Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
CENTRO UNIVERSITÁRIO GERALDO DI BIASE FUNDAÇÃO EDUCACIONAL ROSEMAR PIMENTEL INSTITUTO DE CIENCIAS EXATAS E DA TERRA E ENGENHARIA ENGENHARIA DE PRODUÇÃO Engenharia de Materiais I Materiais Metálicos Profª Rachel Santos Mendes, M.Sc. Conceitos básicos de Química Átomos: todas as substâncias são feitas de matéria e a unidade fundamental da matéria é o átomo. Constitui a menor partícula de um elemento. É composto de um núcleo central constituído de prótons (cargas positivas) e nêutrons (sem carga). Os elétrons (carga negativa) movem-se em trono do núcleo em diferentes órbitas. Elemento: um elemento químico é um conjunto de átomos que apresentam as mesmas características, ou seja, apresentam a mesma quantidade de prótons em seu núcleo. Exemplo: H, O, Al, Cu, C . Conceitos básicos de Química Molécula: uma molécula é formada quando átomos de um mesmo ou diferentes elementos se combinam. Representa a menor partícula de uma substância que pode, normalmente, existir de maneira independente. Exemplo: Dois átomos de oxigênio se combinam para formar uma molécula de oxigênio (O2); Um átomo de carbono se combina com dois átomos de oxigênio para formar uma molécula de dióxido de carbono (CO2). Conceitos básicos de Química Substância: é um grupo de moléculas. Uma substância é dita simples quando suas moléculas são formadas exclusivamente por átomos de um mesmo elemento químico. Já uma substância composta é formada por mais de um tipo de átomo, ou seja, mais de um tipo de elemento químico. Os materiais de Engenharia Materiais são substâncias com propriedades que as tornam úteis na construção de máquinas, estruturas, dispositivos e produtos. Ou seja, são os materiais do universo que o homem utiliza para “fazer coisas”. Os materiais sólidos são frequentemente classificados em quatro grupos: Materiais Metálicos Materiais Cerâmicos Materiais Poliméricos Materiais Compósitos Estrutura cristalina nos sólidos Material cristalino: é aquele no qual os átomos estão situados em um arranjo que se repete ou que é periódico ao longo de grandes distâncias atômicas. Retículo: matriz tridimensional de pontos que coincidem com as posições dos átomos. Células unitárias: uma célula unitária consiste na unidade estrutural básica da estrutura cristalina em função de sua geometria e das posições dos átomos no seu interior. Estrutura cristalina de metais Três estruturas relativamente simples são encontradas para a maioria dos metais. Estrutura Cristalina Cúbica de Faces Centras (CFC) Estrutura Cristalina Cúbica de Corpo Centrado (CCC) Estrutura Cristalina Hexagonal Compacta (HC) Estrutura Cristalina Cúbica de Faces Centradas (CFC) Estrutura encontrada em muitos metais (Cu, Ag, Al, Au), nela a célula unitária possui a forma de um cubo, onde os átomos se localizam nos vértices e no centro de todas as faces. Número de coordenação e FEA Parâmetro de rede: relaciona o comprimento da aresta com o raio atômico. Número de coordenação: é o número de vizinhos mais próximos ou de átomos em contato que cada átomo possui. Fator de empacotamento atômico (FEA): representa a fração do volume de uma célula unitária que corresponde as esferas sólidas. FEA = Volume de átomos em uma célula unitária Volume total de célula unitária Estrutura Cristalina Cúbica de Faces Centradas (CFC) Número de coordenação = 12 Fator de empacotamento Estrutura Cristalina Cúbica de Corpo Centrada (CCC) Estrutura cristalina com célula unitária cúbica onde os átomos se localizam em todos os vértices e um único átomo localizado no centro do cubo (Cr, Fe, Tg). Estrutura Cristalina Cúbica de Corpo Centrada (CCC) Número de coordenação = 08 Fator de empacotamento Estrutura Cristalina Hexagonal Compacta (HC) Estrutura cristalina com célula unitária hexagonal, que possui o equivalente a 6 átomos em cada célula