ponto de eleição: 
o Anteriores: 2-3 mm acima do cíngulo; 
o Posteriores: fossa central; 
5. Determinar direção de trepanação: 
o Anteriores: perpendicular ao longo eixo do dente; 
o Posteriores: paralelo ao longo eixo do dente; 
6. Acesso a câmera pulpar: 
o Esmalte: broca esférica diamantada 
o Dentina: broca esférica carbide 
7. Regularizar as paredes circundantes da câmara pulpar dando-as expulsividade com 
broca ENDO –Z; 
8. Usar explorador nº 5 para saber se tirou todo material pulpar/necrótico; 
9. Determinar forma de contorno: 
o Incisivos: triangular com base voltada para incisal; 
o Caninos: forma de lança; 
o Pré- molares: 
§ Superior: oval; 
§ Inferior: circular; 
o Molar: 
§ Superior: triangulo regular com base maior voltada para vestibular; 
§ Inferior: trapezoidal com face maior para mesial 
10. Irrigar câmara pulpar e embocadura do canal com ENDO-PTC utilizando seringa de 5ml 
com agulha endo TIP – azul; 
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11. Gotejar hipoclorito de sódio 2,5% utilizando seringa com NaviTips – agulha deve ser 
introduzida 3mm antes do CRT; 
o Aspirar com cânula White Mac; 
12. Odontometria: 
o CRI= CAD – 3; 
o CRD= CRI+/- AJUSTE; 
o CRT= CRD – 1; 
o CAD (comprimento aparente do dente): usar o compasso medindo na 
radiografia desde a cúspide ao ápice; 
o CRI (comprimento real do instrumento): CAD- 3; 
o Exploração do canal – introduzir lima de fino calibre (10,15) até o CRI com 
cinemática de cateterismo (1/4 de volta anti-horario e horário com leve 
pressão); 
o Radiografia com lima no canal; 
o Ajuste apical: medir a distancia da ponta do instrumento ate o forame apical 
com compasso. 
§ Lima depois do forame = negativo (confirmar ajuste); 
§ Lima antes do forame = positivo; 
§ Lima no nível do forame = 0; 
o OBS: valores de ajuste apical > 4 ou negativo confirmar o ajuste: O CRT passa a 
ser o novo CRI. Colocar a lima neste comprimento e radiografar começando 
novamente a odontometria; 
o CRD (comprimento real do dente): CRI +/- AJUSTE; 
o CRT (comprimento real de trabalho): CRD – 1 (1mm antes do forame, para que 
não haja extravasamento no periodonto). 
 
PREPARO CERVICAL SERIADO (CANAIS AMPLOS E RETOS) – MANUAL 
Preparo de terço cervical e médio com Gates-Glidden: 
1. Subtrair do CRT o comprimento da coroa à obtém o comprimento da raiz; 
2. Dividir o tamanho da raiz em 3 (terço cervical, médio e apical); 
3. Somar comprimento da coroa + terço cervical + terço médio à onde trabalhar com a 
GG em baixa rotação. 
4. Irrigar com hipoclorito 2,5% e Endo PTC leve a câmara pulpar e entrada dos canais; 
5. Entrar com GG1 (50 de diâmetro) em um movimento único de avanço e retrocesso no 
final do terço médio; 
6. Irrigar com hipoclorito 2,5% e Endo PTC leve e aspirar (2 a 3mm aquém do CRT); 
7. Entrar com GG2 (70 de diâmetro) 2mm aquém da GG1 à proceder ate a GG4. 
 
Preparo do terço apical com limas manuais: 
1. Irrigar a câmara pulpar e entrada do canal com Hipoclorito 2,5% e Endo PTC; 
2. Seguindo a seriação das limas a partir do instrumentodeterminado na odontometria 
(quando se ajustou ao CRT – # anatômico), deve-se utilizar no mínimo 4 instrumentos 
para o aumento do diâmetro do canal, chegando no mínimo no diâmetro #40; 
3. Ex: utilizou lima #15 à #20, #25, #30, #35 mas deve chegar ate o #40, então � #20, #25, 
#30, #35, #40; 
pág. 16 
 
4. Sempre trocando a substancia química a cada troca de lima (hipoclorito + endo PTC leve) 
através da aspiração e irrigação. 
 
INSTRUMENTAÇÃO ROTATÓRIA (CANAIS CURVOS E ATRÉSICOS) – MTWO 
1. Irrigar com Hipoclorito de sódio 2,% e Endo PTC a câmara pulpar e entrada dos canais; 
2. Exploração do contudo com lima manual de fino calibre (#15) no CRI – garantindo livre 
acesso a porção apical do canal; 
3. Se necessário, remover interferências do terço cervical com broca CPdrill (baixa 
rotação); 
4. Motor de endo no sentido horário com as MTWO na sequencia: 10/04 (roxa), 15/05 
(branco), 20/06 (amarelo), 25/06 (vermelho), 30/05 (azul), 35/04 (verde), 40/04 (preto), 
(45/04 (branco), 50/04 (amarelo), 60/04 (azul)); 
o Calibrar lima no CRT; 
o Fazer 4 movimentos de avanço e retrocesso, se não chegou no CRT, remove o 
instrumento, limpa (gaze e álcool), troca substancia química e volta a 
instrumentar. 
 
MEDICAÇÃO INTRA CANAL – MIC 
1. Irrigação do canal com EDTA-T com agulha fina a 2mm do CRT – aguardar de 3 a 5 
minutos; 
2. Irrigar com hipoclorito de sódio 2,5% no CRT; 
3. Secar com cânulas de aspiração grossa (branca), media (verde) ou fina (roxa); 
4. Secar com cones de papel absorvente (CellPack) com calibre correspondente ao 
diâmetro da ultima lima no CRT. 
 
Polpa viva: 
1. Seringa estéril com ponta de irrigação NavTips amarela; 
2. Completar com 7 gostas de OTOSPORIN e irrigar canal a 2mm do CRT; 
o Em sessão única: deixar agir por 5 min; 
o Em sessão fracionada: deixar agir de 3 a 5 dias (7 no max); 
3. Aspirar excesso coronário, mantendo canal preenchido; 
4. Selamento triplo da cavidade: mecha de algodão (3), bastão de guta-percha (2), coltosol 
(1). 
 
Polpa mortificada: 
1. Espatular sobre placa de vidro uma porção de HIDROXIDO DE CALCIO PA + 2 ou 3 gotas 
de POLIETILENOGLICOL 400; 
o Sem lesão apical: 7 dias; 
o Com lesão apical: 14 dias; 
2. Inserir medicação a 2mm do CRT com lentulo de diâmetro menor (preparo ate #40 � 
lentulo #35 ou #30) à vermelho (25), azul (30), verde (35), preto (40); 
3. Verificar rotação do instrumento lentulo para inserir a medicação corretamente e não 
fraturar (rotação no sentido horário); 
4. Remover excesso coronário com algodão, mantendo o canal preenchido; 
5. Selamento simples da cavidade: coltosol. 
pág. 17 
 
OBTURAÇÃO DO CANAL 
• Limite da obturação: 1mm aquém do ápice à CRT; 
• Técnica cervical seriada: técnica do cone principal com secundários; 
• Instrumentação rotatória: técnica do cone único. 
 
