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01 – Fossetas labiais congênitas
	São defeitos do desenvolvimento que podem envolver a porção paramediana do vermelhão do lábio inferior e do lábio superior (fosseta labial paramediana) ou a área de comissura labial (fosseta labial comissural). Ambos os tipos de fossetas labiais parecem ser herdados como um traço autossômico dominante. A fosseta paramediana do lábio inferior pode ocorrer como um achado isolado ou pode estar associado à fenda labial ou palatina. A fosseta labial paramediana pode ser unilateral ou bilateral e ocorre no lábio inferior.
	As fossetas labiais são invaginações congênitas que podem representar fístulas cegas ou ductos salivares ectópicos dilatados. A secreção de muco é visível nas aberturas das fossetas que se comunicam com o tecido da glândula salivar.
 
	O maior significado das fossetas labiais paramedianas é que, geralmente, está associada com a fenda labial e/ou fenda palatina compondo a “Síndrome de van der Woude”.
Tratamento:não há necessidade de tratamento
02 – Lábio Duplo
	O lábio duplo é uma anomalia que se caracteriza por uma dobra horizontal de tecido mucoso exuberante, que geralmente se localiza sobre a superfície inferior do lábio superior, embora o lábio inferior também possa estar ocasionalmente envolvido. Esse tecido exuberante pode ser congênito ou adquirido. Embora essa dobra de tecido em excesso seja ocasionalmente removida por razões estéticas, o lábio duplo geralmente não requer tratamento. 
Tratamento:excisao cirúrgica por finalidade estética.
03 – Nódulo do freio
	O nódulo do freio é um crescimento de tecido mucoso que se projeta no freio labial maxilar. Sua forma e tamanho variam de paciente para paciente. Embora esse apêndice tecidual não tenha função, ele é familiar e parece ser herdado como um traço autossômico dominante.
	O nódulo do freio geralmente é confundido com uma hiperplasia fibrosa adquirida, causado por uma injúria ou irritação local e, por isso, às vezes é excisado e submetido a exame patológico. Histologicamente, o nódulo do freio consiste em mucosa oral normal.
04 – Anquiloglossia
	É um defeito do desenvolvimento caracterizado por um freio lingual curto e anormalmente posicionado anteriormente, que resulta em movimentos gravemente restritos da língua e prejudica a fala. Em alguns casos o freio lingual anormal conecta a ponta da língua com a gengiva da superfície lingual da região anterior da mandíbula, resultando em tensão do tecido gengival, que evolui para doença gengival e periodontal.
	O melhor tratamento para a anquiloglossia é a reposição cirúrgica do freio lingual.
Tratamento: reposição cirúrgica do freio lingual (frenectomia)
 