unitária. Estrutura Cristalina Hexagonal Compacta (HC) Número de coordenação = 12 Fator de empacotamento Polimorfismo e Alotropia Polimorfismo: fenômeno no qual alguns metais e não metais podem ter mais do que uma estrutura cristalina. Alotropia: Condição na qual sólidos elementares apresentam polimorfismo. A estrutura cristalina que prevalece depende da temperatura e da pressão. Materiais cristalinos e não cristalinos Monocristal: para um sólido cristalino, quando o arranjo periódico e repetido de átomos é perfeito ou se estende ao longo da totalidade da amostra, sem interrupção, o resultado é um monocristal. As células unitárias se unem da mesma maneira e possuem a mesma orientação. Materiais policristalinos: são materiais compostos por uma coleção de muitos cristais pequenos ou grãos. Materiais cristalinos e não cristalinos Sólidos não cristalinos: são sólidos carentes de um arranjo atômico regular e sistemático, também são chamados de amorfos. A formação de um sólido cristalino ou de um não cristalino, depende da facilidade de uma estrutura atômica aleatória no estado líquido se ordenar durante o processo de solidificação Exercícios propostos 1. Defina um material cristalino. 2. Quais são as três estruturas cristalinas mais comuns encontradas na maioria dos metais? 3. Mostre que para a estrutura CCC o comprimento da aresta da célula unitária “a” e o raio atômico “R” estão relacionados pela expressão 4. Mostre que para a estrutura CFC o comprimento da aresta da célula unitária “a” e o raio atômico “R” estão relacionados pela expressão 5. Mostre que o fator de empacotamento atômico para a estrutura cristalina CCC é 0,68. 6. Mostre que o fator de empacotamento atômico para a estrutura cristalina HC é 0,74. Exercícios propostos 7. Mostre que o fator de empacotamento atômico para a estrutura cristalina CFC é 0,74. 8. Se o raio atômico do alumínio vale 0,143 nm, calcule o volume de sua célula unitária em metros cúbicos. (R.: V = 6,62 x 10-29 m³) 9. Se o raio atômico do tungstênio vale 0,137 nm, calcule o volume da sua célula unitária em metros cúbicos. (R.: 3,16 x 10-29 m³) Diagrama de Fases Diagramas de fases são mapas que permitem prever as fases e microestrutura de um material em função da temperatura e composição de cada componente. Ex: Diagrama de fases pressão-temperatura para água. A interseção da linha horizontal tracejada em uma pressão de 1 atm com a fronteira entre as fases sólida-líquida (ponto 2) corresponde ao ponto de fusão nessa pressão (T=0ºC). De maneira semelhante, o ponto 3, a interseção com a fronteira líquido-vapor, representa o ponto de ebulição (T=100ºC). Diagrama de Fases Diagrama de fases - conceitos Componentes: elementos ou compostos que compõem uma liga. Limite de solubilidade: é a concentração máxima de átomos de soluto que pode se dissolver no solvente para formar uma solução sólida, a uma determinada temperatura. Fase: porção da matéria com composição química e cristalografia definidas e com a presença de uma interface. Microestrutura: em ligas metálicas a microestrutura é caracterizada pelo número de fases presentes, por suas porções e pela maneira a qual estão distribuídas. Diagrama de fases - conceitos Equilíbrio de fases: Um sistema está em equilíbriose a sua energia livre é mínima para uma combinação específica de temperatura, pressão e composição. Em um sentido macroscópico, isso significa que as características do sistema não mudam ao longo do tempo, isto é, o sistema é estável. O equilíbrio de fases é refletido por uma constância no que se refere às características da fase de um sistema em relação ao tempo. Quando este equilíbrio nunca é atingido, o sistema é metaestável Limite de solubilidade Limite de solubilidade Os diagramas de fase podem representar sistemas: Solubilidade total Solubilidade parcial Insolubilidade Diagramas de fase