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GESTÃO DO CONHECIMENTO AULA 5 Prof. João Alfredo Lopes Nyegray 2 CONVERSA INICIAL Em nossa primeira rota de aprendizagem, falamos um pouco sobre a composição do atual ambiente de negócios. Diversos países, empresas e grupos atuam de forma simultânea em todo o mundo. Uma parcela bastante grande e significativa das marcas que você vê aqui, em nosso país, nos shoppings e centros comerciais, está presente também no exterior. É cada vez mais difícil viajar para fora e encontrar coisas muito diferentes. As grandes grifes de roupa, marcas de eletrônicos ou montadoras de automóveis são as mesmas, e o que varia entre os produtos oferecidos aqui no Brasil e no exterior é quase sempre o preço. Isso mostra que o atual cenário tem não apenas uma intensa concorrência, mas também players tão grandes que conseguem estar em diversos locais do mundo de forma quase unânime. Nesse cenário, qual o papel dos gestores das médias e pequenas empresas? Será que vale a pena criarmos uma montadora de veículos para concorrer com a GM, a Ford ou a Fiat? Será que vale a pena concorrermos diretamente com a Lindt ou a Cacau Show no segmento de chocolates? A primeira vista, pode parecer que não. Mas a resposta definitiva a essas perguntas depende de uma coisa: a estratégia que estaremos dispostos a adotar. CONTEXTUALIZANDO Na órbita do nosso planeta, a cerca de 400 km de altura, circula a Estação Espacial Internacional. Trata-se de um projeto iniciado em 1998, com esforços conjuntos de pelo menos quatro países mais a União Europeia. Além disso, outros 15 países têm acordo de cooperação para utilizar os laboratórios da Estação Espacial, nos quais se realizam pesquisas, testes, buscas de novas tecnologias e experimentos diversos. Além de ser um grande e complexo projeto internacional, a Estação Espacial Internacional é um exemplo de cooperação entre diversos países, que uniram seus conhecimentos e saberes para a concretização de uma ideia. Assim como ocorreu com a Estação Espacial, numa escala muito grande de tempo, recursos e participantes, uma série de empresas realizam parcerias e traçam estratégias para alcançar objetivos igualmente grandiosos. Muitas vezes, para conquistar seu lugar ao sol, essas organizações precisam se reinventar, 3 aprender continuamente e transmitir informações importantes de forma rápida e fluída entre seus membros. Essas estratégias podem ser grandiosas, como no exemplo anterior, ou menores, mas devem sempre trazer um ganho para as partes envolvidas. Você consegue pensar em algum exemplo? A seguir, veremos vários! Pesquise Quais os grandes mestres da gestão estratégica de nosso tempo? TEMA 1 – APRENDIZAGEM ORGANIZACIONAL Um tema bastante importante é a aprendizagem organizacional. Mais do que ter membros com conhecimento sobre suas áreas de atuação ou ser capaz de disseminar seus conhecimentos, a organização preocupada com o futuro deve ser capaz de aprender e reaprender. Isso tem a ver com uma necessidade atual de mercado de vários players: a de se inventar e reinventar a cada momento. É justamente para isso que serve a aprendizagem organizacional. E o que é isso? “A aprendizagem organizacional é a junção de diversos conhecimentos, que permite que a empresa treine e capacite seus profissionais e colaboradores em prol da conquista de bons resultados.” (Marques, 2014). “E qual a importância disso?”, você pode se perguntar. Bem, importa considerar o que profissionais treinados são capazes de fazer que outros não preparados não fazem. Em outras palavras, “profissionais que estão em constante aprendizado conseguem melhorar seu rendimento, motivação, produtividade, e tornam-se ainda mais engajados – e, por consequência, aumentam substancialmente os ganhos positivos para a organização.” (Marques, 2014). Outra forma de entendermos esse ponto tão fascinante da gestão compreende que: Aprendizagem organizacional pode ser entendida como o alcance de novos, múltiplos e contínuos conhecimentos sobre as dinâmicas e demandas corporativas, seja de maneira direta e/ou indireta, dentro e fora da empresa. Entretanto, embora busque uma formalização do conhecimento, 80% do que aprendemos em nosso ambiente de trabalho se dá de maneira informal, ou seja, através dos exemplos dos líderes, colegas, do aprendizado com os erros, e, em especial, pela troca e acúmulo de experiências. Isso, porém, não significa que aquilo que aprendemos em cursos e treinamentos não possa ser aplicado efetivamente em nosso trabalho na empresa. A aprendizagem organizacional é uma