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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO 
CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS 
ENGENHARIA DE PRODUÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS 
 
 
 
 
 PROF: ADRIANA CARVALHO 
ALUNA: ISAELMA C.R.CANTANHEDE 
 CÓDIGO: 151K221 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SÃO LUÍS 
2018 
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FATORES QUE INFLUENCIAM NA FORMAÇÃO DA PERSONALIDADE E SEUS EFEITOS 
NA CONSTRUÇÃO DOS RELACIONAMENTOS 
 
 
Autror: Isaelma C.R.Cantanhede 
Email: ysaelmacantanhede@gmail.com 
 
 
 
 
 
Resumo: Atualmente, há muitos estudos que promovem o incentivo 
do auto- conhecimento, este estudo tem embasamento na 
importância de se estabelecer relações saudáveis seja na 
família ou no trabalho, não é por acaso que o 
departamento de recursos humanos de uma empresa 
prima pela contração de pessoas centradas 
psicologicamente e que sejam capazes de estabelecer 
relações duráveis e satisfatórias dentro do ambiente de 
trabalho, o ser humano nasceu para se relacionar com 
pessoas de muitas espécies e tem a necessidade de 
interação com o meio pois a graças ao fato de ser a única 
espécie com capacidade de discernimento é também capaz 
de melhorar sua relação interpessoal. 
 
 
Palavras Chave: Personalidade, Psique, Relação interpessoal 
 
 
 
 
 
 
 
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1. INTRODUÇÃO 
Desde muito cedo é possível observar características do temperamento do indivíduo, os 
bebes, ainda nos primeiros momentos, já possuem a capacidade de expressar através 
de suas pequenas emoções sensação de conforto ou desconforto com algumas 
situações, o que pode- se chamar de instinto, uma vez que a criança ainda não possui 
consciência do seu “eu”. 
Para Jung os seres humanos estão em constante desenvolvimento a meta é o 
autoconhecimento, ou seja, saber quem é e assim alcançar o desenvolvimento completo 
de sua personalidade. 
Para Freud a casualidade é um fator importante, para ele os acontecimentos ocorridos 
ao longo da vida de um indivíduo são primordiais para a moldagem e construção do 
“eu”, sendo assim fatores como rejeição podem trazer consequências significativas na 
formação da personalidade deste indivíduo e influenciar seu comportamento nas 
relações interpessoais por toda a vida. 
Freud também associa essa construção que começa a ser desenvolvida desde a primeira 
infância à motivadores primários, os impulsos sexuais, para ele toda ação é movida por 
forças internas diretamente ligadas ao prazer tendo embasado sua teoria na subdivisão 
estrutural da personalidade em três sistemas. Este trabalho tem como objetivo, 
conhecer os fatores que exercem influência no processo de formação da personalidade 
humana relacionando-os a capacidade do indivíduo de construir e manter suas relações 
interpessoais. 
 
2. TEORIA PSICANALÍTICA 
A teoria psicanalítica foi desenvolvida pelo neurologista austríaco Sigmund Freud (1856-
1939) e está intimamente relacionada a sua prática psicoterapêutica. É uma teoria que 
procura descrever a etiologia dos transtornos mentais, o desenvolvimento do homem e 
de sua personalidade, além de explicar a motivação humana. Com base nesse corpo 
teórico Freud desenvolveu um tipo de psicoterapia. Ao conjunto formado pela teoria, a 
prática psicoterapêutica nela baseada e os métodos utilizados dá-se o nome de 
psicanálise. 
 