para sistemas isomorfos binários Sistemas Isomorfos Binários Sistema isomorfo: Sistema no qual existe completa solubilidade dos dois componentes. Curva Líquidus: curva que separa os campos das fases L e α+L. Curva Sólidus: curva que separa os campos das fases α e α+L. Ponto de fusão: ponto onde as curvas líquidus e sólidus se interceptam. Interpretação do diagrama de equilíbrio Fases presentes - localiza-se a temperatura e composição desejada e verifica-se o número de fases presentes. Composições dessas fases. Porcentagem das fases - quantidades relativas das fases (regra da alavanca) Determinação da composição química e quantidade das fases Para determinar a composição de uma fase na região binária, desenha-se uma linha de amarração sobre o ponto B. Onde a linha interceptar a curva líquidus, este é o ponto com a concentração de líquidus (CL) do ponto B. O mesmo se faz para determinar a concentração de fase α no ponto B (Cα). Determinação das quantidades relativas das fases - Regra da alavanca Alotropia do Ferro Puro Na temperatura ambiente, o ferro puro apresenta estrutura cristalina cúbica de corpo centrado (CCC), denominada ferrita alfa (α). A estrutura CCC do ferro (ferrita α) é estável até 912°C. Nesta temperatura a estrutura CCC sofre uma transformação alotrópica para a estrutura cúbica de faces centradas (CFC), denominada ferro gama (γ) ou austenita. A austenita (CFC) é estável entre 912 e 1394° C. Na temperatura de 1394°C ocorre uma nova transformação alotrópica na qual a estrutura CFC da austenita transforma-se novamente em CCC, denominada de ferrita delta (δ). A ferrita delta (δ) CCC é estável até a temperatura de 1538°C, que é a temperatura de fusão do Fe puro. Acima de 1538°C a estrutura cristalina CCC da ferrita δ torna-se amorfa, sem ordenação cristalina, caracterizando o estado líquido. O ferro líquido (L) é estável até a temperatura de 2880°C, temperatura na qual este passa para fase vapor. Diagramas Fe-C e Fe-Fe3C Existem dois tipos de diagramas Fe-C, o diagrama Fe-C estável, que mostra o equilíbrio entre o Fe e a grafita, e o diagrama Fe-Fe3C, metaestável, que apresenta o equilíbrio entre o ferro e a cementita (Fe3C). Em virtude das velocidades de resfriamento vigentes no processamento dos aços serem elevadas em relação as condições de equilíbrio, o diagrama empregado com ferramenta para o estudo de aços ao carbono e ferros fundidos brancos é o diagrama Fe - Fe3C. Diagrama Fe-Fe3C Considerações sobre o diagrama Fe-Fe3C Os aços para construção mecânica não são ligas binárias Fe-C. Estes aços apresentam quantidades residuais de P, S, Mn e Si, decorrentes do processo de elaboração. Entretanto o diagrama Fe-Fe3C é extensivamente empregado em estudos envolvendo aços ao carbono e aços baixa-liga. O teor de 2,11% de C é considerado como sendo a separação teórica entre aços e ferros fundidos, ou seja, para teores até 2,11% temos os aços, acima deste, os ferros fundidos. Considerações sobre o diagrama Fe-Fe3C As reações relevantes no diagrama Fe-Fe3C são, no resfriamento: Reação peritética - (0,17% C /1495ºC) L (líquido) + δ (ferrita delta) → γ (austenita)ƒ Reação eutética- (4,3% de C/1148°C) L (líquido)→ γ (austenita) + Fe3C (cementita) ƒ Reação eutetóide - (0,77% de C/727°C) γ (austenita) → α (ferrita) + Fe3C (cementita) Considerações sobre o diagrama Fe-Fe3C O produto da reação eutetóide é uma mistura mecânica de duas fases (ferrita e cementita) denominada perlita. Aços eutetóides apresentam 0,76 % de C Aços hipoeutetóides 0,022 – 0,76% de C Aços hipereutetóides 0,76 – 2,14% de C Propriedades das fases e constituintes presentes em aços ao carbono AUSTENITA (do nome do metalurgista inglês Robert Austen) Consiste em uma solução sólida intersticial de C (com até 2,11%) no ferro CFC. Em aços ao carbono e aços baixa liga só é estável acima de 727°C. Apresenta