junção de conhecimentos formais e informais, que permite à organização criar seus próprios modelos de gestão, coerentes com as suas 4 necessidades e pautados no que ela precisa para alcançar os resultados. (Marques, 2017) Com essas considerações, fica fácil entender a importância desse tema, não é mesmo? A aprendizagem organizacional abrange nossa capacidade de juntar todo o nosso acervo de conhecimentos em prol da organização, ao mesmo tempo em que serve para que a organização utilize todo o repositório de conhecimentos de seus colaboradores de forma simultânea: “a aprendizagem organizacional compreende a noção de que há, na organização, uma relação mútua de influência entre ela e seus colaboradores” (Takahashi, 2015). E não é só isso. Veja: À medida que a informação e o conhecimento tornam-se fatores de competitividade, a capacidade de aprender e de renovar significados à luz de novas ideias e proposições torna-se a marca indelével da “organização que aprende” e da “organização inteligente”. Uma análise mais aprofundada da aprendizagem organizacional envolve questões concernentes à comparação de processos de aprendizagem individual vis-à-vis de aprendizagem organizacional. (Neto, 2014) E o que podemos entender com isso? Que deve haver uma simbiose, uma relação de mão dupla entre a empresa e seus colaboradores para que ocorra a aprendizagem organizacional. A empresa que aprende é aquela que considera os conhecimentos e as experiências dos funcionários e os utiliza no plano de fundo do mercado onde atua. É o caso, por exemplo, de empresas como a Whirpool, que veem nas sugestões dos colaboradores e de seus familiares novas possibilidades para lançar novos produtos. Assim surgiu, por exemplo, a ideia do forno que assa à vapor e do refrigerador inverso. Esse tipo de organização é, não por acaso, inovadora. É por isso que o “avanço nos estudos de aprendizagem organizacional, nas últimas décadas, permitiu que ela se constituísse num forte mecanismo para se compreender a evolução das organizações” (Takahashi, 2015). A questão agora é: você sabe como isso se manifesta na prática? Entre várias formas ou vários exemplos, poderíamos focar no seguinte: os autores da aprendizagem organizacional estão focados em pesquisar como as informações são interpretadas e as respostas são elaboradas diante das mudanças ambientais; como as organizações mudam seu comportamento e sua ação e como conduzem mudanças incrementais e transformacionais [...]. Todo processo de aprendizagem organizacional envolve, em maior ou menor escala, algum processo de mudança, uma vez que aprender implica em [sic] desorganizar ou tentar organizar algo que está em desordem. (Takahashi, 2015) 5 Isso significa que a aprendizagem organizacional não é algo que simplesmente acontece do dia para a noite, mas que se manifesta de forma processual pela interação de diversos membros de uma dada organização. E como se dá essa aprendizagem? Veja: 1- Experiências do Profissional – a partir das experiênciaspositivas e negativas, o profissional pode compreender seus erros e acertos, balizar melhor suas próximas ações e criar estratégias para evitar que estes erros persistam no futuro. 2- Aprendizagem Cultural – aprendida através da cultura organizacional, da missão e dos valores estabelecidos pelos líderes e seguidos por todos aqueles que estão ligados à empresa – sejam eles gestores, colaboradores, prestadores de serviços, fornecedores, entre outros. 3- Aprendizagem com o Líder – é realizada através das atitudes e exemplos dados pelos líderes para seus liderados. Além dos exemplos, o líder pode criar oportunidade de aprendizagem organizacional através da partilha de conhecimento com sua equipe. Incentivar a leitura, compartilhar notícias relevantes ou promover treinamentos são as formas mais comuns de um líder contribuir com a aprendizagem organizacional. 4- Aprendizagem Prática/Ativa – aqui, a aquisição de conhecimentos se dá através da prática efetiva das tarefas e do seu desenvolvimento contínuo. Essa aprendizagem acontece após a aquisição do conhecimento teórico e permite que o este [sic] conhecimento seja assimilado com maior eficácia. 5- Aprendizagem Sistêmica – entendimento ampliado de toda empresa e seus processos para desta maneira oferecer soluções não apenas para o departamento envolvido, mas para a organização como um todo. 6- Compartilhamento de Informações – quanto melhor forem distribuídas as informações, maiores serão os conhecimentos sobre os processos internos da empresa [sic] o que tornará mais assertiva [sic] as ações. 