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1- Da posse

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1. Da posse 
Direito das Coisas 
Da conceituação 
Código Civil - Art. 1.196. Considera-se possuidor todo 
aquele que tem de fato o exercício, pleno ou não, de 
algum dos poderes inerentes à propriedade. 
Como bem observa Tito Fulgêncio, a palavra “posse” tem sido usada 
abrangendo variadas significações impróprias, o que deve ser evitado a fim 
de garantir a precisão técnica da terminologia. Comumente, o conceito de 
posse tem sido exprimido com as seguintes significações: 
 
a) “Posse” como sinônimo de propriedade. Tal equívoco remonta ao 
próprio direito romano e até hoje figura na linguagem do povo e mesmo 
de juristas. É certo que a posse exprime, em regra, o conteúdo da 
propriedade, mas é errônea, tecnicamente, a confusão dos dois 
institutos; 
b) “Posse” como sinônimo de tradição, significando condição de aquisição 
do domínio, o que também consiste numa imprecisão técnica, tendo em 
vista que a posse tem um conteúdo mais amplo do que a simples forma 
de aquisição da coisa; 
Da conceituação 
Código Civil - Art. 1.196. Considera-se possuidor todo 
aquele que tem de fato o exercício, pleno ou não, de 
algum dos poderes inerentes à propriedade. 
Como bem observa Tito Fulgêncio, a palavra “posse” tem sido usada 
abrangendo variadas significações impróprias, o que deve ser evitado a fim 
de garantir a precisão técnica da terminologia. Comumente, o conceito de 
posse tem sido exprimido com as seguintes significações: 
 
c) “Posse” significando o exercício de um direito qualquer, independente 
de recair diretamente sobre coisas, o que tem sido alvo de grande 
polêmica sobre a possibilidade de posse de direitos pessoais5. O nosso 
código civil, inclusive, utiliza a expressão “posse do estado de casados”, 
nos arts. 1.545 e 1.547; 
d) “Posse” denotando o compromisso do funcionário no qual se 
compromete a exercer sua função com honra. 
e) ”Posse” na acepção de poder sobre uma pessoa. Essa confusão tem seu 
âmbito no direito de família, quando da referência ao poder que os pais 
têm sobre os filhos. 
Da conceituação 
Código Civil - Art. 1.196. Considera-se possuidor todo 
aquele que tem de fato o exercício, pleno ou não, de 
algum dos poderes inerentes à propriedade. 
Como bem observa Tito Fulgêncio, a palavra “posse” tem sido usada 
abrangendo variadas significações impróprias, o que deve ser evitado a fim 
de garantir a precisão técnica da terminologia. Comumente, o conceito de 
posse tem sido exprimido com as seguintes significações: 
 
c) “Posse” significando o exercício de um direito qualquer, independente 
de recair diretamente sobre coisas, o que tem sido alvo de grande 
polêmica sobre a possibilidade de posse de direitos pessoais5. O nosso 
código civil, inclusive, utiliza a expressão “posse do estado de casados”, 
nos arts. 1.545 e 1.547; 
d) “Posse” denotando o compromisso do funcionário no qual se 
compromete a exercer sua função com honra. 
e) ”Posse” na acepção de poder sobre uma pessoa. Essa confusão tem seu 
âmbito no direito de família, quando da referência ao poder que os pais 
têm sobre os filhos. 
Ultrapassadas essas considerações preliminares sobre a 
significação vulgar do termo posse, é mister ressaltar 
que vários doutrinadores se esforçaram na tentativa de 
precisar o significado técnico desse instituto, que, na 
opinião de Sílvio de Salvo Venosa, é, fora de dúvida, “o 
instituto mais controvertido de todo o direito, não 
apenas do direito civil”. 
Da conceituação 
Código Civil - Art. 1.196. Considera-se possuidor todo 
aquele que tem de fato o exercício, pleno ou não, de 
algum dos poderes inerentes à propriedade. 
Como bem observa Tito Fulgêncio, a palavra “posse” tem sido usada 
abrangendo variadas significações impróprias, o que deve ser evitado a fim 
de garantir a precisão técnica da terminologia. Comumente, o conceito de 
posse tem sido exprimido com as seguintes significações: 
 
c) “Posse” significando o exercício de um direito qualquer, independente 
de recair diretamente sobre coisas, o que tem sido alvo de grande 
polêmica sobre a possibilidade de posse de direitos pessoais5. O nosso 
código civil, inclusive, utiliza a expressão “posse do estado de casados”, 
nos arts. 1.545 e 1.547; 
d) “Posse” denotando o compromisso do funcionário no qual se 
compromete a exercer sua função com honra. 
e) ”Posse” na acepção de poder sobre uma pessoa. Essa confusão tem seu 
âmbito no direito de família, quando da referência ao poder que os pais 
têm sobre os filhos. 
Ultrapassadas essas considerações preliminares sobre a 
significação vulgar do termo posse, é mister ressaltar 
que vários doutrinadores se esforçaram na tentativa de 
precisar o significado técnico desse instituto, que, na 
opinião de Sílvio de Salvo Venosa, é, fora de dúvida, “o 
instituto mais controvertido de todo o direito, não 
apenas do direito civil”. 
Dentre as várias teorias que se dispõem a 
definir a posse, um ponto é fundamental, 
e é entendimento unânime na doutrina: 
toda a discussão gira em torno da 
configuração jurídica de dois elementos 
da posse - corpus e animus. 
Da conceituação 
Código Civil - Art. 1.196. Considera-se possuidor todo 
aquele que tem de fato o exercício, pleno ou não, de 
algum dos poderes inerentes à propriedade. 
Como bem observa Tito Fulgêncio, a palavra “posse” tem sido usada 
abrangendo variadas significações impróprias, o que deve ser evitado a fim 
de garantir a precisão técnica da terminologia. Comumente, o conceito de 
posse tem sido exprimido com as seguintes significações: 
 
