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11/09/2019 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 1/7 A educação medieval: A Igreja Católica e a Educação, o Império Carolíngio e o feudalismo ESTUDAR OS ASPECTOS GERAIS DA EDUCAÇÃO MEDIEVAL, CONHECENDO OS DIVERSOS TIPOS DE ESCOLAS CATÓLICAS, A EDUCAÇÃO DURANTE O IMPÉRIO CAROLÍNGIO E O FEUDALISMO. A Idade Média A Idade Média iniciou-se em 476 com a tomada do Império Romano do Ocidente e a deposição do Imperador Rômulo Augústulo por Odroaco, rei dos hérulos, e abarcou um período de mil anos, até a tomada de Constantinopla pelos turcos otomanos (1453). O fim do império significou o fim da unidade política e administrativa, gerando o caos e forçando a ruralização da sociedade romana. As sucessivas vagas de invasões bárbaras causaram a desagregação da antiga ordem, da qual restou apenas a Igreja, que iria se manter por todo o período medieval como única instituição centralizada, motivo pelo qual iria substituir e tomar o lugar do poder civil, assumindo o papel de regular, formar e administrar a sociedade. A Igreja Católica e a educação A educação seria praticamente um monopólio eclesiástico na Idade Média. A filosofia patrística seria a base da educação na primeira metade da Idade Média, com os enciclopedistas, até IX, com o início da filosofia escolástica, quando o pensamento cristão medieval encontrou sua mais alta expressão até atingir seu auge no século XIII. Dois aspectos fundamentais caracterizaram os primeiros séculos do cristianismo, do ponto de vista educativo escolar: a imitação da figura de Cristo e a adoção da cultura clássica, literário-retórica na formação do cristão. Os enciclopedistas retomaram a cultura antiga e a obra de adaptar a filosofia clássica ao pensamento cristão. Esses pensadores, de saber enciclopédico, eram diretamente influenciados pelas obras dos padres da Igreja e adotaram o programa das sete artes liberais por meio da seleção de textos clássicos que liam, copiavam, traduziam e adaptavam à fé cristã. Mesmo após a queda do império, as escolas romanas continuavam funcionando, mesmo que precariamente, continuando o ensino clássico fundamentado nas sete artes liberais. Mesmo sem documentos que comprovem o funcionamento dessas escolas após o século V, é certo que esse tipo de formação teve 11/09/2019 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 2/7 continuidade graças aos enciclopedistas. Com a decadência crescente do mundo romano, as atividades públicas iam aos poucos sendo exercidas por religiosos, então os únicos indivíduos alfabetizados, formados nas escolas mantidas pela Igreja. Escolas monásticas Um dos principais tipos de escolas mantidas pela Igreja eram as escolas monásticas, também denominadas monacais ou abaciais, por se localizarem junto aos mosteiros (ou abadias). Os mosteiros eram os locais onde se desenvolvia um movimento religioso que propunha o isolamento como forma de manutenção dos princípios cristãos. Com a decadência do Império, alguns religiosos desiludidos com o afrouxamento moral e dos costumes religiosos se refugiaram para lugares ermos e desertos, para viverem longe da sociedade como ermitões, dedicando-se apenas à espiritualidade. Fundamentavam-se na divisão entre o corpo e alma, acreditando que o primeiro era fonte de fraqueza, tentação e pecado, enquanto o segundo era o caminho para se atingir a perfeição, a virtude e o reino dos céus. O movimento monástico (derivado do radical monos, que significa só, solitário) foi fundado oficialmente em 526, por São Bento, embora já houvesse referências à existência de mosteiros anteriores a essa data. São Bento fundou, portanto, o mosteiro de Monte Cassino, na Itália, e com ele a Ordem Beneditina, de importância central na Idade Média. Os monges, que habitavam o mosteiro, eram submetidos a uma dura rotina cotidiana que se resumia em orar e trabalhar (ora et labora, ou seja, orar e trabalhar é o lema da Ordem). A atividade educativa não era a finalidade principal dos mosteiros, mas, com o passar do tempo, se tornou necessária a criação de escolas para a formação de novos religiosos. Aos poucos os mosteiros iriam assumir o monopólio do saber e da cultura, guardando nas suas bibliotecas grande número de obras da filosofia clássica, pois uma das principais atividades dos monges era traduzir, reinterpretar e adaptar obras do grego e do latim. Os monges copistas dedicavam-se incessantemente a copiar os textos clássicos, aumentando