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Prévia do material em texto

Direito Civil VII_ Professor Felipe Quintella 
Aluno: Diogo Vinicius Moreira Drumond 
Faculdade de Direito Milton Campos 
Aula 1- 02/08/18 
 
Introdução da matéria 
 
• Para auxiliar na matéria tem textos gratuitos na internet no Gen Jurídico. 
• Grupo do facebook: direito das sucessões _Felipe Quintella 2018/2º 
• Material de estudo: Video Aulas, Blog de professores. 
• Livros: Direito das sucessões: autores: Luiz Paulo Vieira de Carvalho, José Maria Lopes 
Leone de Olliveira, Salomão Catelli(desvantagem quer sempre o posicionamento dele), Felipe 
Quintella 
 
Divisões: 
1º Abertura da sucessão, ou seja, o que desencadeia quando morre. 
2º Como ocorre a sucessão (em duas fontes: legitima/ vontade) 
3º Inventário e partilha 
 
A matéria da primeira prova: Sucessão legitima 
 
Aula 2- ( Faltei. Esta aula tirei do blog do Lucio) 
 
07/08/2018 
 
Introdução e noções fundamentais 
• Noção de sucessão 
Sucessão no Direito remonta à substituição de indivíduos em uma relação jurídica processual. Ela 
pode ser inter vivos, estudada anteriormente, verificada, por exemplo, na doação, novação, 
transferência da propriedade e adoção, e causa mortis, a qual é originada em decorrência da morte 
de uma pessoa, sujeito de direitos e obrigações, que passa a ser substituída por outrem. 
Esta, em decorrência da sua complexidade, ganhou distinção específica como ramo do Direito Civil, 
que a regula levando em consideração um sentido estrito. A preocupação do nosso legislador é, em 
suma, relacionada a aspectos patrimoniais no que tange à sucessão causa mortis, preocupando-se 
com a transferência de bens originada pela morte. 
• Sucessão legítima e sucessão testamentária 
Há basicamente dois tipos de sucessão causa mortis, que passará a ser chamada apenas de sucessão: 
1. Sucessão legítima: Ocorre nos moldes delineados pela lei, que atribui como herdeiros, em 
ordem de preferência específica, todos os parentes em linha reta, ascendentes e descendentes, 
cônjuges, companheiros e colaterais até em 4º grau (irmãos, sobrinhos, tios, tios-avós, etc), a 
depender do caso concreto. 
1. Sucessão testamentária: É verificada de acordo com a vontade do de cujus (morto, falecido). 
Caso não haja um herdeiro legítimo, todo o patrimônio pode ser destacado pelo testador. 
Determina, nesse sentido, o art. 1.786 do CC: 
Art. 1.786. A sucessão dá-se por lei ou por disposição de última vontade. 
• Herança, legado, herdeiro e legatário 
É necessário, primacialmente, evidenciar alguns conceitos: 
1. Herança: Consiste na totalidade ou parte dos bens do morto. 
1. Herdeiro: É quem recebe a herança. Pessoa que recebe a totalidade ou parte do bem do 
morto. É, juntamente com o legatário, uma espécie de sucessor. 
1. Legado: Bem individualizado da herança do morto. 
1. Legatário: Sucessor que recebe o bem individualizado por meio da sucessão testamentária. 
São sucessores, portanto, herdeiros e legatários. 
• Na sucessão legítima, somente há herdeiros. 
• Consistem em herdeiros necessários os ascendentes, descendentes e cônjuges ou 
companheiros (considerado, por analogia, pela doutrina, em que pese a omissão legislativa). Os 
colaterais são os únicos herdeiros que não são necessários. Nesse sentido, dispõe o art. 1845 do CC: 
Art. 1.845. São herdeiros necessários os descendentes, os ascendentes e o cônjuge. 
Na sucessão testamentária, pode haver herdeiros, que recebem todo ou parte do patrimônio do de 
cujus, e legatários, que recebem determinados bens individualizados. 
• Autor da Herança (“de cujus”, morto ou falecido) 
É a pessoa morta, de cuja herança trata e que é proprietário de bens a serem partilhados. 
• Pacto Sucessório 
No Direito brasileiro, é proibido contrato que possua como objeto a herança de pessoa vida, o qual é 
denominado, no Direito das Sucessões, de pacto sucessório. Mencionada proibição é prevista no art. 
426 do CC, situado no Livro do Direito das Obrigações: 
Art. 426. Não pode ser objeto de contrato a herança de pessoa viva. 
• Direito Sucessório 
O Direito Sucessório é um direito eventual, sendo marcado pela sua aquisição diferida, isto é, que 
se prolonga no tempo. Ele não se confunde com uma expectativa de direito, que é menos concreta, 
não gerando esta repercussão jurídica. No momento de concepção de um filho, por exemplo, nasce 
simultaneamente o Direito Sucessório para este e para o próprio ascendente. Para a sucessão 
testamentária, origina-se no momento em que é lavrado o testamento. 
Como dito, o Direito Sucessório é muito vinculado ao pacto sucessório, na medida em que não há a 
possibilidade de disposição, por meio deste, de um direito ainda não adquirido. 
Existindo, no mínimo 50% do patrimônio, que é denominado legítima, será destinado aos herdeiros 
necessários, podendo ser, portanto, dispostos os outros 50% por meio de testamento. Dispõe o art. 
1.846 do CC: 
Art. 1.846. Pertence aos herdeiros necessários, de pleno direito, a metade dos bens da herança, 
constituindo a legítima. 
Ela é calculada no momento da abertura da sucessão, conforme dispõe o art. 1847 do CC: 
Art. 1.847. Calcula-se a legítima sobre o valor dos bens existentes na abertura da sucessão, abatidas 
as dívidas e as despesas do funeral, adicionando-se, em seguida, o valor dos bens sujeitos a colação. 
Inexistindo herdeiros necessários, pode, portanto, ser disposta a totalidade dos bens do patrimônio 
em testamento. É importante salientar que, existindo a legítima e testamento, o herdeiro necessário, 
a quem o testador deixar a sua parte disponível, isto é, até metade do patrimônio deste, não perderá 
o direito à legítima. 
Art. 1.849. O herdeiro necessário, a quem o testador deixar a sua parte disponível, ou algum legado, 
não perderá o direito à legítima. 
Lado outro, os herdeiros colaterais podem ser excluídos da sucessão, na medida em que a lei 
autoriza, quando inexistirem herdeiros necessários, que a totalidade do patrimônio seja testada. 
Nesse sentido, dispõe o art. 1.850 do CC: 
Art. 1.850. Para excluir da sucessão os herdeiros colaterais, basta que o testador disponha de seu 
patrimônio sem os contemplar. 
O art. 1848 evidencia outra limitação ao testador: 
Art. 1.848. Salvo se houver justa causa, declarada no testamento, não pode o testador estabelecer 
cláusula de inalienabilidade, impenhorabilidade, e de incomunicabilidade, sobre os bens da legítima. 
§ 1.º Não é permitido ao testador estabelecer a conversão dos bens da legítima em outros de espécie 
diversa. 
§ 2.º Mediante autorização judicial e havendo justa causa, podem ser alienados os bens gravados, 
convertendo-se o produto em outros bens, que ficarão sub-rogados nos ônus dos primeiros. 
Destacou-se, por fim, que é impossível, em um mesmo contrato de doação, que um indivíduo 
disponha de valor superior a 50% de seu patrimônio no momento da celebração pacto. Nada impede, 
entretanto, que em vários contratos, seja dilapidado o patrimônio, com doações sucessivas de até 
50%. A doação para um filho consiste em antecipação de herança. A compra e venda de ascendente 
a descendente, lado outro, depende da aquiescência dos outros ascendentes e descentes e do cônjuge, 
sob pena de anulabilidade. 
Aduz o CC: 
Art. 1.788. Morrendo a pessoa sem testamento, transmite a herança aos herdeiros legítimos; o 
mesmo ocorrerá quanto aos bens que não forem compreendidos no testamento; e subsiste a sucessão 
legítima se o testamento caducar, ou for julgado nulo. 
Art. 1.789. Havendo herdeiros necessários, o testador só poderá dispor da metade da herança. 
• Abertura da sucessão 
É o marco que concretiza o Direito Sucessório de alguns ou todos os seus portadores. A morte é 
prevista, pelo CC, como o marco da abertura da sucessão, a partir da qual há a transmissão daherança e é gerado o direito à sua aquisição, denominado direito à sucessão aberta. 
O Direito Sucessório não se confunde com o direito à sucessão aberta, que pode abarcar a 
integralidade ou a totalidade dos indivíduos que titularizavam o primeiro direito. Este direito é 
inclusive um bem imóvel por determinação legal, pelo que deve ser transferido mediante escritura 
pública, quando possuir valor superior a 30 (trinta) salários mínimos, nos termos do art. 108 do CC. 
Dispõe o CC: 
Art. 1.784. Aberta a sucessão, a herança transmite-se, desde logo, aos herdeiros legítimos e 
testamentários. 
Art. 1.787. Regula a sucessão e a legitimação para suceder a lei vigente ao tempo da abertura 
daquela. 
No que tange aos aspectos processuais, embora seja transmitida a herança e gerado o direito com a 
morte, somente podem ser individualizados os sucessores e os bens por meio do inventário, com a 
ulterior partilha. 
• Princípio da “saisine” 
Embora haja dúvida se mencionado Princípio tenha origem no Direito Alemão ou Francês, a 
expressão é francesa, ligada à servidão, na qual o patrimônio dos servos se transmitia inicialmente 
ao senhor feudal, que recolhia determinado tributo. 
Pelo Princípio da saisine, todavia, a posse civil e a propriedade do bem são transmitidas 
automaticamente quando ocorre a morte do autor da herança, o que não ocorre atualmente. A noção 
de transmissão da posse está vinculada ao direito português, podendo ser indireta ou direta, se o 
herdeiro exercer poder material sobre o bem, objeto da herança. 
• Pressupostos da Transmissão da Herança 
Consistem, dessa forma, em pressupostos da transmissão da herança: 
1. A morte do autor da herança; e 
2. A sobrevivência dos herdeiros. 
Aparentemente, os pressupostos não possuiriam aplicabilidade prática. Ocorre que, é importante, 
nos casos de morte de duas ou mais pessoas com relação sucessória no mesmo evento, isto é, de 
comoriência, devem ser analisadas as circunstâncias. Se houver prova de quem faleceu primeiro, 
observa-se a configuração dos pressupostos. Lado outro, inexistindo essa prova, utiliza-se a 
presunção estatuída pelo CC, de morte simultânea, o que impede a influência de um em relação ao 
outro. 
• Lugar da abertura da sucessão 
Consiste no lugar do ultimo domicilio do morto. Anteriormente, era comum a efetivação de apenas 
um domicílio por pessoa. Atualmente, verifica-se ser muito comum a existência de pluridomicílios 
(residenciais, comerciais, entre outros). Dispõe o art. 1785 do CC: 
Art. 1.785. A sucessão abre-se no lugar do último domicílio do falecido. 
Sua principal importância é determinar as regras de competência verificadas para o processamento 
de inventário. Geralmente, além do domicílio do morto, na ausência desta se utiliza o local de 
situação dos bens. 
 
Aula 3- 09/08/18 
 
Aceitação e Renuncia da Herança 
 
 Pacto sucessório é o mesmo que pactum Corvino. Como não posso tratar de herança de 
pessoa viva, logo não posso aceitar ou renunciar antes da sucessão. É preciso esperar a pessoa 
morrer. Que depois que a pessoa morrer eu tenho um direito adquirido, chamado direito à sucessão 
aberta. Como conciliar a ideia de aceitar ou renunciar de alguma coisa que já é minha? Atribuindo à 
aceitação e à renuncia eficácia retroativa! Então, se o herdeiro lá na frente dizer se ele aceita ou não 
aceita, vamos considerar que ele já aceitou ou não aceitou desde o momento da abertura da 
sucessão. 
 Qual será o efeito produzido pela aceitação? R= O efeito é confirmatório, ou seja, quando o 
herdeiro aceita, você volta no tempo, confirma que desde a abertura da sucessão ele já é possuidor 
da herança. Qual a natureza jurídica da aceitação? R= é um ato jurídico unilateral. A aceitação não é 
um ato formal, tanto que pode ser tácita. Presumem aceitação tácita da herança os atos próprios da 
qualidade de herdeiro. Os atos próprios da qualidade de herdeiro artigo 1805, P1º diz. Atos 
oficiosos são os atos relacionados às cerimonias pra dar destinação ao corpo. Fazer faxina, pagar 
contas, etc, são atos de mera conservação e administração, então, não significa que a pessoa aceitou 
a herança. A aceitação é irretratável, ainda que tacitamente não dá para renunciar. 
 A aceitação é um ato por lei puro e simples,ou seja, não comporta condição, termo ou 
encargo. Por ser pura e simples, a aceitação tem que ser TOTAL, tem que aceitar tudo. Não pode 
aceitar determinada porcentagem. Se isso ocorrer, será um ato valido porém ineficaz. Quem aceita 
não é obrigado a ficar com aquilo que recebeu. Se a pessoa não quer ela pode doar. Só que tem um 
porem, porque a pessoa já vai pagar um imposto pela transmissão causa mortis porque sucedeu. E 
se depois além de aceitar, quiser doar, terá que pagar também um outro imposto sobre a doação, 
tendo que pagar dois impostos. Não paga duas vezes. A questão é que são dois impostos que um irá 
incidir sobre o fato gerador da transmissão causa mortis e o outro imposto irá incidir sobre o fato 
gerador doação. 
 EXEMPLO DE SALA: temos: 
Augusto que é pai do Caio e da Maria. O Caio não precisa da Herança do Augusto que faleceu, 
pois está super bem. Já a Maria precisa. Podem os dois aceitar a herança e em seguida o Caio dizer 
que o que ele recebeu vai doar para Maria. Só, que se ele fizer isso, vai incidir ITCD sobre a 
sucessão sobre a herança e vai incidir um outro imposto também sobre a doação que Caio fizer para 
Maria. 
 Por outro lado, se Caio disser que não quer, o patrimonio irá tudo para Maria. Isso no caso 
em tela. Porque cada caso é um caso. Deve ser analisado a linha parental das famílias. 
 E supondo que além de Maria, Caio tem uma outra irmã, Helena, só que ele não gosta dela, 
e quer passar só para Maria a sua parte. Se ele renunciar à herança,que é irretratável, esta será 
dividida entre as duas. Para tanto, caso não queira passar sua parte para Helena, terá que primeiro 
aceitar a herança para depois transferir somente para Maria. 
 Lembrando que a eficacia da aceitação é ex tunc, ou seja, retroage. E o efeito é 
confirmatório. Já o da renúncia, o efeito é modificativo por mudar a situação estabelecida pela lei, e 
é também retroativa, pois quando você renuncia volta-se no tempo, então desde o momento da 
morte você considera que aquele herdeiro nunca herdou. A grande vantagem de mudar para trás é 
que ele não está envolvido na tributação da sucessão por não ter se sucedido. 
 A renúncia, por ser modificativa, trata-se de forma solene. Só é valida a renúncia feita por 
escritura publica no cartório de notas ou por termo nos autos do inventário. 
 E se caio renunciar à herança mesmo que ele não queira que sua parte vá para Helena, ele 
pode fazer isso? R= poder ele pode,é válida, mas a eficacia não surtirá efeitos. 
 
 
Aula 4- 14/08/2018 
 
Direitos e Modo de Suceder 
 
 José Tereza 
 
 Joaquim Clara 
 
 
Inácio Caio# Hugo Maria 
 
 
Helena Luiz Antônio Francisco Ana 
 
 
 Maria Celina Maria Berenice 
 
 
Com a clara, o Joaquim teve 3 filhos: Inácio, Caio e Maria; Inácio teve 2 filhos: Helena e Luiz; 
Caio é divorciado com Hugo; Maria teve 3 filhos: Antônio, Francisco e Ana; Ana teve 2 filhas: 
Maria Celina e Maria Berenice. 
 A primeira regra que precisamos estabelecer no caso da sucessão de Joaquim, é a que 
estabelece uma ordem de preferencia entre os herdeiros legítimos, que são vários. Os herdeiros 
legítimos no código de 2002 são os descendentes, independentemente do grau, os ascendentes 
independentemente do grau, o cônjuge, o companheiro e os colaterais até o quarto grau. Porem, é 
preciso que haja uma ordem de preferencia entre eles. Essa ordem seria: em primeiro lugar sãochamados na sucessão os descendentes, na falta destes, são chamados na sucessão os ascendentes, 
 