c) “Posse” significando o exercício de um direito qualquer, independente 
de recair diretamente sobre coisas, o que tem sido alvo de grande 
polêmica sobre a possibilidade de posse de direitos pessoais5. O nosso 
código civil, inclusive, utiliza a expressão “posse do estado de casados”, 
nos arts. 1.545 e 1.547; 
d) “Posse” denotando o compromisso do funcionário no qual se 
compromete a exercer sua função com honra. 
e) ”Posse” na acepção de poder sobre uma pessoa. Essa confusão tem seu 
âmbito no direito de família, quando da referência ao poder que os pais 
têm sobre os filhos. 
Ultrapassadas essas considerações preliminares sobre a 
significação vulgar do termo posse, é mister ressaltar 
que vários doutrinadores se esforçaram na tentativa de 
precisar o significado técnico desse instituto, que, na 
opinião de Sílvio de Salvo Venosa, é, fora de dúvida, “o 
instituto mais controvertido de todo o direito, não 
apenas do direito civil”. 
Dentre as várias teorias que se dispõem a 
definir a posse, um ponto é fundamental, 
e é entendimento unânime na doutrina: 
toda a discussão gira em torno da 
configuração jurídica de dois elementos 
da posse - corpus e animus. 
Teoria subjetiva de Savigny: “o 
poder que tem a pessoa de 
dispor fisicamente de uma 
coisa, com intenção de tê-la 
para si e defendê-la contra a 
intervenção de outrem (corpus 
e animus) – poder físico sobre 
a coisa com intenção de dono. 
Teoria objetiva de Lhering: 
“para constituir a posse basta 
o corpus” – não é afastado o 
animus, mas, este deixa de ser 
essencial – adotada pelo CC. 
Da conceituação 
Código Civil - Art. 1.196. Considera-se possuidor todo 
aquele que tem de fato o exercício, pleno ou não, de 
algum dos poderes inerentes à propriedade. 
Como bem observa Tito Fulgêncio, a palavra “posse” tem sido usada 
abrangendo variadas significações impróprias, o que deve ser evitado a fim 
de garantir a precisão técnica da terminologia. Comumente, o conceito de 
posse tem sido exprimido com as seguintes significações: 
 
c) “Posse” significando o exercício de um direito qualquer, independente 
de recair diretamente sobre coisas, o que tem sido alvo de grande 
polêmica sobre a possibilidade de posse de direitospessoais5. O nosso 
código civil, inclusive, utiliza a expressão “posse do estado de casados”, 
nos arts. 1.545 e 1.547; 
d) “Posse” denotando o compromisso do funcionário no qual se 
compromete a exercer sua função com honra. 
e) ”Posse” na acepção de poder sobre uma pessoa. Essa confusão tem seu 
âmbito no direito de família, quando da referência ao poder que os pais 
têm sobre os filhos. 
Ultrapassadas essas considerações preliminares sobre a 
significação vulgar do termo posse, é mister ressaltar 
que vários doutrinadores se esforçaram na tentativa de 
precisar o significado técnico desse instituto, que, na 
opinião de Sílvio de Salvo Venosa, é, fora de dúvida, “o 
instituto mais controvertido de todo o direito, não 
apenas do direito civil”. 
Dentre as várias teorias que se dispõem a 
definir a posse, um ponto é fundamental, 
e é entendimento unânime na doutrina: 
toda a discussão gira em torno da 
configuração jurídica de dois elementos 
da posse - corpus e animus. 
Teoria subjetiva de Savigny: “o 
poder que tem a pessoa de 
dispor fisicamente de uma 
coisa, com intenção de tê-la 
para si e defendê-la contra a 
intervenção de outrem (corpus 
e animus) – poder físico sobre 
a coisa com intenção de dono. 
Teoria objetiva de Lhering: 
“para constituir a posse basta 
o corpus” – não é afastado o 
animus, mas, este deixa de ser 
essencial – adotada pelo CC. 
- Direito de gozar: jus fruendi; 
- Direito de reinvidicar: rei vindicatio; 
- Direito de usar – jus utendi; 
- Direito de dispor: jus abutendi. 
Jurisprudências 
Da classificação da posse 
 