7- Benchmarking – observar outras empresas e buscar suas boas práticas aplicadas para aplicar em sua organização. Estes elementos que compõem a aprendizagem organizacional são extremamente importantes, uma vez que, [sic] esta mistura de conhecimentos é o que possibilita que os profissionais consigam desenvolver-se efetivamente. Para isso, a gestão destes recursos é essencial para que as informações não se percam e, [sic] este capital riquíssimo de conhecimentos possa ser utilizado de maneira assertiva e, [sic] adequada às necessidades dos profissionais, líderes e [sic] é claro, de toda empresa. (Marques, 2017) Perceba que existem várias formas pelas quais a aprendizagem organizacional pode acontecer. A questão é: qual delas é mais provável de acontecer na empresa em que você trabalha? Texto de leitura obrigatória TAKAHASHI, A. Competências, aprendizagem organizacional e gestão do conhecimento. Curitiba: InterSaberes, 2015. Ler capítulo 5, disponível em <http://uninter.bv3.digitalpages.com.br/users/publications/9788544302620/page s/113>. 6 TEMA 2 – COMPETÊNCIA ORGANIZACIONAL Agora que você aprendeu um pouco mais sobre aprendizagem organizacional, é interessante conhecer também as competências das empresas. Certamente você já viu o termo competência ser utilizado como um adjetivo para um determinado profissional que possui certas características de trabalho. No entanto, a partir de meados do século XX, percebeu-se que as organizações também desenvolvem competências. Como assim? Edith Penrose, em 1959, no livro The theory of the growth of the firm (A teoria do crescimento da firma), dá início ao que podemos chamar de Visão Baseada em Recursos. Penrose (1959) sugere que a empresa é um reservatório de recursos cuja utilização é realizada por meio de um arcabouço administrativo. Os produtos ou serviços oferecidos ao mercado pelas empresas seriam, então, uma das combinações possíveis do uso desses recursos, sendo que expressam as potencialidades básicas das empresas. O grau de controle desses recursos seria, também, direcionador do desempenho da organização. Nesse contexto, a expansão das empresas seria fruto do uso mais eficiente de seus recursos. Contribuindo para esse entendimento, Prahalad e Hamel (1990) aproximaram o conceito de competência e a visão baseada em recursos do contexto organizacional, colocando as competências essenciais como o aprendizado coletivo de uma organização. Fernandes (2006), ao interpretar as leituras desses autores, explica que eles ponderam que as organizações de sucesso se apoiam em alguns recursos especiais, que qualificam como competências essenciais. Essas competências essenciais conferem a uma organização vantagem competitiva sustentável, constituindo as “raízes da competitividade”. Esse pensamento também é compartilhado por Fleury e Fleury (2001), que entendem competência como um saber agir responsável e reconhecido, que implica mobilizar, integrar, transferir conhecimentos, recursos e habilidades que agreguem valor econômico à organização e valor social ao indivíduo. E o que podemos entender disso tudo? Um dos pontos mais importantes dessa discussão é que, em termos de recursos, o conhecimento é o principal ativo intangível e estratégico de uma organização. Essa ideia é fundamental para 7 que consigamos compreender a extensão e a aplicabilidade do que se passou a chamar de gestão por competências. Takahashi (2015) nos lembra também de Prahalad e Hamel, autores dos quais já falamos diversas vezes no decorrer de nossos estudos: Para Prahalad e Hamel (1990), competência é a capacidade de combinar, misturar, e integrar recursos, produtos e serviços, sendo resultante da aprendizagem coletiva da organização. Sobre essa capacidade, os autores citam como exemplos a competência da Honda de elaborar designs de motores leves e a competência da Sony de miniaturização dos produtos. Em 1994, Prahalad e Hamel lançaram outro livro sobre competências [...]