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AULA 04 - FASES DO INQUÉRITO POLICIAL

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13/08/2019 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
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1- PEÇAS INAUGURAIS DO INQUÉRITO POLICIAL
O Inquérito Policial pode ser instaurado através de:
a) Portaria – Quando instaurado ex-officio.
b) Auto de prisão em flagrante – qualquer espécie de infração penal (cognição
coercitiva)
c) Requerimento do Ofendido ou de seu representante - ação penal privada
ou pública incondicionada. Quando for pública condicionada, o requerimento será
recebido como representação.
d) Requisição do MP ou da Autoridade Judiciária – Nos casos de ação penal
pública incondicionada ou condicionada a representação.
e) Representação do Ofendido ou de seu representante legal – Nos casos
de ação penal pública condicionada.
2 – INDICIAMENTO
Trata-se da imputação da pratica de um ato ilícito penal sempre que houver
razoáveis indícios de sua autoria e materialidade. Declara-se o mero suspeito
como sendo o provável autor da infração penal.
O indiciado deverá ser interrogado pela Autoridade Policial, que poderá, para
tanto, conduzi-lo coercitivamente a sua presença no caso de descumprimento
injustiçado de intimação. O indiciado não está obrigado a responder as perguntas
e o delegado não é obrigado a nomear advogado na oportunidade do
interrogatório, mas somente permitir ao preso para que, querendo, entre em
contato com seu advogado. O interrogatório não precisa ser presenciado por
testemunha, mas seu termo deve conter a assinatura de duas testemunhas, do
delegado e do indiciado.
Se o interrogado não quiser, não puder ou não souber assinar tal circunstância
deverá ser consignada no termo (artigo 195º, CPP)
3 – ENCERRAMENTO
No encerramento não se coloca opiniões, nem julgamentos, porém, indica
testemunhas e diligências não realizadas. Justificando as razões da classificação
sem que o Ministério Público se vincule a esta, tão pouco ficará adstrito a
classificação criminal realizada.
4- PRAZO DO INQUÉRITO POLICIAL
Nos termos do artigo 10º, do CPP, quando o indiciado estiver em liberdade, a
autoridade policial deverá concluir as investigações no prazo de 30 (trinta) dias,
contados do recebimento da notitia criminis. O § 3º. do mesmo artigo permite a
prorrogação do prazo, desde que, o fato seja de difícil elucidação.
Mesmo que finalizado o Inquérito Policial, o Ministério Público poderá devolvê-lo
para novas diligências (artigo16º, CPP), o que deve ser aplicado em analogia ao
ofendido em ação de sua iniciativa.
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Caso o juiz entenda que as diligências complementares são desnecessárias, não
pode indeferir a volta dos autos a polícia e ficaria sujeito ao Recurso de Correição
Parcial. o Procedimento correto, nesse caso, é o previsto no artigo 28º do CPP, ou
seja, o juiz deverá remeter os autos ao Procurador Geral de Justiça para que este
insista na diligência ou nomeie, desde logo, outro Promotor para oferecer a
denuncia. Obviamente, esta regra não se estende ao titular da Ação Privada, já
que não há qualquer motivo para que o juiz indefira o pedido de retorno dos autos
a delegacia de origem para novas diligências. Assim, em se tratando de Ação
Penal Pública, o juiz exerce uma função anormal: a de fiscal do Principio da
Obrigatoriedade da Ação Penal, o qual, não informa a Ação Penal Privada.
Se o indiciado estiver preso, o prazo para conclusão do Inquérito é de 10 (dez)
dias, contados da efetivação da prisão. tal prazo em regra, é improrrogável. Mas,
não configura constrangimento ilegal a demora razoável do procedimento, em
casos de diligências imprescindíveis ou presença de muitos réus.
Se for decretada a prisão temporária, o tempo de prisão será acrescido do prazo
para encerramento do Inquérito Policial (10 dias) para conclusão das
investigações.
Tratando-se de Inquérito instaurado a requerimento do ofendido para apuração de
crime de Ação Privada, uma vez concluídas as investigações, os autos serão
remetidos ao juízo competente, onde aguardarão o impulso de quem de direito.
Não há disposição legal sobre a necessidade de intimação do ofendido. Assim, é
conveniente que acompanhe o desenrolar das investigações a fim de observar o
prazo estabelecido no artigo 38 do CPP.
5 – ARQUIVAMENTO DO INQUÉRITO POLICIAL
O arquivamento do Inquérito Policial somente cabe ao juiz, a requerimento do
Ministério Público (artigo 28º. do CPP), que é o exclusivo titular da Ação Penal
Pública. O juiz não pode determinar, sem o requerimento do Ministério Público, o
arquivamento do Inquérito Policial, se o fizer, da decisão caberá recurso de
Correição Parcial.
O despacho de arquivamento é irrecorrível. Cabe ressalvar os crimes contra
economia popular (Lei nº1.571/51) nesses casos, da decisão cabe Recurso Oficial.
E, também, no caso das contravenções previstas nos artigos 58 e 60 do DEC Lei
nº 6.259/44, nesses casos, da decisão caberá Recurso em Sentido Estrito.
A decisão de arquivamento com fundamento na ausência de provas não faz coisa
julgada, já que o procedimento poderá ser reaberto. No entanto, a decisão de
arquivamento que decidir no mérito, como por exemplo, reconhecer a atipicidade
do fato, não permite a reabertura do Inquérito Policial.
Nos casos de Ação Penal Privada, não há necessidade do ofendido solicitar o
arquivamento do Inquérito, se, porventura, entender que não há elementos para
dar inicio ao processo, basta deixar que o prazo decadencial transcorra sem o
oferecimento da Queixa-Crime.
Exercício 1:
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 O requerimento do ofendido para fins de instauração do inquérito policial será
recebido como representação, nos seguintes casos:
A)
Ação penal pública incondicionada.
.
B)
Ação penal privada.
C)
Ação penal pública condicionada à representação.
D)
Ação penal Pública movida pelo Ministro da Justiça.
E)
Ação penal pública, quando a vítima for menor de 14 anos
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Exercício 2:
A declaração do mero suspeito como sendo provável autor da infração penal é
feita, mediante:
A)
Interrogatório.
B)
Ação penal.
C)
Sentença
D)
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Sentença de pronúncia
E)
Indiciamento.
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Exercício 3:
O termo de encerramento do inquérito policial deverá conter:
A)
a tipificação correta do crime apurado, sob pena de nulidade do procedimento.
B)
a indicação de diligencias realizadas ou não e as testemunhas ouvidas.
C)
a transcrição do inteiro teor do interrogatório prestado pelo acusado.
D)
a tipificação do crime, ficando o Ministério Público limitado à mesma.
E)
relatório, detalhado, de todos os fatos ocorridos e tipificação correta do delito a
ser discutido na ação penal.
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Exercício 4:
O termo de encerramento do inquérito policial deverá conter:
A)
a tipificação correta do crime apurado, sob pena de nulidade do procedimento.
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B)
a indicação de diligencias realizadas ou não e as testemunhas ouvidas.
C)
a transcrição do inteiro teor do interrogatório prestado pelo acusado.
D)
a tipificação do crime, ficando o Ministério Público limitado à mesma.
E)
relatório,detalhado, de todos os fatos ocorridos e tipificação correta do delito a
ser discutido na ação penal.
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