Da classificação da posse 
Posse 
direta 
Posse 
indireta 
Em regra, os poderes ou faculdades do domínio se encontram 
reunidos em uma única pessoa. É o caso de pessoa que habita 
residência própria. Quando os poderes decorrentes do domínio 
estão distribuídos entre mais pessoas, temporariamente, tem-se a 
posse direta e indireta. É o caso do contrato de locação, em que o 
locatário tem a posse direta – possui a coisa, enquanto o locador 
tem a posse indireta (artigo 1.197). 
jus possidendi: proprietário; locatário; comodatário; usufrutuário – posse 
embasada em contrato ou propriedade. 
jus possessionis: é a posse sem causa. O ordenamento jurídico atribui 
efeitos ao jus possesionis, conferindo ao possuidor o direito de defender tal 
situação contra terceiros, e, até mesmo a aquisição pela usucapião. 
Jurisprudências 
1) Sabe-se também que no comodato há duas posses: uma exercida pelo comodatário, 
denominada de posse direta, ao passo que o comodante mantém a posse indireta, 
devendo-se estar atento que Sílvio de Salvo Venosa ressalta que: “a posse do comodatário 
é precária, como toda aquela que insitamente traz a obrigação de restituir”. (Direito Civil: 
Contratos em Espécies. 3 ed. vol. III.São Paulo: Atlas, 2003, p. 225). 
2) " DIREITO CIVIL E PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO DE REINTEGRAÇÃO DE POSSE. VEËCULO 
AUTOMOTOR. PEDIDO LIMINAR. POSSE DIRETA E INDIRETA. 1. Nos termos dos arts. 926 e 
927 do Código de Processo Civil, o autor, para que possa ser reintegrado, no caso de 
esbulho, precisa provar sua posse; a turbação ou o esbulho praticado pelo réu; a data da 
turbação ou do esbulho; e a perda da posse. 
2. Demonstrando o réu que compartilhava a posse do veículo com a autora, em sede 
liminar, não há que se falar em esbulho possessório, já que o exercício da posse direta não 
exclui o da indireta (art. 1.197, C. C.). 
3. Quando mais de uma pessoa se disser possuidora, manter-se-á provisoriamente a que 
tiver a coisa, se não estiver manifesto que a obteve de alguma das outras por modo 
vicioso (art. 1.211, C. C.)” (TJDFT, AI nº 2006.00.2.007435-8) 
Da classificação da posse 
Da composse: (artigo 1.199 do Código Civil): Quando duas pessoas 
têm a posse de um bem sob o mesmo título – são compossuidores 
os irmãos que alugam um imóvel para passar um feriado, por 
exemplo. 
Pro indiviso: Todos os possuidores 
exercem a posse ao mesmo 
tempo e sobre todo o bem 
Pro diviso: Há divisão no exercício 
do direito, sendo a posse exercida 
apenas sobre uma parte definida 
da coisa. 
Jurisprudências 
1) “É a chamada composse de mão comum, que na lição de Silvio de Salvo Venosa 
"...Nenhum dos sujeitos tem poder fático independente dos demais. É o caso da posse 
dos herdeiros, isto é, os herdeiros A, B e C são titulares em conjunto da posse e não cada 
herdeiro especificamente." (Direito Civil - Direitos Reais, 3ª edição, atlas, 2003, fls. 67 ).” 
(Ap. Civ. Nº 2007.000124-7, rel. Des. Marcus Tulio Sartorato, TJSC) 
2) "USUCAPIÃO EXTRAORDINÁRIO - FILHO QUE PRETENDE SOMAR A SUA POSSE À DOS 
PAIS - EXISTÊNCIA DE OUTROS HERDEIROS - IMPOSSIBILIDADE. "'Não pode o filho somar à 
sua a posse do genitor, para usucapir sozinho, quando possui irmãos, que herdaram, tanto 
quanto ele, a alegada posse. Ineficácia da cessão de direitos hereditários feita por 
instrumento particular' (in revista de Jurisprudência do TJRS, n. 7 - Ano III - 1968 - pág. 
295)" (JC 42/227) (AC n. 1996.010009-1, Rel. Des. Mazoni Ferreira) 
3) "PROCESSUAL CIVIL. USUCAPIÃO EXTRAORDINÁRIO. EXISTÊNCIA DE COMPOSSE. 
ILEGITIMIDADE ATIVA CARACTERIZADA. RECURSO DESPROVIDO. Havendo consciência do 
possuidor quanto ao estado de comunhão da gleba por ele possuída não corre usucapião 
contra os demais condôminos, enquanto indivisa a coisa (Nelson Nery Júnior e Rosa Maria 
de Andrade Nery). ". (AC n. 2003.027994-6, Des. Luiz Carlos Freyesleben – 29.09.2005). 
Da classificação da posse 
Posse 
justa 
Posse 
injusta 
A posse justa é a que não for violenta, clandestina ou precária, nos 
termos do artigo 1.200 do Código Civil. 
Posse injusta 
Violenta 
Clandestina 
Precária 
Aquela que é adquirida pela força. 
Quando às ocultas daquele que tem 
interesse em conhecê-la. 
Aquela havia com abuso de confiança, 
aquele que recebe a coisa com o dever de 
restituição e não o faz. 
Jurisprudências 
1) “Enunciado n. 302 da IV Jornada de Direito Civil do CJF: Pode ser considerado justo 
título para a posse de boa-fé o ato jurídico capaz de transmitir a posse ad usucapionem, 
observado o disposto no art. 113 do Código Civil.” Enunciado do Conselho da Justiça 
Federal 
2) "Acórdão: Apelação Cível n. 1.0701.09.257753-8/001, de Uberaba, Relator: Des. 
Alvimar de Ávila. EMENTA: AÇÃO REIVINDICATÓRIA - PROVA DA PROPRIEDADE - POSSE 
INJUSTA - PEDIDO JULGADO PROCEDENTE . Evidenciado nos autos todos os requisitos 
indispensáveis a sustentar a ação reinvindicatória, ou seja, a titularidade do domínio pelo 
requerente, a individuação da coisa, e o fato de a mesma encontrar-se injustamente em 
poder do réu, com base em critérios objetivamente considerados, levam ao sucesso do 
pleito ajuizado. O conceito de posse injusta não se infere apenas da violência, 
precariedade ou clandestinidade a que se refere o art. 1200 do Código Civil, entendendo-
se como tal a detenção sem título de propriedade ou sem caráter de posse direta pelas 
vias adequadas, tendo sentido mais amplo, porque se a posse de boa-fé pudesse excluir a 
reinvindicatória, o domínio estaria praticamente extinto.” 
Da classificação da posse 
Posse 
Boa-fé 
Posse 
Má-fé 
A posse de boa-fé se dá quando o possuidor ignora o vício, ou 
obstáculo que impede a aquisição da coisa, nos termos do artigo 
1.201 do Código Civil. 
A posse de má-fé é aquela eivada dos vícios mencionados 
(violência, clandestinidade, precariedade) 
O possuidor com justo título tem por si a 
presunção de boa-fé (artigo 1.201 CC). 
Da classificação da posse 
Posse 
Boa-fé 
Posse 
Má-fé 
A posse de boa-fé se dá quando o possuidor ignora o vício, ou 
obstáculo que impede a aquisição da coisa, nos termos do artigo 
1.201 do Código Civil. 
A posse de má-fé é aquela eivada dosvícios mencionados 
(violência, clandestinidade, precariedade) 
O possuidor com justo título tem por si a 
presunção de boa-fé (artigo 1.201 CC). 
O conceito de justo título é 
aquele que seria hábil a 
transferir o domínio, caso 
fosse firmado pelo 
verdadeiro proprietário. 
Da classificação da posse 
Posse 
Boa-fé 
Posse 
Má-fé 
A posse de boa-fé se dá quando o possuidor ignora o vício, ou 
obstáculo que impede a aquisição da coisa, nos termos do artigo 
1.201 do Código Civil. 
A posse de má-fé é aquela eivada dos vícios mencionados 
(violência, clandestinidade, precariedade) 
O possuidor com justo título tem por si a 
presunção de boa-fé (artigo 1.201 CC). 
O conceito de justo título é 
aquele que seria hábil a 
transferir o domínio, caso 
fosse firmado pelo 
verdadeiro proprietário. 
Nos termos do artigo 1.202 CC: “a posse 
de boa-fé só perde este caráter no caso e 
desde o momento em que as 
circunstâncias façam presumir que o 
possuidor não ignora que possui 
indevidamente” – ou seja, tomando 
ciência de algum vício, desde o momento 
da contestação da posse, o possuidor 
passa a ser de má-fé. 
Da classificação da posse 
Posse 
Boa-fé 
Posse 
Má-fé 
A posse de boa-fé se dá quando o possuidor ignora o vício, ou 
obstáculo que impede a aquisição da coisa, nos termos do artigo 
1.201 do Código Civil. 
A posse de má-fé é aquela eivada dos vícios mencionados 
(violência, clandestinidade, precariedade) 
O possuidor com justo título tem por si a 
presunção de boa-fé (artigo 1.201 CC). 
O conceito de justo título é 
aquele que seria hábil a 
transferir o domínio, caso 
fosse firmado pelo 
verdadeiro proprietário. 
Nos termos do artigo 1.202 CC: “a posse 
de boa-fé só perde este caráter no caso e 
desde o momento em que as 
circunstâncias façam presumir que o 
possuidor não ignora que possui 
indevidamente” – ou seja, tomando 
ciência de algum vício, desde o momento 
da contestação da posse, o possuidor 
passa a ser de má-fé. 
Segundo o artigo 1.203 CC, se a 
posse iniciou-se injusta, 
mantem-se o mesmo caráter 
relativamente aos adquirentes. 
Da classificação da posse 
Posse 
Boa-fé 
Posse 
Má-fé 
A posse de boa-fé se dá quando o possuidor ignora o vício, ou 
obstáculo que impede a aquisição da coisa, nos termos do artigo 
1.201 do Código Civil. 
A posse de má-fé é aquela eivada dos vícios mencionados 
(violência, clandestinidade, precariedade) 
O possuidor com justo título tem por si a 
presunção de boa-fé (artigo 1.201 CC). 
O conceito de justo título é 
aquele que seria hábil a 
transferir o domínio, caso 
fosse firmado pelo 
verdadeiro proprietário. 
Nos termos do artigo 1.202 CC: “a posse 
de boa-fé só perde este caráter no caso e 
desde o momento em que as 
circunstâncias façam presumir que o 
possuidor não ignora que possui 
indevidamente” – ou seja, tomando 
ciência de algum vício, desde o momento 
da contestação da posse, o possuidor 
passa a ser de má-fé. 
Segundo o artigo 1.203 CC, se a 
posse iniciou-se injusta, 
mantem-se o mesmo caráter 
relativamente aos adquirentes. 
Jurisprudências 
1) Acórdão: Apelação Cível n. 70026174227, de Porto Alegre. Relator: Des. Luiz Renato 
Alves da Silva. EMENTA: AGRAVO RETIDO. APELAÇÃO CÍVEL. COMODATO. AÇÃO DE 
REINTEGRAÇÃO DE POSSE. LOTEAMENTO CLANDESTINO. EXCEÇÃO DE USUCAPIÃO. 
FUNÇÃO SOCIAL DA PROPRIEDADE. 1. AGRAVO RETIDO. Desistência, em juízo, de 
produção de prova oral. Desnecessidade de produção de prova pericial. Ausência de 
cerceamento de defesa. 2. APELAÇÃO CÍVEL. Comprovação da posse do bem pela parte 
autora. Existência de comodato verbal. Comodatário que restou notificado pessoalmente 
pelo Batalhão de Polícia Ambiental pela prática de infração à legislação ambiental, com a 
edificação de loteamento clandestino e comercialização de lotes no campo objeto da lide. 
Ausência de posse com ânimo de dono, hábil a permitir direito de usucapir. Posse com o 
mesmo caráter com que foi adquirida. Leitura do art. 1.203 do Código Civil. Sendo um dos 
demandados o responsável pela alienação dos lotes aos demais réus e sua posse decorria 
de comodato, tal posse foi transferida com a mesma qualidade àqueles que passaram a 
residir no local, sendo evidente o esbulho praticado pelos demandados. Impossibilidade 
de acolhimento da exceção de usucapião. Atos de mera tolerância ou permissão não 
resultam em posse. Alegação, como matéria de defesa, de descumprimento da função 
social da propriedade não autoriza o reconhecimento do direito de os demandados 
permanecerem na propriedade particular dos autores, em loteamento clandestino, cujos 
lotes foram comercializados pelo comodatário do bem.AGRAVO RETIDO E APELO 
DESPROVIDOS. 
2) “Acórdão: Apelação Cível c/ Revisão n. 233.024-5/2-00, da comarca de Várzea Paulista. 
Relator: Des. Castilho Barbosa. 
Data da decisão: 23.10.2007. 
 