05 – Macroglossia
	A Macroglossia ou língua aumentada é uma condição que pode ser congênita ou secundária.
	A Macroglossia congênita é observada nas síndromes de Down e de Beckwith-Wiedermann.
	A Macroglossia secundária pode resultar do envolvimento difuso da língua por tumores como o linfangioma, hemangioma ou neurofibroma. Pode ser vista também em condições sistêmicas como a Acromegalia e o Cretinismo. 
Tratamento: casos leves não é necessário cirurgia, casos mais fraves é necessário glossectomia 
06 –
 Microglossia (Hipoglossia)
	É uma alteração do desenvolvimento incomum, de etiologia desconhecida, caracterizada por uma língua anormalmente pequena. Em casos raros, a língua pode estar ausente (aglossia).
	A microglossia pode ocorrer de forma isolada ou estar associada a hipoplasia da mandíbula, muitas vezes com ausência dos incisivos inferiores.
Tratamento: tratamentos cirúrgicos e ortodônticos podem melhorar a função oral
07 – Grânulos de Fordyce
	São coleções de “glândulas sebáceas” que ocorrem em várias localizações da cavidade oral. Embora sejam mais comumente encontradas bilateralmente na mucosa jugal e no vermelhão do lábio superior, podem aparecer em vários sítios intraorais, inclusive na gengiva. Elas se apresentam como múltiplas pápulas amarelas ou branco-amareladas.
	Os “grânulos de Fordyce” da mucosa oral possuem glândulas sebáceas idênticas às encontradas na pele junto a um folículo piloso.
	Não há necessidade de tratamento para essa condição além de informar ao paciente a natureza dessa entidade.
Tratamento: não é necessário tratamento.
08 – Leucoedema
	É uma condição comum da mucosa oral de etiologia desconhecida.
	É mais visível em negros e caracteriza-se pela aparência difusa, opalescente e branco-acinzentada da mucosa. As lesões não são destacáveis e são mais encontradas na mucosa jugal, bilateralmente.
	Histologicamente os fragmentos de leucoedema exibem um aumento da espessura epitelial, com edema intracelular proeminente na camada espinhosa. A superfície epitelial é queratinizada e as cristas epiteliais são amplas e alongadas.
	O leucoedema é uma condição benigna e nenhum tratamento é necessário. Ao estirarmos a mucosa envolvida a coloração desaparece.
Tratamento:é uma condição benigna e nenhum tratamento é indicado. Ao estirarmos a coloração desaparece 
09 – Língua Pilosa
	A língua pilosa caracteriza-se por acúmulo acentuado de ceratina nas papilas filiformes do dorso lingual, dando uma aparência semelhante à pelos. Essa condição ocorre ou pelo excesso na produção de ceratina ou pela diminuição de sua descamação normal. A língua pilosa é observada em aproximadamente 0,5% dos adultos e pode estar associada a presença de halitose.
Tratamento: língua pilosa.
10 – Língua Fissurada
	É uma condição relativamente comum caracterizada pela presença de várias fissuras ou sulcos na superfície dorsal da língua. Os pacientes com língua fissurada exibem múltiplos sulcos ou fissuras que variam de 2 a 6 mm de profundidade.
	Em geral essa condição é assintomática, embora alguns pacientes se queixem de uma ardência discreta ou dor. Uma forte associação entre a língua fissurada e a língua geográfica é encontrada.
Tratamento: n requer tratamento, somente boa higiene oral
11 – Tireóide Lingual
	É uma anomalia rara, caracterizada pelo desenvolvimento de uma massa submucosa de tecido tireoidiano na porção média e posterior do dorso da língua.
	Entre a terceira e quarta semana de vida intra-uterina, a tireóide começa a se desenvolver pela proliferação epitelial no soalho do cordão faringeano. Por volta da sétima semana de vida embrionária, o botão tireoidiano migra inferiormente para o pescoço e, finalmente, posiciona-se anteriormente à traquéia e à laringe. Se a glândula primitiva não migrar normalmente, um tecido tireoidiano ectópico poderá ser encontrado entre o forame cego e a epiglote (90%).
	A Tireoide lingual pode variar de lesão nodular pequena e assintomática a grandes massas, que podem bloquear as vias aéreas.
Tratamento: terapia hormonal e tratamento cirurgiico
 
12 – Tonsila Oral
	A tonsila oral é observada em crianças e adolescentes, como pápulas discretas, ligeiramente elevadas e avermelhadas, no assoalho bucal, em cada lado do freio lingual. São ilhas de tecido tonsilar extrafaríngeo. Muitas vezes encontramos ao longo das bordas laterais posteriores da língua, muito próximas à região das papilas foliáceas algum tecido tonsilar hiperplasiado, o qual chamamos de “papilite foliácea”. 
Tratamento: excisao cirúrgica 
 
