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Faculdade Paraíso do Ceará - FAP Digestão, absorção e metabolismo dos carboidratos Profª. Msc. Michelly Pires Queiroz 1 O que são carboidratos? - Os carboidratos são compostos orgânicos que contêm: C, H e O em várias combinações; - Conhecidos como açúcar ou sacarídeo; - Abundantes na natureza; - Amplamente consumidos na dieta humana; Definição 2 Função Fornecimento de energia 1g = 4 Kcal Reserva de energia Estrutural Função O carboidrato é a única fonte de energia aceita pelo cérebro, importante para o bom funcionamento do sistema nervoso. Classificação Simples Glicose Frutose Galactose Sacarose (glicose + frutose) Lactose (glicose + galactose) Maltose (glicose + glicose) Monossacarídeos dissacarídeos Hexoses Monossacarídeos Classificação dos monossacarídeos Aldoses possuem a carbonila no início da cadeia carbônica (glicose, desoxirribose, galactose, manose, ribose). Cetoses possuem a carbonila no segundo carbono da cadeia carbônica (frutose, ribulose, xilulose). De acordo com o número de carbonos: Trioses: (gliceraldeído e di-hidroxicetona) Tetroses: eritose e treose Pentoses: ribose, arabinose, xilose Hexoses: glicose, manose, galactose, frutose e sorbose. Classificação dos monossacarídeos Dissacarídeos Mais de 10 moléculas de monossacarídeos vegetais celulose e amido animais glicogênio Polissacarídeos Origem 55% a 60% Carboidratos simples = 10% Carboidratos complexos = 40% a 50% Recomendações O processo de “quebra” da molécula de CHO para produção de energia ou para a produção de moléculas menores de CHO é denominado HIDRÓLISE Ingestão Digestão Absorção Transporte para dentro da célula Metabolismo celular ENERGIA Metabolismo Digestão e Absorção Principais enzimas digestórias envolvidas na digestão de carboidratos Enzima Local de produção Local de ação Substrato Amilase salivar Boca Boca e estômago Amido Amilase pancreática Pâncreas ID: lúmen jejuno e borda em escova Amido Glicoamilase ID ID: lúmen jejuno e borda em escova Dextrinas Maltase ID: borda em escova ID: borda em escova Maltose Isomaltase ID: borda em escova ID: borda em escova Isomaltose Sacarase ID: borda em escova ID: borda em escova Sacarose Lactase ID: borda em escova ID: borda em escova Lactose Digestão e Absorção Na boca, a enzima amilase salivar inicia a digestão dos carboidratos O pH ácido do estômago inativa a amilase salivar O pâncreas libera a amilase pancreática Os monossacarídeos são absorvidos pelas células intestinais por meio de cotransporte por transportador de sódio e glicose e difusão facilitada. No duodeno, as células intestinais liberam as enzimas que completam a digestão dos carboidratos, Transformando-os em monossacarídeos Absorção Cotransporte por transportador de sódio e glicose 1 (SGLT1): Transportam a glicose e galactose concomitantemente a quantidades equimolares de sódio. Ocorre por difusão facilitada e não gasta ATP. Após atravessarem a membrana, os íons sódio são trocados por íons potássio por meio da enzima sódio-potássio adenosina trifosfato (ATP) na membrana basolateral. Absorção Difusão facilitada: Realizada com auxílio de uma família de transportadores conhecidos como GLUT (transportadores de glicose). GLUT2: Expresso na membrana basolateral, é responsável pelo transporte de glicose e galactose. GLUT5: Expresso na membrana apical do enterócito, é responsável pelo transporte da frutose. Absorção Transporte de carboidratos entre as membranas. Insulina versus captação de glicose Polipeptídeo insulinotrópico (GIP) Peptídeo semelhante ao glucagon 1(GLP-1) 300 mg/dL maior produção de insulina 50 mg/dL menor produção de insulina Receptores duas subunidades