. Nessa obra, os autores diferenciam competências essenciais de competências organizacionais. As primeiras referem-se ao conjunto de habilidades e tecnologias que possibilitam que a organização proporcione dado benefício aos clientes. Já as segundas são aquelas que as organizações apresentam nas suas diversas áreas, podendo algumas delas ser essenciais à vantagem competitiva. (Takahashi, 2015) Não se preocupe, nesse momento, em entender o que é vantagem competitiva, pois falaremos disso no nosso próximo tópico. É importante que você entenda que a aprendizagem organizacional permite à empresa desenvolver competências distintas, que lhe conferem vantagens frente aos concorrentes e aos demais players de mercado. Toda essa vantagem só é possível pelo conhecimento, que, transferido e compartilhado entre os membros de uma organização, gera inovações, novas ideias, novos serviços ou novas formas de atender ao cliente ou melhorar o funcionamento da própria empresa. Podemos afirmar que Numa organização, o conhecimento é amplamente disseminado e toma várias formas, mas sua qualidade é revelada na diversidade de capacitações que a empresa possui como resultado desse conhecimento. Enquanto a maior parte do conhecimento de uma organização tem suas raízes na especialização e experiência de cada um de seus membros, a empresa oferece um contexto físico, social e cultural para que a prática e o crescimento desse conhecimento adquiram significado e propósito. (Choo, 2003) E qual deve ser esse propósito? No mínimo, garantir que a empresa se desenvolva, mantenha-se e cresça num dado mercado. Texto de leitura obrigatória TAKAHASHI, A. Competências, aprendizagem organizacional e gestão do conhecimento. Curitiba: InterSaberes, 2015. Ler capítulo 1, disponível em <http://uninter.bv3.digitalpages.com.br/users/publications/9788544302620/page s/113>. 8 TEMA 3 – CONHECIMENTO E VANTAGEM COMPETITIVA Até aqui você certamente já percebeu como a aprendizagem organizacional se relaciona com o conhecimento da empresa. Deve ter entendido também que as competências empresariais são resultado de aprendizagensbem trabalhadas. Essas competências podem ser usadas pelas empresas como forma de alavancar suas vantagens competitivas. E o que são vantagens competitivas? “Em geral, uma empresa possui vantagem competitiva quando é capaz de gerar maior valor econômico do que suas concorrentes.” (Barney; Hesterly, 2017). Uma empresa que valoriza a ideia de saber agir responsável e reconhecido, mobilizando, integrando e transferindo recursos e habilidades que agreguem valor econômico à organização e valor social ao indivíduo (Fleury; Fleury, 2001), é uma empresa que tem vantagens competitivas. E no que consiste a ideia de valor econômico gerado pelas vantagens competitivas? Na “diferença entre os benefícios percebidos e obtidos por um cliente que compra produtos ou serviços de uma empresa” (Barney; Hesterly, 2017). Ou seja, vantagem competitiva é o que te faz comprar Coca-Cola mesmo quando os concorrentes oferecem preços mais em conta. Como relacionar isso com gestão do conhecimento? No caso desse exemplo, é bem fácil: quantos sabem por aí a fórmula da Coca-Cola? E do molho secreto do Big Mac ou do ketchup Heinz? No entanto, vantagem competitiva não é só isso, ela pode vir de diferentes fontes. Podem ser, por exemplo, os benefícios que o cliente percebe num produto ou serviço, a reputação de uma marca ou o que essa marca faz de fato. As vantagens competitivas têm também outras características: podem ser temporárias ou sustentáveis. Temporárias são aquelas de curta duração, e sustentáveis são as que perduram no tempo e asseguram ganhos frequentes e estáveis para a empresa que as possui. A inovação pode entrar aqui como exemplo. Dificilmente uma inovação será uma vantagem competitiva eterna, pelo contrário. Como vimos no caso da Kodak, a inovação dura até ser superada ou pela própria empresa ou por seus concorrentes, ao lançar algo melhor ou mais inovador. É justamente aqui que entra a importância da gestão do conhecimento como forma de gerar e alavancar vantagem competitiva. Perceba que: 9 As organizações tendem a se concentrar muito mais em atividades operacionais “aqui e agora” do que em planos efetivos para o futuro e nas estratégias para alcançar objetivos de médio e longo prazos. No que diz respeito à gestão do conhecimento e suas práticas, como já dissemos, o foco não só é muito mais operacional mas também direcionado a um ou outro setor da organização. Invariavelmente isso gera um obstáculo para a gestão do conhecimento e, pior, para toda organização. Quando o conhecimento atua apenas no campo operacional, grande parte de sua utilidade fica restrita ao meio, às ações e aos processos da organização no presente. Atrelado à gestão estratégica, contudo, o conhecimento torna-se uma fonte de vantagem competitiva não apenas para o agora, mas também para o futuro. Para tanto, o primeiro passo a ser dado é amalgamar o conhecimento à visão estratégica da organização e usá-lo como ferramenta para a construção de cenários. (Carvalho, 2012) E o que tudo isso quer dizer? Bem, vamos com calma. Num primeiro momento, as organizações – em