13 – Papila Retrocanina
	A papila retrocanina é uma área ligeiramente aumentada de 2 a 4 mm da mucosa alveolar mandibular localizada lingualmente aos caninos, entre a gengiva marginal e a junção mucogengival. Trata-se de uma estrutura anatômica normal. Histologicamente, essa papila é composta por tecido conjuntivo altamente vascularizado, recoberto por tecido epitelial escamoso queratinizado.	
_________________________________________________________________________________
Distúrbios em Tecidos Ósseos:
01 – Hiperplasia Hemifacial
	Embora a maioria dos humanos apresente algum grau de assimetria facial, apenas indivíduos que apresentam aumento unilateral e significativo da face são considerados portadores de hipertrofiahemifacial.
	Vários fatores foram propostos para explicar essa condição e o mais plausível parece ser o aumento do suprimento neurovascular do lado afetado da face. Qualquer lado da face pode ser afetado, e existe uma ligeira predileção pelo sexo feminino. Ocorre, geralmente, o aumento unilateral dos ossos, tecidos moles da face e dos dentes. Devido à assimetria óssea e dentária, a presença de má oclusão é comum.
	O aumento unilateral dos hemisférios cerebrais pode ser responsável pelo retardo mental de 15 a 20% desses pacientes e também pela ocorrência de desmaios.
Tratamento: cirurgia plástica e tratamento ortodôntico.
02 – Atrofia Hemifacial
	A Atrofia hemifacial, também conhecida como “Síndrome de Romberg” é uma condição rara caracterizada por uma diminuição progressiva no tamanho de um lado da face. As causas dessa atrofia não são bem conhecidas, tem se sugerido como possíveis causas, a disfunção do nervo periférico, trauma, infecção e esclerose sistêmica progressiva unilateral. Essa condição costuma ter início na 1ª ou 4ª décadas de vida do paciente. O lado da face afetado pode tornar-se hiperpigmentado com o aparecimento de depressões da bochecha e órbita.
	Os ossos gnáticos e dentes do lado afetado podem exibir atraso no desenvolvimento. Não existe tratamento conhecido para a atrofia hemifacial. A progressão da doença geralmente cessa após alguns anos e permanece estática para o resto da vida do paciente.
03 – Fenda Labial e Fenda Palatina
	
	Fenda Labial – distúrbio do desenvolvimento, geralmente do lábio superior, caracterizado por um defeito em forma de cunha resultante da falha na fusão de duas partes (processos) do lábio em uma única estrutura.
	
	Fenda Palatina – distúrbio do desenvolvimento do palato caracterizado pela falta da fusão completa das duas porções laterais do palato, resultando em uma comunicação entre a cavidade oral e a cavidade nasal.
	A formação da face e da cavidade oral é de natureza complexa e envolve o desenvolvimento de múltiplos processos teciduais que devem se unir e fusionar de modo muito ordenado. Distúrbios no crescimento destes processos teciduais ou nas suas funções podem resultar na formação de fendas orofaciais. A causa das fendas orofaciais não segue nenhum padrão simples de herança, na verdade parece mais heterogêneo, ou seja, pode ser genético ou causado por fatores ambientais como:
- Etilismo materno;
- Tabagismo materno;
- Deficiência de ácido fólico;
- Uso de corticosteróides;
- Terapia com anticonvulsivantes.
	A formação de fendas é um dos defeitos congênitos mais frequentes em humanos. Existem fendas que envolvem o palato duro, palato mole, lábio superior e mais raramente o lábio inferior. A menor manifestação da fenda orofacial é a úvula fendida ou úvula bífida.
	A maioria dessas manifestações das fendas orofaciais é resolvida com cirurgias que variam como sendo de grande a pequena complexidade.
Tratamento: cirurgias e acompanhamento com especialistas 
04 – Displasia Cleidocraniana
	A displasia cleidocraniana é uma síndrome na qual o paciente experimenta o crescimento anormal dos ossos da face, crânio e clavículas, com uma tendência concomitante para falha na erupção dentária. A síndrome pode ser hereditária com um padrão autossômico dominante, ou pode aparecer como uma mutação espontânea. O gene responsável por essa condição foi mapeado no braço curto do cromossomo 6 (6p21).
Aspectos clínicos:
	O terço médio da face e da maxila são pouco desenvolvidos e deprimidos, particularmente em relação à fronte aumentada. O nariz é achatado, amplo e sem ponte. A mandíbula pode ter tamanho normal e as clavículas podem estar bilateralmente ausentes ou hipoplásicas.
05 – Exostoses
	Exostoses são protuberâncias ósseas localizadas que surgem da cortical óssea. Estes crescimentos benignos afetam frequentemente a maxila e a mandíbula. As exostoses são identificadas preferencialmente em adultos. As exostoses vestibulares ocorrem como aumento de volumes ósseos bilaterais ao longo da face vestibular dos rebordos alveolares da maxila e/ou mandíbula.
	Geralmente, as exostoses vestibulares são assintomáticas, a menos que a fina mucosa de revestimento se torne ulcerada por trauma.
	Radiograficamente essas lesões podem revelar uma relativa radiopacidade devido à quantidade excessiva de osso.
06 – Tórus Mandibular e Palatino
	O tórus mandibular é uma exostose comum que se desenvolve ao longo da superfície lingual da mandíbula, na região de pré-molares. O envolvimento bilateral ocorre em mais de 90% dos casos.
	Em raros casos podem se tornar tão grandes que se encontram na linha média por baixo da língua.
	O tórus palatino é uma exostose comum que ocorre na linha média do palato duro (rafe palatina). A sua patogênese tem sido questionada, se de origem genética ou ambiental. O que se conclui hoje é que as duas etiologias estão envolvidas.
	Os picos de prevalência dessa lesão ocorrem durante o início da vida adulta, tal achado reforça a teoria da origem por fatores ambientais. Essas lesões se remodelam no decorrer da vida com o decréscimo do estresse funcional.
Tratamento: torus palatino: em pacientes edentulos pode ser feita a remoção para acomodação da prótese.
Torus mandibular: não há necessidade de tratamento, porem a remoção cirúrgica pode ser necessária para acomodar uma prótese total ou parcial.
 