α e duas subunidades β Insulina versus captação de glicose Armazenamento de glicose Glicose Glicose -6P Armazenamento Utilização imediata Fígado (7 a 10%) e músculo (1 a 2%) Em contrapartida, o glicogênio do músculo exerce principalmente as funções de armazenamento e utilização. O glicogênio exerce a função de armazenamento, distribuição para os tecidos e manutenção da glicemia. Armazenamento de glicose Denomina-se glicogênese o processo de formação de glicogênio a partir de moléculas de glicose-6P. Glicogênese Este processo é considerado um dos mecanismos responsáveis pelo controle da glicemia. Quando ocorre um aumento da concentração sanguínea de glicose, a secreção de insulina pelas células β do pâncreas se eleva, o que estimularia a glicogênese. Glicogenólise 2 horas após a refeição, o organismo busca mecanismos afim de evitar a hipoglicemia. A glicogenólise é um dos primeiros mecanismos a ser estimulado, e consiste na clivagem sequencial de resíduos de glicose, a partir de extremidades de cada ramificação do glicogênio. Glicogenólise Glicogênio fosforilase Enzima amilo glicosidase Glicogênio fosforilase Glicose Fígado Os produtos da decomposição de gorduras, proteínas e outras substâncias podem ser levados ao fígado pelo sangue para a reconversão em glicose. Gliconeogênese Formação de glicose a partir de outros substratos (aminoácidos, glicerol, piruvato, lactato) Hormônio Efeito Insulina Comoaumentodaglicosesanguínea,ajudaatransportar paraacélula Glucagon Estimulaaglicogenólisenofígado Adrenalina Quebradoglicogênio (glicogenólise)eliberaçãodaglicosepelofígado Cortisol Estímulopara gliconeogêneseapartirdasproteínas Papel dos hormônios no controle da glicemia Glicólise Ciclo de Krebs Cadeia transportadora de elétrons Índice glicêmico O termo índice glicêmico é definido como a alteração na área da curva glicêmica após a ingestão de uma dose de carboidrato (50g) de um alimento, em um período de 2h após o consumo, comparado à ingestão da mesma dose de carboidrato derivado de um alimento padrão, como glicose ou o pão branco, testado no mesmo individuo sobre as mesmas condições. Índice glicêmico Índice glicêmico Alimentos de alto IG Estimular enzimas como acetil-coenzima A e HGM-CoA redutase, envolvidas na síntese de ácidos graxos e colesterol. Inibir a enzima lipase hormônio-sensível, responsável pela degradação de moléculas TG armazenadas no tecido adiposo. Podem otimizar a recuperação dos estoques musculares de glicogênio após treinamento intenso. Concentração de frutose no alimento; Concentração de galactose no alimento; Presença de fibras viscosas, como goma guar ou β-glicanos; Presença de inibidores de amilase: lectinas e fitatos; Relação amilopectina/amilose. Fatores responsáveis pela redução do ID Índice glicêmico De acordo com a FAO e a OMS: IG menor que 60 baixo IG IG entre 60 e 85 Moderado IG IG acima de 85 Elevado IG Carga glicêmica É definida como a medida d elevação da glicemia diante do consumo de um alimento específico, em uma refeição. É calculada multiplicando-se a quantidade de carboidratos disponíveis na porção do alimento em teste pelo IG do respectivo alimento, dividindo-se o resultado por 100. Glicose e cérebro O consumo cerebral de glicose é de aproximadamente 150 g, sendo 120g para o cérebro e 30 para os eritrócitos. Neoglicogênese não oferta a quantidade adequada. National Academy of Science recomenda 130g de CH para indivíduos saudáveis acima de 1 ano, 175g para gestantes e 210g para lactantes. Quer saber mais? Chemin, S. M.; Mura J. D. P. Tratado de Alimentação Nutrição e Dietoterapia. 3 ed. São Paulo: ed. ROCA, 2016.
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