resistência mecânica em torno de 150 MPa e elevada ductilidade e tenacidade. A austenita não é magnética. ƒ FERRITA (do latim "ferrum") Consiste em uma solução sólida intersticial de C (com até 0,022%) no ferro CCC. A ferrita é magnética e apresenta baixa resistência mecânica, cerca de 300 MPa, excelente tenacidade e elevada ductilidade. Propriedades das fases e constituintes presentes em aços ao carbono ƒ CEMENTITA (do latim "caementum") Denominação do carboneto de ferro Fe3C contendo 6,7% de C e estrutura cristalina ortorrômbica. Apresenta elevada dureza, baixa resistência, baixa ductilidade e baixa tenacidade. ƒ PERLITA (nome derivado da estrutura da madre pérola observada ao microscópio) Consiste na mistura mecânica das fases ferrita (88,5% em peso) e cementita (11,5% em peso) formada pelo crescimento cooperativo destas fases. Apresenta propriedades intermediárias entre a ferrita e a cementita dependendo do tamanho e espaçamento das lamelas de cementita. Exercícios propostos 1) Defina o conceito de limite de solubilidade. Quais são os três tipos de solubilidade. Exemplifique. 2) Identifique no diagrama Cu-Ni, as fases presentes nos seguintes pontos: a) 40% Ni e 1250ºC b) 40% Cu e 1400ºC c) 80% Ni e 1200ºC d) 80% Cu e 1200 ºC 3) Identifique a composição das fases usando a regra da alavanca para os seguintes pontos: a) 30% Ni e 1210ºC b) 40% Ni e 1250ºC c) 70% Ni e 1350ºC Exercícios propostos 4) Qual é a nomenclatura, sigla e estrutura cristalina para cada fase do ferro puro (Fe) nos seguintes intervalos de temperatura: a) 0ºC – 912ºC b) 912ºC – 1394ºC c) 1394ºC – 1538ºC d) 1538ºC – 2880ºC 5) Para o aço SAE 1070, com 0,7% de carbono, identifique os intervalos de temperatura em que ocorrem as mudanças de fases. Metais Os metais são normalmente combinações de elementos metálicos. Eles apresentam uma grande quantidade de elétrons livres e muitas de suas propriedades são influenciadas por esses elétrons. São excelente condutores de eletricidade e calor; Aparência lustrosa; resistentes mas deformáveis, por isso, são muito utilizados em aplicações estruturais. Dentre os quatro grupos de materiais, os materiais metálicos, e em particular os aços, ocupam em lugar de destaque devido à sua extensiva utilização. Propriedades Excelente condutibilidade elétrica: os metais são ótimos condutores elétricos e por isso, bastante utilizados em fios elétricos. Excelente condutibilidade térmica: os elétrons livres permitem o trânsito rápido de calor, sendo bastante utilizados na fabricação de panelas e caldeiras. Densidade elevada: normalmente os metais são mais densos, em virtude das estruturas compactas dos retículos cristalinos. Pontos de fusão e ebulição elevados: permite a aplicação na fabricação de caldeiras, tachos e reatores nuclear. Ligas metálicas Os metais puros geralmente não apresentam todas as características necessárias para serem aplicados na fabricação de produtos utilizados na sociedade. Por isso, surgiram as ligas metálicas, que são misturas de dois ou mais metais ou de um metal com outra substância simples por meio de aquecimento. Esses componentes se fundem em temperatura elevada e depois esfriam, solidificando-se Ligas metálicas As propriedades resultantes que serão úteis para cada aplicação específica são determinadas pelos: metais que serão usados; quantidade de cada metal na liga; estrutura do arranjo cristalino das ligas; tamanho e arrumação dos cristais e; tratamentos adicionais que podem se realizar. Ligas metálicas Em relação à composição, os metais e suas ligas são classificados como ferrosos e não ferrosos. Ligas ferrosas: o ferro (Fe) é o principal constituinte. Ligas não ferrosas: não contém Fe, ou se contém, a quantidade é pequena. Ligas ferrosas As ligas ferrosas são produzidas em maiores quantidades do que qualquer outro tipo de metal. Seu amplo uso é o resultados de três fatores: 1. Os compostos contendo Fe existem em quantidade abundante na crosta terrestre; 2. O Fe metálico e as ligas de aço podem ser produzidos usando técnicas de fabricação relativamente econômicas. 