EMENTA: Apelação - Ocupação de bem público e reintegração de posse — Ação julgada 
procedente – Tempo corrigido em relação a ocupação de área pública - Não se pode 
desconsiderar o aspecto social - Inconformismo - Ocupação da área por mais de 05 anos - 
inadmissibilidade - Invasão de área pública - Os bens dominiais, como os demais bens 
públicos, não podem ser adquiridos por usucapião — Aplicabilidade da Súmula 340 do 
STF - Não há direito à indenização por benfeitorias, dada a precariedade da posse injusta - 
Mantida a condenação em honorários advocatícios - Recurso improvido.” 
4) “Enunciado n. 303 da IV Jornada de Direito Civil do CJF: Considera-se justo título para 
presunção relativa da boa-fé do possuidor o justo motivo que lhe autoriza a quisição 
derivada da posse, esteja ou não materializado em instrumento público ou particular. 
Compreensão na perspectiva da função social da posse.” (Enunciado do Conselho da 
Justiça Federal) 
5) Acórdão: Recurso Especial n. 855.040 - DF. Relator: Min. Sidnei Beneti.Data da decisão: 
22.06.2010. EMENTA: DIREITO CIVIL E PROCESSUAL CIVIL. INDENIZAÇÃO POR 
BENFEITORIAS. JUSTO TÍTULO. BOA-FÉ. ACESSÃO. PREQUESTIONAMENTO. I - Nos termos 
do artigo 1.201 do Código Civil, a existência de justo título instaura a presunção de que a 
posse é exercida de boa-fé, mas a sua falta, ao contrário, não autoriza a conclusão de que 
há má-fé. Com efeito, para que a posse seja considerada de boa-fé, basta que o possuidor 
ignore a existência de obstáculo legal à aquisição da coisa. II - De acordo com o artigo 
1.219 do Código Civil o possuidor de boa-fé deve ser indenizado tanto pelas benfeitorias 
necessárias quanto pelas benfeitorias úteis. III - Quanto à caracterização da edificação 
como benfeitoria ou acessão, observa-se que essa questão não foi debatida no acórdão 
recorrido e nem foram opostos embargos de declaração com esse propósito. O tema 
carece do necessário prequestionamento, merecendo aplicação as Súmulas 282 e 356 do 
Supremo Tribunal Federal. IV - Recurso especial a que se nega provimento. 
Da classificação da posse 
Posse Detenção 
Nos termos do artigo 1.198 do Código Civil: “Art. 1.198. Considera-
se detentor aquele que, achando-se em relação de dependência 
para com outro, conserva a posse em nome deste e em 
cumprimento de ordens ou instruções suas.Parágrafo único. 
Aquele que começou a comportar-se do modo como prescreve 
este artigo, em relação ao bem e à outra pessoa, presume-se 
detentor, até que prove o contrário.” 
Não tem posse aquele que se limita a deter a coisa em 
nome de outro, como no caso do empregado que cuida 
de um imóvel. 
Da classificação da posse 
Posse Detenção 
Nos termos do artigo 1.198 do Código Civil: “Art. 1.198. Considera-
se detentor aquele que, achando-se em relação de dependência 
para com outro, conserva a posse em nome deste e em 
cumprimento de ordens ou instruções suas.Parágrafoúnico. 
Aquele que começou a comportar-se do modo como prescreve 
este artigo, em relação ao bem e à outra pessoa, presume-se 
detentor, até que prove o contrário.” 
Não tem posse aquele que se limita a deter a coisa em 
nome de outro, como no caso do empregado que cuida 
de um imóvel. 
Considera-se o detentor como 
sendo o “fâmulo da posse” – 
criado, servidor da posse. 
Jurisprudências 
1) Enunciado n. 492 da V Jornada de Direito Civil do CJF: O detentor (art. 1.198 do Código 
Civil) pode, no interesse do possuidor, exercer a autodefesa do bem sob seu poder. 
 
