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AULA 07 - AÇÃO PENAL PÚBLICA CONDICIONADA

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13/08/2019 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
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AÇÃO PENAL PÚBLICA CONDICIONADA
· Conceito
É aquela cujo exercício se subordina a uma condição.
Essa condição pode ser a manifestação da vontade do ofendido, do representante lega
ou do Ministro da Justiça.
Mesmo nesses casos a ação penal continua sendo pública, exclusiva do Ministér
Público, cuja atividade fica apenas dependendo de uma dessas condições (art. 24, CPP
art. 100, §1º, CP)
Os casos sujeitos à representação e à requisição estão expressos na lei.
· Ação Penal Pública condicionada à representação
O Ministério Público só pode dar inicio a esta ação se a vítima ou o representante legal 
autorizarem por meio da manifestação de vontade. Em virtude disse, tratam-se de crime
que afetam profundamente a esfera íntima do individuo. Inexistindo permissão da vítima
nem sequer será possível a instauração do inquérito policial (art. 5º, §4º, CR/88)
Todavia, uma vez iniciada a ação penal, o Ministério Público a assum
incondicionalmente, a qual passa a observar o principio da indisponibilidade da açã
penal.
 
· Natureza Jurídica da representação
Trata-se de condição objetiva de procedibilidade. Sem a representação do ofendido ou
quando for o caso, sem a requisição do Ministro da Justiça, não se pode dar inicio 
persecução penal. São requisitos especiais, exigidos por lei ao lado daqueles gerais 
todas as ações para que se possa exigir a prestação jurisdicional.
O não exercício do direito de representação acarreta a extinção da punibilidade (art. 107
IV, CP)
 
· Titular do direito de representação
Se o ofendido tiver menos de 18 anos ou for mentalmente enfermo, o direito d
representação cabe exclusivamente a quem tenha qualidade para representa-lo.
Pode também ser exercido por procurador com poderes especiais (art. 39, CPP).
No caso de morte do ofendido ou quando declarado ausente por decisão judicial, 
direito de representação passará ao cônjuge, ascendente, descendente ou irmão (ar
24, §1º, CPP).
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Se o ofendido for incapaz e não possuir representante legal, o juiz, de ofício ou 
requerimento do Ministério Público, nomeará um curador especial para analisar 
conveniência de oferecer representação. Esse mesmo procedimento será aplicado cas
o interesse do representante colidirem com o interesse do incapaz (art. 33, CPP)
 
· Prazo
O prazo para o exercício da representação esta previsto no art. 38, CPP. Isto é se
meses, contados do dia em que vier a saber quem é o autor do crime ou, em caso d
ação penal subsidiária, do dia em que se esgotar o prazo para oferecimento d
denúncia.
É prazo decadencial, por isso não se suspende nem se prorroga.
Em se tratando do menor de 18 anos ou, se maior possuidor de doença mental, o praz
não fluirá para ele enquanto não cessar a incapacidade, assim, não se pode falar em
decadência de um direito que não se pode exercer. Contudo, o prazo flui para 
representante legal, desde que ele saiba quem é o autor do delito.
A doutrina defende que existem dois prazos: o do representante legal, que se inicia 
partir do conhecimento da autoria e do menor, que só começa correr a partir do dia qu
completar 18 anos.
No caso de morte ou ausência judicialmente declarada do ofendido, o prazo, caso 
decadência ainda não tenha se operado, começa a correr da data em que o cônjuge
ascendente, descendente ou irmão tomarem conhecimento da autoria (art. 38, parágraf
único, CPP).
Vale observar que a representação não possui forma especial.
 
· Destinatários
Pode ser dirigida ao juiz, ao representante do Ministério Público ou à autoridade policia
Se presentes todos requisitos indispensáveis à propositura da ação penal, o Ministér
Público poderá oferecer denúncia, inclusive, dispensando o inquérito policial.
 