constantemente o acervo da biblioteca do mosteiro. Nos mosteiros, dessa forma, criou-se um modelo de escola cristã, diferente em parte da antiga, caracterizada pela centralidade na autoridade, pelo estudo da Bíblia e pelo uso dos clássicos da cultura greco-romana corrigidos e adaptados. A formação cristã se tornou herdeira da tradição clássica e se qualificou em função do crescimento espiritual do sujeito no sentido religioso, levando-o à meditação e à contemplação por meio da leitura constante e do contato contínuo com os textos sagrados e da tradição dos padres da Igreja. A educação no Império Carolíngio A partir do século VII a decadência e o isolamento europeu aumentaram ainda mais com o avanço do islamismo. Povos do norte da África convertidos ao islamismo invadiram a Península Ibérica, dominando e tentando avançar em direção à região onde atualmente se localiza a França. Entretanto, foram detidos por Carlos Magno, um bárbaro cristianizado, rei dos francos. Com a vitória sobre os muçulmanos, Carlos Magno ganhou muito prestígio junto ao papado, que já o vinha apoiando nas sucessivas expansões do seu reino. 11/09/2019 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 3/7 Interessada em reconstruir um grande império cristão, a Igreja viu nesse rei franco a possibilidade de concretizar esse objetivo e, finalmente, no Natal do ano 800, o papa Leão III coroou Carlos Magno imperador – estava ressuscitado o Império Romano do Ocidente. Com o ressurgimento do império, teve início um movimento de renascimento cultural, que ficou conhecido por Renascimento Carolíngio. O objetivo do imperador passou a ser o de reformar a vida monástica e o sistema de ensino. Foram criadas, então, as escolas palacianas, ou palatinas, que passaram a funcionar junto aos palácios do imperados, que tinham por objetivo a restruturação e a fundação de escolas monásticas, de escolas catedrais, ou episcopais, que funcionavam junto às grandes catedrais e sedes episcopais e das escolas paroquiais, de nível básico. O curriculum básico do ensino continuava sendo o das sete artes liberais, e as escolas palacianas visavam formar, também, os administradores do império, enquanto as escolas catedrais eram destinadas à formação do clero secular. Com a morte de Carlos Magno, o império entrou em declínio, pois seus filhos não souberam manter a unidade territorial, promovendo sua divisão em três, pelo Tratado de Verdum, em 843. O enfraquecimento causado pela divisão do império possibilitou sucessivas invasões de povos bárbaros, levando à feudalização do seu território. Com o fim do Império Carolíngio, caiu por terra a esperança da reconstrução de um grande império cristão, forte e centralizado, e a Europa experimentou um novo período de decadência marcado pelo feudalismo. O feudalismo O feudo era uma unidade territorial, governada por um senhor que possuía poder total, se dedicava na sua defesa militar e impunha aos habitantes a obrigação da fidelidade e da submissão, em troca de proteção. Nesse tipo de sociedade, isolada e autossuficiente, o comércio desapareceu, assim como a necessidade de uma administração pública, já que o governo era exercido diretamente pelo senhor, que agia dentro dele como fonte de direito. Em consequência, a escrita perdeu sua importância, assim como a educação, que nesseperíodo se restringiu ao clero. A sociedade feudal era dividida em três estratos sociais, chamados de 11/09/2019 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 4/7 estamentos ou estados: o primeiro estado (ou estamento) era constituído pelo clero; o segundo estado pela nobreza e o terceiro estado pelos servos. Essa divisão social iria sobreviver ao fim do feudalismo, persistindo até o final da Idade Moderna, sendo eliminada somente após a Revolução Francesa, em 1789. REFERÊNCIA Mundo Vestibular - http://www.mundovestibular.com.br/articles/4857/1/Origem-e-declinio-do-Imperio- Carolingio/Paacutegina1.html (http://www.mundovestibular.com.br/articles/4857/1/Origem-e-declinio-do- Imperio-Carolingio/Paacutegina1.html) Colégio Web - http://www.colegioweb.com.br/historia/o-reino-franco-e-o-imperio-carolingio.html (http://www.colegioweb.com.br/historia/o-reino-franco-e-o-imperio-carolingio.html) 11/09/2019 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 5/7 11/09/2019 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 6/7 11/09/2019 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 7/7
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