3. ESTRUTURA E DINÂMICA DA PERSONALIDADE 
Para Freud cada pessoa é movida segundo a psique o que ele intitula de aparelho 
psíquico que funciona como um sistema de energia, desta forma cada pessoa é movida 
por uma quantidade limitada de energia psíquica isso implica que a energia utilizada 
para a realização de determinada ação não estará disponível para outra o que não 
significa que essa energia deva ser usada apenas de forma específica, por exemplo, se a 
pessoa não puder dar vazão a sua energia por um canal (sexualidade) não significa que 
não poderá usa-la para outro fim (expressão artística). Para o autor o ser humano possui 
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duas pulsões inatas a sexual e a de morte, ambas se opõem ao ideal de sociedade e 
portanto precisam ser controladas através da educação o que significa que a energia 
gerada por essas pulsões não podem ser liberadas de forma direta “ O ser humano é, 
assim, sexual e agressivo por natureza e a função da sociedade é amansar essas 
tendências naturais do homem”(Site wikepedia/ teoriapsicalistica). A situação de não 
poder aliviar essa energia dá origem à um individuo extremamente tenso e este 
precisará resolver isto significa que toda ação do homem é motivada pela busca de dar 
vazão a energia psíquica acumulada. O ser humano, no entanto, não é capaz de perceber 
todo o processo de geração e liberação dessa energia, para explicar como esse processo 
acontece Freud descreve três níveis de consciência, denominado por ele como modelo 
topológico da mente. 
 
4. MODELO TOPOLÓGICO DA MENTE 
Freud, ainda que não tenha sido o primeiro a propor que parte da vida psíquica se 
desenvolve inconscientemente, foi o primeiro a pesquisar de forma mais aprofundada 
sobre o assunto, expressando os níveis de consciência da seguinte forma: 
• O consciente (al. das Bewusste), que abarca todos os fenômenos que em 
determinado momento podem ser percebidos de maneira conscientes pelo 
indivíduo; 
• O pré-consciente (al. das Vorbewusste), refere-se aos fenômenos que não estão 
conscientes em determinado momento, mas podem tornar-se, se o indivíduo 
desejar se ocupar com eles; 
• O inconsciente (al. das Unbewusste), que diz respeito aos fenômenos e 
conteúdos que não são conscientes e somente sob circunstâncias muito 
especiais podem tornar-se. 
Segundo ele, se não fossem armazenados no inconsciente, os desejos e pensamentos 
humanos produziriam muitas vezes conteúdos que causariam medo ao indivíduo. Logo 
o inconsciente tem a função de estabilizar a vida consciente. Sua investigação levou-o a 
propor que o inconsciente é alógico (e por isso aberto a contradições); atemporal e 
aespacial (ou seja, conteúdos pertencentes a épocas ou espaços diferentes podem estar 
próximas). 
Através da compreensão do conceito de inconsciente torna-se clara a compreensão da 
motivação na psicanálise clássica: Muitos desejos, sentimentos e motivos são 
inconscientes, por serem, dolorosos demais para se tornarem conscientes. No entanto 
esse conteúdo influencia a experiência consciente da pessoa, por exemplo, através de 
atos falhos, comportamentos aparentemente irracionais, emoções inexplicáveis, medo, 
depressão, sentimento de culpa. Assim, os sentimentos, sonhos, desejos e motivos 
inconscientes influenciam e guiam o comportamento consciente. 
 
 
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5. MODELO ESTRUTURAL DA PERSONALIDADE 
Em 1923 Freud desenvolveu o modelo estrutural da personalidade em que o aparelho 
psíquico se divide em três estruturas: Id, ego e superego. 
O ID, que é formado pelas pulsões, instintos, impulsos orgânicos e desejos 
inconscientes, ele funciona segundo o principio do prazer ( Lustprinzip ), de acordo com 
esse princípio o indivíduo busca sempre o que produz prazer e se afasta de situações 
que lhe tragam desconforto, o ID é completamente inconsciente pois sua busca não 
conhece descrição, juízo, lógica, valores, ética ou moral, sendo exigente, impulsivo, 
cego, irracional, antissocial e dirigido ao prazer. 
O ego é formado a partir do Id com o objetivo que seus impulsos sejam eficientes ou 
seja levando em consideração o ambiente externo, também conhecido como principio 
da realidade pois busca inserir razão, planejamento e espera ao comportamento 
humano. A satisfação das pulsões é retardada até o momento em que a realidade 
permitasatisfazê-las com um máximo de prazer e um mínimo de consequências 
negativas. A principal função do ego é buscar uma harmonização inicialmente entre os 
desejos do id e a supervisão/realidade/repressão do superego. 
O superego representa os valores da sociedade pois é a parte moral da mente humana, 
o superego possui três objetivos: 
• Reprimir através de punições ou sentimento de culpa qualquer ação contraria á 
regra e ideais por ele ditados. 
• Forçar o ego a se comportar de maneira moral 
• Conduzir o indivíduo à perfeição 
O superego forma-se após o ego, durante o esforço da criança de assimilar os valores 
recebidos dos pais e da sociedade a fim de receber amor e afeição. O superego divide-
se em dois subsistemas: o ego ideal, que dita o bem a ser procurado, e a consciência 
(Gewissen), que determina o mal a ser evitado. 
 