2) Enunciado n. 301 da IV Jornada de Direito Civil do CJF: É possível a conversão da 
detenção em posse, desde que rompida a subordinação, na hipótese de exercício em 
nome próprio dos atos possessórios. 
 
3) TJMT - Acórdão: Apelação Cível n. 54977/2011, de Vera. Relator: Des. Sebastião de Moraes Filho. Data da 
decisão: 17.08.2011. 
 
EMENTA: RECURSO DE APELAÇÃO CÍVEL - AÇÃO DE REINTEGRAÇÃO DE POSSE - PRELIMINAR - DECISÃO EXTRA 
PETITA E CITRA PETITA - NÃO CONFIGURAÇÃO - NULIDADE DA SENTENÇA - LAUDO PERICIAL AUSÊNCIA DE 
ASSINATURA - PRECLUSÃO - MÉRITO - RUPTURA DE VÍNCULO EMPREGATÍCIO - DETENÇÃO TRANSFIGURADA EM 
POSSE PRECÁRIA - INVIABILIDADE DE O DETENTOR, FÂMULO DA POSSE, TRANSMUDAR DETENÇÃO EM NOME DE 
OUTREM EM POSSE EM NOME PRÓPRIO - EXEGESE DO ARTIGO 1.198 E 1.208 DO CÓDIGO CIVIL - CONFIGURAÇÃO 
DO ESBULHO POSSESSÓRIO - REQUISITOS DO ART. 927 DO CPC - POSSE ANTERIOR, ESBULHO E TURBAÇÃO 
COMPROVADOS - REINTEGRAÇÃO CONCEDIDA - PERÍCIA – CRÍTICAS AO LAUDO - INCONSISTÊNCIA - RECURSO 
CONHECIDO E DESPROVIDO - SENTENÇA MANTIDA. Como houve pedido expresso na peça de contestação para a 
manutenção na posse da área total em litígio (diante da natureza dúplice das ações possessórias, ao réu é lícito, em 
sede de contestação, formular em seu favor pedido de tutela possessória, além dos constantes no art. 921 do CPC), 
não há que se falar em decisão extra petita. Não há que se falar em julgamento citra petita, uma vez que a matéria 
trazida em sede de preliminar foi examinada e afastada. Não se conformando a parte com a decisão interlocutória 
proferida pelo juiz, cabe-lhe o direito de recurso através do agravo de instrumento. Mas se não o interpõe no prazo 
legal, opera-se a preclusão, não sendo mais lícito reabrir discussão sobre a questão. Caracterizada a posse anterior 
do bem imóvel e sua perda e perturbação, por ato de esbulho e turbação praticados pela parte ré, impõe-se a 
procedência do pedido de reintegração e manutenção de posse, nos termos do art. 927 do Código de Processo Civil. 
Nas relações empregatícias, a ocupação, pelo empregado, de imóvel do empregador, tem seu prazo definido pelo 
próprio tempo de duração do contrato laboral que os vincula. Rescindido este, inexiste qualquer fomento legal para 
a continuidade da posse, pelo empregado, de imóvel de propriedade do empregador. Nesse contexto, a renitência 
do ex-empregado à devolução espontânea do bem ocupado, estampa a prática de esbulho, legitimando a 
reintegração initio litis do ex-empregador na posse do mesmo bem. 
 
 
Da classificação da posse 
Posse 
Nova 
Posse 
Velha 
A posse nova é aquela dentro 
de ano e dia, enquanto a posse 
velha é a mais disso. 
Art. 924. Regem o procedimento de 
manutenção e de reintegração de posse as 
normas da seção seguinte, quando 
intentado dentro de ano e dia da turbação 
ou do esbulho; passado esse prazo, será 
ordinário, não perdendo, contudo, o 
caráter possessório. 
Turbação 
Posse nova 
Posse velha 
Da classificação da posse 
Posse 
Nova 
Posse 
Velha 
A posse nova é aquela dentro 
de ano e dia, enquanto a posse 
velha é a mais disso. 
Art. 924. Regem o procedimento de 
manutenção e de reintegração de posse as 
normas da seção seguinte, quando 
intentado dentro de ano e dia da turbação 
ou do esbulho; passado esse prazo, será 
ordinário, não perdendo, contudo, o 
caráter possessório. 
Turbação 
Posse nova 
Posse velha 
Estando dentro de ano e dia, 
caberá liminar para as ações 
possessórias; ultrapassado este 
prazo, é de força velha, portanto, 
não sendo lícito à parte o 
requerimento de liminar. 
Jurisprudências 
1) AI AGTR 67164 PE 2006.05.00.008322-0: PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO DE 
INSTRUMENTO. BEM IMÓVEL DA UNIÃO. ESBULHO OCORRIDO HÁ MAIS DE ANO E 
DIA. POSSE VELHA. CPC, ART. 924. PEDIDO DE LIMINAR. INDEFERIMENTO. - De acordo 
com o art. 924, do CPC, o esbulho ocorrido há mais de ano e dia caracteriza a 
chamada "posse velha". Dessa forma, o procedimento para manutenção ou 
reintegração da posse será o ordinário, sem prejuízo do caráter possessório; - Na 
hipótese, sendo o caso de "posse velha", há de ser mantida a decisão singular que 
indeferiu a concessão de liminar; - Agravo de instrumento improvido. 
 