especial, as brasileiras – têm uma grande dificuldade para pensar no médio e no longo prazo e, assim, concentram seus esforços e recursos no presente. Dessa maneira, suas práticas para gestão do conhecimento são apenas operacionais, ou seja, chão de fábrica – maneiras mais fáceis e ágeis de desempenhar um determinado trabalho por alguém. Essa não é a melhor forma possível de se gerenciar conhecimento, uma vez que, quando restrito ao campo operacional, a utilidade do conhecimento se perde nas pessoas que partilham dele. Se essas pessoas saem da empresa, o conhecimento vai embora com elas. Por outro lado, se o conhecimento e sua gestão forem uma preocupação dos gestores estratégicos da organização, aí, sim, podem ser utilizados como forma de se ganhar e manter vantagens competitivas. Isso inclui a criação de mecanismos e formas de vigilância tecnológica, inteligência de mercado e radar de inovações criados nos níveis estratégicos e gerenciais que permitiriam à empresa ter uma clara visão estratégica do conhecimento. Por isso, afirma-se que O comprometimento com a gestão do conhecimento deve partir de todos os membros da organização, mas sobretudo daqueles que compõe [sic] o alto escalão. Uma vez que os diretores ou os gerentes seniores são responsáveis por definir a visão da organização e traçar o rumo que ela deve seguir, é essencial que eles entendam a visão do conhecimento como um valor importante na orientação desse trajeto. Com ou sem gestão do conhecimento, a criação do conhecimento ocorre o tempo todo em qualquer organização. De modo abrangente, o que a gestão do conhecimento faz é capacitar os membros da organização com o intuito de potencializar esse processo de criação. (Carvalho, 2012) 10 Perceba que o conhecimento é criado o tempo todo. Mas como ele sai dos membros da organização e chega aos demais níveis hierárquicos? Pela gestão do conhecimento. Do contrário, esses saberes se perderiam. Uma empresa que consegue utilizar o conhecimento dos seus membros de forma proveitosa é aquela que consegue criar e manter vantagens competitivas baseadas em competências e em aprendizagem organizacional. Texto de leitura obrigatória CARVALHO, F. C. Gestão do Conhecimento. São Paulo: Pearson, 2012. Ler capítulo 3, disponível em <http://uninter.bv3.digitalpages.com.br/users/publications/9788576058854/page s/59>. TEMA 4 – GESTÃO ESTRATÉGICA PARA O CONHECIMENTO O estudo da criação, do funcionamento e da manutenção das vantagens competitivas faz parte de um pedaço da gestão chamado de administração estratégica ou estratégia. Essa é uma área que surge em meados do século XX, quando a concorrência se intensifica e as empresas precisam se preocupar com planos de ação para seguir, maximizando seus recursos e os utilizando da melhor forma. É para isso que serve a estratégia: “a estratégia deve conduzir uma organização através de mudanças e reformas de maneira a assegurar crescimento e sucesso sustentáveis. Sem uma estratégia claramente definida, as organizações tendem a perder o rumo, como um barco sem velas nem leme em meio a uma tempestade.” (Carter; Clegg; Kornberger, 2010). Hoje em dia, no mundo da hiperconcorrência, ficar perdido e sem rumo não parece uma boa opção, não é mesmo? É justamente por isso que a estratégia vem ganhando mais e mais importância. Talvez não seja necessário ter uma estratégia se eu tiver monopólio de alguma coisa, se meus clientes forem obrigados a comprar de mim. No entanto, a partir do momento em que surge a concorrência, ela pode mudar tudo. Como, então, podemos enxergar a estratégia? Muitas vezes, a estratégia tem sido vista como a definição de um plano para atingir um determinado resultado e o que mais deve ser feito para se chegar até lá. No entanto, estratégia é mais do que isso: “estratégia é um plano, ou algo 11 equivalente – uma direção, um guia ou curso de ação para o futuro, um caminho para ir daqui até ali” (Ahlstrand; Lampel; Mintzberg, 2010). Dentro da ideia de estratégia, existem as chamadas estratégias deliberadas, que são aquelas intenções planejadas que devem ser concretizadas, e as chamadas estratégias emergentes, que foram surgindo no decorrer das atividades da empresa e não eram inicialmente planejadas. Apesar de tudo isso, não basta que você apenas trace a estratégia da sua empresa ou do seu projeto. É preciso considerar o ambiente e o setor no qual está operando. A lucratividade e o “potencial de uma organização é[são] determinado[s] pela estrutura da indústria e do mercado no qual ela opera”(Carter; Clegg; Kornberger, 2010). Admitir