6. NA CONSTRUÇÃO DAS RELAÇÕES INTERPESSOAIS 
Com base nos conceitos já relatados é possível perceber a importância de se 
compreender como o processo de construção de relacionamentos se faz levando em 
conta a personalidade de cada indivíduo, uma vez que para um bom relacionamento, de 
qualquer natureza, é necessário que haja empatia entre as partes envolvidas e portanto 
um conhecimento das razões que influenciam o comportamentos destes, Para Freud os 
indivíduos buscam situação que produzam nele prazer fazendo com que instintivamente 
se afastem de situações desconfortáveis, cada ser humano possui uma bagagem de 
sensações que vem acumulando ao longo da vida podendo produzir reações variadas 
quando colocadas em situações específicas, este é apenas o inconsciente trabalhando 
para proteger o individuo das situações que possam vir a lhe causar estresse, medo ou 
desconforto. 
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Baseado na capacidade que o inconsciente tem de proteger o individuo dessas situações 
o consciente trabalha com a finalidade de selecionar apenas situações prazerosas, 
bloqueando qualquer situação adversa a isso, como por exemplo quando uma criança é 
exposta à bullying, sua memória tende a fotografar partes do evento e transportar isso 
para o seu pré-consciente o que futuramente poderá vir a tona, quando alguma situação 
semelhante a qualquer um desses cortes se fizer presente, na idade adulta essas ações 
podem ser julgadas por outras pessoas como atitudes de alguém estranho, esquisito 
até anti- sociável, o que acontece é que as pessoas tem a tendência de reproduzir 
situações que os colocam em alerta ativando canais que buscam ejetar qualquer 
sensação desconfortável imediatamente, não somente isto mais baseado nesse 
pensamento é natural que o indivíduo em questão desenvolva aversão á pessoas que 
possuam o potencial de ativar esses gatilhos mentais, o que gera antipatia até mesmo 
antes de haver dialogo. 
 
7. CONCLUSÃO 
A partir dos conceitos desenvolvidos por Freud conclui- se nesse breve estudo sobre as 
relações humanas e o papel dos fatores influenciadores da personalidade que no 
decorrer da vida o indivíduo passa por várias situações que o conduzem a formação da 
sua personalidade o que terá um papel fundamental no desenvolvimento das relações 
interpessoais seja no trabalho, escola ou na família, o indivíduo é na verdade um 
aglomerado de sensações, desejos, e como qualquer outro é capaz de desenvolver 
relações boas e ruins dependendo do seu histórico e de como foi capaz de assimilar cada 
um dos acontecimentos ao longo de sua vida. 
Desde a infância é possível perceber as pequenas demonstrações de um ser humano, 
movimentos, expressões capazes de expressar alegria, tristeza e mais tarde, raiva ou 
aversão, no processo de construção do “eu” as pequenas atitudes dão lugar as opiniões 
mais fortes o que aos poucos configuram uma personalidade definitiva, as relações 
interpessoais se estabelecem a partir do conhecimento e aceitação de cada 
personalidade são na verdade reflexo do “eu” construído, capaz de estabelecer 
comunicação entre o interior e o mundo externo e firmando relações mais sólidas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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8. REFERÊNCIAS 
 Estudo da psique; Disponível em: < http://estudosdapsi.blogspot.com/2012/05/o-
desenvolvimento-da-personalidade.html> 
Teoria Psicanalística; Disponível em<http://pt.wikipedia.org/wiki/Teoria_psicanalítica> 
Reforma intima; Disponível em: < https://reformaintimaja.wordpress.com/definicao-
de-conceitos/os-niveis-da-consciencia-ou-modelo-topologico-da-mente-2/>

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