1. Isolamento; 
2. Remoção da restauração provisória; 
3. Irrigação e aspiração com hipoclorito de sódio 2,5% para remover MIC; 
4. Introduzir a ultima lima usada no PQM para auxiliar a remoção do MIC; 
5. Irrigar com EDTA-T por 3 a 5 min e em seguida hipoclorito de sódio 2,5% para remoção 
do mesmo; 
6. Secagem com canulas e cones de papel absorvente; 
7. Seleção dos cones de guta-percha (mesmo diâmetro do ultimo instrumento usado); 
8. Adaptação dos cones – com régua calibradora; 
9. Desinfecção dos cones de guta-percha com hipoclorito de sódio 5,25% por 1 minuto; 
10. Testes: 
a. Visual (mensura o comprimento de trabalho no cone – visualizar se chegou no 
CRT); 
b. Tátil (se o cone esta justo ao diâmetro do canal no CRT); 
c. Radiográfico (confirmar através do exame radiográfico se o cone chegou ao 
CRT); 
11. Espatulação do cimento endodôntico (Sealer 26) – liso, brilhante, homegeneo, formar 
fio de 1,5 a 2,5 cm; 
12. Inserir cimento e cone principal e secundários (técnica servical seriada) ou cone único 
com cimento (técnica com rotatórios); 
 
Técnica do cone principal com secundários – técnica cervical seriada: 
1. Envolver a ponta do cone principal no cimento; 
2. Inserir cone principal no canal radicular com movimentos de avanço e retrocesso (fazer 
3x para passar cimento no canal); 
3. Colocar cone principal no CRT (calibrar na régua); 
4. Envolver cones secundários no cimento e inseri-los no espaço ate que fique todo 
preenchido; 
5. Radiografia de qualidade – verificar se não há bolhas ou espaços sem preenchimentos; 
6. Cortes do cone de guta-percha com condensador de guta-percha aquecido em 
movimento único ate a embocadura do canal; 
7. Limpeza da câmara pulpar com esponja e álcool 100%; 
8. Restauração do acesso endodôntico; 
9. Radiografia final sem isolamento absoluto (5ª radiografia). 
 
 Técnica do cone único – instrumentação rotatória: 
1. Envolver a ponta do cone principal no cimento; 
2. Inserir cone principal no canal radicular com movimentos de avanço e retrocesso (fazer 
3x para passar cimento no canal); 
3. Colocar cone principal no CRT (calibrar na régua); 
pág. 18 
 
4. Radiografia de qualidade – verificar se não há bolhas ou espaços sem preenchimentos; 
5. Cortes do cone de guta-percha com condensador de guta-percha aquecido em 
movimento único ate a embocadura do canal; 
6. Limpeza da câmara pulpar com esponja e álcool 100%; 
7. Restauração do acesso endodôntico; 
8. Radiografia final sem isolamento absoluto (5ª radiografia). 
 
SEMIOTÉCNICA EM ENDODONTIA – DIAGNÓSTICO 
Reconhecer a doença à estipular terapia à analisar viabilidade à prognostico. 
O diagnóstico do paciente consiste em 3 etapas: anamnese, exame físico-clinico e 
exames complementares. 
 
 
 
Consiste na queixa principal, historia medica e historia progressiva e atual; 
• Frequência continua ou intermitente; 
• Localidade ou irradiada; 
• Dor provocada ou espontânea; 
• Tempo que vem ocorrendo; 
• Duração da dor. 
 
 
 
São exames objetivos que definem se a dor é pulpar ou periodontal: 
• Avaliação extra-oral: inspeção visual e palpação; 
• Avaliação intra-oral: inspeção visual, palpação e percussão; 
 
Testes: 
1. Teste de sondagem: com sondas periodontais, verifica-se a presença de bolsas, 
inflamações, calculo, sangramento ou lesões próximas ao sulco gengival 
2. Teste de palpação: palpação digital, leve em tecido ósseo e mucosa, para verificar 
edema, dor, pápula, mobilidade – pressão apical com o dedo para verificar lesão; 
 
3. Teste de percussão: faz-se pressão com o cabo do espelho da seguinte forma: 
o Horizontal: pressiona a vestibular dos dentes verificando as fibras do ligamento 
periodontal lateral, mobilidade e sensibilidade; 
o Vertical: pressiona a incisal/oclusal dos dentes verificando o ligamento 
periodontal apical, pericemento, mobilidade e sensibilidade; 
4. Teste térmico: para avaliar se o dente esta vital ou necrótico – sempre associar com um 
dente assintomático (normalidade do paciente); 
o Teste frio: realizado com bolinha de algodão compatível com o tamanho da 
coroa, procedendo aplicação na vestibular do dente mais voltado para cervical; 
o Teste quente: vasilinar o dente, aquecer bastão de guta-percha e aplicar na 
vestibular do dente mais voltado para cervical; 
ANAMNESE 
EXAME FÍSICO-CLÍNICO 
pág. 19 
 
o Quando a polpa vital esta sem alteração, o tempo de estimulo e cessão da dor 
são os mesmos e são curtos (em torno de 2 segundo). Quando a polpa vital esta 
com alteração os tempos de estimulo e cessão da dor são bem distintos e o 
tempo de cessão da dor é aumentado; 
5. Teste de transiluminação: colocar sobre o dente luz do fotopolimerizador, e verificar 
alterações na passagem da luz na câmara pulpar; 
6. Teste de anestesia: realizar anestesia intraligamentar na distal do dente suspeito 
(ALGÓGENO); 
o Paciente pode-se queixar de dor em um elemento integro e sem sinais de 
alteração(DENTE SINALGICO), mas o profissional suspeita de outro dente que 
possui alterações e pode ser o gerador da dor reflexa (DENTE ALGÓGENO); 
7. Teste de cavidade: para confirmação de polpa necrosada, procede-se abertura da 
cavidade ate próximo a polpa sem anestesiar a região. Se o paciente relatar dor, significa 
polpa viva, se não relatar dor, significa polpa morta à endodontia. 
 
 
 
1. Radiografia periapical/tomografia: verificar condição pulpar, tecidos periapicais, osso, 
ligamento periodontal; 
2. Exames laboratorial: hemograma indica alterações do organismo frente a um processo 
inflamatório. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EXAMES COMPLEMENTARES 
pág. 20 
 
PULPOPATIAS 
 As pulpopatias podem ser classificadas em inflamatórias e degenerativas. As 
inflamatórias são: hiperemia (reversível), pulpite aguda (irreversível), pulpite crônica ulcerativa, 
pulpite crônica hiperplásica (pólipo pulpar). Já as degenerativas provem da idade do tecido 
pulpar e são: esclerose pulpar, reabsorção interna/externa, distrófica. 
 
