Buscar

melanie klein aulas 6 e 7 Nosso mundo adulto e suas raízes na infância

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 18 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 18 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 18 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Cap. 12 - “Nosso mundo adulto e suas raízes na infância” (1959). (p. 280-297)
 
 
 
KLEIN. M. “Inveja e Gratidão”. Rio de Janeiro: Imago, 
 1996, Vol. III 
 O comportamento das pessoas em seu ambiente social é resultado do desenvolvimento do indivíduo desde a infância à maturidade. 
 
- Descobertas de Freud mostram a complexidade das emoções da criança e revelam que as crianças passam por sérios conflitos (melhor compreensão da mente infantil e de suas conexões com os processos mentais do adulto).
 
- A técnica do brincar desenvolvida por M. Klein permitiu novas conclusões acerca dos estágios iniciais da infância e camadas mais profundas do inconsciente.
 
- Compreensão da vida mental do bebê – para M. Klein, a vida mental do bebê é influenciada pelas mais arcaicas emoções e fantasias inconscientes.
 
 A hipótese de M. Klein é a de que o bebê tem um conhecimento inconsciente inato da existência da mãe. Esse conhecimento instintivo é a base da relação primordial do bebê com a mãe. 
 
- Com apenas poucas semanas de vida, o bebê já olha para o rosto de sua mãe, reconhece seus passos, o toque de suas mãos, o cheiro e a sensação de seu seio ou da mamadeira que ela lhe dá.
 
- O bebê não espera da mãe apenas o alimento, mas deseja também o amor e a compreensão.
 
- Nos estágios mais iniciais, amor e compreensão são expressos pela mãe por meio do seu modo de lidar com o bebê e levam ao sentimento inconsciente de unicidade que se baseia no fato de o inconsciente da mãe e o inconsciente da criança estarem em íntima relação um com o outro. 
 O sentimento que o bebê tem de ser compreendido depende da primeira e fundamental relação em sua vida – a relação com a mãe.
 
Nos primeiros meses de vida a mãe representa para o bebê todo o mundo externo.
 Dessa forma, tanto o que é bom quanto o que é mau vêm à sua mente como provindos dela.
 O bebê, ainda, experimenta frustração, desconforto e dor, que são vivenciados como perseguição.
 
 Tanto a capacidade de amar quanto o sentimento de perseguição são focalizados primeiramente na mãe.
 Os impulsos destrutivos (frustração, ódio, inveja) despertam ansiedade persecutória no bebê. A agressividade inata é incrementada por circunstâncias externas desfavoráveis. 
 
 Deve-se considerar o desenvolvimento da criança e as atitudes dos adultos como resultantes da interação entre influências internas e externas.
 
 Alguns bebês que vivenciam intenso ressentimento frente à qualquer frustração o demonstram quando são incapazes de aceitar gratificação quando esta se segue à privação.
 Se um bebê mostra que é capaz de aceitar o alimento e amor, significa que ele pode superar o ressentimento em relação à frustração e recuperar seus sentimentos de amor.
DEFINIÇÃO DE SELF E EGO
 
-Ego – de acordo com Freud, é a parte organizada do self, constantemente influenciada por impulsos instintivos que controla através da repressão.
 
- O ego dirige todas as atividades e estabelece e mantém a relação com o mundo externo.
De acordo com M.Klein, o ego existe e opera desde o nascimento e tem a tarefa de defender-se contra a ansiedade através de suas funções. Inicia uma érie de porocessos como a introjeção e a projeção.
- Self - é o termo utilizado para abranger toda a personalidade. Inclui não apenas o ego, mas também a vida pulsional.
 
 
PROJEÇÃO E INTROJEÇÃO
  Ambos os mecanismos funcionam desde o início da vida pós-natal, como algumas das primeiras atividades do ego
 
-Introjeção: significa que o mundo externo, as situações que o bebê atravessa e os objetos que ele encontra são levados para dentro do self, vindo a fazer parte da sua vida interior.
 Projeção: há uma capacidade na criança de atribuir a outras pessoas a sua volta, sentimentos de diversos tipos, predominantemente o amor e o ódio.
 O amor e o ódio dirigidos à mãe, estão ligados à capacidade do bebê muito pequeno de projetar todas as suas emoções sobre ela, convertendo-a em um objeto bom, assim como em um objeto perigoso (objeto mau).
 