2) TJPR - Agravo de Instrumento AI 7626606 PR 0762660-6 (TJPR) 
Data de Publicação: 22 de Junho de 2011 
Ementa: AGRAVO DE INSTRUMENTO AÇÃO DE REINTEGRAÇÃO DE POSSE. POSSE VELHA 
TUTELA ANTECIPADA (art. 273) PREENCHIMENTO DOS REQUISITOS LEGAIS FUNDADO 
RECEIO DE DANO IRREPARÁVEL OU DE DIFICIL REPARAÇÃO INTERESSE DE AGIR 
CONFIGURADO DECISÃO MANTIDA AGRAVO NÃO PROVIDO. . ACORDAM os integrantes do 
Décima Oitava Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná, por unanimidade 
de votos, em conhecer e negar seguimento ao recurso nos termos do voto e sua 
fundamentação 
 
Dos efeitos da posse 
 
Dos direitos aos Interditos Possessórios 
É o direito de ajuizar ações 
possessórias: Artigo 1.210 CC - Art. 
1.210. O possuidor tem direito a ser 
mantido na posse em caso de 
turbação, restituído no de esbulho, e 
segurado de violência iminente, se 
tiver justo receio de ser molestado. 
Havendo turbação da 
posse, ou seja agressão 
contra a posse, sem ter 
sido privado da posse, a 
ação cabível é a de 
MANUTENÇÃO DE 
POSSE 
Havendo esbulho, ou 
seja, com a perda da 
posse, caberá AÇÃO DE 
REINTEGRAÇÃO DE 
POSSE 
Dos direitos aos Interditos Possessórios 
É o direito de ajuizar ações 
possessórias: Artigo 1.210 CC - Art. 
1.210. O possuidor tem direito a ser 
mantido na posse em caso de 
turbação, restituído no de esbulho, e 
segurado de violência iminente, se 
tiver justo receio de ser molestado. 
Havendo turbação da 
posse, ou seja agressão 
contra a posse, sem ter 
sido privado da posse, a 
ação cabível é a de 
MANUTENÇÃO DE 
POSSE 
Havendo esbulho, ou 
seja, com a perda da 
posse, caberá AÇÃO DE 
REINTEGRAÇÃO DE 
POSSE 
Havendo ameaça, tem-
se o Interdito Proibitório, 
de natureza preventiva. 
Dos direitos aos Interditos Possessórios 
É o direito de ajuizar ações 
possessórias: Artigo 1.210 CC - Art. 
1.210. O possuidor tem direito a ser 
mantido na posse em caso de 
turbação, restituído no de esbulho, e 
segurado de violência iminente, se 
tiver justo receio de ser molestado. 
Havendo turbação da 
posse, ou seja agressão 
contra a posse, sem ter 
sido privado da posse, a 
ação cabível é a de 
MANUTENÇÃO DE 
POSSE 
Havendo esbulho, ou 
seja, com a perda da 
posse, caberá AÇÃO DE 
REINTEGRAÇÃO DE 
POSSE 
Havendo ameaça, tem-
se o Interdito Proibitório, 
de natureza preventiva. 
O parágrafo primeiro do artigo 
1.210 CC autoriza a autotutela: Ҥ 
1o O possuidor turbado, ou 
esbulhado, poderá manter-se ou 
restituir-se por sua própria força, 
contanto que o faça logo; os atos 
de defesa, ou de desforço, não 
podem ir além do indispensável à 
manutenção, ou restituição da 
posse.” 
Jurisprudências 
1) Enunciado n. 494 da V Jornada de Direito Civil do CJF: No desforço possessório, a 
expressão “contanto que o faça logo” deve ser entendida restritivamente, apenas 
como a reação imediata ao fato do esbulho ou da turbação, cabendo ao possuidorrecorrer à via jurisdicional nas demais hipóteses. 
2) Enunciado n. 78 da I Jornada de Direito Civil do CJF: Tendo em vista a não recepção 
pelo novo Código Civil da exceptio proprietatis(art. 1.210, §2º) em caso de ausência de 
prova suficiente para embasar decisão liminar ou sentença final ancorada 
exclusivamente no ius possessionis, deverá o pedido ser indeferido e julgado 
improcedente, não obstante eventual alegação e demonstração de direito real sobre o 
bem litigioso. 
3) Enunciado n. 79 da I Jornada de Direito Civil do CJF: A exceptio proprietatis, como 
defesa oponível às ações possessórias típicas, foi abolida pelo Código Civil de 2002, 
que estabeleceu a absoluta separação entre os juízos possessório e petitório. 
4) Enunciado n. 238 da III Jornada de Direito Civil do CJF: Ainda que a ação possessória 
seja intentada além de “ano e dia” da turbação ou esbulho, e, em razão disso, tenha 
seu trâmite regido pelo procedimento ordinário(CPC, art. 924), nada impede que o 
juiz conceda a tutela possessória liminarmente, mediante antecipação de tutela, 
desde que presentes os requisitos autorizadores do art. 273, I ou II, bem como 
aqueles previstos no art. 461-A e §§, todos do CPC. 
5) STF (n. 487): “Será deferida a posse a quem, evidentemente, tiver o domínio, se com 
base neste for ela disputada”. 
 
6) STJ (n. 228): "É inadmissível o interdito proibitório para a proteção do direito autoral. 
 
7) STJ (n. 84): “É admissível a oposição de embargos de terceiro fundados em alegação de 
posse advinda do compromisso de compra e venda de imóvel, ainda que desprovido do 
registro”. 
 
8) Acórdão: Apelação Cível n. 108957/2008, de Campo Verde. 
Relator: Des. Diocles de Figueiredo. 
Data da decisão: 09.02.2009. 
 
CIVIL - PROCESSUAL CIVIL - RECURSO DE APELAÇÃO CÍVEL - AÇÃO POSSESSÓRIA - PRELIMINAR - ALEGADO 
CERCAMENTO DE DEFESA - AFASTADA - PRELIMINAR - JULGAMENTO ULTRA PETITA - ALEGADA INVASÃO DO JUÍZO 
CÍVEL NA SEARA CRIMINAL - INOCORRÊNCIA - INDEPENDÊNCIA FUNCIONAL - MATÉRIA DE NATUREZA CÍVEL - 
MÉRITO - PRETENDIDA REINTEGRAÇÃO NA POSSE DO IMÓVEL - ALEGADA FRAUDE CONTRA ADQUIRENTE DE BOA-FÉ 
- EXCEÇÃO DE DOMÍNIO - PRECINDIBILIDADE, PODENDO SER UTILIZADA, APENAS, COMO ELEMENTOS DE 
CONVICÇÃO JUDICIAL - DIREITO POSSESSÓRIO QUE SE FUNDA, PRINCIPALMENTE, EM POSSE LEGÍTIMA, MANSA E 
PACÍFICA - CONJUNTO PROBATÓRIO QUE AFASTA A PRETENSÃO RECURSAL - MELHOR POSSE EM FAVOR DO 
DEMANDADO - RECURSO IMPROVIDO. Inexiste ofensa a garantia e o direito fundamental previsto no art. 5º, inciso 
LIV e LV - contraditório e ampla defesa - se a parte autora tem livre acesso aos autos para, no prazo legal, 
esquadrinhar todos os termos dos documentos apresentados pela parte ré. Embora haja fatos que gerem 
duplicidade de ações, em jurisdições distintas, a condenação ou absolvição na esfera criminal não elide a civil. Não 
há julgamento ultra petita quando há reconhecimento pelo juízo cível de negócio nulo (fraude), máxime que no 
direito civil, tal como no criminal, esta possibilidade é legalmente prevista. Considerando que a posse é o exercício 
de alguns dos poderes inerentes à propriedade, a análise eventual da titularidade dominial na ação possessória 
pode ser feita para formar a convicção do Juiz, tão-somente, no sentido de fornecer elementos para dar ou não 
proteção possessória ao autor ou ao réu, segundo inteligência do artigo 1.210, § 2º do CC/02. Se a forma da 
aquisição do imóvel não é reconhecida pelo ordenamento civil, máxime que houve negócio jurídico nulo (fraude), 
inexiste efeito no mundo jurídico, dentre eles a posse legítima. 
 