PULPOPATIAS INFLAMATÓRIAS 
HIPEREMIA (REVERSIVEL): 
Alteração somente no teste frio. 
A dor é provocada (por frio), de curta duração, moderada, intermitente e intensa. 
É exacerbada por alimentos ácidos e açucares. 
Tratamento: remoção do estimulo (carie, fratura, infiltração). 
Utilizar medicação com analgesia se necessário. 
PULPITE AGUDA (IRREVERSIVEL): 
Muita alteração no teste térmico frio e calor. 
A dor é espontânea, de longa duração, intensa, pulsátil, intermitente e difusa. 
É exacerbada quando deita-se devido a irrigação cefálica. 
Tratamento: avaliar formação radicular. Realizar pulpectomia, mas em caso rizogenese incompleta, promover 
apicigenese e realizar pulpotomia. 
PULPITE CRONICA ULCERATIVA: 
Polpa exposta a cavidade bucal devido a destruição de tecidos duros, transforma-se em ulcera de aspecto 
granuloso e que sangra facilmente. 
Pode apresentar dor provocada com carie profunda com aspecto de lesão ulcerativa. 
Tratamento: avaliar formação radicular. Realizar pulpectomia, mas em caso rizogenese incompleta, promover 
apicigenese e realizar pulpotomia. 
Se necessário utilizar antibiótico e anti-inflamatório no local e, analgesia e anti-inflamatório sistêmicos. 
PULPITE CRONICA HIPERPLASICA (PÓLIPO PULPAR): 
Alteração no teste térmico frio e no teste de percussão vertical e exame radiográfico. 
A dor é provocada (somente) e de curta duração. 
A câmara pulpar resta exposta ao meio bucal devido a carie profunda, formando um pólipo pulpar encapsulado 
de cor avermelhada (epitelização do tecido). 
Tratamento: avaliar formação radicular. Realizar pulpectomia, mas em caso rizogenese incompleta, promover 
apicigenese e realizar pulpotomia. 
Se necessário utilizar antibiótico e anti-inflamatório no local e, analgesia e anti-inflamatório sistêmicos. 
 
PULPOPATIAS DEGENERATIVAS 
ESCLEROSE PULPAR: 
Redução da dimensão da câmara pulpar, causado por trauma e irritantes; 
O tecido esclerosado apresenta calcificações. 
REABSORÇÃO INTERNA/EXTERNA 
Interna: reabsorção interna a nível de raiz com aspecto elíptico ou ovoide. Tratamento com pulpectomia para 
cessar. 
Externa: ocorre por ocorrência patológica (inflamatória) ou fisiológica (trauma dental). 
DEGENERAÇÃO DISTRÓFICA 
Alterações estruturais da polpa por causas desconhecidas associadas ao envelhecimento detectáveis 
histologicamente. Assintomática. 
 
NECROSE PULPAR 
Ausência de dor, podendo ocorrer se houver alteração apical. 
Todos os testes dão negativos, podendo o exame radiográfico apresentar-se alterado ou não. 
Tratamento: penetração desinfetante. 
São elas: abcesso periapical crônico, abcesso periapical agudo, granuloma periapical e cisto periapical. 
pág. 21 
 
PERIAPICOPATIAS 
 Tem origem na evolução das alterações pulpares (somente a periodontite apical aguda 
de origem traumática/asséptica não depende). As periapicopatias podem ser divididas em 
agudas e crônicas. São agudas: pericementite (traumática, bacteriana e química) e abcesso 
periapical agudo. São crônicas (não tem dor): granuloma periapical, cisto periapical e abcesso 
periapical agudo. 
 
PERIAPICOPARIAS AGUDAS 
PERICEMENTITE: 
Aumento do espaço pericementario – sensação de dente crescido. 
Traumática/asséptica: 
• Alteração no teste de percussão vertical; 
• Dor aguda, provocada, de curta duração e intermitente; 
• Tratamento: ajuste oclusal. 
Infecciosa/séptica: 
• Alteração no teste de percussão vertical, teste térmico frio e exame radiográfico; 
• Dor aguda, espontânea, de longa duração, continua e localizada; 
• Tratamento: ajuste oclusal/penetração desinfetante. 
ABCESSO PERIAPICAL AGUDO: 
Fase inicial/celulite 
• Dor aguda, espontânea, longa duração, continua, pulsátil, localizada – muita dor; 
• Alteração: teste de percussão vertical, horizontal, frio e exame radiográfico. 
Fase de evolução/flagmao 
• Dor aguda, espontânea, media duração, intermitente e continua, pulsátil, localizada – dor moderada; 
• Destruição da lamina dura; 
• Alteração: palpação, percussão vertical, horizontal, frio, radiográfico. 
Fase evoluída/flutuação 
• Dor aguda, espontânea, de curta duração, intermitente e continua, pulsátil, localizada – pouca dor; 
• Alteração: palpação, percussão vertical, horizontal, frio, exame radiográfico; 
 
Tratamento: drenagem, tratamento endodôntico/exodontia. 
 
PERIAPICOPATIAS CRONICAS 
ABCESSO PERIAPICAL CRONICO 
Alteração no teste de percussão vertical; 
Não há dor; 
Presença de fistula e polpa morta com lesão; 
Tratamento: sem penetração desinfetante. 
GRANULOMA PERIAPICAL 
Alteração no teste de percussão vertical, teste térmico frio e exame radiográfico. 
Assintomático; 
Achado radiográfico; 
CISTO PERIAPICAL 
Alteração no teste de percussão vertical, teste térmico frio e exame radiográfico. 
Assintomático; 
Achado radiográfico; 
Tratamento: endodôntico/cirurgia. 
 
 
 
 
pág. 22 
 
PRÓTESE TOTAL 
 
 A prótese total é um aparelho protético do tipo removível, destinado a substituir todos 
os dentes ausentes do arco dental, assim como a parte gengival ausente, afim de restituir a 
função, estética e fonética. É classificada como mucosuportada. 
 