isso significa entender que, ainda que tenhamos uma excelente estratégia, podem haver setores de operação mais complicados do que outros. “O fato de algumas empresas serem consistentemente mais lucrativas do que outras não pode ser explicado em função de suas escolhas estratégicas; pelo contrário, é a atratividade da indústria que determina a lucratividade” (Carter; Clegg; Kornberger, 2010). E como podemos encaixar a gestão do conhecimento nisso? Bem, é a nossa capacidade de gerenciar o conhecimento, de estimular a aprendizagem organizacional e de criar vantagens competitivas que faz com que uma estratégia não apenas se destaque, mas também tenha sucesso. As estratégias precisam ser constantemente adaptadas. Nas empresas gestoras de conhecimento, essas adaptações são mais fáceis, uma vez que, para a estratégia ser construída, foram levados em consideração os aprendizados e saberes de múltiplos membros da organização. Assim, a gestão do conhecimento não é uma estratégia por si só. Pelo contrário: é um mecanismo de auxílio estratégico para as empresas permanecerem ativas e lucrativas num dado mercado. Texto de leitura obrigatória CARVALHO, F. C. Gestão do Conhecimento. São Paulo: Pearson, 2012. Ler capítulo 3, disponível em <http://uninter.bv3.digitalpages.com.br/users/publications/9788576058854/page s/59>. 12 TEMA 5 – GESTÃO ESTRATÉGICA DO CAPITAL INTELECTUAL Anteriormente, você aprendeu um pouco mais sobre capital intelectual, que pode ser entendido como uma somatória de aprendizados e conhecimentos da empresa. Essa pode ser uma nova fonte de vantagens: Stewart (1998) afirma que o capital intelectual é, na verdade, “a nova vantagem competitiva das empresas”, em uma clara alusão aos trabalhos de Porter (1990). Esse autor também é bastante enfático ao definir o capital intelectual como a soma dos conhecimentos de todos em uma organização/empresa, o que propicia a essa empresa uma vantagem competitiva. (Neto, 2014) E como o capital intelectual pode ser fonte de vantagem competitiva? Imagine o que seria da Apple sem Steve Jobs. O que seria da Microsoft sem Bill Gates ou da Tesla sem Elon Musk. Esses executivos geniais são a face mais visível de suas organizações. Foi, em grande parte, graças a suas ideias e a sua batuta que suas empresas atingiram o patamar em que se encontram hoje. Assim, o capital intelectual é uma fonte de vantagem competitiva na medida em que proporciona que uma determinada organização tenha recursos intangíveis que as demais não terão. Os recursos intelectuais de seus membros, quando bem utilizados, geram inovações, vantagens, processos e confirmam a força de uma marca. Mas onde encontrar o capital intelectual? Existem três locais possíveis, a saber: Capital humano – fonte de inovação e renovação, base que pode ou não convergir para um modo de pensar coletivo/empresarial – compartilhar e transmitir conhecimento. Capital estrutural – forma de alavancar o capital humano via sistemas de informação, laboratórios, redes, entre outros. Capital do cliente – é o valor dos relacionamentos de uma empresa com as pessoas com as quais faz negócios. É a probabilidade de que seus clientes continuem fazendo negócios com sua empresa e é aqui que o capital intelectual se transforma em dinheiro. Segundo Steward (1998), esse é, dos capitais, o mais mal administrado. Daí o surgimento de ferramentas como os call centers empresariais e os atuais Customer Relationship Management (CRM), numa tentativa de aproximação, fidelização, retenção e estabelecimento de relacionamentos duradouros, de longo prazo. (Neto, 2014) E o que podemos entender disso? Bem, os relacionamentos da empresa fazem parte de seu capital intelectual, assim como seus funcionários e sistemas de informação. Podemos dizer que os relacionamentos entre empresas distintas são como casamentos: você já sabe que, quando seu marido termina de tomar banho, tem que correr atrás dele, que deixa a toalha molhada em cima da cama 13 e a tampa do vaso levantada; ou então que precisa abastecer o carro da sua esposa ou lembrá-la de fazê-lo, pois, muitas vezes, ela nem olha o painel. No caso empresarial, é a mesma coisa: com qualidades e defeitos, empresas se relacionam como num casamento. Eu, fornecedor, já sei a periodicidade das vendas, a qualidade dos produtos ou insumos dos quais meu cliente necessita, e sei suas formas tradicionais de pagamento, sejam elas à vista antecipada, faturada via boleto ou paga em uma vez só após o envio da mercadoria. Esse tipo de relacionamento é um capital intelectual. É por isso também que se pode