Da percepção dos frutos 
Conforme preceituam os artigos 1.214 e 1.215 do Código Civil Brasileiro, o possuidor 
de boa-fé tem direito, enquanto durar a boa-fé, aos frutos percebidos. 
O possuidor de má-fé responde por todos os frutos colhidos e percebidos, bem como 
pelos que, por culpa sua, deixou de perceber, desde o momento em que se constituiu 
de má-fé, tendo direito somente às despesas e custeio. 
Jurisprudências 
1) Enunciado n. 302 da IV Jornada de Direito Civil do CJF: Pode ser considerado justo 
título para a posse de boa-fé o ato jurídico capaz de transmitir a posse ad 
usucapionem, observado o disposto no art. 113 do Código Civil. 
2) Acórdão: Apelação Cível n. 1216670- 0/6, de Penápolis. 
Relator: Des. Pereira Calças. 
Data da decisão: 11.02.2009. 
 
EMENTA: "Apelação. Ação de cobrança. Alegação de cerceamento de defesa. 
Inocorrência. O julgamento antecipado da lide não implica cerceamento de defesa se as 
provas que se pretendiam produzir eram inúteis ao deslinde da questão. Interpretação 
pretendida pelos apelantes contrária à literalidade do documento. Autorização de uso 
feita em contrapartida à administração de móvel. Com a revogação dos poderes de 
administração, inexiste fundamento para a autorização de uso. Posse de má-fé. Sentença 
mantida. Recurso improvido.“ 
 
3) Acórdão: Agravo de Instrumento n. 70018661710, da comarca de Porto Alegre. 
Relator: Des. André Luiz Planella Villarinho. 
Data da decisão: 29.03.2007. 
 
EMENTA: agravo de instrumento. ação de manutenção de posse. locação do imóvel. 
aluguéis depositados em juízo. levantamento pela possuidora. possibilidade. 
Deferido, na origem, liminar pleiteada em ação de manutenção de posse ajuizada pela 
agravante, determinando, inclusive, o pagamento dos aluguéis à ora recorrente, deve ser-
lhe possibilitado exercer todos os direitos inerentes à posse, entre eles locar o bem a 
terceiros e gozar dos locatícios, mormente se ausentes elementos que determinem ser a 
posse de má-fé. Art. 1214 do Código Civil. Ausência de notícia nos autos de revogação da 
referida decisão liminar. 
Ademais, os depósitos judiciais foram efetuados por liberalidade da locatária, sem que 
tenha havido determinação do juízo, razão por que não se vislumbra, enquanto mantida a 
decisão de antecipação de tutela, ser vedado à possuidora levantar os valores depositados 
a título de aluguel. 
AGRAVO DE INSTRUMENTO PROVIDO. 
 
 
Da perda e deterioração da coisa 
O possuidor de boa-fé não responde pela deterioração da coisa, a que não der causa; 
o possuidor de má-fé, responde pela perda ou deterioração, ainda que acidentais, 
salvo se provar que de igual modo teriam dado, estando ela na posse do reinvidicante, 
com fundamento legal nos artigos 1.218 e 1.219 do Código Civil 
Da perda e deterioração da coisa 
O possuidor de boa-fé não responde pela deterioração da coisa, a que não der causa; 
o possuidor de má-fé, responde pela perda ou deterioração, ainda que acidentais, 
salvo se provar que de igual modo teriam dado, estando ela na posse do reinvidicante, 
com fundamento legal nos artigos 1.218 e 1.219 do Código Civil 
Perda ou perecimento e a destruição total do objeto ou prestação 
devida, enquanto deterioração é a parcial. 
Jurisprudências 
1) Acórdão: Apelação Cível n. 500.004.4/9-00, de Barueri. 
Relator: Des. Jomar Juarez Amorim. 
Data da decisão: 18.03.2009. 
 
EMENTA: SOCIEDADE LIMITADA - Ação de dissolução - Sociedade entre cônjuges - 
Evidências de que apenas o autor atuava na empresa, posto que titular de apenas uma 
quota social - Circunstância que ele mesmo reconheceu nos autos da separação -
Pretensão de apuração de haveres e perceber pro labore equivalente a um salário mínimo 
- Alteração da verdade dos fatos e objetivo ilegal - Dissolução total, porém, recomendável, 
pois nenhuma das partes manifestou interesse em prosseguir na empresa - Medida que 
convém à tutela de terceiros de boa-fé - Recurso provido para esse fim, com imposição de 
multa e indenização. 
 
2) Enunciado n. 81 da I Jornada de Direito Civil do CJF: O direito de retenção previsto no 
art. 1.219 do CC, decorrente da realização de benfeitorias necessárias e úteis, também se 
aplica às acessões(construções e plantações) nas mesmas circunstâncias.3) STF (n. 158): “Salvo estipulação contratual averbada no registro imobiliário, não 
responde o adquirente pelas benfeitorias do locatário”. 
 