 
na falta de ascendente ou descendentes, o cônjuge sobrevivente ou companheiro, se houver. Na falta 
de cônjuge ou companheiro, herdam os colaterais.(artigo 1829 cc) 
 A segunda regra, é aquela que diz que sucedem os herdeiros que forem do grau mais 
próximo do autor da herança. Em outras palavras, a gente diz que o grau mais próximo exclui o 
grau mais remoto. Então havendo herdeiros do primeiro grau, eles excluem os herdeiros do segundo 
e do terceiro. Não havendo o de primeiro grau, os de segundo grau excluem os de terceiro, e por ai 
vai. 
 Todas as pessoas que constam no gráfico anterior, tivessem vivas quando Joaquim faleceu, 
quem iria suceder o Joaquim? Os filhos, Caio, Inácio e Maria. Quando na sucessão por aplicação 
dessas regras, significa que é, pela lei, a vez deles de suceder. Quando a pessoa sucede, porque é a 
vez dela de suceder, a gente diz que ela sucedeu por DIREITO PRÓPRIO, porque é a vez dela, 
aplicada às regras da sucessão hereditária. Tem uma consequência muito importante da sucessão por 
direito próprio, ou seja, os herdeiros que sucedem por direito próprio tem direito de serem levados 
em conta no calculo do fator da divisão da herança. Esse fator da divisão da herança é um numero 
pelo qual eu vou dividir o patrimônio. Por exemplo: Se a herança deixada pelo Joaquim foi de 
900.000,00, como farei a divisão da herança do Joaquim se os herdeiros dele forem essas pessoas 
desenhadas no quadro? Dividiremos os 900.000 pelos 3 filhos do falecido. Então cada filho 
receberá 300 mil. Isso porque cada filho sucede por ‘direito próprio’. Direito próprio é o primeiro 
dos direitos. Porque sucedem por direito próprio, eles tem direito de serem considerados no calculo 
do fator da divisão da herança. Se eu considerei o herdeiro na hora que descobri por qual fator eu 
vou dividir a herança, a gente diz que o herdeiro sucedeu POR CABEÇA, porque a cabeça dele foi 
contada. Os herdeiros que sucedem por cabeça são os que vão determinar o fator da divisão da 
herança. E os herdeiros que sucedem por esse modo, ‘por cabeça’, são os herdeiros que sucedem 
por direito próprio. Então o primeiro direito é o DIREITO PRÓPRIO, e o primeiro modo de 
suceder é POR CABEÇA. Dica : Só sucede por cabeça quem sucede por direito próprio e; quem 
sucede por direito próprio tem que suceder por cabeça. 
 Não existe somente este direito de suceder e nem este modo por qual se sucede. Vamos 
considerar a hipótese do Inácio ter falecido depois do Joaquim. Então em primeiro lugar faleceu o 
Joaquim e em seguida faleceu o Inácio. Só que o Inácio faleceu antes de concluir a sucessão do 
Joaquim. Quando Joaquim morreu, o Inácio tava vivo, ainda assim sera dividida a herança por 3, 
dando 1/3 para cada filho de Joaquim. Só que o Inácio morreu em seguida, a principio teríamos que 
fazer a sucessão de Joaquim, no entanto tem um herdeiro morto. E depois eu faria a sucessão do 
Inácio, eu teria que somar o patrimônio de Inácio com a herança que ele recebeu de Joaquim. Só 
que isso tem dois inconvenientes: o 1º deles é operacional, como uma pessoa morta vai participar de 
um procedimento de inventário(?). E se ele for extrajudicial, que é mais simples, os herdeiros tem 
que comparecer ao cartório para assinar a escritura pública. E mortos não assinam. Se o 
procedimento fosse judicial, seria pior ainda. 2º inconveniente seria que, eu iria transmitir os 900 
mil do Joaquim para seus 3 filhos, posteriormente, na hora que fizer a sucessão do Inácio será o 
patrimônio que ele tinha mais os 300 mil que recebeu de Joaquim, e ai na hora de recolher itcd da 
herança dele, eu iria recolher de novo sobre os 300 mil. Então sobre esse quinhão de de 300 mil 
tem-se que recolher itcd duas vezes. Supondo que Inácio tinha 100 mil de seu patrimônio, ai qual 
seria a herança na sucessão dele? Seria 100 mil que ele tinha mais os 300 mil herdado do Joaquim. 
Para evitar pagar o itcd duas vezes, o direito das sucessões criou um outro direito de suceder. Pode 
haver sucessão também do DIREITO DE TRANSMISSÃO, quem sucede por direito de transmissão 
é quem quer que seja, o herdeiro da primeira sucessão que abriu e em seguida faleceu. Então, 
olhando para o gráfico acima fica mais fácil: quem é que receberá a transmissão do Inácio? Ou seja, 
ele herdou do Joaquim e depois morreu, então ele recebeu. Quem será os herdeiros de Inácio? Os 
herdeiros serão Helena e Luiza. Então, os 300 mil que Inácio chegou a receber será para os filhos. E 
no próprio inventario de Joaquim, a Helena e Luiz vão participar recebendo por TRANSMISSÃO 
do Inácio direito à herança de Joaquim. Como eles receberão direto de Joaquim, haverá 
recolhimento de itcd somente uma vez. Pra que possa ocorrer o meu direito de transmissão é preciso 
que ainda não tenha concluído a parte da sucessão. Ou seja, Joaquim morreu, foi aberto inventario 
dele, foi feita a partilha, e ai no dia seguinte à partilha o Inácio faleceu, já não tem mais jeito, 
porque a sucessão de Joaquim já está encerrada. Ai não tem como levar para sucessão mais 
herdeiros. Mas, se a sucessão de Joaquim ainda não está concluida, eu vou chamar os herdeiros do 
Inácio para participar da sucessão de Joaquim. Como eles não tinham direito de suceder pelas regras 
da transmissão hereditária, eles não sucedem por direito próprio. Eles sucedem por transmissão do 
Inácio. Ai a gente fala que eles herdaram por transmissão. Se Helena e Luiz vão participar da 
sucessão de Joaquim, eu passo a ter 5 herdeiros no lugar de 3. Não significa que a herança de 
Joaquim será dividida por 5. Helena e Luiz vão participar da sucessão de Joaquim dividindo a 
herança que o Inácio tinha recebido. A cabeça deles não é contada. O grupo deles é que é contado, 
ou seja, eles sucedem por grupo e não por cabeça. O grupo é chamado de ESTIRPE. Então a conta 
da sucessão de Joaquim seria: 300 mil para Inácio, 300 para caio e 300 para Maria. E os 300 mil da 
ESTIRPE do Inácio vão para Helena e Luiz, 150 mil pra cada. E Caio e Maria sucedendo por direito 
próprio, por cabeça, recebendo 300 mil cada. 
 Outro exemplo: Vamos deixar o Inácio vivo. Quem vai morrer agora será o Caio. Caio 
morreu depois de Joaquim. E agora quem será chamado para sucessão de Joaquim?! E se além de 
ter divorciado de Hugo, a Clara e Tereza e José tivessem falecido? Quem teria direito de suceder 
seria Inácio e Maria. Hugo não herda pois divorciou antes da sucessão. Então Inácio e Maria 
receberiam 300 mil do Joaquim, por cabeça. E os 300 mil de Caio iria por TRANSMISSÃO para 
Inácio e Maria. Então, estes receberiam 300 mil POR CABEÇA mais 150 mil por transmissão de 
Caio. Tem que ter cuidado, pois eles não receberam 450 mil por direito próprio. Direito próprio só 
os 300 mil. 
 Supondo que Caio e Hugo estavam casados. E agora? Lembrando que os ascendentes 
continuam mortos. Então teria que explicar que, na sucessão de Joaquim vão herdar Inácio e Maria 
que são filhos, e também Hugo que é genro do autor da Herança. A principio, genro não tem nada a 
ver com sucessão da pessoa porque o casamento não gera direito sucessório. Então o que Hugo está 
fazendo ai junto com os filhos do falecido? Porque Caio chegou a herdar, porem morreu, passando 
o que recebeu para o cônjuge Hugo. Hugo então receberá 300 mil por ESTIRPE. 
 Agora, poderia o Caio ainda casado com Hugo, ter se separado de fato do Hugo e começado 
a se relacionar com outra pessoa, por exemplo com André. A separação de fato não extingue o 
direito do cônjuge de suceder. Ai terá cônjuge e companheiro sucedendo juntos. 
 Considerando que Caio e Inácio faleceram simultaneamente. Se Helena e Luiz estão vivos, o 
Inácio vai transmitir a parte dele para os filhos.E caio vai transmitir para quem? Se ele morreu 
simultaneamente, não tem como transmitir para Inácio, pois este não estava vivo. Então transmite 
só para Maria. E agora, se Inácio tivesse sido o ultimo a morrer? Caio iria transmitir sua parte para 
Maria e Inácio. Helena e Luiz, filhos de Inácio, iriam herdar duas vezes, por transmissão do Inácio e 
por transmissão do Caio. Fazendo a continha ficaria: 300 mil para Inácio, 300 mil para caio e 300 
mil para Maria. Ai Caio morre, então passa-se 150 para Maria e 150 para Inácio. Ai Helena e Luiz 
herdariam 150 mil + 75 mil cada um da parte de Caio. 
 Agora, Caio foi o primeiro a morrer, depois Joaquim, e ai? Lembrando que a primeira regra 
buscamos a classe dos herdeiros, sendo: descendente, ascendentes, cônjuge ou companheiro, e 
colaterais. Como Joaquim deixou descendentes, então sua sucessão vai para eles. A segunda regra é 
de que a sucessão dele vai para quem for os descendentes do grau mais próximo. Em que momento? 
Momento da morte, momento da abertura da sucessão. No momento que Joaquim morreu, quem 
eram os descendentes do grau mais próximo? Ou seja, a herança será dividia por Inácio e Maria, 
pois caio morreu primeiro. Caio é um herdeiro premorto, pois morreu antes da sucessão. 
 Se Maria morre antes de Joaquim, e logo em seguida Joaquim morre, quem terá direito seria 
Caio e Inácio. Porem o legislador achou muito esquisito e criou um terceiro direito, que seria a 
possibilidade dos herdeiros da Maria, que teria herdada se fosse viva quando morreu seu pai 
Joaquim, representarem a Maria na sucessão. Ai então surgiu o DIREITO DE REPRESENTAÇÃO. 
Então, alguém que não herdaria nem por direito próprio nem por direito de transmissão pode acabar 
representando alguém. Então, são 3 os direitos pelos quais alguém pode ser chamado à sucessão: 
direito próprio, direito de transmissão e direito de representação , mas só há dois modos que são: 
por cabeça e por estirpe. O Direito de transmissão é artificial por ter sido criado pela lei. Para quem 
a lei atribui direito de representação? Em primeiro lugar, não há direito de representação na 
sucessão de ascendentes e nem na sucessão do cônjuge nem companheiro. Significa então que só 
há o direito de representação na sucessão dos descendentes ou na sucessão dos colaterais. 
 Se Ana morre antes de Maria, Maria Celina e Maria Berenice não podem representá-la. 
Lembrando que quem representa seriam os do grau mais próximo, ou seja, somente Antônio e 
Francisco representariam Maria, pois Ana é herdeira premorta. 
 Vamos ampliar o exemplo do gráfico acima: Incluindo Bruno e Breno 
 
 José Tereza 
 
 Joaquim Clara 
 
 
Inácio Caio# Hugo Maria 
 
 
Helena Luiz Antônio Francisco Ana 
 
 Bruno Breno 
 Maria Celina Maria Berenice 
 
 
 Antônio e Francisco agora terão filhos. E houve um acidente aéreo, morrendo todos, só que 
conseguiu identificar que em primeiro lugar morreu Ana, segundo lugar morreu Maria, em terceiro 
Joaquim, e por ultimo morreu Antônio e Francisco simultaneamente. Todos morreram no mesmo 
acidente. E ai, o que acontece? Maria Celina e Maria Berenice continuam excluídas porque Ana, 
mãe das duas, faleceu antes do “de cujus” Joaquim, só que Bruno e Breno que são primos destas 
herdam por transmissão dos pais que representaram a Maria. 
 
Aula 5- 16/08/2018 
 
1ª ordem de vocação hereditária 
 
 
 Os herdeiros escolhidos pela lei são: além dos descendentes, ascendentes e colaterais, são 
também o cônjuge e o companheiro. Além de a sucessão legitima ser obrigatória, por alguns casos 
ela tem aplicação subsidiaria, na forma de testamento tudo se resolve por ela. Então, o município 
vai ficar com os bens do herdeiro só em ultimo caso. A ordem de vocação hereditária pode ser 
chamada também de ordem de preferência. 
 Pode acontecer do cônjuge participar da sucessão juntos com os descendentes. E na falta de 
descendentes, o cônjuge sempre concorre à sucessão com os ascendentes, a não ser que não haja 
cônjuge. Independentemente do regime de bens, há concorrência. 
 Antes do código de 2002 só há uma regra aplicável à sucessão dos descendentes, depois que 
a gente sabe que em primeiro lugar se sucedem os descendentes. Lembrando que o grau mais 
próximo exclui o grau mais remoto, naturalmente que, salvo o direito de transmissão e o direito de 
representação, que foi falado na aula anterior. 
 O direito do cônjuge tem um determinado momento em que começa e um determinado 
momento em que acaba. Diferentemente do direito dos demais herdeiros legítimos. Um filho por 
exemplo passa a ter direito de suceder o pai a partir do momento em que ele é concebido, porque o 
código civil, tanto o anterior quanto o atual, resguardam o direito do nascituro desde a concepção. 
Então, o filho só perderá esse direito quando ele morre. O mesmo acontece com o cônjuge, porém 
há regras. Essas regras estão no código. 
 Situações de pessoas que venham a se casar e depois morrem: 
 
 
1º Da pessoa se casar e vir a falecer ainda na constância do casamento; 
2º Da pessoa vir a falecer após o divórcio; 
3º Da pessoa falecer após a separação judicial; 
4º Pode vir a falecer após a separação de fato. 
 
 Artigo 1830 do cc, traz as 4 regras acima. Explicação: se a pessoa morre na constância do 
casamento, será que deve ou não deve haver o direito sucessório do cônjuge ou sua capacidade de 
suceder? R= óbvio que sim!; Se por outro lado a pessoa morrer depois de já ter se divorciado? R= 
Não. Pois não faz sentido se dissolver o casamento depois do divórcio e mesmo assim o ex cônjuge 
continuar participando da sucessão. Então não pode!; Se a morte tiver ocorrido depois da separação 
judicial? Aqui no artigo, a questão dos 2 anos só é referente à separação de fato, não à separação 
judicial, ou seja, se não estava separado judicialmente acabou. Então, a separação judicial, 
conforme este artigo, acaba produzindo o mesmo efeito do divórcio. E se a morte ocorrer após à 
separação de fato? R= O código não dá uma resposta única. Ele optou por trabalhar com o prazo da 
separação de fato, ou seja, se: 
A separação de fato ter ocorrido a menos de 2 anos e; A hipótese de a separação de fato ter ocorrido 
a mais de dois anos. Se a separação ocorreu a menos de 2 anos, há ou não há direito sucessório 
para o cônjuge? HÁ, ou seja, a menos de dois anos ele tem capacidade para suceder. Aqui vem 
uma constatação interessante: quando a pessoa se separa de fato, ela já pode imediatamente 
constituir união estável; e se ela efetivamente constitui união estável surge o direito para o 
companheiro; mas enquanto não tiver decorrido 2 anos da separação o cônjuge continua também 
tendo direito. Então, pode acontecer de cônjuge e companheiro virem a suceder juntos. Então o 
melhor seria a pessoa separar judicialmente, que ai ela mata o direito e preserva o direito só do 
companheiro. 
 E se tiver sido a mais de 2 anos e tiver ocorrido a separação de fato? R= O código ainda quis 
distinguir duas possibilidades: 
1º será que há prova de culpa do outro?; 2º ou será que não há culpa do outro?!!; 
 Agora, suponhamos que o cônjuge tenha direitos sucessórios, então vamos na possibilidade 
se o cônjuge tem ou não concorrência com os descendentes. Essas regras estão no artigo 1829, I: 
O caput diz que a sucessão legitima defere-se na ordem seguinte e ai vem então a 1º posição: e lá 
estão os descendentes em concorrência com o cônjuge sobrevivente. Então dai extraímos a primeira 
conclusão de que, a concorrência do cônjuge com os descendentes é a regra geral. Logo em seguida, 
vem uma ‘virgula’ e um ‘salvo se’, ou seja, o legislador enumera os casos de exceção à regra geral. 
O primeirocaso dessa exceção é o regime da comunhão universal, separação obrigatória de bens e o 
da comunhão parcial. 
 Os regimes de casamento do código civil de 2002 e como se organiza o patrimônio de cada 
um deles: comunhão universal>>> Considerando que o ‘A’ é sempre o autor da herança, como eu 
poderia representar esquematicamente o patrimonio do casal? R= você tem um único conjunto que 
é o patrimonio comum, ainda que haja bens gravados de comunicabilidade. Comunhão 
parcial>>>Esquematizo como por exemplo um conjunto que representa o patrimônio comum e 
considerando só o ‘A’ que poderá ter um patrimônio particular, esse patrimonio particular pode ser 
tanto bens que já tinha antes de se casar quanto bens adquiridos depois do casamento que o código 
diz expressamente que exclui da comunhão parcial. Há também uma terceira hipótese, ou seja, ‘A’ 
casado com ‘B’, tendo patrimônio particular, mas vindo a falecer antes que houvesse formação de 
patrimonio comum. Ou seja, digamos que ele morreu logo depois da celebração do casamento, não 
deu nem pra comprar uma bala. Próximo regime, separação obrigatória>>> são hipóteses que a lei 
impõe o regime de bens ou seja, tira a possibilidade de escolher. Neste regime, esquematizo o 
patrimônio de acordos com a norma do código, era só para haver patrimônios particulares, cada um 
com o seu. Mas o stf tem a sumula 377 que diz que comunica-se o aquesto desde que haja prova de 
esforço comum. Porém essa sumula não atrapalha a aula, não usaremos ela. 
 A diferença da separação total da separação obrigatória é que uma é imposta e a outra é 
escolhida. Mas, em relação ao esquema dos bens é igual. E por ultimo, o regime de participação 
final dos aquestos, neste, o esquema, cada um terá seu patrimônio exclusivo, a não ser bens que os 
cônjuges participam em condomínio. Exemplo os cônjuges compram juntos uma casa de praia. O 
patrimônio em condomínio é preciso contabilizar os aquestos, ou seja, bens adquiridos 
onerosamente na constância do casamento. Para contabilizar os aquestos tem que desenhar um 
terceiro conjunto: se ‘A’ tinha antes do casamento uma casa, que é patrimonio exclusivo de ‘A’, 
separado dos aquestos. Se ‘A’ depois do casamento comprar um apartamento, o apartamento vai 
continuar dentro do patrimônio exclusivo dele, só que agora estará na parte dos aquestos. Por uma 
questão de justiça, cada um terá direito ao mesmo valor de aquestos. 
 Vamos identificar os termos do artigo 1829 se tem concorrência ou não. 
Inciso I- Se o regime for da comunhão universal os cônjuges não irão concorrer com os 
descendentes. Não significa que ele ficará desprotegido. Se o regime é o da comunhão universal, 
então após a morte o cônjuge mantém a sua meação. A meação do morto que irá só para os 
descendentes. 
 Separação total convencional de bens: Da mesma forma, os bens são particulares a cada 
cônjuge. 
• Na letra da lei, autorizaria a concorrência do cônjuge. 
• Segundo o professor, não faz sentido a diferenciação entre a separação obrigatória e a 
separação convencional. Dessa forma, Miguel Reale, em artigo produzido depois do CC/02, cuja 
posição foi seguida por Nancy Andrighi, argumentando em suposta interpretação sistemática, que 
toda separação seria obrigatória, na medida em que até mesmo a convencional, uma vez pactuado, 
geraria efeitos impostos pela lei. A separação obrigatória seria gênero. Criticar-se-ia mencionado 
posicionamento, posto que, utilizando essa interpretação, todo e qualquer regime seria obrigatório, 
na medida em que existem disposições legais sobre estes. 
 
Aula 6- 21/08/2018 
1ª ordem de vocação hereditária (CONTINUAÇÃO) 
 Tirar o inicio dessa Aula do Blog do Lucio acompanhado com o Livro do professor, pois tem 
muitos entendimentos. 
 
Famílias diferentes 
 
 
I- 
 
Caio Maria 
 
 
 Bruno Breno Bruna 
 
 
Artigo 1832 CC- Significa aqui que, o cônjuge também sucede por cabeça. Nem poderia ser 
diferente porque o cônjuge nesse caso é chamado à sucessão por direito próprio, e quem sucede por 
direito próprio sucede por cabeça. Só que no artigo vem uma virgula, e depois dessa virgula vem 
que ‘ não podendo a sua quota ser inferior à quarta parte da herança quando for ascendentes dos 
herdeiros que concorrer. O código estabeleceu um quinhão mínimo para o cônjuge em determinado 
caso. 
 
 Na situação do Exemplo numero I, o cônjuge sobrevivente é a Maria. Para que eu me 
preocupe com o quinhão mínimo é preciso que o cônjuge sobrevivente seja ascendente dos 
herdeiros com que ele concorre. Na situação numero I, a Maria é ascendente dos filhos do Caio? 
Sim! Então terei a preocupação com o quinhão mínimo. Então, dividindo a herança por cabeça eu 
chegaria ao quinhão mínimo de ¼. Aqui não preciso preocupar com quinhão mínimo porque aqui já 
está respeitado, ou seja, Maria não está recebendo menos que o mínimo que ela teria direito de 
receber. 
 
 
II- 
 
Helena Judith 
 
 
 Ana Bia Lia Ivo 
 
Nessa situação, Judith é o cônjuge sobrevivente, ascendente dos Herdeiros de Helena com quem ela 
concorre. Eu tenho então que me preocupar com o quinhão mínimo. Aqui tenho então 5 Herdeiros. 
Se eu dividir a herança por cabeça, chegarei a um resultado de 1/5 para cada herdeiro. Então pelo 
fato de 1/5 ser menos que ¼, Judite não poderá receber 1/5. Então, o que deve ser feito é, deixar ¼ 
de herança para Judite e dividir entre os filhos os outros ¾. Nesse caso divide-se ¾ por 4. 
1 1 3 
5 4 4 
 
3 4 3 ¾ dividido por 4 descendentes. 
4 1 16 
 
 
III- 
 
Carlo Jorge 
 
 
 Léo Théo Cléo Mel 
 
Nesta situação III, o Cônjuge sobrevivente não é ascendente dos herdeiros com quem ele concorre. 
Se ele não é ascendente, ele NÃO terá a proteção do quinhão mínimo. Ou seja, a herança será 
dividida 1/5 para cada por Cabeça. 
 
IV- 
 
 
 Joaquim Tereza 
 
 
 
Antônio Francisco Giorgina Ana Tereza Thomas Joaquim José 
 
 
 Nesta situação temos, 3 filhos somente de Joaquim e 4 filhos somente de Tereza. Como será 
resolvida esta situação? Aqui o legislador não previu esta possibilidade de a pessoa ter morrido e 
deixado filhos comuns com o cônjuge sobrevivente e outros filhos que eles tiveram com outra 
pessoa. Essa hipótese a doutrina começou a chamar de FILIAÇÃO HIBRIDA, ou seja, filhos 
exclusivos e filhos comuns ao mesmo tempo. Então existem 3 entendimentos: 
1º existe uma lacuna que precisa ser resolvido. O critério então seria: estamos tratando da primeira 
ordem de vocação hereditária, ou seja, é a sucessão dos descendentes. O cônjuge está, por um favor 
da lei, sendo chamado à sucessão para concorrer com os descendentes. De todo modo, não estamos 
tratando aqui da sucessão do cônjuge mas sim a sucessão dos descendentes, portanto, havendo 
duvida, devo solucioná-la com a interpretação que seja mais benéfica para os descendentes. Essa 
interpretação mais benéfica é de não aplicar o quinhão mínimo. 
2º Esse outro entendimento diz que realmente tem-se uma situação de lacuna e precisamos resolver 
a duvida. Porem, por interpretação sistemática a gente percebe que o código civil de 2002 
privilegiou a sucessão do cônjuge. O cônjuge foi o único dos sucessores legítimos que teve sua 
situação melhorada de um código para o outro. Todos os demais tiveram uma situação inalterada ou 
piorada. Então eles vão dizer: na duvida, a interpretação para seguir o espirito do código, deve ser a 
interpretação mais benéfica ao cônjuge, em detrimento dos descendentes. Essa interpretação seria 
então a atribuição do quinhão mínimo ao cônjuge. 
3º Entendimento: Seria criar uma fórmula matemática que permitaao cônjuge ao mesmo tempo ter 
seu direito que é o mínimo resguardado e não ter. Uma das formulas foi criada pelo professor 
Salomão, que diz: Em primeiro lugar eu devo dividir a herança por cabeça. Então por exemplo: 
Vamos trabalhar a herança de 800 mil reais. 
 Então, o primeiro passo seria dividir os 800 mil por cabeça. Como são 8 herdeiros, seria 
100 mil para cada. Segundo passo, é dividir os herdeiros em grupo dos descendentes exclusivos e 
grupos dos descendentes comuns com o seu ascendente. Então eu teria: Antônio, Francisco e 
Georgina em um grupo e ; o outro grupo teria a Tereza com os filhos dela. Terceiro passo seria 
dividir a herança entre os grupos, levando em conta as cabeças. Então temos 3 cabeças do grupo de 
Antônio e seus irmãos então seria 300 mil para este grupo; e para o outro grupo que tem 5 pessoas, 
sendo Tereza mais seus 4 filhos, então seria 500 mil para aquele grupo. E agora, dentro deste grupo 
eu tiro ¼ da herança do Cônjuge, o que daria neste caso 125 mil. Porque divide-se 500 mil por 4. 
E para os filhos dividiria 375 mil que é o restante, que daria 93.075,00. Essa terceiro entendimento 
há um obstaculo. Este raciocínio dá aos filhos entre si tratamento desigual. Eu posso dar tratamento 
desigual entre o cônjuge em comparação com os filhos, porém, os filhos do Joaquim são todos 
filhos igualmente do Joaquim. 
 Então, nesse caso do desenho numero IV, o regime de bens fosse o da comunhão parcial, o 
Joaquim tivesse patrimônio particular e houvesse um patrimônio comum, quantos cálculos 
diferentes eu teria que fazer para me precaver sobre o que poderia ocorrer na sucessão de 
Joaquim? 
Lembrando nas aulas anteriores poderíamos aplicar, numa primeira resposta seria: 
● Cônjuge não participa da sucessão( 1 Cálculo); 
● Pode ser que o cônjuge concorra. E ele concorra ai vou ter: 
2.1= Cônjuge concorre, porém só concorre no patrimônio particulares: 
2.1.1= Sem quinhão mínimo; 
2.1.2= Com quinhão mínimo; 3 Cálculos 
2.1.3= A fórmula matemática 
2.2= Cônjuge concorre, porém só concorre na Meação do Morto TOTAL 
2.2.1= Sem quinhão mínimo; DE 
2.2.2= Com quinhão mínimo; 3 Cálculos 10 CÁLCULOS 
2.2.3= A fórmula matemática 
2.3= Cônjuge concorre, porém concorre Em tudo 
2.3.1= Sem quinhão mínimo; 
2.3.2= Com quinhão mínimo; 3 Cálculos 
2.3.3= A fórmula matemática 
 
**Para a prova temos que saber todos os entendimentos**( Livro do Leone,Livro do Tartuce e do 
professor, está bem explicado esta parte dos entendimentos). 
***ver também os links que o professor compartilhou na página do facebook*** 
 O STF, em 2017 entendeu que é inconstitucional o artigo 1790 do cc com as regras da 
sucessão do companheiro e das regras previstas no artigo 1790. Porém isso não existe mais. Hoje 
então, o companheiro não passa mais pela situação de ter uma sucessão diversa daquele casado. 
 