AREAS CHAPEAVEIS 
• Zona de suporte principal: região destinada a suportar a carga mastigatória e onde os 
dentes devem ser colocados. Na maxila vai de um tuber, passando pela crista do 
rebordo ate o outro tuber. Na mandíbula: abrange de uma papila piriforme a outra; 
• Zona de suporte secundário: ajuda a absorver a carga mastigatória, dando assim 
estabilidade. Na maxila passa ao longo das vertentes/flancos vestibulares e palatinas de 
uma tuberosidade a outra. Na mandíbula: vertentes/flancos vestibulares e linguais se 
iniciando na papila piriforme de um lado e terminando na do lado oposto; 
• Zona de selado periférico: mantem o vedamento periférico – retenção. Na maxila são 
as inserções musculares (freio labial superior, freio bucal, ligamento pterigomandibular, 
orbicular do lábio, incisivo superior). Na mandíbula são freio labial inferior, frio bucal 
inferior, linha obliqua externa, frio lingual e linha obliqua interna. 
• Zona de selado posterior: impede a entrada de ar e deslocamento da prótese Na maxila 
são 5 zonas: atrás da tuberosidade direita, região do forame palatino – fóvea direita, 
região da rafe palatina, região do forame palatino – fóvea esquerda, atrás da 
tuberosidade esquerda. Na mandíbula compreende os 2/3 posteriores da papila 
piriforme; 
• Zonas de alivio: regiões anatômicas que posteriormente possam causar incômodos ao 
paciente. Na maxila são elas a rafe palatina mediana, papila. Na mandíbula são elas 
forame mentoniano em caso de excessiva reabsorção, papila piriforme, região de freios 
e bridas e rebordo em lamina de faca. 
 
 
 
CURVAS DE COMPENSAÇÃO 
 São importantes pois os côndilosrealizam o movimento de Walker (para frente a para 
baixo), por isso faz-se necessário compensar o abaixamento dos côndilos com uma curva 
anteroposterior. 
 Se não houver curvatura durante a protrusão ocorrera o Fenômeno de Christensen, ou 
seja, a perda de contato entre os dentes superiores e inferiores na região posterior durante o 
movimento de protrusão. 
pág. 23 
 
• Curva de Spee: curva anteroposterior do arco dental com a inclinação da cavidade 
glenoide; 
• Curva de Wilson: curva que passa pelas cúspides V e P de pré-molares de uma 
hemiarcada ate a oposta. 
 
RELACIONAMENTO MAXILO MANDIBULAR VERTICAL 
 A dimensão vertical de oclusão (DVO) é a posição vertical da mandíbula em relação a 
maxila, quando os dentes inferiores e superiores estão em contato intercuspidico na posição de 
fechamento máximo. É estabelecida pelos dentes naturais quando estão presentes e em 
oclusão. Quando esta aumentada, pode causar desgaste precoce dos dentes de resina, 
aceleração no processo de reabsorção, dor na musculatura facial, problemas na fonética e etc. 
quando esta diminuída pode reduzir a eficiência mastigatória, levar a um perfil de polichinelo, 
falta de suporte nos ângulos da boca, sulcos e rugas faciais. 
 A dimensão vertical de repouso (DVR) é a posição da mandíbula em que os músculos 
elevadores e abaixadores se encontram em equilíbrio. É influenciada pelos dentes naturais, 
estado da ATM, cansaço muscular, etc. 
 O espaço funcional livre (EFL) é o espaço existentes entre as duas superfícies oclusais 
dos dentes maxilares e da mandíbula quando o paciente esta em repouso com a mandíbula na 
posição postural e com a cabeça reta. Na altura dos incisivos é em media de 3,3 mm o espaço. 
Caso haja espaço insuficiente, os dentes se tocam durante a fala, prejudicando a pronuncia e 
provocando cansaço muscular. 
 
RELACIONAMENTO MAXILO MANDIBULAR HORIZONTAL 
 A relação cêntrica é a posição de escolha para reabilitação pois é a única posição 
clinicamente reproduzível. É a posição articular onde o côndilo e o disco estão firmemente 
alojados na posição mais anterior e superior da cavidade glenoide, fixados por ligamentos e 
músculos. 
 A máxima intercuspidação habitual (MIH) é, a independente da posição dos côndilos, a 
posição em que há maior numero de contatos dentários, e na grande maioria não coincide com 
a relação cêntrica. 
 A oclusão cêntrica é a posição em que a relação cêntrica e a MIH coincidem, é a posição 
ideal dos côndilos. 
 Em PT usamos a relação cêntrica para montagem dos modelos no articulador, porem, 
quando os dentes artificiais estiverem em oclusão, a relação cêntrica devera ser igual a oclusão 
cêntrica, isto é, devemos ter o máximo de contato oclusal. 
 
PADRÕES OCLUSAIS 
 A oclusão em PT sempre será bilateral balanceada, pois na grande maioria dos casos o 
rebordo é desfavorável. Além de proporcionar estabilidade, retenção, equilíbrio, distribuição 
dos estresses da área basal e preservação do rebordo alveolar residual. 
 
 A oclusão mutuamente protegida é indicada quando o rebordo é favorável, geralmente 
quando o paciente é dentado. Nela os dentes posteriores protegem os anteriores na posição 
estática da mandíbula, e os anteriores protegem os posteriores durante os movimentos 
extrusivos (protrusão e lateralidade). Além disso possuem os guias de desoclusão: 
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• Guia protrusiva: os dentes anteriores inferiores deslizam pela concavidade palatina dos 
anteriores superiores, desocluindo os posteriores; 
• Guia canina (lateralidade): somente o canino do lado de trabalho (lado que a mandíbula 
vai) toca durante o percurso de desoclusão; 
• Função em grupo: 
o Parcial: quando o guia canino também mantem os pré-molares em toque; 
o Total: quando o guia canino também mantem os pré-molares e molares em 
toque; 
 
A oclusão bilateral balanceada não apresenta guia de desoclusão, mas possui contatos 
simultâneos bilaterais tanto em relação central quando nos movimentos excêntricos, sendo eles 
3 pontos: um anterior e dor posteriores. Além disso possui características como trespasse 
vertical 0mm e curvaturas de compensação (Spee e Wilson para não ocorrer o fenômeno de 
Christensen). 
• A falta curvatura de Wilson na lateralidade geraria a impossibilidade de balancear a PT, 
devido ao abaixamento que o côndilo sobre de um lado e elevação do outro; 
• A presença de pontos bilaterais simultâneos faz com que não haja o rompimento do 
selamento posterior e o descolamento da PT. 
 
A oclusão lingualizada é a mais indicada quando a reabsorção severa do rebordo. Nela 
as cuspdes de suporte se relacionam com as oclusais mandibulares tanto no lado de trabalho 
como no lado de balanceio, além de os dentes artificias superiores serem anatômicos e os 
inferiores serem ou semi-anatomicos ou funcionais. isso faz com que não gere forcas horizontais 
para não ter deslocamento ou perda de estabilização e retenção da PT. 
 
MOVIMENTOS MANDIBULARES 
O movimento de rotação é o processo de girar em torno de um eixo. Ocorre quando a 
boca abre e fecha em torno de um ponto fixo ou eixo dentro dos côndilos. 
O movimento de translação é o movimento no qual cada ponto do objeto que se move 
também, simultaneamente, a mesma velocidade e direção. 
 