4) Acórdão: Apelação Cível n. 2009.08.1.001765-9, de Brasília. Relator: Des. J.J. Costa 
Carvalho. Data da decisão: 21.09.2011. EMENTA: CIVIL – APELAÇÃO CÍVEL - AÇÃO 
REIVINDICATÓRIA – OCUPAÇÃO INDEVIDA – IMÓVEL PARTICULAR – PAGAMENTO PELA 
OCUPAÇÃO – SEMENTES, PLANTAÇÕES, CONSTRUÇÕES E BENFEITORIAS – ARTIGOS 1.219 
E 1.255 DO CÓDIGO CIVIL – HONORÁRIOS DE SUCUMBÊNCIA – SENTENÇA REFORMADA. 1. 
O proprietário do imóvel deve ser indenizado pela ocupação e uso indevidos por terceiro 
que o detinha precariamente, podendo o valor ser arbitrado com base no que seria 
devido a título de aluguel. 2. De acordo com o artigo 1.255 do Código Civil, quem semeia, 
planta ou constrói em terreno alheio perde, em favor do proprietário, sementes, 
plantações e construções, tendo direito a indenização se procedeu de boa-fé. 3. Para fins 
de identificar a presença da posse justa e da boa-fé do ocupante, a jurisprudência deste 
Tribunal de Justiça admite o documento de cessão de direitos sobre o imóvel. 4. Embora o 
possuidor de boa-fé faça jus à indenização pelas benfeitorias úteis, necessárias e 
voluptuárias, nos termos do artigo 1.219 do Código Civil, a determinação de pagamento 
em favor do ocupante depende de prova da realização das benfeitorias no imóvel. 5. Se 
todos os pedidos formulados pelos autores foram acolhidos, as verbas de sucumbência 
devem ser atribuídas, em sua totalidade, ao réu. 6. Apelação cível conhecida e provida. 
Do direito à indenização quanto à benfeitorias 
O possuidor de boa-fé tem direito à indenização das benfeitorias úteis e necessárias, 
bem como às voluptuárias, se não lhe foram pagas, a levantá-las, quando o puder sem 
detrimento da coisa, e poderá exercer o direito de retenção pelo valor das 
benfeitorias necessárias e úteis; 
O possuidor de má-fé serão ressarcidas somente as benfeitorias necessárias, não lhe 
assistindo o direito de retenção pela importância destas, nem o de levantar as 
voluptuárias, a teor dos artigos 1.219 e 1.220 do CC. 
Jurisprudências 
1) Enunciado n. 81 da I Jornada de Direito Civil do CJF: O direito de retenção previsto no 
art. 1.219 do CC, decorrente da realização de benfeitorias necessárias e úteis, também 
se aplica às acessões(construções e plantações) nas mesmas circunstâncias. 
2) Decisão Monocrática: Apelação Cível n. 0000423-36.1997.8.19.0203. 
Relator: Des. Vera Maria Van Hombeeck. 
Data da decisão: 29.04.2011. 
 
EMENTA: REINTEGRAÇÃO DE POSSE. COMODATO VERBAL CONFIRMADO PELO RÉU. 
BENFEITORIAS. PERMANÊNCIA DO COMODATÁRIO NO IMÓVEL POR TRINTA ANOS, 
CATORZE DOS QUAIS APÓS A CITAÇÃO. COMPENSAÇÃO DO VALOR GASTO NA 
CONSTRUÇÃO COM OS ALUGUÉIS QUE DEVERIAM TER SIDO PAGOS NO PERÍODO. 
INTELIGÊNCIA DOS ARTIGOS 582 E 1.219 DO CÓDIGO CIVIL. MANUTENÇÃO DA SENTENÇA, 
RECURSO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO, COM FULCRO NO ARTIGO 557, CAPUT, DO 
CPC. 
3) Acórdão: Apelação Cível n. 2006.048785-3, de Catanduvas. 
Relator: Des. Carlos Prudêncio. 
Data da decisão: 09.11.2010. 
 
EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO REIVINDICATÓRIA. IMÓVEL ALIENADO POR 
INADIMPLEMENTO DOS REQUERIDOS, POSTERIORMENTE ADQUIRIDO PELOS 
REQUERENTES. AUSENTE O DIREITO DE RETENÇÃO, BEM COMO DE INDENIZAÇÃO POR 
BENFEITORIAS. PREVISÃO EXPRESSA NO CONTRATO CELEBRADO JUNTO À CAIXA 
ECONÔMICA FEDERAL. ÓBICE INJUSTIFICADA À IMISSÃO NA POSSE PELOS NOVOS 
PROPRIETÁRIOS. DIREITO INCONTESTE DOS REQUERENTES DE REIVINDICAR E TOMAR 
POSSE DO IMÓVEL. RECURSO NÃO PROVIDO. "São requisitos do sucesso da ação 
reivindicatória, diante do artigo 1.228 do Código Civil de 2002 (com mesmo teor do artigo 
524, do Código Civil de 1916): a) a prova do domínio; b) a posse injusta do réu. 
Comprovado o domínio e configurada a posse injusta do réu, é inegável a procedência da 
ação reivindicatória. Na hipótese, incontroversa a prova da propriedade, a posse injusta 
resta caracterizada (...) nos casos de alienação do imóvel, dispõe o adquirente de direito 
imediato ao pleito reivindicatório, bastando a mera citação para constituir o comodatário 
em mora. Precedente do Superior Tribunal de Justiça". (AC n. 2005.030959-4, Rel. Des. 
Carlos Adilson Silva, DJ de 29-10-2009). 
Posse - artigo 1.196 e ss. do CC 
Possuidor é quem tem de fato o ecercício, pleno ou não, de alguns poderes inerentes à propriedade 
Difere-se do detentor, achando-se em relação de dependência para com outro, conserva a posse em nome deste e em cumprimento de ordens ou instruções suas. 
Classificação 
Posse direta e indireta 
Posse justa e injusta 
Posse de boa-fé e má-fé 
Posse ad interdicta e ad usucapionem 
Efeitos 
1) Proteção possesória 
 
-Legítima defesa da posse 
-desforço (desagravo) imediato 
-ações possessórias 
(Não obsta à manutenção ou reintegração na posse a alegação de propriedade - 
exceção de domínio - ou de outro dirieto sobre a coisa) 
2) Posse de boa-fé 
 
-Direito de perceber os frutos enquanto perdurar a posse de boa-fé; 
-Direito de indenização e retenção quanto às benfeitorias úteis e necessárias, 
bem como às voluptuárias, se não lhe forem pagas, a levantá-las, quando puder 
sem detrimento da coisa. 
3) Posse de má-fé - responsabilidade: 
 
-Por todos os frutos colhidos, bem como pelos que, por culpa sua, deixou de 
perceber, desde o momento em que se constituiu de má-fé (mas com direito às 
despesas da produção e custeio); 
-Pela perda ou deterioração da coisa, ainda que acidentais, salvo se provar que de 
igual modo se teriam dado, estando ela na posse do reivindicante; 
-Ressarcimento somente das benfeitorias necessárias; não lhe assiste o direito de 
retenção pela importância destas, mas de levantar as voluptuárias. 
₢Fabiano Rabaneda, 2012. Todos os direitos reservados. 
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