 
 
 
Mas hoje, o companheiro sofre todos os problemas da sucessão do cônjuge. Escolher casar ou 
escolher uma união estável não será a solução para esses problemas. 
**FICAR ATENTO NESTE PONTO POIS PROFESSOR PODERÁ COBRAR NA PROVA 
RAVE**>> Curiosamente, havia dois recursos tramitando no STF, que tinha o mesmo objeto, ou 
seja, uma discussão da inconstitucionalidade do art.1790CC. O tribunal aceitou os 2 recursos e 
atribuiu repetição geral aos dois, e não uniu os dois recursos, porque um deles tratava de recurso de 
família homoafetiva e o outro de família heteroafetiva. O mais antigo era de família homoafetiva 
que provinha do TJRS. O mais recente, da família heteroafetiva, vinha do TJMG. Nos dois casos, os 
dois tribunais entendiam inconstitucional o artigo 1790. o relator designado pelo recurso do RS foi 
o Marco Aurélio. E o designado para o recurso do TJMG foi o Barroso. O Barroso então acabou 
andando mais rápido e no caso deste, do Barroso, que era o segundo recurso, foi a julgamento antes, 
dia 31/08/2016. O tribunal entendeu que tanto para família homo ou hétero, as normas deverão ser 
as mesmas. Isso então é pegadinha, porque, como foram dois recursos, eles geram dois acórdãos. O 
acordão do caso do Marco Aurélio foi concluído e publicado ainda no dia 11/09/2017. O do Barroso 
que foi o primeiro a começar a ser julgado e que foi aquele que eles mais debateram o assunto, esse 
só teve o acórdão publicado no dia 02/02/2018. Então se você tiver uma morte, naturalmente entre 
11/09/2017 e dia 02/02/2018, você teria que tomar cuidado, porque se você for olhar só o recurso do 
Barroso você vai entender que o acórdão não tinha sido publicado e portanto a tese de repetição 
geral que foi fixada ainda não era obrigatória. Ai então o juiz poderia ter decidido de maneira 
diversa, porque muito embora o juiz vá acompanhar o julgamento do STF, ele já começa a decidir, 
só que ele só estará obrigado a fazer depois da publicação do acórdão. 
 
 
Aula 7- 23/08/2018 
Conclusão da ordem de vocação hereditária 
 
 
César Clara Clóvis Branca Ivo Lea Tomás Bia 
 Jorge Tereza Hugo Celina 
 José Ana 
 
 Maria Helena 
 
 
 No gráfico acima, Maria morreu, deixando uma irmã viva que é colateral e vários 
ascendentes. Neste caso, a irmã Helena não é chamada à sucessão por direito próprio, porque os 
ascendentes tem preferência em relação aos colaterais. Mas maria deixou vários ascendentes, sendo 
eles pais, avós e bisavós. Então, a primeira regra que aplico pra resolver a sucessão dos ascendentes 
é a regra do grau mais próximo da qual exclui o grau mais remoto. Portanto, quem será chamado à 
sucessão são os pais. 
 Tem-se que tomar muito cuidado na sucessão dos ascendentes com direito de transmissão. 
Imagina que Ana, logo depois de suceder Maria, venha a falecer também. Sendo certo que, Ana 
herdou de Maria uma parte. Para quem então Ana transmitiria? Lembrando que Ana deixou seus 
pais vivos, sua filha Helena viva, e seu cônjuge José vivo. Helena então receberia uma parte da 
herança, mas também deve ser verificado o regime de bens entre José e Ana porque José poderá 
concorrer com Helena. 
 E se agora Ana tivesse morrido antes da Maria? Na sucessão dos ascendentes NÃO há 
direito de representação. Então, se Ana for premorta, não conta, sendo então que a herança iria toda 
para José. 
 Há uma outra regra na sucessão dos ascendentes que trata da DISTRIBUIÇÃO ou da 
DIVISÃO DA HERANÇA entre os ascendentes. Essa regra, determina que a herança para os 
ascendentes tem que ser dirigida por linha, considerando as famílias que acabaram convergindo pra 
ser chegar àquela pessoa. Em outras palavras, como chegaríamos à maria? Vindo da linha do José e 
vindo da linha da Ana. Essas são as duas linhas que nos levarão até a maria. O José seria a linha 
paterna e Ana seria a linha materna. 
 Em se tratando dos pais, a divisão por linha não faz diferença. Mas quando a sucessão for de 
avós ai a gente faz. Então não nos esqueçamos que termos que dividir por linha antes de dividir por 
cabeça. Então, por exemplo: Considerando que Ana, Helena e José são mortos e que também 
morreu Celina; então Maria morreu deixando ascendentes vivos sendo eles os avós e bisavós. Por 
obrigação da regra do grau serão chamados à sucessão os avós, excluindo os bisavós. Tem 3 avós: 
Jorge, Tereza e Hugo, como divido a herança entre eles? Eu tenho que tomar cuidado primeiro em 
dividir a herança por linhas, ai virá metade da herança para a linha paterna e metade da herança para 
a linha materna. 
 Na linha paterna eu tenho 2 avós, José e Tereza, então cada um ficaria com 25% da herança. 
Ai eles dividem por cabeça o que foi atribuído à linha deles. Na linha materna, só tem 1 avô, Hugo, 
então ele ficaria com os outros 50% da herança sozinho. Então, por conta da divisão por linhas,Hugo acaba ficando com o dobro do que ficou o Jorge. Isso pode acontecer por conta da divisão por 
linhas. 
 Temos agora um desafio, que veio em 2016. Trata-se de uma decisão do STF sobre o 
fenômeno da multiparentalidade. Ou seja, pessoa que foi adotada e depois fica sabendo que tem 
mais de uma mãe ou mais de um pai. Mas só um dos vínculos produziria efeitos jurídicos, ou seja, 
por exemplo, você tem direito à alimentos, então só vai pedir do pai adotivo. Acabou então, sendo 
discutido a questão da multiparentalidade e o STF teve que discutir se era ou não constitucional a 
cumulação dos vínculos de parentesco. O STF então decidiu que é sim constitucional a cumulação e 
que poderiam vir ter os efeitos jurídicos próprios. Então, depois dessa decisão não há limitação. 
Você pode ter dois pais e duas mães, 3 pais e duas mães, só 4 pais, e por ai vai. Todavia, há os casos 
em que pode ocorrer essa multiparentalidade através das correntes. 
1º corrente diz: Toda vez que você souber quem são os pais, há multiparentalidade; 
2º corrente diz: só vai haver configuração da multiparentalidade quando de fato a pessoa tiver mais 
de um vinculo de parentesco. 
 O perigo da primeira corrente é que se os pais dão o filho para adoção e depois de algum 
tempo o filho vem a descobrir a identidade dos pais biológicos, será que deveria produzir efeitos? 
Mesmo contra a vontade dos pais biológicos? Aqui os pais tem esse direito. 
 E, adotando a segunda corrente os pais biológicos poderiam estabelecer um vinculo com o 
filho que foi adotado. Se de fato, configurar o vinculo, ai tem que haver a multiparentalidade. Mas 
se não houver a configuração do vinculo, o professor não entende que haverá configuração de 
multiparentalidade, mas não temos resposta pra isso. 
 O importante dessa aula é fazer a divisão por linhas em relação a multiparentalidade. Então, 
imaginemos que: Maria é filha biológica de José e Ana, e que depois de uns tempos se divorciaram, 
e Ana acabou se relacionando com Bruna. Então, estas acabam constituindo um vinculo de 
parentesco sócio-afetivo. Ai hoje, Maria poderá pleitear a declaração de multiparentalidade por 
agora não ter somente dois pais, mas sim 3, sendo duas mães e 1 pai. 
 A divisão por linha no caso de multiparentalidade seria: Contar quantos ascendentes há no 
primeiro grau, ai viria com uma linha , contagem feita por linha. Há autores que acham que deve ser 
contadas por gêneros, sendo uma linha materna e outra paterna( Nada a ver)! 
 Falta agora acrescentar o cônjuge na sucessão dos ascendentes, porque o cônjuge 
sobrevivente sempre herda com os ascendentes, independentemente dos regimes de bens, desde que, 
pra isso, ele tenha capacidade, ou seja, que ele não seja divorciado nem separado judicialmente, 
nem separado de fato há mais de 2 anos. Então, por exemplo: Maria casou-se com Caio. Se Maria 
deixou vivo os ascendentes e cônjuge, este herdará alguma coisa. Como se divide a herança entre o 
cônjuge e os ascendentes? Essa divisão consta no artigo 1837 CC. Se por exemplo, Maria morre e 
deixa vivos José e Ana, quanto ficaria ? 1/3 para cada! 
 E quando o cônjuge concorrer com ascendentes em grau maior que o primeiro? Ou seja, 
José e Ana já estão mortos, vão ser chamados à sucessão os avós. Ai quanto que o cônjuge recebe? 
Com a Celina morta seriam 3 ascendentes mais o cônjuge. Ai observamos que a regra da parte final 
do texto que diz: caber-lhe-à metade da herança se houver um ascendente ou se maior for aquele 
grau, ou seja, se o grau for maior que o primeiro o cônjuge tem quinhão fixo de 50%, não importa 
quantos forem os ascendentes. Então será chamado à sucessão dos avós de Maria, o Caio que é 
cônjuge sobrevivente receberá metade. Ai, para fazer a divisão entre os ascendentes temos que 
tomar cuidado, porque vai metade só para os ascendentes só que tenho que lembrar que na sucessão 
dos ascendentes dividimos primeiro por linha para depois dividir por cabeça. Então 50% que vão 
para os ascendentes serão divididos 25% pra linha materna e 25% para a linha paterna. Na linha 
paterna temos 2 avós, cada um então receberá metade, sendo 12,5%. Na linha materna só tenho um 
avô, então ele ficará com 25% daquela linha, herdando ¼ da herança. 
 O que pode complicar a sucessão dos ascendentes seria o problema da multiparentalidade. 
(Ler acórdão da multiparentalidade). Felicidade não é um bem jurídico, mas se referir à busca da 
felicidade pode ser um bem jurídico. 
 A sucessão dos Colaterais: (a partir da pagina 1174 do Livro do professor consta esta parte 
matéria. Estudar por ele pois perdi a aula). 
 
 
Aula 8- 30/08/2018 
Exclusão do herdeiro indigno 
 
 Diz respeito ao tipo de conduta que o herdeiro venha a praticar. Cria a possibilidade de ele 
deixar de suceder pela praticas de condutas que são consideradas graves. Essas condutas 
tradicionalmente o direito civil considera INDIGNIDADE DO HERDEIRO. 
 Hipóteses previstas no código civil de condutas configuradoras do herdeiro. Mas antes de 
falarmos da conduta é importante deixar algumas premissas: 
1º a indignidade ocorre pela prática da conduta automaticamente, mas, a indignidade por si só não 
altera a situação do herdeiro. A dignidade fundamenta a exclusão. Em outras palavras, a indignidade 
ocorre automaticamente e a exclusão só ocorre em virtude de decisão judicial. Não basta que o 
herdeiro seja indigno para que ele perca a herança. É necessária uma decisão judicial para que ele 
venha a ser excluído. Essa exclusão é uma ação própria, não vindo junto aos autos do inventário. 
Não precisa ser julgado no mesmo juiz. Se o inventário já estiver em curso, será julgado no mesmo 
juízo. Não necessariamente será pelo mesmo juiz. 
 As condutas estão previstas no artigo 1814 do cc. O inciso I trata da conduta mais grave, ou 
seja, Homicídio. 
 Há necessidade de sentença penal condenatória transitada em julgado par que possamos 
pensar na indignidade? Os autores entendem que não. O professor já entende que sim. 
 Além da hipótese do homicidio, há somente outra hipótese de crime, na verdade é mais 
abrangente que é a dos crimes contra honra. O Inciso II trata-se dos crimes contra a honra. 
EX: você entrou numa treta grave com Lolita do seu pai pelo whatsapp, xingou ela de tudo quanto é 
nome, configurou-se injuria, ela faz print de tudo, depois que seu pai morre ela pleiteia sua 
exclusão . O próprio pai não pode excluir o filho, mas sim deserdá-lo. A terceira hipótese trata 
sobre a liberdade de testar contra o autor da herança, como por exemplo: você encontrou um 
testamento do seu pai na gaveta e pensou em jogar fora por verificar que não era um testamento que 
beneficiava você. Isso configura ato atentatório à liberdade de testar. Ou, sua vó velhinha, chama 
você pra ir no cartório com ela para fazer um testamento pois ela acha que irá morrer e ai você 
então fala vamos deixar para semana que vem, vamos deixar para semana que vem, até que ela 
venha a falecer. 
 Para que venha a decisão judicial da exclusão da herança, é necessária o ajuizamento da 
ação. Quem pode ajuizar a ação seria: um outro herdeiro, ou seja, alguém que tenha interesse. No 
caso da Suzana Richtoffer, vamos imaginar que a família dela fosse só ela, os pais e o irmão. Se ela 
tivesse matado o irmão também, ela garantiria o recebimento das 3 heranças, ou seja, do pai, da mãe 
e do irmão, pelo fato de não haver legitimados para ajuizar a ação de Erepção. . 
 Art. 1815, paragrafo 1º e 2º, veio uma mudança em dezembro 2017. Ficar atentos pois 
pode cobrar em prova. Agora o MP pode pleitear, antes não podia. (25:25 minutos) ESTA AULA 
NÃO TERMINEI TODA. PEGAR DO BLOG DO LUCIO. 
 
 
AULAS DEPOIS DA 1ª PROVA 
 
11/09/2018 
 
HERANÇA JACENTE 
 
 Consiste na herançada pessoa que faleceu e não possui herdeiros vivos ou conhecidos 
(herança jacente), que passará à titularidade do município ao final do procedimento (transformando-
se em vacante). Nesse sentido, existe procedimento previsto de arrecadação,com vistas a evitar a 
perda, deterioração ou ocupação (bens móveis). 
Dispõe, inicialmente, o art. 1819 do CC:(LEIA). 
 Prescreve o art. 738 do NCPC uma exceção ao Princípio Dispositivo, por meio do qual o 
juiz pode instaurar de ofício a arrecadação dos bens ao tiver conhecimento do aspecto jacente da 
herança, o que na prática, é quase impossível, remetendo o novo diploma a um arcaismo:(LEIA) 
 A herança jacente é considerada um ente despersonalizado, dotada de personalidade 
judiciária. Praticadas as diligências e efetuado o inventário, ela poderá ser declarada vacante, nos 
moldes delineados no art. 1.820 do CC. 
 Cumpre destacar que a declaração de vacância não prejudica os herdeiros que se habilitarem 
em até 5 anos da abertura da sucessão. Após esta declaração, que pode ocorrer em grau variável 
dentro esses 5 anos, somente os herdeiros necessários podem se habilitar. Logo, os colaterais 
somente podem se habilitar até a declaração da vacância. Dispõe, nesse contexto, o art. 1822 do 
CC, P único. 
 O bem da herança vacante se torna bem público dominical após 5 anos da abertura da 
sucessão. Se o prazo de usucapião de particular ocorrer antes deste surgimento de direito, o bem é 
usucapível pelo particular, segundo jurisprudência do STJ. 
São, ainda, outras determinações legais: art. 1823 CC. 
• Nesse caso, dispensa-se a espera dos 5 anos da abertura da sucessão para a 
declaração da herança como vacante. 
 
 
Sucessão testamentária 
Noção de Testamento e elementos básicos: 
O testamento é um negócio jurídico unilateral por meio do qual um sujeito faz disposições de última 
vontade que terão eficácia depois de sua morte. Estão, portanto, explícitos seus 
elementos/caracteristicas básicos: 
• Negócio jurídico: Consiste na maior ou menor margem para a determinação, via 
manifestação de vontade, para a determinação dos efeitos buscados pelo ato. 
• É unilateral: Aperfeiçoa-se com apenas uma manifestação de vontade. Mais do que isso, ele 
só admite uma manifestação de vontade, sob pena de nulidade do ato. 
• A doação seria contrato, isto é, negócio jurídico bilateral, na medida em que concorrem duas 
ou mais manifestações de vontade. 
• É negócio jurídico causa mortis, só produzindo efeitos depois da morte do testador. São 
disposições de última vontade do testador com eficácia após a sua morte. Ex: é um negócio que 
pode até ser válido se concretizado os requisitos de validade, mas será sempre ineficaz enquanto o 
testador tiver vivo. 
• É um negócio jurídico solene 
 
Há, entretanto, outras características implícitas: 
• O testamento é ato personalíssimo, só podendo ser praticado pelo próprio sujeito. Não 
admite representação. O testamento é mais complexo que o casamento. 
• Ele é revogável e regulável/alterável a qualquer tempo, visto que é ato de disposição da 
última vontade. 
Aduz o art. 1858 do CC:(LEIA). 
• Consiste em ato extremamente solene. Além de delimitar as formas válidas, o legislador 
determinou as que não serão. As solenidades possuem como objetivo a garantia de segurança ao juiz, 
para que não existam dúvidas sobre a manifestação de vontade do juiz. 
 
Liberdade de testar 
O testamento ainda que solene, não tem uma única forma. Ele tem 9 formas previstas no código 
civil, que na verdade são 11, porém o código acha que são 9. 
 Forma prescrita em lei é a forma que a lei determina. As formas defesas em lei, por sua vez, 
são formas que o código proíbe Art. 1863 CC. 
 Duas formas excepcionais que se destacam das 9: 
• Específica para pessoas militares ou outras que estejam a serviço das forças armadas, 
quando o país estão em guerra e essas pessoas são feridas. Elas podem testar oralmente perante duas 
testemunhas. Além desses requisitos de validade, o código prevê requisito de eficácia, ou seja, que a 
pessoa não convalesça do ferimento, caso ocorra convalescença o testamento é ineficaz. Esse 
testamento é conhecido como sinônimo de oral= testamento nuncupativo. Essa é a única forma oral. 
• Outra forma, é a que dispensa as testemunhas. Foi criado naquela hipótese que a pessoa quer 
fazer testamento mas não tem contato com nenhuma testemunha. Testamento chamado de: 
testamento emergencial ou testamento ológrafo( feito de próprio punho e sem testemunhas). 
 
FORMAS DE TESTAMENTO 
Vamos tratar aqui das 6 formas, e mais para frente trataremos das outras 3 formas proibidas. Dessas 
6, as 3 primeiras são chamadas de forma ordinárias. 
 
18/09/2018 
Formas ordinárias: art. 1862 CC 
São aquelas que servem no dia a dias, sendo, testamento publico, testamento cerrado e testamento 
particular. 
ESSE ASSUNTO SEMPRE É COBRADO NA PROVA. 
I - Testamento público 
Consiste no testamento elaborado em cartório, especialmente no Tabelionato de Notas. 
 Sua principal vantagem é a segurança que lhe é conferida, na medida em que o testamento 
fica guardado no cartório, com o testador, além do fato de que o tabelião fica responsável pelo 
controle da validade formal do testamento (o que não exclui de conteúdo, como as disposições 
testamentárias para a concumbina).É seguro também porque fica no livro de notas do tabelião. 
Então, caso você perca a sua via, você pode ir ao cartório e pegar uma cópia. 
 o nome da primeira cópia realizada no cartório de notas chama-se TRASLADO. A próxima 
cópia chama CERTIDÃO. 
 Suas desvantagens são o custo para o pagamento dos emolumentos e a falta de sigilo, 
existindo autores argumentando que qualquer pessoa poderia requerer certidão elaborada pelo 
testador. Lembrando que o testamento sigiloso é aquele cerrado, costurado pelo tabelião. 
• São requisitos essenciais do testamento público: (Art. 1864cc) 
I –ser escrito por tabelião ou por seu substituto legal em seu livro de notas, de acordo com as 
declarações do testador, podendo este servir-se de minuta, notas ou apontamentos; 
• Somente pode ser escrito pelo tabelião ou por seu substituto legal, não por meros 
funcionários do cartório. 
II –lavrado o instrumento, ser lido em voz alta pelo tabelião ao testador e a duas testemunhas, a um 
só tempo; ou pelo testador, se o quiser, na presença destas e do oficial; 
• O tabelião não pode influir de nenhum modo no conteúdo no testamento ou do modo 
eventualmente rústico ditado, nem se manifestar sobre a existência de vício, pois o ato é 
personalíssimo e de direito privado. O máximo que pode fazer é solicitar que as palavras sejam 
requisitadas. 
• A exigência de leitura em voz alta, pelo tabelião ou testador, às testemunhas, ao testador e/ao 
oficial, a um só tempo, garante a inexistência de alteração do conteúdo do testamento. 
III –ser o instrumento, em seguida à leitura, assinado pelo testador, pelas testemunhas e pelo 
tabelião. 
Parágrafo único.O testamento público pode ser escrito manualmente ou mecanicamente, bem 
como ser feito pela inserção da declaração de vontade em partes impressas de livro de notas, desde 
que rubricadas todas as páginas pelo testador, se mais de uma. 
• Atualmente pode ser utilizado meios informatizados para a elaboração do testamento. 
Art. 1.865. Se o testador não souber, ou não puder assinar, o tabelião ou seu substituto legal assim o 
declarará, assinando, neste caso, pelo testador, e, a seu rogo, uma das testemunhas instrumentárias. 
• A assinatura a pedido, feita pelo tabelião ou seu substituto legal, supre a assinatura, a qual, 
caso não realizada, transforma o testamento existente. 
Art. 1.866. O indivíduo inteiramente surdo, sabendo ler, lerá o seu testamento, e, se não o souber,designará quem o leia em seu lugar, presentes as testemunhas. 
• A doutrina, infelizmente, entende não ser possível a realização de testamento pelo murdo ou 
pelo surdo-mudo, o que atualmente é superável em razão da existência de intérprete da linguagem 
dos sinais. 
Art. 1.867.Ao cego só se permite o testamento público, que lhe será lido, em voz alta, duas vezes, 
uma pelo tabelião ou por seu substituto legal, e a outra por uma das testemunhas, designada pelo 
testador, fazendo-se de tudo circunstanciada menção no testamento. 
• Essa exigência de só realização de testamento público pelo cego também seria ultrapassada, 
na medida em que se existe o método braile. 
A leitura realizada tanto pelo tabelião quanto pela testemunha indicada pelo testador evita eventuais 
fraudes. 
• Explicitou o professor que o número mínimo de testemunhas exigidas para o testamento 
público é de 2, assim como no cerrado. 
 