Movimento de abertura e fechamento da boca: 
• Fase 1: A mandíbula sai da posição de oclusão (MIH) e vai para a posição de repouso 
muscular RC (mandíbula se desloca a custa do seu próprio peso); 
• Fase 2: abertura da boca no ato de preensão de pequenos objetos (palitos, pequenos 
alimentos), havendo equilíbrio dos músculos supra-hioideos e infra-hioideos; 
• Fase 3: abertura máxima da boca, havendo atuação dos músculos pterigoideo 
externo/lateral, digastrico, genioglosso e milo-hioideo; 
 
 
 
 
 
 
 
pág. 25 
 
FASES CLÍNICAS 
 Exame do paciente à moldagem inicial à moldeira individual à moldagem final à 
ajuste clinico do plano de orientação superior à montagem dos modelos no articulador à 
tomada do arco facial à registro da dimensão vertical à registro da relação cêntrica ou oclusão 
cêntrica à seleção dos dentes artificiais à prova dos dentes e seleção da cor da gengiva à 
instalação da PT à reajustes clínicos (3 sessões de proservação). 
 
EXAME CLÍNICO DO PACIENTE 
 Deve-se analisar a amplitude de abertura bucal, aspecto da área chapeavel, avaliar o 
espaço livre entre os rebordos (normal de 2 a 2,5mm), verificar presença de tuberosidade, 
tamanho e mobilidade da língua, verificar presença de raízes residuais, dentes inclusos, cisto e 
outros através do exame radiográfico e avaliar os fatores biológicos do paciente (saúde geral, 
idade, vícios...). 
 O exame da área chapeavel é o mais importante. Nele devemos analisar o aspecto e 
coloração da fibromucosa de revestimento, a altura e espessura dos rebordos, presença de 
anomalias ou formações ósseas que podem interferir na estabilidade da PT. 
 
• Analisar resiliência da mucosa: se esta flácida ocorrera desestabilização da PT, se esta 
rígida haverá desconforto. A mucosa resiliente/media é a ideal; 
• Forma dos maxilares: quadrado, triangular (os dentes ficam fora do rebordo, além de 
prejudicar a estabilidade e retenção) e oval (favorável); 
• Forma do rebordo: arredondado (mais favorável), triangular (lamina de faca) e 
estrangulado (em C, é o mais desfavorável); 
• Anomalias: hiperplasias (por câmara de sucção ou papilomatosa), ulceras traumáticas, 
quelite angular, candidíase e tumores – só iniciamos o tratamento após a cicatrização. 
 
MOLDAGEM ANATÔMICA/INICIAL 
 É estática e tem como finalidade verificar as inserções, tamanho, forma, inclinação e 
espessura do rebordo, e confeccionar a moldeira individual. 
 A escolha do material de moldagem: quando rebordo favorável à silicone pesado 
(elástico), quando rebordo retentivo à alginato (deforma e enrijece), quando rebordo 
extremamente reabsorvido à godivade alta fusão (rígido, consegue afastar melhor os tecidos 
e moldar o osso basal). 
 
 Como fazer: paciente com a cabeça ereta à seleção da moldeira de estoque TT 
iniciando pela do meio à escolha do material (quando alginato, deve-se forrar moldeira com 
cera utilidade, riscar com lecron e passar algodão para o alginato ficar retido) à colocar material 
na moldeira à colocar no paciente (colocar, centralizar e pressionar em região de pré-molares, 
sendo que na mandíbula moldar de anterior para posterior, e na maxila moldar de posterior 
para anterior, evitando extravasamento na orofaringe) à aguardar presa à retirar à lavar em 
agua corrente e passar clorexidina 4% à verter gesso à inverter molde sobre bancada. 
 
 
 
 
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CONFECÇÃO DA MOLDEIRA INDIVIDUAL 
 São mais precisas e devem conter alívios nos locais adequados. 
 
Como fazer: delimitar limite da moldeira (2 a 3mm da área chapeavel) à fazer alívios 
nas regiões retentivas à isolar modelo com isolante de resina acrílica à manipular a resina 
autopolimerizavel incolor à aplicar resina a na fase fibrilar e espalhar com o dedo molhado no 
monômero à cortar excesso com lecron à fazer cabo e inserir com 60º de inclinação para 
vestibular à acabamento e polimento com brocas minicut e maxicut ate a linha demarcatória 
à acabamento geral com lixa fina montada no mandril. 
 
MOLDAGEM FUNCIONAL 
 É a moldagem dinâmica que registra todos os detalhes anatômicos, inserções 
musculares e seus movimentos, assim dando mais retenção, estabilidade conforto e estética ao 
paciente. 
 Como fazer: dispensar pasta ZOE em porções iguais sobre papel de espatulação preso 
na placa de vidro à colocar pasta ZOE na moldeira à inserir moldeira no paciente, centralizar 
e pressionar com os 2 indicadores na região posterior e anterior (pressão uniforme) à deixar 
um dedo na posição central e com a outra mão tracionar lábios e mucosa julgar para baixo à 
fazer testes de retenção vertical e horizontal à processar gesso e verter sobre a moldeira para 
obter o modelo funcional. 
 
Moldagem postdamming ou do selado posterior: é uma moldagem complementar do 
selado posterior. Sobre a pasta ZOE, na região de selado posterior, deposita-se cera de baixa 
fusão e leva a boca do paciente, para assim remoldar zona de compressão e melhorar a 
retenção. A zona de selado palatino é uma área de tecido mole ao longo da união do palato duro 
com o palato mole, sobre qual a pressão fisiológica pode ser aplicada para favorecer a retenção. 
 
PLANO DE ORIENTAÇÃO 
 O plano de orientação é formado pela base de prova e plano de cera. Tem como objetivo 
guardar o espaço para montagem dos dentes artificiais, registrar a relação maxilo-mandibular, 
registrar a curva de Spee e curva de Wilson e delimitar limite vestibular do arco. 
 Deve haver espaço do orredor bucal, aproximadamente 2mm. 
 
 Base de prova: é confeccionada sobre o modelo funcional, com material adequado que 
permite a realização de todas as operações sem deformar ou romper. Confecção: 
// Identificar áreas retentivas do modelo funicional e promover alivio com cera (flanco 
vestibular, rugosidades palatinas) à passar isolante de resina na modelo funcional à manipular 
a resina acrílica no pote paladon à aplicar a resina na fase fibrilar e espalhar com o dedo 
molhado de monômero à retirar excessos com mini e maxicut, e acabamento com tira de lixa. 
 
Plano de cera: deve registrar os dados da relação intermaxilar, como: dimensão vertical 
de oclusão (DVO), forma do arco dental, limite vestibular do arco, curva de compensação, 
relação cêntrica e posição de oclusão e linhas de referencia. Confecção: 
// Marcar o centro da crista do rebordo na base de prova à juntar 2 laminas de cera e dobrar 
com cerca de 1cm, unir o plano de cera com a base de prova com espátula 7 aquecida à 
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posicionar a cera a frente da papila incisiva na região anterior, devido a reabsorção em espessura 
na região à altura incisal: determinação da porção visível dos dentes quando o lábio estiver em 
repouso, é feita de acordo com a idade do paciente (menos de 40 anos: 2mm abaixo do 
tubérculo do lábio, de 40 a 60 anos: 0mm com o tubérculo do lábio, mais de 60 anos: 2mm acima 
do tubérculo do lábio) à individualizar plano de cera e confirmação com régua de FOX (anterior: 
uma na boca e outro na pupila, devem ficar paralelas, posterior: um na boca e outro no plano 
de camper, devem ficar paralelas). 
 