· Irretratabilidade
Após o oferecimento da denúncia a representação é irretratável.
A retratação só pode ser feita antes de oferecida a denúncia e pela mesma pessoa qu
representou.
Em pese posições contrárias na doutrina, a jurisprudência entende possível a retrataçã
da retratação, isto é o desejo do ofendido abrir mão da retratação.
 
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· Não vinculação
A representação não obriga o Ministério Público a oferecer a denúncia, devendo est
analisar se é ou não o caso de propor a ação penal, podendo concluir tanto pel
instauração, arquivamento ou retorno para diligências do inquérito policial. Além do qu
não esta vinculado à definição jurídica do fato constante na representação.
 
· Ação Penal Pública condicionada à requisição do Ministro da Justiça
A requisição é um ato político, tendo em vista que há certos crimes em que 
conveniência da persecução penal esta subordinada a essa conveniência política.
 
- Hipóteses de requisição: crime cometido por estrangeiro contra brasileiro fora do Bras
(art. 7, §3º, CP); crimes contra honra cometidos contra chefe de governo estrangeiro (ar
141, I, c/c art. 145, CP); crimes praticados contra Presidente da República (art. 141, I, c/
art. 145, CP).
- Prazo para oferecimento da requisição: A lei é omissa. Entende-se que pode se
oferecida a qualquer tempo.
- Retratação da requisição: Não deve ser admitida.
- Vinculação da requisição: não obriga o Ministério Público a oferecer denúncia. 
requisição é uma autorização política para o Ministério Público desempenhar este papel
- Destinatário da requisição: é o Ministério Público.
Exercício 1:
 Os princípios da ação penal pública são:
A)
obrigatoriedade, indisponibilidade, oficialidade, indivisibilidade e intranscedência
B)
obrigatoriedade, disponibilidade, oficialidade, indivisibilidade e intranscedência
C)
oportunidade, disponibilidade, oficialidade, indivisibilidade e transcedência
D)
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oportunidade, disponibilidade, iniciativa da parte, indivisibilidade e transcendência
E)
oportunidade, indisponibilidade, iniciativa da parte, individualidade e
intranscendência.
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Exercício 2:
 Analise as proposições seguintes:
I- A lei processual penal tem aplicação imediata, alcançando, inclusive, os
processos em andamento.
II- A lei processual penal admite interpretação extensiva e aplicação analógica, bem
como o suplemento dos princípios gerais do direito
III- Na ação penal pública condicionada a representação do ofendido pode ser
retratada até o recebimento da denúncia.
IV- Na ação penal privada subsidária da pública, o Ministério Público pode aditar a
queixa, intervir em todos os termos do processo e interpor recurso.
V- No caso de morte do ofendido, somente o cônjuge tem direito de oferecer queixa
ou prosseguir na ação penal pública condicionada à representação.
As proposições corretas são apenas:
A)
I, II e III
B)
III, IV e V
C)
II, III e IV
D)
 I, IV e V
E)
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I, II e IV
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Exercício 3:
 Assinale a alternativa que completa corretamente a lacuna da frase:
O principio da oportunidade _________________
A)
somente tem aplicação às ações penais públicasincondicionadas
B)
somente tem aplicação às ações penais de iniciativa privada ou públicas
condicionadas à representação
C)
somente tem aplicação às ações penais públicas condicionadas à representação.
D)
não se aplica ao processo penal
E)
é aplicado somente na fase de inquérito policial.
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Exercício 4:
 Se o órgão do Ministério Público, ao invés de apresentar denúncia, requerer o
arquivamento do inquérito policial ou quaisquer peças de informação, o juiz, no
caso de considerar improcedentes as razões invocadas,
A)
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insistirá, junto ao Tribunal de Justiça do respectivo estado, no pedido de não
arquivamento.
B)
fará remessa do inquérito ou peças de informação ao Presidente do Tribunal de
Justiça do respectivo estado para apreciação deste.
 
C)
fará remessa ao Procurador Geral para o que a este aprouver em termos legais
D)
insistirá, junto ao Ministério Público do Estado, no pedido de arquivamento.
E)
remeterá para outro promotor de justiça
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