Testamento cerrado, secreto ou místico 
É elaborado pelo próprio testador, levado a cartório para ser lacrado pelo tabelião, conferindo 
também publicidade sobre a existência do casamento. Seu conteúdo, todavia, é sigiloso. 
Sua principal vantagem, que é lhe é exclusiva, é a possibilidade de sigilo do testamento, aliada à 
publicidade sobre a sua existência. 
Suas desvantagens é a sua maior solenidade, o que o torna mais suscetível de riscos quanto à 
validade, aliado ao custo, eis que, muito embora seja elaborado particularmente, ele deve ser levado 
a registro em cartório, pelo que deverão ser pagos emolumentos. 
Dentro do testamento, há a cédula testamentária, que é elaborada pelo testador ou por outra pessoa, 
a seu rogo, constando expressamente a sua menção, e o auto de aprovação. 
Art. 1.868. O testamento escrito pelo testador, ou por outra pessoa, a seu rogo, e por aquele 
assinado, será válido se aprovado pelo tabelião ou seu substituto legal, observadas as seguintes 
formalidades: 
I – que o testador o entregue ao tabelião em presença de duas testemunhas; 
II – que o testador declare que aquele é o seu testamento e quer que seja aprovado; 
• Seria uma declaração do próprio testador. Esta poderia até ser escrita 
III – que o tabelião lavre, desde logo, o auto de aprovação, na presença de duas testemunhas, e o 
leia, em seguida, ao testador e testemunhas; 
• É, a partir daí, que surge a lavratura do auto, que deve ser assinado pelo testador, pelas 
testemunhas e pelo tabelião. 
IV – que o auto de aprovação seja assinado pelo tabelião, pelas testemunhas e pelo testador. 
• Entende a jurisprudência que a cédula testamentária deve ser necessariamente assinada, ao 
passo que a do auto de aprovação seria sanável, por este ser feito em cartório. Nesse caso, a 
presença do tabelião e das testemunhas seria suprível. 
• A cédula testamentária geralmente vêm dobrada, o que garantiria seu sigilo. 
 
 
 
Testamento particular( art. 1876 cc) 
Sua vantagem é de ser o mais simples de todos, e outra vantagem é de não ter custo, porque é feito 
pela própria pessoa. Mas continua sendo solene. 
 Ele é muito arriscado porque a maioria das pessoas não sabem fazer. O testamento particular 
para ser valido, tem que ser lido pelo testador em voz alta para no mínimo 3 testemunhas, que 
depois da leitura tem que assinar. Se o testamento não for feita leitura em voz alta, torna-se o 
testamento NULO. O recomendável e mais seguro é fazer testamento particular com advogado, mas 
para isso terá custo. 
 
Formas Especiais 
Dispõem os arts. 1886 e 1887 do CC: 
 São formas usadas nas circunstancias previstas pelo código. Elas são diferentes das 
excepcionais porque não são tão especificas. 
 I- testamento marítimo: serve para a pessoa que está a bordo de um navio brasileiro. Durante 
uma viagem, o navio não pode estar atracado no porto. Pode até estar parado no centro. 
 Como no navio não tem cartório, o comandante do navio fará as vezes de tabelião. O 
testamento marítimo só pode ser feito dentro de navio brasileiro. 
 Não confunda testamento especiais com o testamento para as forças armadas. Testamento 
marítimo não é para quem é da marinha, e o aeronáutico não é para quem é da aeronáutica. 
 II- Testamento aeronáutico: foi criada para aqueles que, estando a bordo de uma aeronave, 
podendo ser brasileira ou estrangeira, quer fazer um testamento publico ou cerrado e não pode 
porque não tem cartório de notas dentro do avião. Neste caso, o código manda o comandante fazer 
as vezes do tabelião, mas pelo fato dele estar ocupado pilotando a aeronave, o comandante vai 
designar alguém que cumprirá o papel por ele. 
 O testamento aeronáutico exige duas testemunhas. Só que tem que ter alguém que vai fazer 
as vezes do tabelião e mais o testador. Então tem-se que ter no mínimo 4 pessoas que falam a 
mesma língua. 
 Art. 1.889. Quem estiver em viagem, a bordo de aeronave militar ou comercial, pode testar 
perante pessoa designada pelo comandante, observado o disposto no artigo antecedente. 
• Nesse contexto, o comandante designará alguém que o elaborará. Não há a determinação da 
pessoa designada, se ela é da tripulação ou não. Deve ocorrer, contudo, necessariamente o acesso ao 
diário de bordo. 
• Não há a exigência da aeronave ser nacional ou não. 
 
 III- Testamento militar: 
Art. 1.893. O testamento dos militares e demais pessoas a serviço das Forças Armadas em 
campanha, dentro do País ou fora dele, assim como em praça sitiada, ou que esteja de 
comunicações interrompidas, poderá fazer-se, não havendo tabelião ou seu substituto legal, ante 
duas, ou três testemunhas, se o testador não puder, ou não souber assinar, caso em que assinará 
por ele uma delas. 
• Só é posto à disposição quando os militares e demais pessoas a serviços das Forças Amadas, 
em campanha, dentro do País ou fora dele, ou em praça sitiada. 
• Não pode existir, também, tabelião ou seu substituto legais. Neste caso, deverá ocorrer 
perante 2 testemunhas ou 3, se o testador não souber ou puder assinar, caso em que assinará por ele 
uma delas. 
 
§ 1.ºSe o testador pertencer a corpo ou seção de corpo destacado, o testamento será escrito pelo 
respectivo comandante, ainda que de graduação ou posto inferior. 
§ 2.ºSe o testador estiver em tratamento em hospital, o testamento será escrito pelo respectivo 
oficial de saúde, ou pelo diretor do estabelecimento. 
§ 3.ºSe o testador for o oficial mais graduado, o testamento será escrito por aquele que o substituir. 
Art. 1.894.Se o testador souber escrever, poderá fazer o testamento de seu punho, contanto que o 
date e assine por extenso, e o apresente aberto ou cerrado, na presença de duas testemunhas ao 
auditor, ou ao oficial de patente, que lhe faça as vezes neste mister. 
• Dá a entender que não possa ser celebrado testamento particular, não sendo este preferível. 
 
Parágrafo único. O auditor, ou o oficial a quem o testamento se apresente notará, em qualquer 
parte dele, lugar, dia, mês e ano, em que lhe for apresentado, nota esta que será assinada por ele e 
pelas testemunhas. 
Art. 1.895. Caduca o testamento militar, desde que, depois dele, o testador esteja, noventa dias 
seguidos, em lugar onde possa testar na forma ordinária, salvo se esse testamento apresentar as 
solenidades prescritas no parágrafo único do artigo antecedente. 
• O prazo é o mesmo de 90 de dias, dependendo do prazo ininterrupto de noventa dias. Ele 
não caducará, entretanto, na hipótese do final do parágrafo único do art. 1894 do CC. 
Art. 1.896. As pessoas designadas no art. 1.893, estando empenhadas em combate, ou feridas, 
podem testar oralmente, confiando a sua última vontade a duas testemunhas. 
• Seria a exceção a todos os testamentos, consagrada como testamento nuncupativo (ou oral). 
Criticado por ser extensível a todas as modalidadesde testamento antes da vigência do CC/02, este 
o limitou, restringindo-o aos militares empenhados em combate ou feridos, eis que seria, 
anteriormente, um “romanismo perigoso”. 
• O CC/2002 pecou ao não estabelecer procedimento, o que, na prática, não traz prejuízos em 
decorrência da nenhuma usualidade na sua caracterização. 
Parágrafo único. Não terá efeito o testamento se o testador não morrer na guerra ou convalescer do 
ferimento. 
 
Formas proibidas do testamento ( art. 1863cc) 
 Também chamadas de formas conjuntivas. Chama-se forma conjuntiva porque são formas de 
testamento em que não há a manifestação de vontade de um único sujeito. São testamentos feitos 
conjuntamente por mais de 1 pessoa. É proibido pelo fato de desvirtuar a lógica testamentária. É 
bilateral e não personalíssimo, também dependendo de duas manifestações de vontades para se 
aperfeiçoar. 
 O testamento conjuntivo tem 3 formas: 
• Simultâneo: é aquele em que duas pessoas ou mais, fazem um único testamento em que elas 
escolhem beneficiar um terceiro. EX: marido e a mulher fazem um testamento beneficiando um 
amigo. Esse testamento é proibido, sendo nulo. Se for a mulher fazer um testamento beneficiando 
uma pessoa, e o marido faça um outro testamento beneficiando a mesma pessoa ai é valido. 
• Recíprocos: é o mais comum. Neste, as duas pessoas nomeiam a outra como sua herdeira. 
Então por exemplo: marido faz testamento dizendo se eu morrer antes, a minha mulher é minha 
herdeira. Naquele mesmo testamento a mulher diz se ela morrer antes, o marido herda. Um e 
herdeiro do outro. 
• Correspectivos: é muito parecido com o reciproco. A diferença é que ao invés de um ser 
herdeiro do outro de maneira genérica, você faz disposições uma por conta da outra. Ex: imagine 
que caio tem uma casa, e a maria é doida com a casa do caio, ai caio fala: te dar casa não vou, só 
vou vender, mas se eu morrer você pode ficar com a casa. Então farei um testamento para te 
beneficiar. Mas, eu gosto muito da sua fazenda, e pra eu fazer um testamento deixando pra você a 
casa, eu quero que você faça um testamento me deixando a fazenda. Na hora de caio e maria se 
despedirem, nada impede que um dos dois revogue o testamento que fizerem. Então, a ideia do 
testamento correspectivo é de ser um testamento só, especificando as duas vontade, tanto de caio 
quanto de maria. Esse testamento é proibido hoje em dia. 
 
 
20/09/2018 
 
CODICILO 
 
 O código civil optou por não considerar o codicilo uma forma de testamento. O codicilo é 
um negocio jurídico separado, autônomo, muito embora parecido com o testamento. O codicilo é 
um escrito particular da pessoa, datado e assinado por ela, sem testemunhas. Ele é bem simples. Por 
ser tao simples, só serve para alguns fins específicos. O codicilo então prende o conteúdo. No artigo 
1881CC vamos encontrar 3 codicilos. 
I- Disposições sobre o enterro; 
• É válido salientar que as despesas de funeral são descontadas do patrimônio do morto. 
II- Disposições sobre esmolas de pouca monta a certas e determinadas pessoas, ou, 
indeterminadamente, aos pobres de certo lugar; 
• Ex: Deixo 10 reais para Diogo, 10 para a Barbara 
III- Disposições sobre móveis, roupas ou joias, de pouco valor, de seu uso pessoal; 
• Dependerá do valor do patrimonio para saber se o valor da smola é baixo ou alto. Porque 
para quem tem um patrimônio de 2 bilhoes de reais, e deixar 200 mil de esmola é valido. 
 
Artigo 1881 cc: 
• O CC exige a disposição mediante escrito particular e não oralmente, o que não vale como 
codicilo. 
• Dispensa testemunhas, devendo ser escrito pelo testador, mas não de próprio punho. 
• Há discussão acerca do “pouco valor”. Evidenciou o professor um julgado que considerou 
valor de 300 mil reais como pouco, quando considerado o patrimônio total. 
 
Art. 1.883.Pelo modo estabelecido no art. 1.881, poder-se-ão nomear ou substituir testamenteiros. 
Art. 1.884.Os atos previstos nos artigos antecedentes revogam-se por atos iguais, e consideram-se 
revogados, se, havendo testamento posterior, de qualquer natureza, este os não confirmar ou 
modificar. 
Art. 1.885.Se estiver fechado o codicilo, abrir-se-á do mesmo modo que o testamento cerrado. 
• Pode ser realizado codicilo cerrado, sendo adotado o mesmo procedimento do cerrado. Ou 
seja, tem que ser aberto igual o testamento cerrado. 
• O codicilo pode ser costurado ou , colado, não precisa aprovação do tabelião. 
 
Em codicilo não se pode revogar testamento. Mas pode-se em testamento revogar codicilo. O 
código ainda diz que se depois do codicilo, for feito um testamento, o codicilo se considera 
revogado. A não ser que você ratifique o codicilo em seu testamento. Então como a pessoa fez o 
testamento depois, o ideal é que traga para o testamento o conteúdo do codicilo. 
 
CAPACIDADE TESTAMENTÁRIA 
 
Existem as chamadas capacidades testamentárias ativa e a capacidade testamentária passiva. 
Ativa, diz respeito àquelas pessoas que podem fazer testamento. A passiva diz respeito às pessoas 
que podem receber por testamento. 
 
Capacidade testamentária ativa: 
 As regras de capacidade ativa costumam se basear em idades, sendo critério etário. Sendo a 
idade mínima de 16 anos. Não há então, necessidade de autorização, e não há necessidade de 
assistência, por ser um ato personalíssimo. Nem pai nem mãe tem que ficar dando pitaco. Se a 
pessoa com 16 anos quer fazer testamento, ela pode, inclusive para não deixar para os próprios pais 
se a pessoa não quiser. 
 Os incapazes por sua vez, seria os menores de 16 anos. ( art. 4º CC) 
Art. 1.860. Além dos incapazes, não podem testar os que, no ato de fazê-lo, não tiverem pleno 
discernimento. 
Parágrafo único. Podem testar os maiores de dezesseis anos. 
Explicitou-se, inicialmente, a chamada incapacidade de fato, que veda a prática, per si, de atos com 
repercussão jurídica. A regra seria estatuída pelo parágrafo único do dispositivo acima, isto é, para 
os maiores de 16 anos. Nesse sentido, a capacidade de testar e a capacidade de casar não se 
confundem com a capacidade de fato, na medida em que a capacidade de testar dos maiores dos 16 
anos independe de assistente, assim como os menores de 16 anos não podem testar, mesmo com 
assistente. Assim, segundo o professor, em argumento de sua dissertação de doutorado, na prática a 
capacidade de testar seria sui generis. 
Já a impossibilidade determinada no caput do art. 1860 dos incapazes são as hipóteses previstas nos 
arts. 3º e 4º do CC, os quais foram significativamente alterados pelo Estatuto da Pessoa com 
Deficiência. 
Este, que tinha sua parte final discutida em dispositivo, passou a ser claro com o estatuto, que 
retirou a expressão“os que, por enfermidade ou deficiência mental, não tiverem o necessário 
discernimento para a prática desses atos”como causa de incapacidade absoluta. Dessa forma, a 
capacidade de testar exige, além da incapacidade absoluta atual, o pleno discernimento dos atos. 
 
 Importante>>> É possível que haja uma capacidade momentânea e especifica, e que é causa 
de nulidade do ato. Se você vai para uma festa e bebe demais, e encontra seu amigo, e fala que vai 
dar seu carro a ele, essa doação é VÁLIDA. E se ele empolga e entrega a chave? Ai vale também. E 
para ele recuperar somente com uma doação de volta, pois não existe arrependimento. 
 A embriaguez não torna a pessoa incapaz. Porem torna incapaz da pessoa fazer testamento. 
Então, se um bêbado fizer testamento, esse testamento será NULO. 
 
Capacidade testamentaria passiva: 
 
 Capacidade sucessória serve tanto para capacidade legitima quanto para capacidade 
testamentaria. O artigo 1798 cc, considera legitimados ou capazes de suceder as pessoas nascidas, 
ou tambémas pessoas já concebidas no tempo da sucessão. O que confirma a regra do artigo 2º do 
cc, que põe a salvo desde a concepção os direitos do nascituro. 
 Em se tratando da sucessão testamentária, vem regras especificadas no art. 1799CC. 
Inciso I- aqui não é o embrião porque já é nascituro; ele não é nascituro porque o nascituro já foi 
concebido. É alguém que sequer foi concebido. Esse não ente é chamado de CONCEPTURO. 
 No artigo 1800 CC, estabelece que aberta a sucessão, se o concepturo ainda não tiver sido 
concebido, terá um prazo de 2 anos dentro do qual pode haver a concepção. Então juntando o prazo 
daria 2 anos e 9meses(período da gestação). Nesse período quem é o proprietário pela herança, na 
visão do professor, continua sendo o concepturo, já que o artigo 1799 já diz tudo. 
 Passados os 2 anos e não tiver havido substitutos, o testador poderá especificar no 
testamento. E na falta de disposição testamentária, sucede o herdeiro legitimo. 
 O direito do concepturo é um direito sujeito à condição, chamada condição de nascer com 
vida. Essa condição é resolutiva, porque ele já herdou. Se ele não nascer com vida , ai perde, pois 
considera-se que ele nunca herdou. 
 Agora, as II- PESSOAS JURÍDICAS, que não herdam a sucessão legitima mas herda na 
sucessão testamentária. 
 Posso deixar herança pra Mílton Campos? NÃO! O certo é deixar herança para o CEFOS. 
 Posso deixar herança para a UFMG? NÃO! Mas sim para Universidade federal de minas 
gerais. 
 
III –as pessoas jurídicas, cuja organização for determinada pelo testador sob a forma de fundação. 
 
25/09/2018 
 
Disposições testamentárias 
 
O artigo 1802 cc, enumera as pessoas que não tem capacidade testamentaria passiva. Significa dizer 
que essas pessoas não podem ser instituídas herdeiras nem legatárias por testamento. 
 
I –a pessoa que, a rogo, escreveu o testamento, nem o seu cônjuge ou companheiro, ou os seus 
ascendentes e irmãos; 
• Aqui os descendentes e colaterais poderiam. 
II - As testemunhas do testador; 
• dizer que a testemunha não pode ser herdeira nem legatária é o mesmo que dizer que o 
herdeiro nem legatário não pode ser testemunha? 
Testamento Publico 
 
• Caio 
• Maria 
• Jorge 
 
___________ 
Testador 
 
___________ 
Tabelião 
 
 Caio Helena 
Testemunha Testemunha 
 
 
O código diz que, não pode ser herdeiro nem legatário quem for testemunha. Logo, caio não pode 
ser herdeiro. Isso porque se tirasse Caio como testemunha, o testamento seria todo prejudicado, 
sofrendo Maria e Jorge com o prejuízo. 
 
Inciso III- o concubino do testador casado, salvo se este, sem culpa sua, estiver separado de fato 
do cônjuge há mais de cinco anos; 
• Nem para o filho da concubina pode. 
IV –o tabelião, civil ou militar, ou o comandante ou escrivão, perante quem se fizer, assim como o 
que fizer ou aprovar o testamento. 
 
DISPOSIÇÕES TESTAMENTÁRIAS 
Conteúdo do testamento 
 
O cód estabelece no artigo 1897. (leia) 
Pura e simples significa não ter elementos acidentais. Ou seja, os alimentos acidentais são termo, 
condição ou encargo. 
 
 Exemplo de disposição testamentaria sobre condição: deixo 10% da minha herança para o 
meu irmão se até a idade dos 40 anos meu irmão tiver casado e tido filhos. 
 
 No Brasil não pode ser deixada herança para cachorro. Porém, pode-se deixar a herança para 
determinados fins, ex: deixo minha herança para Maria para que ela cuide de meus cachorros. Se na 
morte do ultimo cachorro ainda houver herança fica então a maria obrigada a comprar mais 
cachorros. Se ainda morrerem os cachorros e sobrar herança, fica a maria obrigada a comprar mais 
cachorros. Se Maria não quiser, ela pode renunciar a herança. Se o testador não tiver colocado no 
testamento em caso de renuncia, a herança irá para o herdeiro legítimo. 
 No caso, Maria, herdeira, caso aceite, esta terá que comprovar que gastou com os cachorros 
no final de cada mês com os comprovantes dos gastos do interesse do cachorro. 
 
Modo é sinônimo de encargo: ex: deixo para Helena um terreno e exijo que nesse terreno Helena 
construa uma praça. Temos aqui então uma praça. Antes de cumprir o encargo, acontece com a 
Helena? O encargo, diz o art. 136 CC, não suspende nem a aquisição nem o exercício do direito, a 
não ser quando ele for posto como condição suspensiva. Ex: doo para Maria um terreno, contanto 
que Maria construa nele uma praça(…) ai transformei aqui o encargo em em uma condição 
suspensiva. Mas se for: E quero que Maria construa uma praça, trata-se de encargo puro. Ai o 
testamenteiro pode ir a juízo e exigir o cumprimento do encargo, mas ela não vai perder o terreno 
por ter descumprido o encargo. 
 
Também pode ser feita a disposição por certo motivo. Posso fazer por ex: deixo 10 mil reais para o 
aluno fulano porque passou com 100 em sucessões no segundo semestre de 2018. Outro exemplo, É 
a disposição por certo motivo, como a deixada para enfermeira que cuidou do testador ao final da 
sua morte. 
 