3. As ligas ferrosas são extremamente versáteis, no sentido de que podem ser projetadas para possuírem uma ampla gama de propriedades físicas e mecânicas. A principal desvantagem de muitas ligas ferrosas é a sua susceptibilidade à corrosão. Aços Os aços são ligas ferro-carbono que podem conter concentrações consideráveis de outros elementos de ligas. As propriedades mecânicas são sensíveis ao teor de C, que é normalmente inferior a 1,0% p. Alguns dos aços mais comuns são classificados de acordo com a concentração de C. Aços Aços com baixo teor de carbono De todos os tipos de aço baseados no teor de carbono, estes são os produzidos em maior quantidade. Contêm um teor de carbono geralmente inferior a aproximadamente 0,25%C em peso, e não aceitam tratamentos térmicos para a formação de martensita. O aumento de resistência mecânica nesses aços é conseguido por meio de trabalho a frio. As microestruturas desse tipo de aço consistem nos microconstituintes ferrita e perlita. Aços com baixo teor de carbono Consequentemente, essas ligas são relativamente moles e fracas, porém possuem ductilidade e tenacidade excepcionais; são usináveis, soldáveis e, dentre todos os tipos de aços, são os mais baratos de serem produzidos. Suas aplicações incluem os componentes de carcaça de automóveis, formas estruturais e chapas usadas em tubulações, edificações, pontes e latas estanhadas. Em geral, esses aços possuem limites de escoamento em torno de 275 MPa, limite de resistência à tração entre 415 e 550 MPa e ductilidade de 25%AL. Aços de alta resistência e baixa liga (ARBL) Eles contêm outros elementos de liga, tais como o cobre (Cu), vanádio (V), níquel (Ni) e molibdênio (Mo), em concentrações combinadas que podem ser tão elevadas quanto 10% p; Possuem maiores resistências do que os aços-carbono com baixo teor de C; A maioria pode ter sua resistência aumentada por meio de tratamentos térmicos; São dúcteis, conformáveis e usináveis. Aços com médio teor de carbono Possuem concentrações de carbono entre 0,25 e 0,60% p; Possuem baixas endurecibilidades e podem ser termicamente tratados com sucesso apenas em seções muito finas e com taxas de resfriamento muito rápidas. Adições de Cr, Ni e Mo melhoram a capacidade de essas ligas serem tratadas terminacamente, dando origem a uma variedade de combinações de resistência e ductilidade. Suas aplicações incluem as rodas e os trilhos de trens, engrenagens, peças de máquinas e componentes estruturais de resistência que exigem uma combinação de alta resistência, resistência à abrasão e tenacidade. Aços com alto teor de carbono Possuem normalmente teores de C entre 0,60 e 1,4% p; São os mais duros e mais resistentes então menos dúcteis dos aços carbono; São especialmente resistentes ao desgaste e capazes de manter um dia de corte afiado; Os aços-ferramenta e os utilizados em matrizes são ligas com alto teor de C, contendo geralmente Cr, V, Tg e Mo; Esses elementos de liga combinam-se com o carbono para formar carbetos muito duros e resistentes ao desgaste. São usados como ferramentas de corte e como matrizes para moldar e conformar materiais, bem como em facas, lâminas de corte, lâminas de serras, molas e arames de alta resistência. Aços Inoxidáveis São altamente resistentes à corrosão (ferrugem) em diversos ambientes, especialmente na atmosfera ambiente. O Cr é o elemento de liga predominantemente, apresenta-se em uma composição de pelo menos 11%p. A resistência a corrosão pode ser melhorada por meio de adições de Ni e Mo; São divididos martensíticos, ferríticos e austeníticos; Uma ampla faixa de propriedades mecânicas combinadas com uma excelente