As curvas devem ser obtidas pelo método de Hanau. A curva de Spee (anteroposterior) 
é obtida apertando o plano de cera sobre a placa de vidro da região de canino para tras. Já a 
curva de Willson (latero-lateral) é obtida apertando o plano de cera sobre a placa de vidro de 
vestibular para lingual. 
 
RELACIONAMENTO MAXILO MANDIBULAR VERTICAL 
Para a obtenção da DVO utilizamos o método de Lytle modificado (FOUSP): 
 
1. Paciente deve estar ereto e a vontade para conseguir a posição de repouso muscular; 
2. Pede-se para o paciente abrir e fechar aboca levemente, ate tocar os lábios (fazer 3x); 
3. Com o compasso de Willis, mede-se a distancia que vai do mento a base do nariz, 
obtendo a DVR; 
4. Diminui-se 3mm (referente ao EFL) do valor encontrado, obtendo a DVO; 
5. Confecciona o plano de cera com a DVO encontrada; 
6. Faz-se a reavaliação da DVO com os planos de cera instalados no paciente, considerando 
os fatores estética (plano de fox) e fonética (método de Silvermann – palavras 
sibilantes). 
DVO = DVR – 3 
 
Para o plano inferior, confeccionamos o rodete de cera da mesma forma como fizemos no 
plano de orientação superior, levamos os planos na boca no paciente e vaselinamos. Em seguida 
colocamos a DVO obtida no compasso de Willis e pedimos para o paciente morder ate alcançar 
a medida da DVO no compasso. 
 
RELACIONAMENTO MAXILO MANDIBULAR HORIZONTAL 
 Para obtenção da relação cêntrica utilizamos a técnica de House: 
 
1. Confeccionamos o plano de cera superior e inferior na dimensão vertical correta; 
2. Pedimos ao paciente que morda levemente os planos de orientação, varias vezes, 
executando pequenos movimentos de abertura e fechamento; 
3. Observamos a parte anterior dos planos de cera e marcamos com um lecron as posições 
de mordida; 
4. Fixamos os planos de cera na posição de fechamento habitual, considerando-a como 
posição de oclusão. 
 
Em seguida devemos marcar as linhas de referencia: linha media, linha alta do sorriso, linha 
do canino (marcar a distal). 
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MONTAGEM DOS MODELOS NO ARTICULADOR 
 É realizada no articulador semi-ajustavel (classe III), com os seguintes ajustes: guia 
condilar 30º, ângulo de Bennett 0º, pino incisal na marca padrão e plataforma incisal com seu 
centro no pino incisal. 
 
1. Adaptar o arco facial nos meatos auditivos externos e ajustar a distancia intercondilar 
no articulador 
2. Pré-ajustar o articulador; 
3. Prender o plano de orientação no garfo com cera 7; 
4. Posicionar o conjunto plano de orientação + garfo na boca do paciente e apertar 
articulador; 
5. Transferir o arco facial para o articulador, removendo o pino incisal e nazium; 
6. Adaptar o modelo de gesso no plano de orientação; 
7. Fazer retenções no modelo, fixar com cera na base de prova e verter gesso; 
8. Encostar porção anterior do ramo superior do articulador no arco facial; 
9. Aguardar presa do gesso e remover arco e garfo; 
10. Recolocar pino incisal na marca padrão (0); 
11. Montagem do modelo inferior: levar plano de cera superior e inferior na boca do 
paciente e fixa-los com grampo (técnica de House); 
12. Checar adaptação dos modelos no plano de orientação; 
13. Fazer retenções no modelo, fixar com cera na base de prova e verter gesso; 
14. Chegar se o pino incisal esta tocando na mesa incisal e fixar os ramos com elástico. 
 
SELEÇÃO DOS DENTES ARTIFICIAIS 
 Os fatores que devem ser considerados na escolhados dentes de uma PT são: material, 
cor, forma, tamanho e superfície oclusal. 
 
• Material: porcelana (menor desgaste, maior eficiência mastigatória, higienização 
facilitada / ruído em contato oclusal, abrasão dos dentes naturais, perigo de fratura) ou 
resina acrílica (maior facilidade de montagem, não produz ruído oclusal, menor risco de 
fratura, desgaste mínimo dos dentes naturais, facilidade de ajuste e polimento / 
instabilidade de cor, baixa resistência a abrasão, maior cuidado na limpeza; 
• Cor: deve-se levar em conta matriz e tonalidade, croma ou saturação, brilho e 
translucidez. A cor pode ser influenciada por: sexo (homem mais amarelo), idade (idosos 
mais amarelo), cor da pele (pele escura, dente mais escuro), outros (manchas, desgaste, 
estado da polpa); 
o A escolha deve ser feita em luz natural indireta, 50cm de distancia, utilizando 
escala com dentes umedecidos, deve-se desviar de interferências; 
• Forma: podem ser ovoide, triangular, quadrangular ou combinações. É utilizada a 
técnica do triangulo estético de Nelson (biótipo do paciente, forma do arco dental 
superior e formato do rosto); 
o Biótipo do paciente: 
§ Leptossômico – alto e magro – triangular; 
§ Atlético – mediano – quadrado; 
§ Picnico – baixo e gordo – oval; 
pág. 29 
 
o Formato do arco dental superior: triangular, quadrangular e ovoide; 
o Formato do rosto: a forma dos incisivos centrais superiores é análoga a da face 
(quadrado, misto, triangulo, ovoide); 
o A forma do incisivo central também é influenciada pelo sexo do paciente. 
Mulheres possuem dentes mais arredondados, mais claros, com menos 
desgaste, já os homens possuem dentes com ângulos vivos, mais escuros, com 
mais desgaste. 
• Tamanho: a linha do sorriso determina a altura dos incisivos centrais, e a distancia entre 
as comissuras é igual a distancia entre as distais dos caninos superiores. 
• Superfície oclusal: anatômicos (cúspides em 33 graus, maior eficiência mastigatória, 
permite oclusão balanceada e maior estética – indicado para rebordos alveolares 
remanescentes bem definidos), não anatômicos/funcionais (cúspides em 0 graus – 
indicado para rebordos muito reabsorvidos e falta de controle neuromuscular) e semi-
anatomicos (cúspide com menos de 33 graus, cúspides mais baixas que o anatômico – 
indicado para rebordo bem formado ou reabsorvido, espaço inter-rebordos normal ou 
reduzido). 
 