Disposição testamentária a termo 
 
Art. 1.898.A designação do tempo em que deva começar ou cessar o direito do herdeiro, salvo nas 
disposições fideicomissárias, ter-se-á por não escrita. 
• Ex: se deixo 10 mil reais para a Barbara. Passado um ano da minha morte a Barbara vai 
poder receber? Então ela vai poder receber desde agora, porque o TERMO é considerado como não 
escrito. Ou seja, não vai esperar um ano da morte. 
 
As mais problemáticas regras sobre as disposições testamentárias são as regras das condições. 
Suponhamos que: 
 Ex 1: Eu diga que deixo 10 reais para o Daniel, contanto que Daniel até minha morte tenha 
se transformado num sapo. Trata-se então de condição fisicamente impossível suspensiva( art 123, 
I cc), tornando o negócio NULO. 
 Ex 2: Para a Solange deixo 10 mil reais contanto que até minha morte ela não tenha se 
transformado em sapo. Trata-se de uma condição de não fazer coisa impossível ( art 124) 
 Ex 3: Para a Patricia deixo 10 mil reais até que ela se transforme em um sapo. Trata-se de 
uma condição resolutiva. Patricia herdaria desde logo. 
 Ex 4: Deixo para o Diogo 10 mil reais contanto que o Diogo roube o celular da Isabela. 
Trata-se de condição possível, porém é ilícita. Uma condição ilícita invalida o negócio. (art. 123, 
II). (art. 122). 
 
Limites da autonomia com relação ao conteúdo do testamento consta no meio do áudio do dia 
25/09( não digitei porque foi mais um debate, mas caso caia na prova, escute o áudio). 
 
Liberdade de testar 
 passada uma breve informação nas aulas anteriores. 
 
 É uma muito ampla, porém sofre algumas limitações que vem de existência de herdeiros 
necessários, ou seja, se a pessoa tiver descendentes, ascendentes ou cônjuge, (há uma discussão 
sobre o companheiro), só poderá fazer testamento dispondo da metade dela. 
 
27/09/2018 ( faltei. Peguei do blog do Lucio) 
 
Redução da disposições testamentárias 
 
Assunto de grande importância prática, a possibilidade de redução das disposições testamentárias é 
prevista nos arts. 1966 e ss do CC. 
Art. 1.966.O remanescente pertencerá aos herdeiros legítimos, quando o testador só em parte 
dispuser da quota hereditária disponível. 
Art. 1.967.As disposições que excederem a parte disponível reduzir-se-ão aos limites dela, de 
conformidade com o disposto nos parágrafos seguintes. 
§ 1.ºEm se verificando excederem as disposições testamentárias a porção disponível, serão 
proporcionalmente reduzidas as quotas do herdeiro ou herdeiros instituídos, até onde baste, e, não 
bastando, também os legados, na proporção do seu valor. 
• Em uma primeira possibilidade, existindo somente herdeiros, há a redução, considerandoo 
que exceder, proporcionalmente segunda a herança recebida por cada um. 
• Existindo herdeiros e legatários, reduz-se as disposições testamentárias o quanto bastar, isto 
é, reduz-se primeiro dos herdeiros necessários. Não bastando, serão reduzidos os legados, na 
proporção de seu valor. Supõe-se, nesse contexto, uma vontade determinada e específica pelo 
testador. 
 
§ 2.ºSe o testador, prevenindo o caso, dispuser que se inteirem, de preferência, certos herdeiros e 
legatários, a redução far-se-á nos outros quinhões ou legados, observando-se a seu respeito a ordem 
estabelecida no parágrafo antecedente. 
• A questão da previsão do excesso é extremamente importante na instituição de legados, já 
que na da herança o testador é capaz de prever se houve excesso ou não, bastando somar os 
quinhões. Dessa forma, determinado bem pode valorizar ou desvalorizar, o que possibilita ao 
testador determinada ordem de redução proporcional. 
Art. 1.968.Quando consistir em prédio divisível o legado sujeito a redução, far-se-á esta dividindo-
o proporcionalmente. 
• Relaciona-se a legado vinculado à bem imóvel (construído ou não). Se ele for divisível, faz-
se a redução por meio de divisão proporcional do bem, que será devolvido aos herdeiros necessários. 
É o caso, por exemplo, de um terreno. 
§ 1.ºSe não for possível a divisão, e o excesso do legado montar a mais de um quarto do valor do 
prédio, o legatário deixará inteiro na herança o imóvel legado, ficando com o direito de pedir aos 
herdeiros o valor que couber na parte disponível; se o excesso não for de mais de um quarto, aos 
herdeiros fará tornar em dinheiro o legatário, que ficará com o prédio. 
• Logo, primeiro é observado se há parte excedente. Após, compara-se esta parte com o valor 
do bem imóvel objeto do legado e, caso exceda ¼, o legatário deixará o imóvel aos herdeiros 
necessários, ficando com o direito de pedir aos herdeiros o valor que couber na parte disponível. 
• Se o excesso não for mais de um quarto, o legatário ficará com o prédio, devendo este pagar 
aos herdeiros o excesso. 
 
§ 2.º Se o legatário for ao mesmo tempo herdeiro necessário, poderá inteirar sua legítima no mesmo 
imóvel, de preferência aos outros, sempre que ela e a parte subsistente do legado lhe absorverem o 
valor. 
• Se o legatário, nesse contexto, for também herdeiro necessário, ele deverá descontar o 
excesso do que tinha a receber da sucessão legítima, desde que haja crédito para tanto. 
 
 
02/10/2018 
 
SUBSTITUIÇÕES DO TESTAMENTO 
 
As substituições são as ferramentas que permite ao testador se precaver para que de fato ocorra a 
sucessão testamentária. Porque pode acontecer que o herdeiro ou legatário instituídos por algum 
motivo não poder ou não querer suceder. E ai justamente, a ferramenta das substituições permite ao 
testador pensar em para quem que ele gostaria de deixar a herança ou legado, na hipótese de a 
primeira pessoa que ele escolheu não querer ou não poder. O primeiro e mais simples modelo de 
substituição é a chamada: 
• Substituição vulgar (simples): permite ao testador escolher quem ele quer que herde na 
hipótese de a primeira opção não vir a herdar. E essa substituição se dar por ele( herdeiro ou 
legatário) não querer ou por ele, herdeiro ou legatário, não poder. O não querer tem a ver com a 
renúncia, então o herdeiro ou legatário poderá renunciar à sucessão. 
Quando o herdeiro e legatário mesmo querendo, não poderia receber: quando ele tiver morrido 
antes da abertura da sucessão e se ele viesse a ser excluído por ser indigno, ex.: Se ele tiver matado 
o testador ou; se ele tiver sido considerado incapaz de suceder, ex.:ele foi testemunha do testamento 
ou porque era amante do testador. 
 Então, a substituição vulgar, vai permitir ao testador, por exemplo, deixar a herança dele 
toda para o Caio, dizendo que se o Caio não quiser ou não puder, que a herança vai para Maria. Ele 
também pode pensar que Maria por algum motivo poderá não suceder, e dizer que se não for a 
Maria, seja Helena, se não for Helena que seja o Jorge. Ele pode escolher quantos substitutos ele 
quiser, estabelecendo uma ordem de vocação hereditária do testamento. Como liberdade é muito 
ampla, ele pode substituir um só herdeiro ou legatário por mais de um, assim como ele pode 
substituir mais de um por um só. Então ele pode dizer a principio que Caio herde tudo, mas na 
hipótese de caio não querer ou não poder, ele quer que Maria e Helena dividem a herança. Assim 
como ele pode deixar tudo para Maria e para Helena dizendo que se elas não quiserem ou não 
puderem, ai Caio assume. Pode também substituir uma pessoa natural por uma pessoa jurídica ou 
vice versa. Ainda que o testador tenha dito que ele escolhe substituto só de ter dito que escolhe o 
substituto para caso o herdeiro não poder, presume-se abrangida também a hipótese do herdeiro não 
querer. A não ser que ele expressamente diga um dos casos: de não querer ou não poder. Então para 
facilitar a vida do testador, sempre presume-se os dois casos: não querer e não poder. 
• Substituição reciproca: A diferença da vulgar é que necessariamente você de antemão 
escolhe mais de um herdeiro ou legatário. E a princípio você prefere que eles sejam substitutos 
entre si. Então por exemplo: Augusto fez um testamento deixando a herança dele para Caio, Maria e 
Helena. 
◦ Na hipótese de Caio não querer, se o testador não tiver prevido substitutos Maria e Helena 
não herdam a parte de Caio. A parde dele vai para os herdeiros legítimos. Porque o testador não 
deixou clara a vontade dele de que Maria e Helena substituíssem Caio. Agora ele pode querer que 
na hipótese de Caio não suceder, a Helena e Maria fiquem com a parte dele. Para isso ele pode usar 
a ferramenta da substituição reciproca, dizendo que Caio, Maria e Helena são substitutos entre si, de 
modo que, na hipótese de Caio não querer ou não poder, a Maria e Helena ficam com a parte dele. 
Ou na hipótese de Caio e Maria não quererem, a Helena fica com tudo. Essa é a substituição 
reciproca, ou seja, ela está dentre aqueles primeiros escolhidos. 
▪ E sendo muito precavido, ele pode pensar num substituto vulgar para os substitutos 
recíprocos. Se por acaso nem Caio, nem Maria, nem Helena vierem a suceder, ai então Jorge 
sucederia. Ai a grande diferença é que Jorge por ser substituto vulgar, a princípio nada herda. Só vai 
herdar se nenhum dos anteriores sucederem. 
Então pode acontecer do professor misturar substituição reciproca com vulgar. Poderia colocar 
Jorge, Bruna e Bruno como substitutos recíprocos mais substitutos vulgares dos primeiros 
escolhidos( Caio, Maria e Helena). A principio presumem-se que as partes são iguais. Mas o 
testador pode colocar que ele quer que vá 20% para Caio, 50% para Maria e 30% para Helena. Ele 
pode ainda, dizer que no momento da substituição ela não será igual, e vai determinar novos 
quinhões para a hipótese de substituição. Por exemplo, se caio não quiser, ele pode determinar que a 
parte dele vai 70% para Maria e 30% para Helena. Se ele não estabelecer quinhões, presumem-se 
que são iguais. 
Artigo 1947 CC: Essa substituição é a vulgar. 
Artigo 1958 CC: A primeira parte complementa a substituição vulgar. A segunda parte é a 
substituição recíproca. 
Artigo 1949 CC: Aí vem uma particularidade: digamos que o Augusto tenha deixado toda sua 
herança para o Caio, Maria e Helena e tenha determinado que o Caio teria que cuidar do cachorro 
dele até a morte. O Caio não quis porque justamente não queria tomar conta do cachorro. A Maria e 
Helena são substitutas recíprocas de Caio. Elas então vão herdar esse encargo. A não ser que o 
testador tenha dito que o encargo só seria imposto ao Caio e que na hipótese de Caio não vier a 
suceder aquele encargodesapareceria. Mas se essa não tiver sido a vontade do testador, ai o encargo 
acompanha aquela porção que você acresce para o seu substituto. 
Artigo 1950 CC: Simplificando essa regra, pode o testador estabelecer os quinhões tanto para a 
sucessão caso ela ocorra naturalmente, tanto para a hipótese de substituição. 
 
• Substituição fideicomissária ou fideicomisso: Modalidade que permite ao testador, escolher 
um primeiro herdeiro ou legatário: ex.: Maria foi escolhida como herdeira universal do testador. 
Depois, o testador escolhe o fato, qualquer livre. Ele vai então, determinar qual é o fato. Ele então 
vai estabelecer que primeiro esse herdeiro ou legatário, no caso a Maria, vai herdar. Mas que 
ocorrendo esse fato, que ele próprio escolheu, aquela primeira herdeira ou legatária vai ser 
substituída. Então este tipo de substituição é a seguinte: aqui alguém vai herdar, e depois vai perder 
para o substituto pela vontade do testador . Ex.: deixo para o Diogo a minha biblioteca para que ele 
use por 10 anos após minha morte, e que passado este prazo Diogo perderia a biblioteca para o 
substituto que vou escolher. É uma substituição polemica pois onera o direito de propriedade. É 
uma propriedade restrita e resolúvel. Aqui Diogo poderia vender a biblioteca, porém o comprador 
tem risco de perder a propriedade pela substituição. 
◦ O CC 2002 limitou a aplicabilidade do fideicomisso: só pode ser substituto fideicomissário, 
aquele que ao tempo da abertura da sucessão sequer tiver sido ainda concebido, ou seja, concepturo. 
Ex: deixo minha biblioteca para meus alunos até que meu primeiro sobrinho se forme em direito. 
◦ E se por acaso o substituto já houver nascido antes da abertura da sucessão? 
Então o código disse que não é possível haver fideicomisso em favor de quem já é nascido. O 
código trouxe a regra. O direito do proprietário converte-se em usufruto. Chama-se Nu proprietário. 
Havendo, ao ser aberta a sucessão, nascido o fideicomissário, este terá a propriedade dos bens 
fideicomitidos, convertendo em usufruto o direito do fiduciário pelo tempo previsto no testamento. 
◦ Quem fiscaliza tudo isso é o testamenteiro. 
 
Artigo 1951 CC: A primeira pessoa escolhida pode ser um herdeiro ou legatário, sendo essa pessoa 
o fiduciário; 
Sendo a propriedade resolúvel, ela está sujeita a resolver-se, resolvendo o direito do fiduciário 
quando:(…) 
Artigo 1952 CC: mais o paragrafo. Se tiver nascido terá direito, mas não será fideicomisso. Tudo se 
converterá em usufruto. Na situação do fideicomisso, este é proprietário. Na situação de usufruto, o 
fiduciário deixa de ser proprietário e passa a ser tao somente usufrutuário, tendo os seus poderes 
limitados. Passando a ser nu proprietário, tendo limitação aos poderes do domínio( uso, gozo, 
fruição, reivindicação) 
( LEMBRANDO, QUE CAI MUITO FIDEICOMISSO NA SEGUNDA PROVA). 
Será que poderia o testador, escolher alguém que vai ficar com o patrimônio depois do substituto? 
Ex.: durante 10 anos fica com o fiduciário. Passado 10 anos vai para o substituto fideicomissário. 
Passados mais 10 anos ai quero que vá para um outro substituto? Isso o direito brasileiro nunca 
permitiu. É o chamado fideicomisso do segundo grau. Ele só permite 1 fideicomisso. Substitutos 
vulgares pode. Em alguns lugares dos Estados Unidos já pode. O tribunal superior entende que é 
uma vez só. 
 Se deixar dinheiro para o fiduciário, quer dizer que ele herda? ex.: deixei 10 mil reais para o 
fiduciário, determinando que depois da minha morte ele teria que transmitir aquele patrimônio 
atualizado para o substituto? SIM, inclusive se ele for um investidor ele poderá lucrar bastante. 
Se o concepturo nasce e morre, ele herdou, então vai para o herdeiro dele. Se ele morre antes o 
fiduciário torna-se proprietário. 
 Digamos que o fato seja impossível, qual a consequência de uma condição impossível? 
ex.: se o testador tivesse autorizado dizendo que autoriza a substituição da Maria pelo eventual filho 
do irmão dele, quando a Maria se transformasse num sapo? R: Trata-se de uma condição resolutiva 
pelo fato de resolver o direito da fiduciária. A consequência é tida como não escrita. Então, nunca 
ocorrerá a substituição, o concepturo nunca vai herdar, o substituto nunca vai herdar e ai Maria será 
proprietária plena. 
 E se o concepturo tiver nascido 2 minutos antes da morte do testador, e a condição fosse de 
substituto(Maria) virar um sapo. Ela pode ser uma condição resolutiva impossivel, mas o que muda 
é que ele nasceu antes. Nascendo antes, ele é proprietário desde à abertura da sucessão e ai aquela 
seria uma condição resolutiva do usufruto. Agora o fato que extingue o usufruto é tido como não 
escrito, ou seja, isso é interpretado de Usufruto não existe ou, usufruto não tem fim?? A condição é 
tida como inexistente. Eu posso estender essa regra de que o usufruto do fiduciário é tido como 
inexistente? A solução mais razoável seria entender que o usufruto é vitalício. Se ele não tem fato 
extintivo, ele se extinguiria com a morte do fiduciário. 
 
ex.2: Digamos que a condição resolutiva do direito do fiduciário fosse que fideicomissário colasse 
grau em direito dentro do prazo máximo de 20 anos contados da data da morte do testador. Ai o 
menino pelejou, mas quando tava concluindo o curso no ultimo ano do prazo, falta só passar em 1 
matéria. E acaba que a Maria seja a professora dele naquela matéria, e ela não está querendo perder 
aquela fortuna. Então ela da uma nota baixa para ele ser reprovado. E ele consegue demonstrar em 
juizo que ele conseguiria ter sido aprovado, mas que acabou sendo reprovado. Pode o 
fideicomissário exigir algo? R: a resposta está lá na parte geral. (art.129 CC) chamada interferência 
maliciosa privilegiando o princípio da boa fé. 
 
Ex.3: Digamos que o concepturo seja filho de um amigo do testador. A condição fosse para o 
concepturo completar 20 anos de vida. Ai a Maria que se tornou cada vez mais gananciosa, decide 
no 19 anos do substituto fideicomissário, ela mata? R: Neste caso Maria ficaria com a herança toda. 
Pois ela não seria indigna pois não é indigno aquele que mata filho do autor da herança. A condição 
do 129 é que ela seria implementada, porem o cara já tá morto, então não teria como ele herdar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
04/10/2018 
DIREITO DE ACRESCER 
 
Testamento 1. 
Deixo minha herança para Caio e Maria : 50% para cada 
Chama-se conjunção mista ou “re et verbis” 
 Aqui é uma única disposição testamentária que se institui mais de um herdeiro sem a 
designação dos quinhões. 
 
O que ocorreria nesse testamento 1 morrendo o testador quando cada um dos herdeiros vai receber? 
Como não foi estabelecido quinhões, cada um receberá metade. 
 
Testamento 2. 
Deixo minha herança para Caio e Maria, em partes iguais. 
Chama-se conjunção verbal ou “verbis tantum” 
Quanto cada um aqui receberá? R: metade e metade. 
 Aqui continua sendo uma única disposição testamentária por meio da qual se institui mais de 
um herdeiro. Porem aqui há a designação dos quinhões. Por isso não chama por de conjunção mista. 
 
Testamento 3. 
Deixo minha herança para Caio. Deixo minha herança para Maria. 
Chama-se conjunção real ou “re tantum” 
Quanto cada um aqui receberá? R: metade e metade. 
 Aqui é diferente não é pelas palavras, porque são disposições distintas. Mas percebo que 
eles foram nomeados conjuntamente porque eles vão receber o mesmo patrimônio. Aqui a 
conjunção não está nas palavras mas sim nas coisas. 
 
O que poderia ocorrer então, na hipótese de Caio morrer antes do testador? Lembrando que o 
testamento é só isso. Não houve substitutos. O que aconteceria então? R: Caio morreu, Maria 
receberá 50%, e os outros 50% vaipara os herdeiros legítimos. 
 
Aqui encima são 3 testamentos diferentes, com modelos de disposição diferentes. Então precisamos 
estudar os 3 modelos diferentes, porque o legislador optou presumir a vontade do testador de 
estabelecer substituição reciproca. Porem não em todos esses 3 casos de testamentos. E o critério 
usado foi o modelo de disposição. Então a gente precisa identificar o modelo para saber se naquele 
caso vai ou não vai aplicar a regra que presume a vontade de estabelecer substituição reciproca. 
 Em todos os 3 casos de modelo ocorrem conjunções, porque há mais de um herdeiro para a 
mesma coisa. Então chamamos de conjunção. 
 
Art.1941cc: o código atribuirá o direito de acrescer quando vários herdeiros pela mesma 
disposição testamentária, forem chamados conjuntamente à herança, sem quinhões determinados. 
 No testamento 3 não haverá direito de acrescer, pois são duas disposições testamentárias. 
No testamento 2 não haverá direito de acrescer pois, embora sendo única as disposições 
testamentárias, houve a designação dos quinhões. No testamento 1 haverá o direito de acrescer pois 
há uma única disposição testamentária sem a designação dos quinhões. 
 Então, somente no testamento numero 1, que acrescerá, ou seja, caso Caio faleça, acrescerá 
toda a sua parte na parte da herança de Maria. 
 No caso do numero 2, se caio morrer antes da abertura da sucessão, não há o direito de 
acrescer. Então a parte dele vai para os herdeiros legítimos do testador. 
 O mesmo ocorre para o testamento numero 3. A parte do Caio vai para os herdeiros 
legítimos e a Maria receberá somete a parte dela. 
 
 Lembrando que o testador não sabia de nada disso quando escreveu o testamento. Ele não 
tinha noção de que colocando uma virgula, um ponto final, traria grande diferença. 
 
Art.1942cc: A principio, este artigo traz a regra para o direito de acrescer dos co- legatários. Ou seja, 
quando eles forem designados a uma conjunção mista. A lógica é a mesma dos herdeiros, mas há 
uma ressalva: que é a hipótese de a coisa ser indivisível ou, de ser divisível mas não poder ser 
divida sem risco de desvalorização. 
 EX.: Então digamos que o testador tenha deixado para Caio e Maria a fazenda dele. Metade 
para cada um. Ai morreu Caio antes do testador. Então farei com a fazenda o que? R: metade vai 
para Maria e a metade de Caio vai para os herdeiros legítimos do testador. Agora, se ele tiver 
deixado para Caio e Maria um carro? R: mesmo que ele tenha deixado metade para cada um, como 
o carro é indivisível, haverá o direito de acrescer contra essa ressalva do artigo 1942. 
 E se ele tiver deixado para Caio e Maria um diamante grande? R: aplicará também a 
aplicação literal dessa ressalva, pois o diamante quanto maior for, maior será o seu valor. O bem é 
divisível, porem se for dividido corre o risco de desvalorização. Então a Maria acresceria a parte 
dela à parte de Caio. 
 