dizer que “o capital intelectual não é criado a partir de partes distintas de capital humano, estrutura e do cliente, mas do intercâmbio entre eles” (Neto, 2014). Dependendo da maneira pela qual esses itens se relacionam, surgem vantagens ou desvantagens competitivas. Pensemos no caso da Nike ou da Apple. Quantas fábricas produzem os materiais dessas empresas pelo mundo? Dezenas. O relacionamento de ambas com seus fornecedores, produtores e terceirizados é uma grande fonte de vantagem competitiva na medida em que permite que essas empresas comercializem seus produtos pelo mundo, tirando vantagens dos custos de produções em diferentes partes do globo. É o que se chama de cadeia global de valor. Esse relacionamento é intelectual e a grande fonte das vantagens competitivas dessas organizações. Texto de leitura obrigatória CARVALHO, F. C. Gestão do Conhecimento. São Paulo: Pearson, 2012. Ler capítulo 5, disponível em <http://uninter.bv3.digitalpages.com.br/users/publications/9788576058854>. TROCANDO IDEIAS Como suas aprendizagens acadêmicas têm influenciado sua atuação profissional? Você consegue fazer um paralelo entre o seu aprendizado e a aprendizagem organizacional? 14 NA PRÁTICA No fluxo da inovação A Whirlpool investe na participação de funcionários, parceiros e consumidores para acelerar e aprimorar o desenvolvimento de novos produtos Em 2014, o mercado brasileiro seguia o roteiro tradicional dos meses que antecedem uma Copa do Mundo. A perspectiva era de que as vendas de televisores disparassem, enquanto outras categorias de produtos sofreriam o impacto dessa preferência. Maior fabricante de eletrodomésticos do País, a Whirlpool não ficou assistindo a esse cenário de braços cruzados. Dona de marcas como Brastemp e Consul, a companhia desenvolveu a minigeladeira Cervejeira que, entre outros recursos, controla a temperatura da bebida e avisa o momento ideal para abrir a lata. Com o produto, a empresa encontrou um novo espaço na casa dos consumidores. Mais que um lampejo de criatividade, o caso é mais um entre os diversos exemplos da cultura de inovação que guia o desenvolvimento de produtos da Whirlpool, no Brasil. Em 2014, a empresa lançou 180 novas linhas no País. Neste ano, nem mesmo a economia instável vai frear os cerca de 200 lançamentos programados. “Nossa estratégia é de longo prazo”, diz João Carlos Brega, presidente da Whirlpool na América Latina. “A inovação precisa ser contínua. Ela não é um cometa Halley que aparece uma vez na vida e outra na morte.” Como prova dessa visão, a Whirlpool é hoje a companhia privada com o maior número de patentes registradas no Instituto Nacional da Propriedade Intelectual. Nos últimos três anos, a média anual foi de 70 depósitos. Hoje, os produtos considerados inovadores já respondem por 23% da receita local da Whirlpool. A fabricante destina entre 3% e 4% de seu faturamento anual para a área de pesquisa e desenvolvimento, que conta com 23 laboratórios e quatrocentros de tecnologia. Com o apoio dessa estrutura, a empresa não mede esforços para criar um ambiente propício à inovação. Uma das iniciativas são os workshops para funcionários, que conectam o tema aos objetivos estratégicos da companhia. “Essa abordagem ajuda a disseminar o conceito de que é preciso arriscar e manter um fluxo constante de novas ideias”, diz Guilherme Lima, diretor de relações institucionais da Whirlpool. Para avaliar a evolução e a viabilidade de cada projeto, Vitor Bertoncini, diretor de marketing estratégico e inovação, conta que a Whirlpool se baseia na metodologia Design for Excellence, que usa parâmetros como qualidade, custo, design e prazos. Um indicador mais recente é o Design for Environment, que mede o impacto ambiental em todo o ciclo de desenvolvimento de um produto, da produção da matéria-prima ao descarte pós-consumo. Em pouco mais de dois anos de adoção do indicador, a Whirlpool já contabiliza bons números. Com iniciativas como os projetos de captação de água da chuva, a companhia reduziu o consumo médio de água em 9,3%, mesmo em meio ao aumento da produção. No período, a empresa registrou o reuso de 428 mil m³ de água, um volume equivalente ao consumo diário de uma cidade de 2,6 milhões de habitantes. O diálogo com os consumidores é outra vertente essencial nesse processo. Anualmente, a Whirlpool conduz entre 60 e 80 pesquisas com cerca de 10 mil consumidores para aperfeiçoar o desenvolvimento de suas linhas. 