Objeto bom (seio bom) X Objeto mau (seio mau)
 
A introjeção e a projeção fazem parte das fantasias inconscientes do bebê, que operam desde o princípio e ajudam a moldar sua impressão do ambiente.
 
 Os processos de introjeção e projeção contribuem para a interação entre os fatores internos e externos.
 
 Essa interação prossegue através de cada estágio da vida e transformam-se no decorrer da maturação.
 
Portanto, mesmo no adulto, o julgamento da realidade nunca é completamente livre da influência de seu mundo interno.
 
- Uma forte identificação com a mãe torna fácil para a criança identificar-se também com um pai bom e, mais tarde, com outras figuras amistosas.
 
Tudo isso contribui para o desenvolvimento de uma personalidade estável. 
 
Portanto, fica claro que uma relação dos pais entre si e com a criança e uma atmosfera feliz em casa, desempenham um papel vital no êxito desse processo.
  
 No entanto, por mais que sejam bons os sentimentos da criança em relação a ambos os pais, a agressividade e o ódio também se mantêm em atividade (Complexo de Édipo).
 
Esse Complexo existe desde muito cedo e está enraizado nas primeiras suspeitas que o bebê tem de que o pai tira dele o amor e a atenção da mãe.
 
IDENTIFICAÇÃO PROJETIVA
 
Identificação projetiva consiste na projeção de si mesmo para dentro de outra pessoa. Partes do self são colocadas para dentro de um objeto atribuindo a essa outra pessoa algumas das próprias qualidades do sujeito.
Através desse mecanismo o sujeito expulsa uma parte de si mesmo, identificando-se com o não projetado e ao objeto são atribuídos os aspectos projetados, dos quais o sujeito se desprendeu. O resultado é uma confusão da identidade, uma perda da diferença real entre sujeito e objeto
Uma das consequências da identificação projetiva excessiva é que o ego se debilita, ficando submetido a uma dependência extrema das pessoas nas quais se projetam os aspectos bons, para voltar a recebê-los delas, ou aspectos maus, para controlá-los e assim poder se proteger da ameaça da introjeção. 
Se a projeção é predominantemente amorosa, é desenvolvida a compreensão dos sentimentos do outro, suas necessidades e satisfações, capacidade de se colocar na pele do outro (empatia).
 Se a projeção é predominantemente hostil, ficam prejudicadas a empatia verdadeira e a capacidade de compreender os outros.
 Portanto, o caráter da projeção é de grande importância em nossas relações com outras pessoas.
IDENTIFICAÇÃO PROJETIVA
Para Klein o equilíbrio entre os processos de identificação projetiva e introjetiva é estruturante do mundo externo e interno. 
A identificação projetiva constitui-se como um fenômeno normal, base da empatia e da possibilidade de comunicação entre as pessoas. É a intensidade e qualidade que determina se o mecanismo é patológico ou normal. 
Bleichmar e Bleichmar (1992) relatam que a identificação projetiva é base de muitas situações patológicas. Se o sujeito tem a fantasia de se meter violentamente dentro do objeto e controlá-lo, sofrerá um temor pela reintrojeção violenta , tanto no corpo quanto na mente. 
Isto provoca dificuldades na reintrojeção, que levam a alterações no ego e no desenvolvimento sexual; pode levar o indivíduo a se isolar em seu mundo interior, refugiando-se em um objeto interno idealizado.
CISÃO
 
Divisão do seio em um objeto bom e um objeto mau.
Tendência do ego infantil para cindir impulsos e objetos (uma das atividades primordiais do ego).
 Necessidade de cindir o amor do ódio.
 A autopreservação do bebê depende da sua confiança em uma mãe boa. 
 Por meio da cisão o bebê preserva a sua crença em um objeto bom e em sua capacidade de amá-lo, sendo esta uma condição essencial para manter-se vivo.
 Sem esse sentimento, o bebê estaria exposto a um mundo inteiramente hostil, que ele teme e o destruiria.
 Os impulsos destrutivos onipotentes, a ansiedade persecutória e a cisão predominam nos primeiros3 ou 4 meses de vida e é denominada de POSIÇÃO ESQUIZO-PARANÓIDE.
 