 Agora, vamos imaginar que Augusto tem 5 filhos: Caio, Maria, Jorge, João e Ana. 
Caio e Maria são filhos do primeiro casamento. Jorge, João e Ana são filhos do segundo casamento. 
Caio e Maria se adoram e se dão bem. Jorge, João e Ana também se dão bem. Mas o Caio e Maria 
odeiam Jorge, João e Ana. E Jorge, João e Ana odeiam Caio e Maria. 
 Augusto então, tem um patrimonio muito grande, e a principal preocupação dele são as duas 
fazendas. Quando ele era casado com a mãe de Caio e Maria, ele adquiriu a propriedade de uma 
fazenda chamada fazenda do Retiro. E nessa fazenda, moram atualmente Caio e Maria. 
 Depois, com o casamento com a mãe dos outros 3 filhos, ele adquiriu uma fazenda maior, 
que é a fazenda do moinho. E nessa fazenda Jorge, João e Ana moram lá e convivem muito bem. 
 Só que, Jorge, João e Ana não pisam na fazenda de Caio e Maria, e nem estes, pisam na 
fazenda daqueles, porque senão eles se matam. 
 A grande preocupação do Augusto é a sucessão das duas fazendas. Se ele não fizer 
testamento, cada um de seus filhos terão uma quota parte de 1/5 de suas fazendas, correndo o risco 
então deles se matarem. 
 Ai ele decidiu dividir as duas fazendas em partes iguais para que cada filho tenha o mesmo 
valor equivalente. Então cada filhos continuariam na fazenda a qual pertencem. 
 Por ele ser cauteloso, ele quer que você redija o testamento dele desde que: 
• Não haja desigualdade entre os filhos, cada um recebendo o mesmo valor e área igual; 
• Ele não quer que os filhos se misturem nas fazendas. 
 
Antes de morrer Augusto, morreram Caio, Jorge e o João. No exemplo das divisões da fazenda são 
conjunções verbais, pois embora sejam duas disposições, tratam-se de disposições diferentes. Então, 
as conjunções verbais não autorizam direito de acrescer, sendo que, então, Ana ficaria com a 
fazenda do moinho e Maria com a fazenda do Retiro. Quem receberia as partes de Jorge e João seria 
Ana e Maria. Porém, a vontade de Augusto é que os irmãos não se misturassem. 
 Então o ideal seria dizer ao Augusto o que ele prefere. Se é preservar a igualdade ou se é 
preservar a separação, pois não há como fazer as duas coisas ao mesmo tempo. A não ser que você 
queira designar um certo valor de patrimônio para compor tal hipótese, usando o modelo de 
conjunção mista, mas dizendo que aquele que recebesse mais tivesse que indenizar com uma parte 
da herança aquele que recebeu menos. Ai augusto teria que dispor valor no testamento para isso. 
 
Art. 1943 cc: esse artigo só fez confusão. Não mudou nada da regra anterior. 
Art. 1944 cc: 
Art.1945 cc: A parte inicial faz sentido, porque Aqui vimos sobre a substituição reciproca. Se você 
é beneficiário no direito de acrescer você não pode dizer : eu quero aquilo que já teria direito, mas 
não quero que se acresça a minha parte a parte do outro. Ai vem uma ressalva, se vier encargo: 
então por exemplo: deixo metade da minha herança para Caio e Maria, devendo caio cuidar do 
cachorro( encargo), ai vem uma ressalva caso você puder repudiar o acréscimo. Então reverte-se 
para o beneficiário, mas o beneficiário é o cachorro, como ele cuidaria dele mesmo?! 
 
AULA 16/10/2018 
 
REVOGAÇÃO E ROMPIMENTO DO TESTAMENTO 
 
Revogação do testamento 
Art. 1.969.O testamento pode ser revogado pelo mesmo modo e forma como pode ser feito. 
• Nesse contexto, qualquer forma de testamento revoga qualquer forma. 
• Evidenciou o professor que a revogação pela forma prevista pelo art. 1879 do CC, que não é 
regulada no CC, teria chance de se confirmar, não existindo papel escrito para testar, por meio de 
gravação um vídeo ou mensagem, por exemplo, relatando a configuração do art. 1879, com a 
explicitação de todo o contexto fático e declaração do motivo pelo qual somente pode ser feita a 
disposição de última vontade daquela maneira, o que aumenta a aludida chance de confirmação pelo 
juiz. 
Art. 1.970. A revogação do testamento pode ser total ou parcial. 
Parágrafo único. Se parcial, ou se o testamento posterior não contiver cláusula revogatória 
expressa, o anterior subsiste em tudo que não for contrário ao posterior. 
Art. 1.971. A revogação produzirá seus efeitos, ainda quando o testamento, que a encerra, vier a 
caducar por exclusão, incapacidade ou renúncia do herdeiro nele nomeado; não valerá, se o 
testamento revogatório for anulado por omissão ou infração de solenidades essenciais ou por vícios 
intrínsecos. 
• A revogação, mesmo quando o ulterior destinatário for excluído, incapaz ou houver a 
renúncia deste, a revogação ainda produzirá seus efeitos. 
• Se o testamento revogatório, entretanto, for anulado por omissão ou infração das solenidades 
essenciais ou por vícios intrínsecos (coação, incapacidade do testador, etc), não valerá a revogação. 
Art. 1.972. O testamento cerrado que o testador abrirou dilacerar, ou for aberto ou dilacerado com 
seu consentimento, haver-se-á como revogado. 
• Há, portanto, há a presunção de revogação do testamento cerrado aberto ou dilacerado, 
pressupondo-se que ele foi aberto ou dilacerado com seu consentimento. 
• Deve haver prova, para não considerar a revogação, de que a abertura do testamento cerrado 
não foi feita com consentimento do testador, o que é muito difícil na prática. 
 
Rompimento do testamento 
A doutrina chama o rompimento do testamento a sua revogação legal, não se confundindo com o 
rompimento do testamento cerrado, feito pelo testador ou não. Há, no primeiro caso, discussão 
sobre a possibilidade desta, sobretudo por intervir na autonomia da vontade do testador. 
Nesse sentido, dispõe o art. 1973 do CC: LEIA 
• Argumentou o professor que uma interpretação adequada do testamento far-se-ia necessária, 
sendo que a revogação expressamente do testamento pelo testador seria mais conveniente, pelo 
menos abstratamente. Do mesmo modo, mesmo existindo descendente superveniente ao testador, a 
este seria garantida a legítima, a qual pode ser possibilitada inclusive pela redução das disposições 
testamentárias. 
• Aqui, entende-se qualquer descendente, incluindo netos. 
• Em todos os casos que configurem a hipótese de rompimento legal prevista, é aplicado este 
dispositivo e, mesmo com os aspectos apontados, passam a ser rompidas as disposições 
testamentárias, inclusive contrariando disposição testamentária expressa. 
• O CC não distingue o parentesco socioafetivo ou biológico, podendo existir o 
reconhecimento post mortem do primeiro segundo parte da doutrina, rompendo também o 
testamento. É negado este pedido de reconhecimento de parentesco pela maioria esmagadora da 
jurisprudência, na medida em que se questiona o interesse neste somente após a morte, o que 
poderia ser relacionado ao interesse da herança. 
• Há discussão sobre a possibilidade de a inseminação artificial homóloga post mortem 
também pode promover o rompimento do testamento. Mencionou o professor a existência do 
julgado de que possibilitou o reconhecimento, mas negou efeitos sucessórios e o rompimento da 
herança, na medida em que o autor da herança não teria deixado autorização expressa para a 
geração do sucessor, mesmo sendo de conhecimento geral a vontade do primeiro, a qual inclusive 
ensejou ao congelamento do material genético. 
Aduz o art. 1974 do CC: 
Art. 1.974. Rompe-se também o testamento feito na ignorância de existirem outros herdeiros 
necessários. 
Fala-se, aqui, na hipótese de rompimento do testamento acerca da existência de ascendentes, não 
cabendo discussão sobre o cônjuge, visto que a pessoa casada sabe de sua condição. 
A redação do dispositivo citado é mais criticável que a do art. 1973 do CC, tendo em vista que não 
existe a ressalva da necessidade de sobrevivência de ascendentes vivos no momento do falecimento. 
É questionável a vontade do testador, determinada pela lei, em romper o testamento em virtude da 
existência de um ascendente desconhecido, na medida em que na maioria dos casos não haveria 
uma vontade em beneficiar os ascendentes a ponto de propiciar o desejo em revogar o testamento. 
Aduz o art. 1975 do CC, que expressa um testamento regular em todos aspectos, o qual não será 
rompido se o testador dispuser da sua metade (legítima), não contemplar herdeiros de cuja 
existência saiba ou quando os exclua expressamente: 
Art. 1.975. Não se rompe o testamento, se o testador dispuser da sua metade, não contemplando os 
herdeiros necessários de cuja existência saiba, ou quando os exclua dessa parte. 
 
18/10/18 
 
LEGADOS 
 
 As regras encontram-se no artigo 1.912cc. Diz que é ineficaz o legado de coisa que não 
pertence ao testador. Trata-se de uma regra protetiva. 
Art. 1923 cc: traz uma hipótese de eficácia desde que o dono da coisa objeto do legado seja 
beneficiado no testamento. ex.: Digamos que o testador deixe para o Diogo o carro da Solange. A 
principio este legado é ineficaz, Diogo então não terá direito de receber o carro. Porem, se o 
testador disser: deixo para Diogo o carro da Solange, e para a Solange deixo eu deixo 2 milhões de 
reais, ai o legado pode ser eficaz. Porque, para que a Solange receba os 2 milhões, ela terá que 
concordar em dar o carro dela para o Diogo. Ela poderá não concordar, mas ai neste caso não terá 
direito de receber os 2 milhões. 
Art. 1914cc: trata de legado que só pertença ao testador em parte. Então, imagine que os testador 
antes de se casar comprou uma casa, levou escritura a registro e consta no cartório que o mesmo é 
proprietário do imóvel. Depois casou-se, e o regime é de comunhão universal de bens, e no 
testamento dele ele deixou toda casa para Patricia, ai ele morreu. A pergunta é: Patricia terá direito 
de receber toda a casa que consta no testamento, só metade da casa ou nada? R: aplicando a regra 
do artigo, se ele era meeiro, a Patricia terá direito de receber somente metade da casa, não receberá 
tudo. E como a hipótese é de eficacia e não de invalidade, ela terá direito a metade. Se fosse de 
invalidade, ela não receberia nada. 
Art. 1915 cc: aqui é uma exceção ao 1912cc, porque, aqui, mesmo que a coisa não pertença ao 
testador o legado será cumprido. Só que aqui o que muda é que o legado não é de coisa certa. Aqui 
o legado é de coisa incerta. LEGADO DE COISA INCERTA= ex: deixar para meu amigo um 
carro do ano da minha morte 0KM. Para o legado ser cumprido, o herdeiro será obrigado a adquirir 
a coisa para dar ao legatário. O patrimônio usado para comprar será o da Herança, não podendo ser 
do patrimônio do próprio herdeiro. E se para comprar ele tiver que gastar toda herança? Ai ele diz: 
não então não vou comprar. Ai o juiz terá que resolver todo o conflito. Ai quem perde? É sempre o 
herdeiro, a não ser que haja disposições contrárias no testamento quem sofre o primeiro prejuízo. 
 Salvo disposição em contrário, o devedor para dar a coisa incerta, não pode dar a coisa nem 
melhor nem pior, tem que dar a coisa média. 
Art. 1916cc: se o testador disse: Deixo para a Patricia o meu carro, e por ocasião da morte do 
testador você descobrir que ele não tinha mais carro, Patricia não receberá nada. 
 Agora, se ele disser: deixo para Patricia os meus dois carros, ai você descobre que ele só 
tinha um. Obviamente Patricia receberá só 1. 
 Agora, se ele disser: deixo para Patricia as 10 vacas nelori de minha fazenda, ai chega lá e 
tem só 7. Patricia então receberá só sete. 
 Agora, se ele tiver dito: Deixo para Patricia 10 vacas Nelori, sem especificar de onde, e na 
fazenda dele só tinha 7, o que vai acontecer? Ai ela receberá 10, desde que esteja dentro das forças 
da herança, pois se não tiver vinculado a herança, o legatário sofre o prejuízo. lembrando que o 
legado de coisa incerta o herdeiro tem que adquirir a coisa para transferir para legatário. 
 Se eu for numa concessionária e peço o carro dando todos os detalhes, continuará sendo 
COISA INCERTA. A coisa incerta pode ser pormenorizada descrita, e ela continuará sendo incerta 
enquanto ela não for individualizada. A partir do momento que a pessoa saia com numero do chassi, 
a coisa vira CERTA. 
 O momento que chamamos da obrigação de dar coisa incerta em coisa certa, se chama: 
CONCENTRAÇÃO, ou seja, momento em que a coisa é individualizada. 
Art. 1917 cc: Aqui vou estabelecer o legado dizendo aonde ele estar. ex.: poderei estabelecer 
dizendo: deixo para Suzam todos os livros de direito civil da minha biblioteca de casa. Ou seja, o 
que estão no meu escritório ela não terá direito. Se então, chegar na casa e ver que não havia livros, 
Suzam não terá direito. A não ser que a casa estivesse em reforma, e todos os livros estivessem 
num depósito.Ai sim ela teria direito, ai faz sentido. 
Art. 1918 cc: Legado de crédito é o seguinte: Caio tem um crédito de 1000 reais com Maria. Ai ele 
faz um testamento deixando para Jorge os 1000 reais que Maria lhe deve. Então, morto Caio, e 
Jorge sendo credor, este vai poder cobrar de Maria o que ela devia ao Caio. 
 Legado de aplicação de dívida: é o legado de quantia em dinheiro com a finalidade de que 
o legatário utilize para pagar a divida dele. Mas a ideia do 1928 é outra. A ideia é que o testador 
pode deixar para o legatário a quitação da divida que o legatário tinha com ele próprio. Ou seja, não 
é um legado de quitação de dívida, é um legado de perdão/remissão. 
Art. 1919 cc: ex: objeto da obrigação era entregar 1000 reais. Ai é feito o testamento. No meu 
testamento ele deixa para o legatário 1000 reais. Com isso surge obrigação de entregar 1000 reais. 
Aqui não há compensação, mas sim pagamento. A não ser que o testador especifique. Dinheiro é 
sempre COISA INCERTA. 
 Agora, se a divida não tiver prescrita, não tiver havido remissão, o herdeiro ou legatário 
poderá cobrar, não havendo compensação. 
 Causas que extinguem a obrigação: são 9: pagamento, modalidades especiais de pagamento: 
pagamento por consignação, pagamento com subrrogação, pagamento por imputação do pagamento 
e dação em pagamento. modalidade sem pagamento: compensação, remissão, confusão, novação. 
 Essas 9 causas extinguem a obrigação. E a prescrição? R: a prescrição nada extingue, mas 
produz efeitos na eficácia da pretensão ao qual poderá ou não poderá dar certo. 
Art. 1920cc: diz respeito ao legado de alimentos. serve para suprir a lacuna quando o testador para 
acaso só tiver deixado o legado de alimentos, sem estabelecer valor, abrangência, ou tempo, do 
legatário receber aquele legado. Quem paga este legado é o herdeiro, com o patrimônio da herança. 
Art. 1921cc: trata-se de legado de usufruto. Não dizendo até quando irá o usufruto, o usufruto se 
torna vitalicio, ou seja, até quando viver o legatário. 
Art. 1922cc: testador comprou um terreno, e fez um testamento deixando para um determinado 
legatário. Posteriormente, ele fez vária modificações no terreno: incluiu no terreno uma casa, 
plantou horta, galeria de lojas, estacionamento, cervejaria, arvore, quadra de campo, eliponto. No 
nosso exemplo, não houve declaração em sentido contrário do testador, então, aplica-se a regra do 
caput. Então, para saber o que o legatário receberá, tem que distinguir a natureza de cada um desses 
bens que foram acrescidos ao terreno. E eles poderá ser classificado em 3 categorias: acessórios, 
principal ou pertença. Então, a primeira regra a se aplicar é de que o acessório segue o principal. A 
regra da pertença(art. 94) é o contrário ou seja, não vai junto. O helicóptero é pertença, então não 
vai. O restante são acessórios. Porem temos que ver a regra do 1922. Para ajudar, temos que ler o 
paragrafo único. O que não iria é caso ele comprar um terreno do lado, que ele ajuntou, ainda que 
contíguas. Então, concluindo o legatário receberá o terreno com tudo. 
 
23/10/2018 
CADUCIDADE E PAGAMENTO DOS LEGADOS 
 
Art. 1923: trata do cumprimento dos legados. A regra deste artigo se aplica a saisine, ou seja, o 
legatário se torna legatário desde a abertura da sucessão. Ha duas ressalvas: 1ª Para que se torne 
legatário desde a abertura da sucessão é preciso que a coisa legada esteja entre os bens da herança. 
2ª a tendencia de condição suspensiva. A condição suspensiva interfere no negocio jurídico ou seja , 
suspende a aquisição do direito, não havendo direito adquirido quando o negócio jurídico se sujeita 
a uma condição suspensiva enquanto a condição não se implementa. 
 O paragrafo primeiro traz uma regra perigosa: o legatário não pode entrar por autoridade 
própria na casa para pegar sua coisa. O herdeiro que tem que entregar a coisa ao legatário. O 
legatário é considerado possuidor indireto. Se cair em prova fechada, coloque que é. Mas cuidado 
em prova aberta, pois depende muito. 
 
Art. 1929cc: trata da caducidade dos legados. A caducidade é hipótese de ineficácia do legado, 
ainda que válido, não produzindo efeitos. 
Inciso I: ex: especificação. Se por acaso o objeto do legado for um carro, e um artista fazer uma 
obra de arte nesse carro, mesmo que de má-fé, a obra passará a ser do artista, inclusive o carro. Ou 
seja, o artista terá que indenizar o HERDEIRO e não o legatário, ou seja, o legatário perderá o 
objeto legado pois direito de indenização é do HERDEIRO. Se a especificação tiver sido depois da 
morte do testador, o legatário já teria direito ao carro, ou seja, ai sim este teria direito à indenização. 
 Só pode haver especificação de bens MOVEIS. Poque não faz sentido, fazer em bem 
IMÓVEL e ficar com o imóvel. 
Inciso II: ex.: testador deixou a vaca mimosa para o Caio, e por ocasião da morte do testador se 
descobre que ele tinha vendido a vaca mimosa para Maria. Obviamente que Caio não terá direito de 
receber a vaca pois ela não pertencia mais ao testador. 
 Agora, se deixou duas vacas que eu tinha para Caio, e por ocasião da morte se descobre que 
ele só tinha 1 vaca porque a outra ele tinha vendido: R: ai ele receberia somente 1 vaca. 
Inciso III: imagine que o testador deixou para Caio a vaca mimosa, morreu, e Maria é herdeira. Só 
que Maria esqueceu de dar comida para Vaca e a vaca morreu. O que acontece com Caio que é 
legatário? R: a obrigação da Maria é de entregar e de restituir. Se por força da Saisine o legatário já 
tiver se tornado proprietário, a obrigação de Maria(herdeiro) é de restituir a coisa ao proprietário. 
Temos que ver se Maria teve culpa, ou seja, nesse caso, houve negligencia da Maria, então ela não 
responde por culpa. Ela responderá por equivalente(valor da vaca) mais perdas e danos. 
 E se Maria descumpriu um prazo estabelecido para entregar a vaca para o Caio, e a vaca 
morre por um Raio. Houve culpa de Maria? R: a principio ela não responde porque não teve culpa 
da morte. Mas por estar em Mora, passa a responder pela força maior. Então responde pelo caso 
fortuito porque foi caso da Mora. 
 E se Maria deixou de entregar porque está internada por ser atingida por um trator e está em 
coma, ela não responde. Pois a mora só se configura quando há culpa. 
 EVICÇÃO: perda da coisa em virtude de uma decisão judicial, porque o juiz reconheceu que 
o proprietário da coisa não era quem havia supostamente alienado para o réu que era o suposto 
adquirente. 
 A regra é básica. Só pode alienar quem for proprietário, sendo bens móveis ou imóveis. 
Costuma cair muito em prova fechada: como o legatário vai falar em justo titulo, se ele não adquiriu 
em virtude de contrato? Como ele poderia se defender em uma ação reivindicatória de usucapião se 
ele até prova que tem boa fé, mas como vai discutir justo titulo??R: nem todo justo titulo é escrito. 
Neste caso o justo titulo dele é a abertura da sucessão. A abertura da sucessão é modo de aquisição 
da propriedade. 
 Se houver evicção qual o direito do evicto? R: direito de regresso contra o alienante que não 
alienou, para se restabelecer o estado anterior da coisa. Não é status quor. 
Inciso IV: fala da indignidade, que trata da incapacidade passiva do legatário. 
Inciso V: aqui o legatário também deixa de ter capacidade passiva. 
 
25/10/2018 
 
DESERDAÇÃO 
 
A deserdação, em linhas gerais, remonta à uma cláusula testamentária na qual se permite que o 
testador afaste um ou mais herdeiros necessários de sua legítima, excluindo-os da sucessão. Deve 
existir, portanto, expressa previsão da deserdação em testamento, a qual possui natureza revogável e 
somente é vinculada aos herdeiros necessários, notadamente ascendentes e descendentes (ao 
cônjugebasta a mera separação). 
Nesse sentido, prescreve o art. 1961 do CC:(LEIA). 
Quanto às causas de deserdação, aduz o art. 1962 do CC: (LEIA). A única impossível que não seria 
autorizada é o homicídio consumado, pela impossibilidade fática. 
 