15 “Não adianta o resultado final ser uma maravilha tecnológica”, diz Brega. “Para que seja, de fato, uma inovação, ela deve ser simples e facilmente percebida pelo consumidor.” Fonte: Drska, 2015. Pelo que você leu no caso acima, como funciona a gestão do conhecimento na Whirlpool? A empresa usa aprendizagem organizacional? A Whirlpool é o caso de uma empresa inovadora e antenada com o mercado graças a sua capacidade de dialogar com funcionários e clientes. Por meio de uma estrutura que estimula a troca de experiências, a empresa ouve seus colaboradores para criar produtos cada vez mais inovadores, utilizando dos conhecimentos e saberes de cada um para construir algo maior para todos. Além disso, a Whirlpool usa e abusa da aprendizagem organizacional: ouvindo, capacitando e colocando seus funcionários em workshops, o resultado final são produtos cada vez mais inovadores e uma fatia cada vez maior do mercado. O capital intelectual da empresa é aproveitado via aprendizagem organizacional, o que cria competências cada vez mais essenciais para que essa gigante permaneça sacudindo o mercado em que atua. FINALIZANDO Entre os temas trabalhados nesta aula, você viu que “a aprendizagem organizacional é a junção de diversos conhecimentos, que permite que a empresa treine e capacite seus profissionais e colaboradores em prol da conquista de bons resultados.” (Marques, 2014). “Mas qual a importância disso?”, você pode se perguntar. Bem, a importância é o que profissionais treinados são capazes de fazer que outros não preparados não fazem. Em outras palavras, “profissionais que estão em constante aprendizado conseguem melhorar seu rendimento, motivação, produtividade, e tornam-se ainda mais engajados – e, por consequência, aumentam substancialmente os ganhos positivos para a organização.” (Marques, 2014). A aprendizagem organizacional abrange nossa capacidade de juntar todo o nosso acervo de conhecimentos em prol da organização, ao mesmo tempo em que serve para que a organização utilize todo o repositório de conhecimentos de seus colaboradores de forma simultânea: “a aprendizagem organizacional compreende a noção de que há, na organização, uma relação mútua de influência entre ela e seus colaboradores” (Takahashi, 2015). 16 Em termos de recursos, o conhecimento é o principal ativo intangível e estratégico de uma organização. Essa ideia é fundamental para que consigamos compreender a extensão e a aplicabilidade do que se passou a chamar de gestão por competências. Toda essa vantagem só é possível pelo conhecimento, que, transferido e compartilhado entre os membros de uma organização, gera inovações, novas ideias, novos serviços ou novas formas de atender ao cliente ou melhorar o funcionamento da própria empresa. As competências empresariais são resultado de aprendizagens bem trabalhadas. Essas competências podem ser usadas pelas empresas como forma de alavancar suas vantagens competitivas. E o que são vantagens competitivas? “Em geral, uma empresa possui vantagem competitiva quando é capaz de gerar maior valor econômico do que suas concorrentes.” (Barney; Hesterly, 2017). As vantagens competitivas têm também outras características: podem ser temporárias ou sustentáveis. Temporárias são aquelas de curta duração, e sustentáveis são as que perduram no tempo e asseguram ganhos frequentes e estáveis para a empresa que as possui. A inovação pode entrar aqui como exemplo. Dificilmente uma inovação será uma vantagem competitiva eterna. O capital intelectual é uma fonte de vantagem competitiva na medida em que proporciona que uma determinada organização possua recursos intangíveis que as demais não terão. Os recursos intelectuais de seus membros, quando bem utilizados, geram inovações, vantagens, processos e confirmam a força de uma marca. 17 REFERÊNCIAS AMATUCCI, M. Teorias de negócios internacionais e a economia brasileira – de 1850 a 2007. In: Internacionalização de Empresas. São Paulo: Editora Atlas, 2009. CAPITAL intelectual: a gestão do conhecimento aplicada em uma indústria química do estado de Goiás. [S.d.]. Disponível em: <http://dvl.ccn.ufsc.br/congresso/anais/2CCF/20080810202047.pdf>. Acesso em: 21 nov. 2017. CARVALHO, F. Gestão do Conhecimento. São Paulo: Pearson, 2012. CASTELLS, M. A Sociedade em Rede. São Paulo: Paz e Terra, 2011. CAVUSGIL, S. T.; KNIGHT, G.; RIESENBERGER, J. Negócios Internacionais – estratégia, gestão e novas realidades. São Paulo: Pearson, 2010. CHOO, C. W. A organização do conhecimento: como as organizações usam a informação para criar significado, construir conhecimento e tomar decisões. São Paulo: Senac, 2003. DAVENPORT, T. H.; PRUSAK, L. 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