VORACIDADE
 
 A voracidade varia consideravelmente de um bebê para outro;
 
 Há bebês que nunca estão satisfeitos porque sua voracidade excede tudo o que possam receber;
 
-Necessidade premente de esvaziar o seio da mãe e explorar todas as fontes de satisfação sem consideração pelo objeto;
 
 A voracidade é incrementada pela ansiedade (de ser privado, roubado e de não ser suficientemente bom para ser amado);
 
 O bebê que é tão voraz por amor e atenção, é também inseguro sobre sua própria capacidade de amar e todas essas ansiedades reforçam sua voracidade.
INVEJA
 A mãe que alimenta o bebê e cuida dele, pode ser também objeto de inveja (fantasia que o leite e o amor são deliberadamente recusados ou retirados do bebê).
 
Base da inveja – 1. desejo da posse 2. forte necessidade de estragar o prazer os outros têm com o objeto cobiçado (necessidade que tende a estragar o próprio objeto).
 
Se a inveja é muito intensa, essa característica de estragar resulta em uma relação perturbada com a mãe, assim como mais tarde com outras pessoas.
 
Também significa que nada pode ser plenamente desfrutado, porque a coisa desejada já foi estragada pela inveja.
 
 Se a inveja é intensa, aquilo que é bom não pode ser assimilado, não pode se tornar parte da vida interior e nem dar origem à gratidão.
 
 No desenvolvimento normal, com a integração crescente do ego, os processos de cisão diminuem e a maior capacidade para entender a realidade externa, leva o bebê a uma síntese maior dos aspectos bons e maus do objeto. 
 
 Isso significa que pessoas podem ser amadas apesar de suas falhas.
 
 De acordo com M. Klein o superego opera no quinto ou sexto mês de vida – o bebê começa a temer pelo estrago que seus impulsos destrutivos e sua voracidade podem causar aos seus objetos amados. Isso porque ele não pode ainda distinguir entre seus desejos e impulsos e os efeitos reais deles.
O bebê vivencia sentimentos de culpa e necessidade de preservar esses objetos e de reparar os danos. 
A ansiedade agora é vivenciada de natureza predominantemente depressiva – é a POSIÇÃO DEPRESSIVA.
 
Os sentimentos de culpa, que ocasionalmente surgem em todos nós, têm raízes muito profundas na infância e a tendência a fazer reparação desempenha um papel importante em nossas relações de objeto.
 
. Neste estágio eles tentam agradar as pessoas ao redor (com sorrisos, gestos divertidos) e até mesmo em tentativas de alimentar a mãe, colocando-lhe uma colher de comida na boca. 
 
As crianças maiores expressam necessidade de agradar e de serem prestativas (expressam não apenas o amor, mas também a necessidade de reparar). 
 
Conceito de fantasia
Para Klein relações com os objetos externos são mediadas pelas fantasias inconscientes que dão origem aos objetos internos.
As fantasias são expressões mentais dos instintos, uma representação psíquica dos instintos libidinais e destrutivos. A atividade do fantasiar, como observa a própria M. Klein, tem suas raízes nas pulsões, da qual é um corolário. 
M. Klein recorre ao conceito de identificação primária, definido por Ferenczi como o esforço do bebê para redescobrir em todos os objetos os seus próprios órgãos e seu funcionamento.
 É o processo de formação de símbolos que em grande parte libidiniza o mundo externo. São as fantasias que sustentam e promovem o interesse pelo mundo externo, facilitam a aprendizagem e a organização o conhecimento. 
 CONCEITO DE FANTASIA (PHANTASIA)
 
 Segundo Riviere (1986b), seguidora de Melanie Klein, a vida de fantasia do indivíduo pode ser entendida como "a forma como suas sensações e percepções reais, internas e externas, são interpretadas e representadas para ele próprio, em sua mente, sob a influência do princípio de prazer–dor" 
Uma fantasia representa o conteúdo particular das necessidades ou sentimentos (por exemplo: desejos, medos, ansiedades, triunfos, amor ou tristeza), que dominam a mente no momento.
 As fantasias são inconscientes; estão ligadas ao mundo interno e ao processo primário; São expressões mentais das pulsões. E é a primeira expressão do psiquismo separado do corpo biológico; 
Estão presentes desde o início da vida nas relações de objeto; 
É um mecanismo psíquico e faz parte do desenvolvimento; 
É a base da capacidade criativa; 
a fantasia se modifica no contato com a realidade (gratificação e frustração)

Continue navegando