Na montagem dos dentes devemos observar a disposição (sequencia de montagem dos 
dentes), alinhamento (dando uma conformação natural, funcional e estética), posição (posição 
dos dentes em relação ao alinhamento), articulação e oclusão. 
 
PROVA FUNCIONAL E ESTETICA (EM CERA) E SELECÃO DA GENGIVA 
 Esta avalição é feita antes da acrilização, para identificar erros e corrigi-los. Deve ser 
feita primeiro no articulador e depois no paciente. 
 
 No articulador devemos avaliar se as placas articulares estão intimamente adaptadas ao 
modelo, se as bordas preenchem a largura e profundidade do sulco do modelo, se no arco 
superior a base esta estendida ate a região de travamento posterior e no arco inferior se esta 
estendida ate a região de triangulo retro molar, verificar se os dentes estão na zona neutra, e 
avaliar contatos oclusais e articulação balanceada. 
 Na avaliação em boca devemos avaliar a retenção aplicando forca vertical nos dentes 
anteriores, avaliar extensão da base (se a prótese se adapta na profundidade e largura dos 
sulcos), avaliar subextensão ou sobreextensão. 
 Com as próteses juntas na boca do paciente, devemos avaliar a oclusão (verificar se a 
mandíbula esta em relação cêntrica, e confirmar DVO com compasso de Willis), o espaço 
funcional livre (verificar proporções faciais do paciente e relações com o lábio, paciente deve 
ser solicitado a falar para ver se dentes não tocam durante a fala – contar de 60 a 70, Mississipi), 
e estética (reavaliar forma, tamanho, arranjo dos dentes, nível do plano oclusal, posicao da linha 
mediana, grau de suporte labial e corredor bucal). 
 
Em seguida ocorrera o processamento da base de prova, que visa substituir a base que 
esta em cera pela resina (deve-se escolher a cor da gengiva) sem provocar alterações 
dimensionais ou morfológicas. 
 
 
pág. 30 
 
INSTALAÇÃO DA PROTESE 
 Devemos examinar parte interna da prótese e remover qualquer aresta cortante e 
perolas de resina, assentar primeiro o superior e depois a inferior fazendo leve pressão para 
retirada do ar, examinar freios e inserções se estão livres, pedir ao paciente para fazer pequenos 
movimentos de lábios e bochecha e examinar o paciente de vista frontal e lateral. 
Se necessário pode-se realizar ajustes na região de post-damming se houver ânsia, ou 
em qualquer região se houver dor. 
Fazer testes de retenção, verificar linha media e oclusão. Além disso devemos orientar 
o paciente sobre a higienização da mesma (escova especifica e usar sabão/detergente neutro) 
e aconselhar a retirada para dormir (manter PT em agua enquanto isso). 
 
Pode-se também fazer reembasamento da PT se necessário. O reembasamento é o 
acréscimo de material, podendo ser total ou parcial. É indicado quando o aparelho não responde 
aos testes de retenção. Técnicas: 
 
1. Reembasamento total: 
o Técnica 1: usando a PT como moldeira individual: a moldagem é feita com Pasta 
ZOE ou silicone leve, moldagem com boca fechada respeitando a oclusao; 
o Técnica 2: usando apenas os dentes: moldamos os rebordos para obter um novo 
modelo funcional e sobre o modelo, baseado em alguns pontos de referencia, 
adaptamos o arco dental da PT a reembasar livre das partes gengivais V e L; 
2. Reembasamento parcial: 
o Feito com resina acrílica ativada quimicamente. Na fase inicial de polimerização, 
é depositado na região a reembasar e levado diretamente a boca; 
§ Região do postdamming: a PT com o material é mantida sob 
compressão, ocluindo com os arcos dentais ate que se complete a 
polimerização; 
§ Região do selado perifierico: realizamos movimentos dessa região para 
obtermos a forma do fundo de sulco, arredonda, lisa, sem sulcos, 
arestas ou irregularidades. 
 
REAJUSTES E PROSERVAÇÃO 
 Deve-se realizar 3 sessões de proservação, sendo a primeira 24 horas após a instalação 
da prótese, na qual é examinada a área chapeavel e verificado escoriações. 
 Já nas outras sessões devemos verificar a oclusão, realizar desgastes se necessário, 
verificar movimentos de protrusão e lateralidade, verificar oclusão bilateral balanceada (deve-
se permitir os 3 pontos de contato, 1 anterior e 2 bilaterais). 
 
 
 
 
 
 
 
 
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PROTESE TOTAL IMEDIATA 
É uma PT confeccionada para ser instalada imediatamente após a extração dos dentes 
naturais, sendo usado por um curto período de tempo por razoes estéticas, mastigatória, 
suporte oclusal, conveniência ou para a adaptação do paciente do estado dentado ao 
desdentado, ate que a prótese definitiva seja instalada. Após a cicatrização, uma nova PT é 
confeccionada para ser uma reabilitação de longo prazo. 
Indicada quando há condenação dos dentes remanescentes, e contra indicado em casos de 
periodontoparias avançadas, ou pacientes com estado físico e/ou psíquico não compatível com 
uma intervenção cirúrgica invasiva, alterações patológicas que requeiram grande remoção de 
tecido, falta de cooperação do paciente. 
 
Vantagens: melhor estética, mastigação, fala e nutrição, suporte mucoso, tônus muscular, 
DVO, relacionamento maxilo-mandibular e preservação da zona neutra, menor dor pós-
operatória devido a proteção das feridas cirúrgicas, controle da hemorragia, proteção contra 
trauma e infecções, rapidez na cicatrização. 
Desvantagens: rebordo residual anterior (quando há presença de remanescentes dentais) 
pode interferir na moldagem, presença de remanescentes em diferentes posições no arco levam 
a registros incorretosda OC, maiores cuidados pós-operatórios, ajustes e reembasamentos. 
 
1. Exame, diagnostico e plano de tratamento: avaliar tecidos subjacentes (porção anterior 
da maxila), reduzir tuber durante extração se necessário, DVO correta, reproduzir ou 
alterar oclusão; 
2. Redução da contaminação: raspagem e profilaxia; 
3. Extração: primeiro posteriores e depois anteriores; 
4. Moldagem inicial: com a moldeira para desdentado (vernes), moldar com alginato; 
5. Moldagem funicional: com a moldeira individual, moldar com pasta ZOE (área edentula) 
+ alginato (área dentada); 
6. Relacionamento maxilo-mandibular: DV, OC; 
7. Seleção da cor dos dentes; 
8. Prova dos dentes e seleção da cor da estética vermelha (gengiva); 
9. Extração e instalação: extrair dentes, lavar com agua as próteses desinfectadas na 
clorexidina 4%, instalar primeiro a superior e depois inferior, checar sobrextensoes, 
ajustar oclusao previa, passar instruções de higiene. 
10. Instruções ao paciente: não remover ate o dia seguinte, se soltar colocar em posição 
imediatamente, dieta liquida/pastosa por 24h, evitar bochecho, medicação analgésica, 
saliva vermelha (sangue) – normal; 
11. Controle após 24 horas: remover a prótese e limpar – avaliar áreas de ulceração; 
12. Controle após 1 semana: avaliar áreas de ulceração, utilizar de reembasadores 
temporários se necessário, remover convexidades e depressões para evitar defeitos de 
cicatrização. 
 
