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z Estratégias nutricionais para Hipertrofia Professor: Marcus Palmeira Hipertrofia muscular é o aumento do tamanho (volume) das células dos músculos. Trata-se de uma resposta fisiológica, que decorre de uma adaptação das células musculares diante de uma maior exigência de trabalho. • HIPER: sobre, aumento. • TROFIA: trofe, nutrição, alimentação, educação. Quando se fala de nutrição esportiva, tem que ter educação física. Fala de educação física, independente do esporte tem que estar junto nutrição e educação física, não tem como separar. z Estratégias Nutricionais para Hipertrofia z z Antes, vamos voltar um pouco no tempo, sim? ▪Bases Históricas ▪ Mílon de Crotona ▪A principal história de Mílon de Crotona é usada atualmente para ilustrar alguns princípios do treinamento desportivo. Diziam que ele, durante a preparação de um dos jogos, passou a carregar diariamente um bezerro nas costas, estabelecendo uma rotina metódica de treinamento. ▪A medida que o bezerro crescia, Mílon ganhava força e resistência chegando a um dia carregar um enorme boi em suas costas. z z Eugen Sandow ▪Considerado o ‘pai’ da musculação, por ter sido um dos primeiros fisiculturistas. Em vídeo histórico, de 1893, Sandow apresentava o melhor físico e durante 30 anos foi considerado ídolo e dono do "melhor". ▪1896 - 1º Jogos Olímpicos - Levantamento de Peso; ▪1901 - Sandow promoveu 1º Campeonato de Fisioculturismo. z z Aspectos Históricos ▪Famoso por interpretar o primeiro Hércules, Steve Reeves, tinha o físico escultural e quase perfeito. Não havia uma estética mais admirada no mundo que a de Reeves na década de 50, e até hoje ele é considerado um dos grandes nomes do bodybuilding, graças à simetria do seu corpo e seu pioneirismo nas técnicas de treino. ▪A mãe de Steve era não somente uma excelente cozinheira como também tinha formação em nutrição, o que acabou influenciando Steve a manter uma alimentação saudável desde muito cedo. ▪No mundo de hoje, onde a maioria dos fisiculturistas consome dietas hiperproteicas, a opção de Reeves de consumir somente 20% de proteína por dia parece impraticável. O americano acreditava que era necessário consumir mais carboidratos para poder obter energia suficiente para seus treinos pesados. ▪A dieta que Steve seguiu por toda sua carreira era composta por 60% de carboidratos, 20% de proteínas e 20% de gordura. Steve também evitava farinha branca e açúcar, dando preferência por fontes naturais de carboidratos, como as frutas. ▪Outra diferença na dieta de Steve Reeves em relação aos dias atuais era o número de refeições que ele fazia por dia. Enquanto hoje os bodybuilders chegam a fazer até oito refeições menores, Steve se alimentava apenas três vezes ao dia. z z Cardápio da dieta de Steve Reeves – Café da manhã ▪ 1 banana; ▪ 400 ml de suco de laranja; ▪ 1 colher de mel; ▪ 2-4 ovos crus; ▪ 1 colher de gelatina; ▪ 2 colheres de preparado de proteínas. – Almoço ▪ Queijo cottage; ▪ 1 xícara de uva passa e nozes; ▪ 2 frutas da estação; – Jantar ▪ 1 salada grande; ▪ 1 filé de peixe-espada( ou atum, peru ou carne vermelha magra). O profissional de Educação física e/ou Nutrição deve saber: • Toda a estrutura do músculo; • Anatomia Miofibrilar; • Filamento de Aetina; • Filamento de Miesina; A Hipertrofia simplificando, é a capacidade de se adaptar a estrutura muscular. O efeito de lesionar, inflamar, rompimento do Sarcômero (fibras) através de impulsos elétricos. z Fisiologia Miofibrilar ▪ Neurônio Motor e muscular = quando você não consegue mais contrações voluntárias, o cérebro já está no seu limite e não envia mais estímulos. ▪ Exemplo: o treino é psicológico, então, o cara que treina até estar fadigado, até a falha. Quanto mais força, mais aguentar a dor ele consegue realizar o movimento de contração muscular, a unidade motora. ▪ Quanto mais força, mais o cérebro