Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
LICENCIATURA EM HISTÓRIA PRÁTICA DE ENSINO: TRAJETÓRIA DA PRÁXIS POSTAGEM 1: ATIVIDADE 1 TEXTO DISSERTATIVO Hugo Leite Carvalho – 1708173 Marielia Santos Pereira – 1739391 LIVRAMENTO DE NOSSA SENHORA 2019 O dilema da violência nas escolas Os cursos de licenciatura, na atualidade, estão cada vez menos procurados pelos jovens estudantes que ingressam em universidades. Isso decorre do fato de o exercício da docência ser uma das profissões menos valorizada no país. Além de salários que beiram a humilhação, há também a preocupação com a violência dentro das instituições de ensino que está crescendo a níveis alarmantes nos últimos anos. Atualmente “Os pais estão outorgando cada vez mais poder a seus filhos. Não estabelecer limites, quase nunca dizer ‘não’ e fazer todas as vontades das crianças e adolescentes são ingredientes-bomba” aponta pesquisa. Sob a égide desse pensamento, o filosofo contemporâneo, Mario Sérgio Cortella, em uma entrevista para a Rádio Catve FM, faz uma ressalva sobre essa questão: “Os alunos estão em famílias cada vez mais permissivas e, para muitos deles, o professor é a primeira figura que lhes coloca limites e normas de comportamento. Isso certamente aumenta a tensão entre professores e alunos.”, palavras dele. A violência dentro da sala de aula está, com certeza, bastante banalizada. Segundo dados de uma pesquisa global da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), realizada com mais de 100 mil professores e diretores de ensino fundamental e do ensino médio (alunos de 11 a 16 anos) põe o Brasil no topo de um ranking de violência nas escolas. A violência, na maior parte dos casos, ocorre de alunos que agridem professores, isso faz com que muitos profissionais busquem o afastamento da sala de aula por medo de serem agredidos novamente ou até mesmo por serem ameaçados de morte. Diante desse problema de violência escolar, o sistema educacional brasileiro passou a aderir um meio para lidar com os alunos classificados como indisciplinados. A alternativa utilizada não foi, como muitos imaginam, a “aprovação automática”, mas a chamada “Progressão Continuada”, onde o período estudantil é dividido em etapas o que gera uma oportunidade maior de os alunos deficitários recuperarem o progresso perdido. Isso também seria uma estratégia para evitar a evasão escolar. Hoje se fala bastante em proteção aos adolescentes e crianças, ou seja, os jovens menores de idade em geral. O texto trabalhado para a elaboração desta dissertação abordou um caso que é a realidade das escolas brasileiras por escrito. O que deve ser ressaltado é que o tratamento que os alunos recebem diante de situações de violência cometida por eles mesmo é diferente comparado com um adulto perante as autoridades. Um aluno que agride fisicamente ou verbalmente um professor sabe que mesmo diante de seus atos vai ser “aprovado”; ou em outros casos, por exemplo, a punição é de no máximo oito dias de suspensão, onde o indivíduo retorna para a escola pronto para repetir tudo novamente, essa é a então famosa impunidade. Para tentar reverter essa situação complicadíssima em que a educação brasileira se encontra, seria necessário organizar projetos para tentar amenizar a violência que vem com os alunos inserida em seu subconsciente por conta das duras realidades enfrentadas pelos mesmos. Um exemplo de intervenção por meio de projeto seria integrar a escola com a comunidade à qual pertence, assim, os alunos teriam mais ocupações para preencher a sua mente e poderiam deixar a violência de lado. Dentro dos possíveis projetos podem ser inseridas atividades de arte, lazer, cultura e esporte que são os principais ramos que permeiam a educação. Referencias TENENTE, Luiza; FAJARDO, Vanessa. Brasil é #1 no ranking da violência contra professores: entenda os dados e o que se sabe sobre o tema. 2017. Disponível em: <https://g1.globo.com/educacao/noticia/brasil-e-1-no-ranking-da- violencia-contra-professores-entenda-os-dados-e-o-que-se-sabe-sobre-o- tema.ghtml>. Acesso em: 18 mar. 2019. CALÇADE, Paula. Existe aprovação automática nas escolas do Brasil?: Não, o que existe é a progressão continuada, que prevê a evolução dos alunos com base em ciclos de aprendizado. 2018. Disponível em: <https://novaescola.org.br/conteudo/13225/existe-aprovacao-automatica-nas- escolas-do-brasil> . Acesso em: 18 mar. 2019. HUBERMAN, M. O ciclo de vida profissional dos professores. In: NÓVOA, A. (Org.). Vidas de professores. Porto: Porto Editora, 2013. IMBERNÓN, Francisco. Formação docente e profissional: formar-se para a mudança e a incerteza. São Paulo: Cortez, 2006.
Compartilhar