07 – Síndrome de Crouzon (Disostose Craniofacial)
	A síndrome de Crouzon é uma condição de um grupo raro de síndromes, caracterizadas pela craniossinostose, ou fechamento prematuro de suturas cranianas. Essa condição ocorre em aproximadamente 1 a cada 65.000 nascimentos, sendo de herança autossômica dominante e parece estar relacionada a idade avançada do pai.
	O fechamento prematuro das suturas leva às más formações cranianas, como a braquicefalia (cabeça curta), escafocefalia (cabeça em forma de navio) ou trigonocefalia (cabeça de forma triangular).
	Pode ocorrer deficiência visual ou cegueira, deficiência auditiva, cefaléia (devido ao aumento da pressão intracraniana). Muitas vezes os dentes superiores são apinhados provocando má oclusão. Os defeitos clínicos podem ser tratados cirurgicamente, porém com múltiplos procedimentos.
TRATAMENTO: Podem ser tratados cirurgicamente, podem ser necessários múltiplos tratamentos.
08 – Síndrome de Apert
	É uma condição rara caracterizada pela craniossinostose. Ocorre em aproximadamente 1 a cada 65.000 nascimentos. Também se origina de mutações esporádicas por conta exclusivamente da idade avançada do pai.
	A principal característica clínica é a acrobraquicefalia (crânio em forma de torre). O osso occipital é achatado e a fronte apresenta uma aparência alta. A proptose ocular é evidente juntamente com a inclinação para baixo das fissuras palpebrais laterais.
	Pode ocorrer perda de visão devido a:
	- Exposição crônica dos olhos desprotegidos;
	- Aumento na pressão intracraniana;
	- Compressão dos nervos óticos.
	A sindactilia dos segundo, terceiro e quarto dedos das mãos e dos pés é sempre observada. É comum o retardo mental.
Tratamento: utilizam-se múltiplos procedimentos cirúrgicos.
09 – Síndrome de Treacher-Collins
	Também conhecida como “Síndrome de Franceschetti-Zwahlen-Klein” ou “Disostose Mandibulofacial” é uma síndrome rara que se caracteriza principalmente por defeitos nas estruturas derivadas do primeiro e segundo arcos branquiais. Observa-se um hipodesenvolvimento dos arcos zigomáticos, coloboma palpebral, ausência da Parótida, mau desenvolvimento do pavilhão auditivo e apinhamento/má oclusão dentária. 
Tratamento:nos casos mais leves não necessita de tratamento, nos casos mais graves precisam de cirurgia plástica 
10 – Síndrome de Papillon-Lefévre
	É uma desordem autossômica caracterizada por doença periodontal destrutiva severa, que afeta a dentição primária e permanente e causa hiperceratose nas palmas das mãos e sola dos pés. A formação de bolsa periodontal profunda precede a perda dos dentes. Por volta dos quatro anos de idadea maioria dos decíduos já foi perdida, então a gengiva assume uma aparência normal. O aspecto gengival permanece normal até a erupção dos dentes permanentes. Nesse momento a doença periodontal destrutiva ganha força. A maioria dos dentes permanentes é perdida por volta dos 14 anos de idade.
11 – Síndrome de Eagle (Síndrome estilóide, síndrome da artéria carotídea, estilalgia)
	O processo estilóide é uma projeção óssea fina que se origina da superfície inferior do osso temporal, medial e anteriormente ao forame estilomastóideo. Ele está conectado ao corno inferior do osso hióide pelo ligamento estilo-hioideo. A artéria carotídea externa e a carotídea interna localizam-se uma de cada lado do processo. O alongamento do processo estilóide ou a mineralização do complexo ligamentar estilo-hioideo não é incomum, sendo relatado em 18 a 40% da população. Essa mineralização geralmente é bilateral, porém pode afetar apenas um lado. A maioria dos casos é assintomática, entretanto um número reduzido desses pacientes apresenta os sintomas da “síndrome de Eagle”, causado por colisão ou compressão dos vasos sanguíneos ou nervos adjacentes.