vai estimular o cálcio e liberar toda a fibra. Enquanto não eliminar todo o cálcio do corpo, o músculo não irá parar de contrair, um dos muitos motivos da câimbra é o excesso de cálcio. ▪ Andrew Fielding Huxley contribuiu sobre os potenciais de ação dos nervos, os impulsos elétricos que permitem que a atividade de um organismo seja regulada por um sistema nervoso central. Como acontecia essas contrações, impulsos, unidades motoras. Unidades Motoras • Quanto mais unidade motora, maior força, cria mais força, mais carga. Recruta mais mais sarcômeros, romper mais fibras; • Célula satélite: aumento de células/fibras; Exemplo: se tenho 10 fibras, aumento 50. Preciso aumentar meu tamanho. z Hipertrofia Sacorplasmática X Miofibrilar ▪ A primeira é muito vista em fisiculturistas e atletas que treinam com repetições mais elevadas (maiores que 10), sendo uma de suas características básicas o aumento de volume com pequeno aumento de força, desta forma fica claro que a hipertrofia sarcoplasmática se manifesta em um aumento do líquido e demais organelas do sarcoplasma, que não as miofibrilas. z Fatores que Determinam/Controlam a Hipertrofia ▪ Genética; ▪ Sistema Nervoso; ▪ Questão Hormonal; ▪ Fatores Endócrinos; ▪ Questão Nutricional; ▪ Questão Psicológica. E o treinamento, qual a sua interferência? ▪ Tipo de Exercício; ▪ Volume X Carga; ▪ Adequar o treino com a dieta; ▪ Intensidade absoluta X relativa; ▪ (carga muito pesada) X (pouco descanso) ▪ Séries semanais; ▪ Natural X Hormonizado. z Princípios de treinamento Weider ▪ Criador do Mr. Olympia em 1949, Ms. Olympia e dos extinto torneio de fisiculturismo Masters Olympia. Também era o editor de diversas revistas relacionadas ao fisiculturimo e a fitness, mais notavelmente Muscle & Fitness, Flex, Men's Fitness e Shape e é o fabricante de uma linha de equipamentos e suplementos de ginástica. Além de coaching do Arnold Schwarzenegger. ▪ Treino Progressivo; ▪ Treino em Série; ▪ Treino Isolado; ▪ Confusão Muscular; ▪ Treino Prioritário (ponto fraco); ▪ Treino Pirâmide; ▪ Etc. z z Síntese X Degradação ▪Aumento de volume celular. O corpo está sempre produzindo e degradando a todo instante, devido a isso, existe balanço entre ambos. ▪Sinalização Celular ▪Alvo da rapamicina em mamíferos (mTOR). *mTOR (mammalian target of rapamycin) é uma proteína com papel central no crescimento, na proliferação e na manutenção das células, que participa da formação de dois complexos, mTORC1 e mTORC2. z mTOR Processo do mTOR David Sabatini z Síntese X Hipertrofia Muscular ▪ As pessoas acham que são sinônimos, a síntese realizamos a todo momento. Quando comemos um biscoito estamos realizando uma síntese, e também estamos degradando o tempo todo. ▪ Realizamos sínteses de cabelo,de pele, colágeno, hemoglobina que é uma proteína. Porém qual é a diferença? ▪ A diferença é que uma tenho treino, a outra não. Quando eu tenho treino eu sinalizo para hipertrofiar, a mesma coisa quando eu NÃO tenho treino, não serei sinalizado. z Glicogênio Sintase Cinase 3 e Hipertrofia Muscular A lesão desencadeada pelo exercícios excêntrico induz a libera do TNF, citocina esta que estimula IRS-I, PI3K e Akt (Aguila e colaboradores, 2000). Durante o exercício físico em ambas as intensidades, submáxima e máxima, a atividade da Akt é aumentada significativamente (40% e 110% respectivamente). Fonte Link: http://www.rbpfex.com.br/index.php/rbpfex/issue/view/19 Revista Brasileira de Prescriçãoe Fisiologia do Exercício A participação da glicogênio sintase cinase 3 na modulação de vias hipertróficas musculares e as influências exercidas pelo exercíco de forças nestas sinalizações. Bruno Gil Aldenucci, Luis Fernando Hoinaski, Everson Araújo Nunes. Nutrient Timing • Janela Anabólica: (sensibilidade aumentada, como um portal durante 24 horas); Hipertrofia se traduz em: SÍNTESE < DEGRADAÇÃO (BALANÇO +) z SÍNTESE PROTÉICA DURANTE O EXERCÍCIO