Art. 1.814.São excluídos da sucessão os herdeiros ou legatários:(LEIA INCISOS) 
Art. 1963 à 1965 CC (LEIA) 
 
TESTAMENTÁRIA 
A pessoa a quem for encarregada a execução da cédula testamentária denomina-se testamenteiro. 
Maria Helena Diniz salienta que “o testamenteiro é, pois, a pessoa encarregada de dar cumprimento 
às disposições de última vontade do autor da herança, exercendo os poderes que lhe forem 
conferidos e as obrigações” estabelecidas pelo de cujus, desde que essas não ultrapassem os limites 
estatuídos pelo Ordenamento Pátrio. 
Nessa linha, ainda, cuida hastear como flâmula que a testamentaria, que é remonta à função do 
encarregado de cumprir o testamento, se estrutura no conjunto de funções que estão atreladas à 
figura do testamenteiro, constituindo a gama de regramentos a serem observados, bem como o 
complexo de direitos e deveres inerentes àquele. Cumpre evidenciar que a testamentaria é 
personalíssima, indelegável e intransmissível, como bem prevê o artigo 1.985 do Código Civil, uma 
vez que decorre da confiança depositado pelo testador na pessoa nomeada como seu testamenteiro. 
Conquanto o encargo da testamentaria não seja transmissível aos herdeiros do testamenteiro, a 
legislação civilista em vigor permite que aquele seja representado em Juízo e fora dele, mediante 
procurador com poderes especiais para tanto. Tal fato decorre da premissa que a constituição do 
mandatário, por si só, não tem o condão de promover alterações no caráter pessoal e indelegável da 
testamentaria, porquanto o procurador é tão somente mandatário do testamenteiro. Ora, há que se 
observar que o mandatário é responsável perante o testamenteiro que, por sua vez, é responsável 
perante os herdeiros e legatários. 
Nessa senda, dispõe o art. 1976 do CC: 
Art. 1.976. O testador pode nomear um ou mais testamenteiros, conjuntos ou separados, para lhe 
darem cumprimento às disposições de última vontade. 
Mencionou-se, inclusive, que o testamenteiro pode ser nomeado ou substituído também por meio de 
codicilo. 
Prescreve o art. 1977 do CC: 
Art. 1.977. O testador pode conceder ao testamenteiro a posse e a administração da herança, ou de 
parte dela, não havendo cônjuge ou herdeiros necessários. 
Parágrafo único. Qualquer herdeiro pode requerer partilha imediata, ou devolução da herança, 
habilitando o testamenteiro com os meios necessários para o cumprimento dos legados, ou dando 
caução de prestá-los. 
Art. 1.978. Tendo o testamenteiro a posse e a administração dos bens, incumbe-lhe requerer 
inventário e cumprir o testamento. 
Art. 1.979. O testamenteiro nomeado, ou qualquer parte interessada, pode requerer, assim como o 
juiz pode ordenar, de ofício, ao detentor do testamento, que o leve a registro. 
Art. 1.980. O testamenteiro é obrigado a cumprir as disposições testamentárias, no prazo marcado 
pelo testador, e a dar contas do que recebeu e despendeu, subsistindo sua responsabilidade enquanto 
durar a execução do testamento. 
Art. 1.981. Compete ao testamenteiro, com ou sem o concurso do inventariante e dos herdeiros 
instituídos, defender a validade do testamento. 
Art. 1.982. Além das atribuições exaradas nos artigos antecedentes, terá o testamenteiro as que lhe 
conferir o testador, nos limites da lei. 
Art. 1.983. Não concedendo o testador prazo maior, cumprirá o testamenteiro o testamento e 
prestará contas em cento e oitenta dias, contados da aceitação da testamentaria. 
• A crítica desse dispositivo diz respeito à dificuldade de contagem do prazo em dias. 
 
Parágrafo único. Pode esse prazo ser prorrogado se houver motivo suficiente. 
• Nesse caso, deve existir pedido ao juiz, devidamente justificado. 
Art. 1.984. Na falta de testamenteiro nomeado pelo testador, a execução testamentária compete a 
um dos cônjuges, e, em falta destes, ao herdeiro nomeado pelo juiz. 
• Nesse caso, compete ao cônjuge sobrevivente. 
Art. 1.985. O encargo da testamentaria não se transmite aos herdeiros do testamenteiro, nem é 
delegável; mas o testamenteiro pode fazer-se representar em juízo e fora dele, mediante mandatário 
com poderes especiais. 
• Há o caráter personalíssimo da testamentaria. Somente o testador pode escolhê-lo, não 
cabendo ao testamenteiro indicar outras pessoas. Na sua ausência, aplica-se a ordem legal. 
• O testamenteiro pode ser representado em juízo por advogado, salvo se ele mesmo for. 
Art. 1.986. Havendo simultaneamente mais de um testamenteiro, que tenha aceitado o cargo, 
poderá cada qual exercê-lo, em falta dos outros; mas todos ficam solidariamente obrigados a dar 
conta dos bens que lhes forem confiados, salvo se cada um tiver, pelo testamento, funções distintas, 
e a elas se limitar. 
Art. 1.987. Salvo disposição testamentária em contrário, o testamenteiro, que não seja herdeiro ou 
legatário, terá direito a um prêmio, que, se o testador não o houver fixado, será de um por cento a 
cinco por cento, arbitrado pelo juiz, sobre a herança líquida, conforme a importância dela e maior 
ou menor dificuldade na execução do testamento. 
• Essa parte, denominada prêmio, será chamada vintena. Defende o professor que as pessoas 
proibidas de receber legado ou herança podem ou não receber a vintena, de acordo com a 
perspectiva adotada. 
• Pessoas jurídicas não poderiam cumprir esse testamento 
• A intenção da lei, segundo o professor, seria a escolha do amigo íntimo. 
• Prêmio também é utilizado como remuneração recebida pela seguradora. 
Parágrafo único. O prêmio arbitrado será pago à conta da parte disponível, quando houver herdeiro 
necessário. 
• Não pode existir a cumulação da herança com o prêmio. Pode existir, todavia, a opção por 
receber o prêmio ou o legado/herança. 
Art. 1.988. O herdeiro ou o legatário nomeado testamenteiro poderá preferir o prêmio à herança ou 
ao legado. 
Art. 1.989. Reverterá à herança o prêmio que o testamenteiro perder, por ser removido ou por não 
ter cumprido o testamento. 
Art. 1.990. Se o testador tiver distribuído toda a herança em legados, exercerá o testamenteiro as 
funções de inventariante. 
• Somente poderá ocorrer na hipótese do testador não possuir herdeiros necessários. 
• Invalidade das disposições testamentária (matéria “esquecida” – serão colados novamente os 
dispositivos em razão de ser evitada nova impressão das páginas subseqüentes) 
Art. 1.899. Quando a cláusula testamentária for suscetível de interpretações diferentes, prevalecerá 
a que melhor assegure a observância da vontade do testador. 
• Evidenciou-se as chamadas Teorias da Vontade Real, que entende que os negócios jurídicos 
se interpretam pela vontade real dos contratantes, e Declarada, que considera a vontade declarada, 
salvo a possibilidade de conhecimento por outro contratante da reserva mental (quando um deles 
manifesta vontade diversa da pretendida – aplicação excepcional da teoria da vontade real). 
• Nesse caso, todavia, o testamenteiro ou o juiz devem analisar a vontade real do autor da 
herança. 
Art. 1.900. É nula a disposição: 
• Relembrou-se as causas de nulidade do negócio jurídico (art. 165 CC – incapacidade 
absoluta), objeto ilícito, lesão à forma prevista) e de anulabilidade (incapacidade relativa, vícios do 
negócio jurídico). 
I – que institua herdeiro ou legatário sob a condição captatória de que este disponha, também por 
testamento, em benefício do testador, ou de terceiro; 
• A disposição captatória é nula porque o testador influencia na última manifestação de 
vontade do outro, em detrimento da possibilidade de legadoinstituído em decorrência da prática de 
ato do outro em vida. 
II – que se refira a pessoa incerta, cuja identidade não se possa averiguar; 
• Aqui, há reflexo da causa de nulidade da parte geral, quanto ao objeto. É verificada, por 
exemplo, quando há várias pessoas com o mesmo nome com relação com o autor da herança. 
III – que favoreça a pessoa incerta, cometendo a determinação de sua identidade a terceiro; 
IV – que deixe a arbítrio do herdeiro, ou de outrem, fixar o valor do legado; 
 
V – que favoreça as pessoas a que se referem os arts. 1.801 e 1.802. 
• É o caso das pessoas que elaboraram o testamento, o concumbino e o testador, por exemplo. 
• Seria, de acordo com o professor, um argumento que possibilitasse ao concumbino exercer a 
testamentaria, tendo em vista que, quando quer restringir os seus direitos, o faria expressamente, 
Art. 1.901. Valerá a disposição: 
 
I – em favor de pessoa incerta que deva ser determinada por terceiro, dentre duas ou mais pessoas 
mencionadas pelo testador, ou pertencentes a uma família, ou a um corpo coletivo, ou a um 
estabelecimento por ele designado; 
• Seriam exceções às hipóteses entendidas como nulas no dispositivo anterior. 
• Nesse caso, deixa-se uma “lista” determinada. 
II – em remuneração de serviços prestados ao testador, por ocasião da moléstia de que faleceu, 
ainda que fique ao arbítrio do herdeiro ou de outrem determinar o valor do legado. 
• Seria deixado o legado a ser para uma enfermeira, por exemplo, o qual poderá ser 
determinado pelo herdeiro. 
Art. 1.902. A disposição geral em favor dos pobres, dos estabelecimentos particulares de caridade, 
ou dos de assistência pública, entender-se-á relativa aos pobres do lugar do domicílio do testador ao 
tempo de sua morte, ou dos estabelecimentos aí sitos, salvo se manifestamente constar que tinha em 
mente beneficiar os de outra localidade. 
 
Parágrafo único. Nos casos deste artigo, as instituições particulares preferirão sempre às públicas. 
Art. 1.903. O erro na designação da pessoa do herdeiro, do legatário, ou da coisa legada anula a 
disposição, salvo se, pelo contexto do testamento, por outros documentos, ou por fatos inequívocos, 
se puder identificar a pessoa ou coisa a que o testador queria referir-se. 
Art. 1.904. Se o testamento nomear dois ou mais herdeiros, sem discriminar a parte de cada um, 
partilhar-se-á por igual, entre todos, a porção disponível do testador. 
Art. 1.905. Se o testador nomear certos herdeiros individualmente e outros coletivamente, a herança 
será dividida em tantas quotas quantos forem os indivíduos e os grupos designados. 
Art. 1.906. Se forem determinadas as quotas de cada herdeiro, e não absorverem toda a herança, o 
remanescente pertencerá aos herdeiros legítimos, segundo a ordem da vocação hereditária. 
Art. 1.907. Se forem determinados os quinhões de uns e não os de outros herdeiros, distribuir-se-á 
por igual a estes últimos o que restar, depois de completas as porções hereditárias dos primeiros. 
Art. 1.908. Dispondo o testador que não caiba ao herdeiro instituído certo e determinado objeto, 
dentre os da herança, tocará ele aos herdeiros legítimos. 
Art. 1.909. São anuláveis as disposições testamentárias inquinadas de erro, dolo ou coação. 
• Aqui, há causas de anulabilidade. 
Parágrafo único. Extingue-se em quatro anos o direito de anular a disposição, contados de quando 
o interessado tiver conhecimento do vício. 
• Aqui, o prazo de 4 anos é contado a partir do conhecimento do vício. 
• Relembrou o professor, todavia, o art. 1859 do CC: 
Art. 1.859. Extingue-se em cinco anos o direito de impugnar a validade do testamento, contado o 
prazo da data do seu registro. 
Aqui, o prazo é de 5 anos, contado a partir do registro. Quanto à interpretação deste dispositivo, não 
pode ser entendida como nulidade, na medida em que está não se convalida e seria extinta a 
nulidade, que é mais grave, com prazo maior que a anulabilidade, menos grave. 
Há intensa divergência doutrinária a respeito: 
1. Sálvio Venosa entende só caberia para os casos de anulabilidade, na medida que as nulidades 
são insanáveis. 
1. Parte da doutrina entende que cabe para tanto para as nulidades e anulabilidades, na medida 
em que existiria norma especial face à parte geral, no tocante à teoria das nulidades. 
1. Há quem aplica o prazo de 5 anos para os casos de anulabilidade, contados da data registro, 
previsto no art.1859 do CC. 
1. Outros aplicam o prazo de 4 anos do art. 1909 do CC, contados do conhecimento do fato. 
Art. 1.910. A ineficácia de uma disposição testamentária importa a das outras que, sem aquela, não 
teriam sido determinadas pelo testador. 
Art. 1.911. A cláusula de inalienabilidade, imposta aos bens por ato de liberalidade, implica 
impenhorabilidade e incomunicabilidade. 
Parágrafo único. No caso de desapropriação de bens clausulados, ou de sua alienação, por 
conveniência econômica do donatário ou do herdeiro, mediante autorização judicial, o produto da 
venda converter-se-á em outros bens, sobre os quais incidirão as restrições apostas aos primeiros. 
 
 
 
06/11/2018 
 
COLAÇÃO 
Art. 2010 cc: estabelece as doações não sujeitas às doações. Gastos extraordinários feitos por 
ascendente com descendente enquanto menor, estão sujeitos à colação. E todos os gastos feitos pelo 
ascendente com o descendente depois de maior estão sujeitos à colação. 
 Viagem para disney por exemplo em todas as férias é gasto ordinário. Agora se os pais 
passaram os 15 anos do filho juntando dinheiro para poder levá-lo para a Disney é gasto 
extraordinário e está sujeito à colação. 
 Se um pai foi condenado sentencialmente para pagar alimentos para seu filho, aquele gasto 
não entra na colação pois não trata-se de uma doação. 
 O prazo para a colação é no curso do inventário. Mas passando o inventário, tem-se 10 anos 
para cobrar os sonegados. Se provar o dolo a pessoa fica com o bem todo pra ela. Como naquele 
exemplo dado pelo professor: Irmão estudou na Milton Campos(pai pagava), a irmã na UFMG. Se a 
irmã provar dolo ela fica com o bem todo pra ela. Mesmo não provando, ela terá direito aos 
sonegados. 
 As doações feitas pelos pais perante seus filhos importa em adiantamento da herança. Os 
gastos ordinários só valem para os filhos enquanto menores, maior não. 
 1º entendimento: As regras materiais que resolvem a sucessão são as que estavam em vigor 
durante a abertura da sucessão. Então se a pessoa morreu antes de entrar em vigor o cpc de 2015, 
necessariamente a colação será as regras conforme o código civil de 2002. apenas o procedimento é 
que vai ser o cpc de 2015 caso o inventário seja depois da entrada do cpc de 2015. 
 2º entendimento: tem outra corrente que acha que aplica o CPC a qualquer momento. 
Mesmo antes do novo cpc. 
 Para o professor cabe o primeiro entendimento. 
LER O RESTANTE DO LIVRO DO QUINTELA(PAGINA 1225). 
 
 
08/11/2018 
COLAÇÃO DO CÔNJUGE 
 
A diferença do artigo 544 cc para o 2002 cc, é que o 2002 não falou dos cônjuges. 
Art. 2003cc: estabelece a finalidade da colação e menciona o cônjuge. Há duas correntes para 
resolver a antinomia entre o artigo 544 e 2002 cc: 
• 1º corrente: faz interpretação literal do artigo 2002cc, dizendo, que é uma norma restritiva de 
direito sem dar margens á interpretação ampliativa, ou seja, logo o só os descendentes fará parte da 
colação, excluindo o cônjuge; 
• 2º corrente: por outro lado, pode-se fazer uma interpretação sistemática do artigo 544 com 
artigo 2002 e 2003, dizendo que o 544 diz que é legitima, o 2003 diz que vai igualar a do cônjuge 
com os descendentes, e o 2002 esqueceu de falar do cônjuge. E pode-se ainda utilizar a 
interpretação teleológica. 
Tanto a doutrina como a jurisprudênciafica dividida. 
 
Art. 549 cc: trata do contrato de doação. De quanto que o doador pode dispor do testamento? 50%. 
o código diz que é nulo o excesso. Ex: pessoa tem 1 milhão e doa 700 mil, ou seja, houve excesso, 
tendo que devolver os 200 mil que compõe à outra metade. 
 A nulidade nasce junto com o ato e nunca desaparece o que significa que posso discutir a 
nulidade em qualquer tempo. 
 O prazo para nulidade o ideal seria o prazo prescricional de 10 anos para discutir a 
declaração de nulidade. 
 O ideal pra discutir a declaração de nulidade seria a partir da abertura da sucessão. 
Se você não quiser deixar nada para seus filhos basta gastar tudo que tem. 
 Se as doações forem sucessivas, ou seja, a regra é que no momento da doação eu não posso 
doar mais da metade que eu tenho. Porem, se eu fizer doações sucessivas ex: tenho 1000 reais: doo 
200 hoje para meu amigo, no outro dia doo 300 para minha irmã, no outro dia doo mais 100, 
ultrapassando a metade do que tenho, a doação será valida, pois o que o código não proíbe é 
permitido, ou seja, eu não posso doar mais da metade contemporaneamente/ de uma vez só. 
 
DOAÇÃO INOFICIOSA 
 É a doação que excede a metade de que o doador poderia dispor em testamento no momento da 
doação. Não é a doação inoficiosa toda que é nula. Somente o excesso é nulo sendo o resto todo 
válido. 
 
 
SONEGAÇÃO DE BENS DA HERANÇA( pagina 1228 do livro do professor) 
(art. 1992 ao 1995cc) 
 
 Sonegação de bens da herança é a ocultação de bens que deveriam ter sido mencionados no 
inventário para que fosse objeto de partilha. Ocorre sonegação quando aquele que estava obrigado à 
colação deixa de comunicas às doações que recebeu do autor da herança. Justamente para que 
aquilo que ele recebeu não fosse descontado na sua herança. 
 Outro caso é o caso do inventariante que descobre os bens da herança, resolve ficar com 
aqueles bens e deixa de descrever nos inventários, para que ele não fosse partilhado entre os 
herdeiros. 
 Há também os casos que os próprios herdeiros ocultam bens da herança. Ex.: morreu sua tia 
avó. E uma semana antes de morrer você tinha pegado emprestado todas a joias dela para usar em 
uma festa. Ai ela morre e você fica quieto, para não dividir com os demais herdeiros. 
 Se concluído a partilha, algum beneficiário descobrir a sonegação, esse interessado pode 
ajuizar ação autônoma, que é a chamada ação de sonegados. Nessa ação você vai requerer que o 
sonegador apresente o bem, para que seja sobrepartilhado/sobrepartilha, que é a partilha depois da 
primeira partilha. A lei ainda permite um pedido adicional, que é a aplicação da pena de sonegados. 
A pena de sonegados tira do sonegador todo o direito que ele tinha sobre o bem que ele ocultou. 
Lembrando que os bens que ele não ocultou ele terá direito. 
 Existe jurisprudência que a aplicação da pena de sonegados só é aplicado aos bens 
sonegados de forma dolosa, não cabendo de forma culposa. 
 O juiz então entendeu que se não for provado o dolo, não haverá pena de sonegados, e 
aquele que ocultou poderá receber o bem que ocultou desde que não comprovado dolo. O STJ já 
adotou essa jurisprudência. Essa orientação tem prevalecido nos tribunais. 
 Lembrando que é o autor que deverá que provar que houve o dolo da pessoa que ocultou. 
 