	A síndrome de Eagle afeta preferencialmente adultos. O paciente apresenta dor quando deglute, vira a cabeça ou abre a boca. Outros sintomas que podem estar presentes são: disfagia, disfonia, otalgia, cefaléia e tontura. 
	Essa condição pode ser observada na radiografia panorâmica e muitas vezes seu aparecimento ocorre após uma amigdalectomia. O tratamento é geralmente cirúrgico.
Tratamento: nenhum tratamento é necessário.
12 – Defeito de Stafne
	São lesões radiolúcidas, assintomáticas, localizadas próximo ao ângulo da mandíbula. Essa condição representa uma concavidade focal do osso cortical na superfície lingual da mandíbula muitas vezes provocado por uma porção da glândula submandibular.
	Esses defeitos já foram encontrados também mais anteriormente na região de incisivos, caninos e pré-molares associados à glândula sublingual.
	A maioria dos casos tem sido relatada em pacientes do sexo masculino já na meia-idade ou idosos. Também é conhecido como “cisto ósseo estático”.
	Tratamento – Para os “defeitos de Stafne” localizados na região posterior da mandíbula, não há necessidade de tratamento e o prognóstico é excelente. No caso da localização anterior, a biópsia se faz necessário para exclusão de outras lesões.
	Outras denominações: Cisto ósseo latente, Cavidade óssea estática, Cisto de Stafne e Defeito da mandíbula.
Tratamento:não há necessidade de tratamento.
Cistos 
Cisto Palatino do Recém-Nascido
	Os processos palatinos se encontram e se fusionam na linha mediana, durante a vida embrionária, aprisionando pequenas ilhas de epitélio, ao longo da “rafe palatina” ou entre palato duro e palato mole.
	Existe uma outra teoria para explicar esses pequenos cistos no recém-nascido. Durante a fusão dos palatos pode ocorrer o aprisionamento de epitélio que daria origem a pequenas glândulas salivares. Outras deno-minações são encontradas na literatura, como “Pérolas de Epstein” e “Nó-dulos de Bohn”. Os Cistos Palatinos dos Recém-nascidos são muito comuns. Eles são encontrados em 65 a 85% dos neonatos.
	Apresentam-se como pequenas pápulas brancas ou branco-amareladas, de 1 a 3 mm de diâmetro, contendo em seu interior muita queratina.
Tratamento
	Os Cistos Palatinos dos Recém-nascidos são lesões inócuas. Não é necessário nenhum tratamento, pois essas lesões regridem espontânea-mente.
Cisto Nasolabial
	O Cisto Nasolabial é um raro cisto de desenvolvimento que ocorre no lábio superior lateralmente a linha média. Sua patogênese não é muito clara. Acredita-se que se origine de remanescentes epiteliais retidos ao longo da linha de fusão dos processos nasal lateral, nasal mediano e maxilar.
	Esse Cisto se apresenta frequentemente como uma tumefação do lábio superior, lateralmente à linha média, causando uma elevação da asa do nariz. Ocasionalmente essa expansão pode causar obstrução nasal ou interferir no uso de uma prótese total superior.
	O Cisto pode romper-se espontaneamente e drenar para a cavidade bucal ou para o nariz. O pico de prevalência é na quarta e quinta década da vida. Há uma predileção pelas mulheres na proporção de 3:l.
Tratamento
	O tratamento de escolha é a excisão cirúrgica completa do Cisto por acesso intra-oral.
Cisto do Ducto Nasopalatino
	É o Cisto não odontogênico mais comum da cavidade oral. Acredita-se que esse Cisto se origine de remanescentes do ducto nasopalatino, uma estrutura embrionária que liga as cavidades oral e nasal na região do canal incisivo.
	O Cisto do ducto Nasopalatino pode se desenvolver em qualquer idade, porém é mais comum entre a 4ª e 6ª décadas. Há predileção pelo sexo masculino.
 