Consenso → Síntese é suprimida durante o exercício (proporcional à duração e intensidade do exercício). ▪ Reguladores da síntese e degradação protéica ▪ Síntese protéica ▪ Aumento → Insulina, hormônio do crescimento, leucina e outros aa. ▪ Redução → Exercício físico, ingestão deficiente de proteína na dieta e diminuição do estado energético. ▪ Degradação protéica ▪ Aumento → Jejum, exercício físico e glicocorticóides. ▪ Redução → Ingestão de proteínas , infusão de leucina e de triacilgliceróis de cadeia média. ▪ Balanço protéico positivo ▪ • Alimentação → forte estímulo para balanço protéico positivo. ▪ • Alimentação antes do exercício: ▪ – Garante substratos para suprir o gasto calórico, sem comprometer os tecidos de reserva. ▪ • Alimentação pós-exercício ▪ – Estado não alimentado = saldo protéico negativo. ▪ – Estado alimentado = sessão de exercício de força aumenta a síntese e a degradação protéicano pós-exercício. Resultado positivo com a ingestão de alimentos. NUTRIÇÃO Não existe regras. Existem particularidades impostas pela individualidade. Nutrição no Fisioculturismo • Estrutura genética; Avaliação visual • Simetria; • Proporção; • Densidade; • Definição. • Planejamento da Consulta Fazer seu modelo de acordo com as necessidades e dificuldades encontradas pegando modelo de outros profissionais e estudos de validação. • Dados do cliente • Detecção de problemas/doenças/medicamentos • Análise de exames exigir avaliação • Rotina do cliente Dia a dia, características pessoais e necessidades. • Dados da avaliação Calcular os macros/Kcal e qualificar (REC 24) z z Bioimpedência ou Antropometria •Gasto Energético Total •Genética, idade, sono, massa muscular, exercícios, doenças, deficiências, nutricionais, etc. * GET é estimado pelo TMB/TMR por calorimetria (indireta aberta) e principalmente por equações preditivas (norte americanos e europeias). z z Bioimpedência ou Antropometria ▪ Cálculos TMB/TMR ▪GER ou TMR (Gasto Energético em Repouso ou Taxa Metabólica de Repouso): Equivalente ao 60-75% das necessidades energéticas diárias de um indivíduo para a manutenção dos sistemas vitais básicos. ▪GEB ou TMB (Gasto Energético Basal ou Taxa Metabólica Basal): Equivalente ao GER ou TMR + gasto energético diário compreendendo atividades físicas realizas + efeito térmico ingestão alimentos, sendo aproximadamente um 10 % maior ao GER ou TMR (AVESANI et al., 2005). ▪ Composição corporal ▪Avaliação da composição corporal é uma tentativa de simplificar. Um processo que é inerentemente complexo. Massa Livre de gordura (FFM) = Massa Corporal Magra (LBM) • O que vai mudar em esse % ser aferido por Bio ou adipômetro %? • O que temos que analisar é: Percentual ? X Perimetria X Dobra X Espelho X Satisfação. E aí. BIO, US ou Adipômetro? BIO, US (Ultra-sonografia), DC são todas válidas, porém o que importa é a análise feita pelo mesmo profissional. Objetivo X Diagnóstico N. • Expectativa X Realidade; • Análise Bioquímica e exames; • Por onde começar, qual ordem? • Anamnese • Antropometria • Diagnóstico Nutricional • Objetivo do Cliente • objetivo Planejado • Cálculos Metabólicos (TMB, GET) • Modelo de dieta (técnica VET, MACROS) • Fazer a dieta (escolha alimentos, combinações, receitas) • Suplementação manipuladas, fisioterapia • Devo pesar alimentos? A pesagem de alimentos acaba se tornando bem importante, diria que essencial. Da mesma forma, qualidade importa (sempre), mas tanto quanto. Usar somente medidas caseiras pode sim comprometer o ganho de massa magra, afinal a medida que você usa pode estar sendo maior ou menor que a indicada pela nutricionista. Digamos que foi indicado tu utilizar uma xícara de chá e tu estás usando uma caneca (que é maior) ou uma colher de sopa nivelada e você acaba sem querer usando ela bem cheia. • Crus ou Preparados? Sempre cozido e depois de pronto, a não ser que você vá pesar para fazer uma receita. z z Vamos planejar: ▪TMR = 1 MET = 3,5 ml de 02/Kcal/min ou 1 Kcal/Kg/h ▪80 Kg = atividade 4 METs por 40 min ▪80 x 4 x (40/60) ▪2013 Kcal/40 = 5,3 Kcal/min ▪3,5 x 80 x 4 x 40/10000*5 ▪224Kcal ▪Melhor método para mensurar gasto energético durante o exercício é = Água. 1. Idade: 32 anos 2. Peso: 85 Kg - 1,65 m de altura3. 