resistência à corrosão, torna os aços inoxidáveis muito versáteis nas suas possibilidades de aplicações. Ferros fundidos São uma classe de ligas ferrosas com teores de C acima de 2,14% p, na prática, no entanto, a maioria dos ferros fundidos contém 3,0 e 4,5% p C, além de outros elementos de liga. Os tipos mais comuns de ferros fundidos são: Ferro cinzento; Ferro dúctil (ou nodular); Ferro Branco e Ferro fundido vermicular Limitações das ligas ferrosas Massa específica relativamente elevada; Condutividade elétrica relativamente baixa; Suscetibilidade inerente à corrosão em alguns ambientes usuais. Ligas não ferrosas São classificadas de acordo com o metal-base ou de acordo com alguma característica específica compartilhada por um grupo de ligas; Cobre e suas ligas O cobre e as ligas à base de cobre possuem uma combinação desejável de propriedades físicas; O Cu não ligado é tão pouco resistente e dúctil que é difícil a sua usinagem; Possui uma capacidade quase ilimitada de ser trabalhado a frio; O Cu é altamente resistente à corrosão em uma variedade de ambientes, que incluem a atmosfera ambiente, a água do mar e alguns produtos químicos industriais; Cobre e suas ligas As propriedades mecânicas e de resistência à corrosão de Cu podem ser melhoradas pela formação de ligas; A maioria das ligas de Cu não pode ser endurecida ou ter sua resistência aumentada por tratamento térmico; Assim, o trabalho a frio e/ou a formação de ligas por solução sólida devem ser utilizados para melhorar essas propriedades mecânicas. Exemplos: Ligas de latão (Cu e Zi) e bronze (Cu e Sn). Alumínio e suas ligas O Al e suas ligas são caracterizados por uma massa específica relativamente baixa (2,7 g/cm³), condutividades elétricas e térmicas elevadas, e uma resistência à corrosão em alguns ambientes comuns, incluindo a atmosfera ambiente; Muitas dessas ligas são conformadas com muita facilidade em virtude de sua ductilidade elevada; A principal limitação do Al é sua baixa temperatura de fusão, o que restringe a T máxima na qual o Al pode ser utilizado; Alumínio e suas ligas Aresistência mecânica do Al pode ser aumentada por trabalho a frio e pela formação de ligas, entretanto, ambos os processos tendem a diminuir a resistência à corrosão. Os principais elementos de liga são: Cu, Mg, Si, Mn e Zn. Magnésio e suas ligas A característica mais excepcional do Mg é a sua massa específica de 1,7 g/cm³, que é a mais baixa dentre todos os metais estruturais. As suas ligas são usadas em aplicações que exigem baixo peso específico, como por exemplo, nos componentes de aeronave. O Mg também possui uma temperatura de fusão moderadamente baixa ≈ 651ºC. Quimicamente, as ligas de Mg são relativamente instáveis e especialmente suscetíveis a corrosão em ambientes marinhos. Magnésio e suas ligas Aplicações Dispositivos portáteis: motosserras, ferramentas elétricas, tesouras. Automóveis: volantes, colunas de direção, estruturad e assentos; Equipamentos áudio visual, computação e comunicação: laptops, celulares, televisão e câmeras de vídeo. Ligas fundidas e Ligas forjadas Ligas fundidas: As ligas frágeis que não seja possível alterar sua forma ou conformar mediante deformação apreciável são fundidas. Ligas forjadas: São as ligas suscetíveis à deformação mecânica. Exercícios 1. Qual é a principal diferença entre as ligas forjadas e as fundidas? 2. Cite ao menos duas vantagens e duas desvantagens das ligas de alumínio. 3. Liste as quatro classificações dos aços. Para cada uma, descreva sucinta,ente as propriedades e aplicações típicas. 4. Cite três razões pelas quais as ligas ferrosas são usadas tão extensivamente. Cite também, duas características das ligas ferroas que limitam a sua utilização. 5. Qual é a função do elemento de liga no aço ferramenta? 6. Quais são as principais propriedades dos materiais metálicos?
Compartilhar