Explicações aos pacientes sobre próteses imediatas: adaptação não é tão favorável quanto a 
convencional, a dor pós extrações e as áreas ulceradas causadas pelas PTs irão tornar as 
primeiras semanas difíceis, dificuldade na fala e alimentação inicial, estética não é tão possível 
pois apenas parte dos dentes são provados. 
pág. 32 
 
ODONTOLOGIA PREVENTIVA 
 
BIOFILME 
É um fator determinante para o aparecimento da doença periodontal e da carie. 
 
• Calculo dental: quando o biofilme não é removido, calcifica e se transforma em calculo; 
• O biofilme é removível pela escovação, já o calculo dental não, necessita de auxilio 
profissional. 
 
TÉCNICAS DE ESCOVAÇÃO PARA ADULTOS 
• Técnica de Stillman: 
o Indicada para pacientes com recessão gengival, pois evita a mesma – pacientes 
mais velhos; 
o Escova em um ângulo menor do que 45º em relação a gengiva, sem introduzir 
as cerdas no sulco gengival, realizando suavemente movimentos vibratórios 
curtos sobre os dentes nas faces vestibulares e linguais. Nas oclusas realizar 
movimento anteroposterior. 
• Técnica de Stillman modificada: 
o Mesma indicação, mas é mais efetiva; 
o Acrescentar movimentos vertical de varredura em direção as pontas dos dentes 
nas faces vestibular, lingual e oclusal. 
• Técnica de bass: 
o Indicada para pacientes sem recessão gengival, pois remove a placa 
principalmente a nível gengival – problemas gengivais; 
o Escova em um ângulo de 45º em relação a gengiva no sentido apical, realizando 
suaves movimentos anteroposteriores vibratórios curtos sobres os dentes nas 
faces vestibulares e linguais. 
• Técnica de bass modificada: 
o Mesma indicação, mas mais efetiva. É a mais recomendada para os pacientes; 
o Acrescenta o movimento de varredura para oclusal ao final de cada ciclo de 10 
movimentos vibratórios exercido sobre um ou no máximo dois dentes. 
 
ATIVIDADE DAS LESÕES INCIPIENTES 
• Atividade: superfície opaca, rugosa e porosa, em áreas de alto risco, opacidade na 
entrada das fissuras, fundo da fissura acastanhado claro; 
• Inativas: superfície lisa, brilhante e polida, em áreas de baixo risco, ausência de 
opacidade na estrada das fissuras, fundo da fissura escurecido. 
 
ATIVIDADE DAS LESÕES EM DENTINA 
• Atividade: presença de tecido amolecido, cor amarelada ou castanho claro, aspecto 
úmido, opacidade no esmalte adjacente; 
• Inativas: tecido endurecido no fundo da lesão, cor marrom escura ou negra, aspecto 
seco, ausência de opacidade no esmalte adjacente. 
 
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ICDAS 
Realizar isolamento relativo para deixar os dentes secos e utilizar códigos ICDAS para 
classifica-los: 
 
Código Sinais clínicos 
0 Nenhuma alteração na translucidez do esmalte apos secagem de 5s. 
1 Opacidade visível apos secagem de 5 segundos (pigmentação restrita ao fundo 
da fissura). 
2 Opacidade visível mesmo na presença de umidade (pigmentação difusa). 
3 Cavidade restrita ao esmalte. 
4 Sombreamento da dentina subjacente. 
5 Cavidade com exposição da sentina subjacente em menos de metade da 
superfície. 
6 Cavidade com exposição da sentina subjacente, envolvendo mais de metade da 
superfície. 
 
 
FLÚOR SISTÊMICO 
É ingerido em alimentos e água de abastecimento e sai pelo fluido gengival após ser 
absorvido pelo corpo. 
 
FLÚOR TÓPICO 
Utilizado somente quando o dentifrício não consegue fazer sua função. Aplicações com 
alta frequência e baixa frequencia (dentifrício). Ocorre a formação de fluoreto de cálcio CaF2 
(sal solúvel na cavidade bucal – libera flúor quando o dente mais precisa). 
 
 
 
 
 
 
pág. 34 
 
MÉTODOS DE UTILIZAÇÃO DO FLÚOR 
• São aplicados em lesões de mancha branca em esmalte; 
• Promove a remineralização do local; 
• Sempre fazer profilaxia e isolamento relativo antes de aplicar; 
• Formas de utilização no flúor tópico: dentifrício, agua de abastecimento, enxaguantes, 
gel, verniz, mousse, materiais restauradores. 
 
• Dentifrício: 1000 a 1500 ppm, é a forma mais eficiente do controle da carie; 
• Enxaguatório: indicar apenas para crianças com mais de 5 anos, e quando há alta 
atividade de carie; 
• Aplicação tópica profissional: 
o Gel: usado em crianças com restauração; 
o Mousse: melhor aceitação; 
o Vernizes com flúor: permite maior tempo de contato do flúor com a superfície. 
 
VERNIZ FLUORETADO – DURAPHAT 
• É mais o concentrado, por isso aplicar em menor numero de lesões; 
• Concentração: 22.600ppm; 
• Aplicar em lesões de mancha branca ativas, onde não há extensão da cavidade para 
dentina; 
• Muito usado em faces vestibulares e em odontopediatria; 
• Passos: 
1) Fazer profilaxia (remover bem creme dental para não interferir na ação do 
flúor); 
2) Isolamento relativo; 
3) Aplicar Duraphat com microbrush em toda extensão da lesão; 
4) Não remover, paciente remove na próxima escovação. 
 
FLÚOR GEL 
• Aplica-se em toda cavidade em pacientes de alto risco; 
• Concentração: 12000 pmm; 
• Duas técnicas: 
o Técnica de aplicação com cotonete; 
o Técnica da moldeira; 
• Passos: 
1) Colocar o gel na moldeira ou no dappen (cotonete); 
2) Aplicar o por 1 minuto em cada arcada (não fazer as duas arcadas ao mesmo 
tempo); 
3) Sugador na boca o tempo todo; 
4) Remover excesso com sugador; 
5) Pedir para paciente cuspir o excesso. 
• Aplicar 1x por semana, por 1 minuto, por 4 semanas – fazer reavaliação. 
 
 
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OUTROS 
 
ODONTOGRAMA 
Se necessário, realizar exame radiográfico interproximal ou oclusal para auxiliar no 
mapeamento do odontograma. Tratamento realizado marcar em preto.

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