3. TMR - Fórmula (Henry e Rees 1991) 0,046 (MC) + 3,160 → (0,046*85) +3,160 = 7,07*239 = 1690 Kcal 4. GET - Várias fórmulas 1690 * 1,4 = 2366 Kcal/GET = 2366 + 1401 + 297 → 3704 Kcal 5. VET = perder/manter ou ganhar? Ganha:+500 Kcal 6. Macronutrientes PTN: 1,8 g/Kg → 1,8 x 85 = 153 g x 4 = 612 Kcal LPD: 25% → 1051 Kcal/9 = 117 g CHO: 25 * 14,5 = 39,5% → 100= 60,5% - 2543 Kcal/4 = 636 g - 7,5 g/Kg • Quando fazer? • Pra que fazer? • Por quanto tempo fazer? • Quando de peso aumentar? • Natural x Hormonizado? • Absorção Planejamento Diedético Excesso Energético = 500 kcal destruídos 200 - 300 Kcal treinados • Fatores que interferem na Hipertrofoia • Fatores que modulam a síntese proteica muscular Planejamento da consulta Fatores dificultam dieta para ganho • Quantidade de comida • Sonolência • Rotina diária • Excesso de PTN (proteína) • Termogênese Adaptativa z High Protein X Saúde X Balanço Suplementação ▪ Suplementos mais utilizados: proteínas, aminoácidos, creatinas, etc. z Ciclo de Krebs ▪ O ciclo de Krebs, tricarboxílico 852669 ou do ácido cítrico 745226, também referido como ciclo dos ácidos tricarboxílicos (em inglês, TCA), é uma série de reações químicas que ocorrem na vida da célula e seu metabolismo. • Como ta usando o BCAA pra produzir glicose? Aminoácidos de cadeia ramificada (BCAAs: leucina, isoleucina e valina) são chamados aminoácidos essenciais e a suplementação ou dietas ricas em BCAA estão associadas a efeitos positivos na regulação da saciedade, síntese proteica muscular e homeostase da glicose. BCAA provavelmente são marcadores ao invés de causa de resistência insulinica, considerando que RI aumenta a taxa de aparecimento de BCAA e está relacionada com redução da expressão de enzimas ligadas ao catabolismo mitocondrial do BCAA. Alternativamente, dois mecanismos têm sido propostos como causa entre aumento da concentração plasmática de BCAA e diabetes ou resistência à insulina. O primeiro mecanismo, ativação persistente da serina kinase S6K1 e mTORC1, promove resistência à insulina através da fosforilação de serina do substrato receptor de insulina (IRS-1 e IRD-2), que pode ocorrer em resposta a persistente hiperinsulinemia e aminoacidemia. Ao longo do tempo, o aumento da demanda por insulina devido a ação insulínica prejudicada, junto com inflamação e lipotoxicidade associadas a resistência insulínica, levam a hiperinsulinemia e exaustão da celulas beta. Contudo, essa mesma via de ativação do mTORC1 também é ativada com o exercício, fator conhecido na prevenção e regressão da resistência à insulina e diabetes. Ademais, suplementação ou aumento dos níveis circulantes de BCAA estão associados com melhoras metabólicas, embora aumentea sinalização da via mTORC1. Em resumo, embora mecanismos propostos possam explicar como o aumento dos níveis de BCAA levaria a resistência à insulina ou obesidade, deve ser notado que o aumento dos níveis de BCAA está mais provavelmente relacionado com marcador de perda de ação da insulina e não, eles próprios, como causadores. z Fatores que Interferem no rendimento-fadiga crônica e periférica ▪ Hidrogênio/amônia/enzimas ▪ Acidez/inflamação de mais no músculo (câimbra) ▪ Hormônios ▪ Serotonina/dopamina/andenosina Pontos Importantes ▪ Teor proteico; ▪ Teor de aminoácido ▪ 5g de BCAA na porção ▪ 3g de leucina ▪ 12g de Aa ▪ Creatinanão absorve na pele, 90% vai para músculo. ▪ BCAAs representam 17% dos aminoácidos Efeitos BCAA • Hipertrofia • Aumenta rendimento (fadiga central) • Sistema Imune • Anticatabólico
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