	Os sintomas mais comuns são: tumefação da região anterior do palato, drenagem e dor. As radiografias frequentemente revelam uma área radiolúcida bem circunscrita, próximo ou na linha média da região anterior da maxila, entre as raízes dos incisivos centrais. Em geral a imagem revela uma forma ovalada ou em formato clássico de coração.
Tratamento
	O tratamento é cirúrgico. A biópsia é recomendada pois a lesão cística pode ser confundida com tumores benignos ou malignos.
Cisto Epidermóide da Pele
	O Cisto Epidermóide é um cisto comum da pele, limitado por um epitélio semelhante à epiderme. Muitos cistos epidermóides são derivados do folículo piloso. 
	
	Frequentemente, tais Cistos desenvolvem-se após inflamação locali-zada no folículo piloso. Provavelmente constituem uma proliferação não neoplásica do epitélio infundibular resultante de um processo de cica-trização.
	Os Cistos Epidermóides se apresentam como lesões subcutâneas nodulares flutuantes que podem ou não estar associadas com inflamação.
Tratamento
	Usualmente os Cistos Epidermóides são tratados por excisão cirúrgica conservadora.
Cisto Dermóide
	Os Cistos Dermóides ocorrem mais comumente na linha média do assoalho da boca, ainda que ocasionalmente podem se localizar lateralmen-te. Os Cistos Dermóides da Cavidade Oral podem variar em tamanho que podem oscilar entre alguns milímetros até 12 cm de diâmetro. São mais comuns em crianças e adultos jovens.
 
	
	Usualmente, a lesão cresce lentamente sem provocar dor, apresentan-do-se como uma massa de consistência semelhante à borracha ou massa de pão. Os Cistos Dermóides são limitados por epitélio escamoso estratifi-cado. É comum se encontrar queratina abundante no interior da luz do Cisto. Em raras ocasiões, estão presentes, áreas de epitélio respiratório.
	A parede do Cisto é constituída de tecido conjuntivo fibroso que contém glândulas sebáceas, folículos pilosos ou glândulas sudoríparas.
Tratamento
	Os Cistos Dermóides são tratados por remoção cirúrgica.
Cistos Linfoepiteliais
	Os Cistos linfoepiteliais são lesões relativamente incomuns que ocorrem em diversas áreas da cabeça e pescoço, mais comumente no assoalho da boca e face lateral do pescoço.
	Aqueles que ocorrem intraoralmente são chamados de cistos linfoepiteliais orais e os que ocorrem na face lateral do pescoço são chamados de cistos linfoepiteliais cervicais. Esses dois cistos têm as mesmas características histopatológicas
– Cisto Linfoepitelial Oral
	Esse cisto é originário de tecido linfóide extratonsilar (tonsila oral) e é encontrado em diversas regiões da cavidade oral.
	A lesão apresenta-se como uma massa submucosa superficial assintomática, amarelada ou acastanhada que, geralmente, mede menos de 1 cm de diâmetro. Histologicamente trata-se de um tecido linfóide revestido pela mucosa de revestimento.
 
 Cisto Linfoepitelial Cervical
	Este cisto ocorre na superfície lateral do pescoço, geralmente anterior ao músculo esternocleidomastóideo.
	O Cisto linfoepitelial cervical torna-se evidente na fase tardia da infância ou início da fase adulta como uma tumefação indolor na superfície lateral do pescoço. Ocasionalmente se desenvolve uma fístula de drenagem, que estabelecea comunicação entre o cisto e a superfície cutânea do pescoço.

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