 
INVENTÁRIO E PARTILHA (matéria tirada do blog do Lúcio) 
 
Há discussão sobre a natureza do procedimento de inventário e partilha, isto é, se de jurisdição 
voluntária ou contenciosa. Muitos entendem que é de voluntária, na medida em que não haveria lide 
a ser discutida. Lado outro, o CPC/73 e o NCPC prescrevem que ele é de procedimento de 
jurisdição contenciosa, ocorrendo a formação de coisa julgada material nesta. 
Quanto à finalidade do inventário, deve existir um procedimento de descrição dos bens da herança, 
além da descrição dos herdeiros, segundo as normas de direito material. O termo inventário consiste 
em arrolar, indicar, os bens da herança e os herdeiros. 
Finalizada o inventário, mesmo com a transmissão ocorrendo após a morte do autor da herança 
(pelo Princípio da Saisine), deve ser verificada a partilha entre os herdeiros. Ela será dispensável 
quando houver só um herdeiro ou quando não existir bens (inventário negativo). 
Anteriormente já permitido sob a égide do CPC/73, proporcionado por alteração legislativa neste 
Código, o NCPC permitiu a realização de inventário e partilha extrajudiciais, que ocorrem por meio 
de escritura pública, nos termos do art. 610 do NCPC: 
. 
§ 1º Se todos forem capazes e concordes, o inventário e a partilha poderão ser feitos por escritura 
pública, a qual constituirá documento hábil para qualquer ato de registro, bem como para 
levantamento de importância depositada em instituições financeiras. 
§ 2º O tabelião somente lavrará a escritura pública se todas as partes interessadas estiverem 
assistidas por advogado ou por defensor público, cuja qualificação e assinatura constarão do ato 
notarial. 
Esses procedimentos extrajudiciais são, inclusive, regulados pela Resolução n 35/2007 do CNJ. 
Há discussão, por parte dos processualistas, se a procedência ao inventário e partilha extrajudiciais 
são facultativas ou obrigatórias. Nesse contexto, parte se posiciona no sentido da obrigatoriedade 
(seria intenção do legislador a criação de rito específico nas causas mencionadas), ao passo que 
outra entende ser faculdade (tanto pela sugestão do texto do NCPC e da Resolução 35/2007 do CNJ, 
bem como pela suposta lesão ao Princípio da Inafastabilidade da Jurisdição). 
• Inventário 
1. Inventário extrajudicial 
São condições para o inventário extrajudicial: 
1. Partes capazes; 
2. Partes concordes; 
3. Inexistência de testamento. 
1. Inventário judicial 
São modalidades de inventário judicial, obrigatórias segundo o caso concreto: 
1. Tradicional ou solene 
 Dotado de caráter residual, é o procedimento mais longo. É disciplinado nos arts. 610 e ss do 
NCPC: 
Art. 610. Havendo testamento ou interessado incapaz, proceder-se-á ao inventário judicial. 
§ 1º Se todos forem capazes e concordes, o inventário e a partilha poderão ser feitos por escritura 
pública, a qual constituirá documento hábil para qualquer ato de registro, bem como para 
levantamento de importância depositada em instituições financeiras. 
§ 2º O tabelião somente lavrará a escritura pública se todas as partes interessadas estiverem 
assistidas por advogado ou por defensor público, cuja qualificação e assinatura constarão do ato 
notarial. 
Art. 611. O processo de inventário e de partilha deve ser instaurado dentro de 2 (dois) meses, a 
contar da abertura da sucessão, ultimando-se nos 12 (doze) meses subsequentes, podendo o juiz 
prorrogar esses prazos, de ofício ou a requerimento de parte. 
• Possui, desta feita, um prazo de 2 meses para a procedência ao inventário (anteriormente era 
de 60 dias). 
• Não há, todavia, sanção pelo descumprimento desse prazo. 
• O prazo de 12 meses também não é próprio. 
Art. 612. O juiz decidirá todas as questões de direito desde que os fatos relevantes estejam 
provados por documento, só remetendo para as vias ordinárias as questões que dependerem de 
outras provas. 
• Pode ser ajuizada, em ação autônoma e em outro juízo, ação declaratória de união estável, 
caso não exista prova documental. Essas questões que dependem de prova não documental são 
chamadas de questões de alta indagação. 
• São outras questões de alta indagação as atinentes à união estável, a existência de vínculos 
com ascendentes ou descendentes. 
Art. 613. Até que o inventariante preste o compromisso, continuará o espólio na posse do 
administrador provisório. 
Art. 614. O administrador provisório representa ativa e passivamenteo espólio, é obrigado a trazer 
ao acervo os frutos que desde a abertura da sucessão percebeu, tem direito ao reembolso das 
despesas necessárias e úteis que fez e responde pelo dano a que, por dolo ou culpa, der causa. 
• Evidenciou-se ainda a chamada administração provisória da herança, a qual é verificada até 
o procedimento de inventário e a assinatura do termo de compromisso pelo inventariante. O 
administrador provisório é responsável pela conservação dos bens e pelos atos de administração 
ordinários e de defesa da posse. Aduz, nesse contexto, o art. 1797 do CC: 
Art. 1.797. Até o compromisso do inventariante, a administração da herança caberá, 
sucessivamente: 
I – ao cônjuge ou companheiro, se com o outro convivia ao tempo da abertura da sucessão; 
II – ao herdeiro que estiver na posse e administração dos bens, e, se houver mais de um nessas 
condições, ao mais velho; 
III – ao testamenteiro; 
IV – a pessoa de confiança do juiz, na falta ou escusa das indicadas nos incisos antecedentes, ou 
quando tiverem de ser afastadas por motivo grave levado ao conhecimento do juiz. 
Art. 48. O foro de domicílio do autor da herança, no Brasil, é o competente para o inventário, a 
partilha, a arrecadação, o cumprimento de disposições de última vontade, a impugnação ou 
anulação de partilha extrajudicial e para todas as ações em que o espólio for réu, ainda que o óbito 
tenha ocorrido no estrangeiro. 
• Esta é a regra de competência territorial, de natureza relativa, que é a do foro do último 
domicílio do autor da herança, não sendo excluída a especialização interna quanto à matéria. 
Parágrafo único. Se o autor da herança não possuía domicílio certo, é competente: 
I – o foro de situação dos bens imóveis; 
II – havendo bens imóveis em foros diferentes, qualquer destes; 
III – não havendo bens imóveis, o foro do local de qualquer dos bens do espólio. 
• Legitimidade 
• A legitimidade para a demanda do inventário é concorrente, o que significa afirmar que 
qualquer dos legitimados pode, indistintamente, pleitear a instauração do processo de inventário e 
partilha. 
Aludem os arts. 615 e 616 do NCPC: 
Art. 615. O requerimento de inventário e de partilha incumbe a quem estiver na posse e na 
administração do espólio, no prazo estabelecido no art. 611. 
Parágrafo único. O requerimento será instruído com a certidão de óbito do autor da herança. 
Art. 616. Têm, contudo, legitimidade concorrente: 
I – o cônjuge ou companheiro supérstite; 
II – o herdeiro; 
III – o legatário; 
IV – o testamenteiro; 
V – o cessionário do herdeiro ou do legatário; 
VI – o credor do herdeiro, do legatário ou do autor da herança; 
VII – o Ministério Público, havendo herdeiros incapazes; 
VIII – a Fazenda Pública, quando tiver interesse; 
IX – o administrador judicial da falência do herdeiro, do legatário, do autor da herança ou do 
cônjuge ou companheiro supérstite. 
• Ultrapassado o prazo de 60 dias a contar do óbito, sem que qualquer dos legitimados tenha 
provocado a instauração do processo de inventário e partilha, permite a lei processual que o juiz dê 
início, de ofício, ao procedimento. 
• Não há a possibilidade de abertura de ofício pelo juiz, como existia no CPC/73. 
• A peça mais importante do inventário seria a chamada “últimas declarações”, que ocorre já 
com a presença do inventariante e nela já são arrolados os bens e herdeiros. Ela não se confunde 
com a petição inicial prevista neste dispositivo. 
• Petição inicial 
• Existe a necessidade de instrução com a certidão de óbito. 
• Levada a petição inicial à conclusão do juiz, e estando provado o óbito, o juiz nomeará 
inventariante, o qual, em 05 (cinco) dias prestará o compromisso de bem e fielmente desempenhar 
seu cargo. 
• Inventariante 
• O inventariante é um personagem extremamente importante no processo de inventário e 
partilha, sendo responsável por grande parte dos atos processuais mais relevantes nesse 
procedimento. Ele será o administrador e representante do espólio. 
Ele será nomeado pelo juiz, após indicação na petição inicial, respeitada a seguinte ordem, nos 
termos do art. 617 do NCPC: 
Art. 617. O juiz nomeará inventariante na seguinte ordem: 
I – o cônjuge ou companheiro sobrevivente, desde que estivesse convivendo com o outro ao tempo 
da morte deste; 
II – o herdeiro que se achar na posse e na administração do espólio, se não houver cônjuge ou 
companheiro sobrevivente ou se estes não puderem ser nomeados; 
III – qualquer herdeiro, quando nenhum deles estiver na posse e na administração do espólio; 
IV – o herdeiro menor, por seu representante legal; 
V – o testamenteiro, se lhe tiver sido confiada a administração do espólio ou se toda a herança 
estiver distribuída em legados; 
VI – o cessionário do herdeiro ou do legatário; 
VII – o inventariante judicial, se houver; 
VIII – pessoa estranha idônea, quando não houver inventariante judicial. 
Parágrafo único. O inventariante, intimado da nomeação, prestará, dentro de 5 (cinco) dias, o 
compromisso de bem e fielmente desempenhar a função. 
• O inventariante prestará um compromisso, mas, até que ele o faça, o espólio continuará na 
posse do administrador provisório, que é aquele que, ao tempo da abertura da sucessão, tinha a 
posse dos bens que compõem o espólio. Seria uma figura e um encargo que se intercala entre o 
morto – o inventariado – e o inventariante. 
Pode ser o próprio advogado, um dos sucessores ou até mesmo o que se tornará inventariante. Nos 
termos do arts. 613 e 614 do NCPC: 
Art. 613. Até que o inventariante preste o compromisso, continuará o espólio na posse do 
administrador provisório. 
Art. 614. O administrador provisório representa ativa e passivamente o espólio, é obrigado a trazer 
ao acervo os frutos que desde a abertura da sucessão percebeu, tem direito ao reembolso das 
despesas necessárias e úteis que fez e responde pelo dano a que, por dolo ou culpa, der causa. 
• Uma vez intimado da nomeação, o inventariante terá o prazo de 05 (cinco) dias para firmar o 
compromisso de bem e fielmente exercer seu cargo. 
• Incumbe ao inventariante atos essencialmente de gestão, nos termos dos arts. 618 e 619 do 
NCPC: 
Art. 618. Incumbe ao inventariante: 
I – representar o espólio ativa e passivamente, em juízo ou fora dele, observando-se, quanto ao 
dativo, o disposto no art. 75, § 1º; 
II – administrar o espólio, velando-lhe os bens com a mesma diligência que teria se seus fossem; 
III – prestar as primeiras e as últimas declarações pessoalmente ou por procurador com poderes 
especiais; 
IV – exibir em cartório, a qualquer tempo, para exame das partes, os documentos relativos ao 
espólio; 
V – juntar aos autos certidão do testamento, se houver; 
VI – trazer à colação os bens recebidos pelo herdeiro ausente, renunciante ou excluído; 
VII – prestar contas de sua gestão ao deixar o cargo ou sempre que o juiz lhe determinar; 
VIII – requerer a declaração de insolvência. 
Art. 619. Incumbe ainda ao inventariante, ouvidos os interessados e com autorização do juiz: 
I – alienar bens de qualquer espécie; 
II – transigir em juízo ou fora dele; 
III – pagar dívidas do espólio; 
IV – fazer as despesas necessárias para a conservação e o melhoramento dos bens do espólio. 
• O inventariante pode ser removido do seu encargo toda vez que ocorrer alguma das 
hipóteses previstas no art. 622 do NCPC, a saber: 
Art. 622. O inventariante será removido de ofício ou a requerimento: 
I – se não prestar, no prazo legal, as primeiras ou as últimas declarações; 
II – se não der ao inventário andamento regular, se suscitar dúvidas infundadas ou se praticar atos 
meramente protelatórios; 
III – se, por culpa sua, bens do espólio se deteriorarem, forem dilapidados ou sofrerem dano;IV – se não defender o espólio nas ações em que for citado, se deixar de cobrar dívidas ativas ou se 
não promover as medidas necessárias para evitar o perecimento de direitos; 
V – se não prestar contas ou se as que prestar não forem julgadas boas; 
VI – se sonegar, ocultar ou desviar bens do espólio. 
Art. 621. Só se pode arguir sonegação ao inventariante depois de encerrada a descrição dos bens, 
com a declaração, por ele feita, de não existirem outros por inventariar. 
• O procedimento para a remoção do inventariante seguirá a sequência a seguir: 
Art. 623. Requerida a remoção com fundamento em qualquer dos incisos do art. 622, será intimado 
o inventariante para, no prazo de 15 (quinze) dias, defender-se e produzir provas. 
Parágrafo único. O incidente da remoção correrá em apenso aos autos do inventário. 
Art. 624. Decorrido o prazo, com a defesa do inventariante ou sem ela, o juiz decidirá. 
Parágrafo único. Se remover o inventariante, o juiz nomeará outro, observada a ordem 
estabelecida no art. 617. 
Art. 625. O inventariante removido entregará imediatamente ao substituto os bens do espólio e, 
caso deixe de fazê-lo, será compelido mediante mandado de busca e apreensão ou de imissão na 
posse, conforme se tratar de bem móvel ou imóvel, sem prejuízo da multa a ser fixada pelo juiz em 
montante não superior a três por cento do valor dos bens inventariados. 
• Primeiras declarações 
• Após a nomeação do inventariante, este terá 20 dias para oferecer as primeiras declarações, 
conforme determina o art. 620 do NCPC: 
Art. 620. Dentro de 20 (vinte) dias contados da data em que prestou o compromisso, o inventariante 
fará as primeiras declarações, das quais se lavrará termo circunstanciado, assinado pelo juiz, pelo 
escrivão e pelo inventariante, no qual serão exarados: 
I – o nome, o estado, a idade e o domicílio do autor da herança, o dia e o lugar em que faleceu e se 
deixou testamento; 
II – o nome, o estado, a idade, o endereço eletrônico e a residência dos herdeiros e, havendo 
cônjuge ou companheiro supérstite, além dos respectivos dados pessoais, o regime de bens do 
casamento ou da união estável; 
III – a qualidade dos herdeiros e o grau de parentesco com o inventariado; 
IV – a relação completa e individualizada de todos os bens do espólio, inclusive aqueles que devem 
ser conferidos à colação, e dos bens alheios que nele forem encontrados, descrevendo-se: 
a) os imóveis, com as suas especificações, nomeadamente local em que se encontram, extensão da 
área, limites, confrontações, benfeitorias, origem dos títulos, números das matrículas e ônus que os 
gravam; 
b) os móveis, com os sinais característicos; 
c) os semoventes, seu número, suas espécies, suas marcas e seus sinais distintivos; 
d) o dinheiro, as joias, os objetos de ouro e prata e as pedras preciosas, declarando-se-lhes 
especificadamente a qualidade, o peso e a importância; 
e) os títulos da dívida pública, bem como as ações, as quotas e os títulos de sociedade, 
mencionando-se-lhes o número, o valor e a data; 
f) as dívidas ativas e passivas, indicando-se-lhes as datas, os títulos, a origem da obrigação e os 
nomes dos credores e dos devedores; 
g) direitos e ações; 
h) o valor corrente de cada um dos bens do espólio. 
§ 1º O juiz determinará que se proceda: 
I – ao balanço do estabelecimento, se o autor da herança era empresário individual; 
II – à apuração de haveres, se o autor da herança era sócio de sociedade que não anônima. 
§ 2º As declarações podem ser prestadas mediante petição, firmada por procurador com poderes 
especiais, à qual o termo se reportará. 
• Citações e impugnações 
• Após as primeiras declarações, o juiz determinará a citação do cônjuge ou companheiro, 
herdeiros e legatários, bem como a intimação da Fazenda Pública, do Ministério Público (sucessor 
incapaz ou ausente) e do testamenteiro, se houver testamento. Serão citadas pessoalmente apenas as 
pessoas domiciliadas na comarca onde tramita o inventário e partilha e as que aí forem encontradas, 
devendo-se citar as demais pessoas por edital. 
Art. 626. Feitas as primeiras declarações, o juiz mandará citar, para os termos do inventário e da 
partilha, o cônjuge, o companheiro, os herdeiros e os legatários e intimar a Fazenda Pública, o 
Ministério Público, se houver herdeiro incapaz ou ausente, e o testamenteiro, se houver testamento. 
§ 1º O cônjuge ou o companheiro, os herdeiros e os legatários serão citados pelo correio, observado 
o disposto no art. 247, sendo, ainda, publicado edital, nos termos do inciso III do art. 259. 
§ 2º Das primeiras declarações extrair-se-ão tantas cópias quantas forem as partes. 
§ 3º A citação será acompanhada de cópia das primeiras declarações. 
§ 4º Incumbe ao escrivão remeter cópias à Fazenda Pública, ao Ministério Público, ao testamenteiro, 
se houver, e ao advogado, se a parte já estiver representada nos autos. 
• Realizadas as citações, as partes terão o prazo comum de 15 quinze dias (e não 10, como 
ocorria no ACPC) para se manifestar sobre as primeiras declarações. Cabe às partes argüir erros e 
omissões, reclamar contra a nomeação do inventariante, bem como apresentar todas as discussões 
explicitadas acerca da sucessão legítima: 
Art. 627. Concluídas as citações, abrir-se-á vista às partes, em cartório e pelo prazo comum de 15 
(quinze) dias, para que se manifestem sobre as primeiras declarações, incumbindo às partes: 
I – arguir erros, omissões e sonegação de bens; 
II – reclamar contra a nomeação de inventariante; 
III – contestar a qualidade de quem foi incluído no título de herdeiro. 
§ 1º Julgando procedente a impugnação referida no inciso I, o juiz mandará retificar as primeiras 
declarações. 
§ 2º Se acolher o pedido de que trata o inciso II, o juiz nomeará outro inventariante, observada a 
preferência legal. 
§ 3º Verificando que a disputa sobre a qualidade de herdeiro a que alude o inciso III demanda 
produção de provas que não a documental, o juiz remeterá a parte às vias ordinárias e sobrestará, até 
o julgamento da ação, a entrega do quinhão que na partilha couber ao herdeiro admitido. 
• Seriam as matérias de alta indagação, discutidas nas vias ordinárias. 
Art. 628. Aquele que se julgar preterido poderá demandar sua admissão no inventário, requerendo-a 
antes da partilha. 
§ 1º Ouvidas as partes no prazo de 15 (quinze) dias, o juiz decidirá. 
§ 2º Se para solução da questão for necessária a produção de provas que não a documental, o juiz 
remeterá o requerente às vias ordinárias, mandando reservar, em poder do inventariante, o quinhão 
do herdeiro excluído até que se decida o litígio. 
• Nesse prazo, deverão os herdeiros proceder às colações, nos termos dos arts. 639 e 640 do 
NCPC. 
Art. 639. No prazo estabelecido no art. 627, o herdeiro obrigado à colação conferirá por termo nos 
autos ou por petição à qual o termo se reportará os bens que recebeu ou, se já não os possuir, trar-
lhes-á o valor. 
Parágrafo único. Os bens a serem conferidos na partilha, assim como as acessões e as benfeitorias 
que o donatário fez, calcular-se-ão pelo valor que tiverem ao tempo da abertura da sucessão. 
Art. 640. O herdeiro que renunciou à herança ou o que dela foi excluído não se exime, pelo fato da 
renúncia ou da exclusão, de conferir, para o efeito de repor a parte inoficiosa, as liberalidades que 
obteve do doador. 
§ 1º É lícito ao donatário escolher, dentre os bens doados, tantos quantos bastem para perfazer a 
legítima e a metade disponível, entrando na partilha o excedente para ser dividido entre os demais 
herdeiros. 
§ 2º Se a parte inoficiosa da doação recair sobre bem imóvel que não comporte divisão cômoda, o 
juiz determinará que sobre ela se proceda a licitação entre os herdeiros. 
§ 3º O donatáriopoderá concorrer na licitação referida no § 2º e, em igualdade de condições, terá 
preferência sobre os herdeiros. 
Art. 641. Se o herdeiro negar o recebimento dos bens ou a obrigação de os conferir, o juiz, ouvidas 
as partes no prazo comum de 15 (quinze) dias, decidirá à vista das alegações e das provas 
produzidas. 
§ 1º Declarada improcedente a oposição, se o herdeiro, no prazo improrrogável de 15 (quinze) dias, 
não proceder à conferência, o juiz mandará sequestrar-lhe, para serem inventariados e partilhados, 
os bens sujeitos à colação ou imputar ao seu quinhão hereditário o valor deles, se já não os possuir. 
§ 2º Se a matéria exigir dilação probatória diversa da documental, o juiz remeterá as partes às vias 
ordinárias, não podendo o herdeiro receber o seu quinhão hereditário, enquanto pender a demanda, 
sem prestar caução correspondente ao valor dos bens sobre os quais versar a conferência. 
• Após serem ouvidas as partes, a Fazenda Pública informará no prazo de 20 (vinte) dias o 
valor dos bens imóveis descritos nas primeiras declarações o que fará com base em seu cadastro 
imobiliário. No NCPC, o prazo é de 15 dias: 
Art. 629. A Fazenda Pública, no prazo de 15 (quinze) dias, após a vista de que trata o art. 627, 
informará ao juízo, de acordo com os dados que constam de seu cadastro imobiliário, o valor dos 
bens de raiz descritos nas primeiras declarações. 
• Avaliação dos bens 
• O juiz poderá nomear perito também, existindo um prazo comum de 10 dias para as partes 
se manifestarem sobre o laudo de avaliação. No NCPC, esses prazos serão de 15 dias. 
Art. 630. Findo o prazo previsto no art. 627 sem impugnação ou decidida a impugnação que houver 
sido oposta, o juiz nomeará, se for o caso, perito para avaliar os bens do espólio, se não houver na 
comarca avaliador judicial. 
Parágrafo único. Na hipótese prevista no art. 620, § 1º, o juiz nomeará perito para avaliação das 
quotas sociais ou apuração dos haveres. 
Art. 631. Ao avaliar os bens do espólio, o perito observará, no que for aplicável, o disposto nos arts. 
872 e 873. 
Art. 632. Não se expedirá carta precatória para a avaliação de bens situados fora da comarca onde 
corre o inventário se eles forem de pequeno valor ou perfeitamente conhecidos do perito nomeado. 
Art. 633. Sendo capazes todas as partes, não se procederá à avaliação se a Fazenda Pública, 
intimada pessoalmente, concordar de forma expressa com o valor atribuído, nas primeiras 
declarações, aos bens do espólio. 
Art. 634. Se os herdeiros concordarem com o valor dos bens declarados pela Fazenda Pública, a 
avaliação cingir-se-á aos demais. 
Art. 635. Entregue o laudo de avaliação, o juiz mandará que as partes se manifestem no prazo de 15 
(quinze) dias, que correrá em cartório. 
§ 1º Versando a impugnação sobre o valor dado pelo perito, o juiz a decidirá de plano, à vista do 
que constar dos autos. 
§ 2º Julgando procedente a impugnação, o juiz determinará que o perito retifique a avaliação, 
observando os fundamentos da decisão. 
Art. 636. Aceito o laudo ou resolvidas as impugnações suscitadas a seu respeito, lavrar-se-á em 
seguida o termo de últimas declarações, no qual o inventariante poderá emendar, aditar ou 
completar as primeiras. 
• Cálculo do tributo e últimas declarações 
• Findo o mencionado procedimento, após a oitiva das partes em suas impugnações no prazo 
de 15 (quinze) dias, o inventariante procederá às últimas declarações, até a qual poderão ser 
retificados os herdeiros e legatários. 
Art. 637. Ouvidas as partes sobre as últimas declarações no prazo comum de 15 (quinze) dias, 
proceder-se-á ao cálculo do tributo. 
• Ato contínuo, será feito o cálculo do Imposto de Transmissão Mortis Causa (ITCD), cujo 
prazo para a manifestação das partes é de 05 dias. Após, será feito o julgamento do cálculo do 
tributo. 
Art. 638. Feito o cálculo, sobre ele serão ouvidas todas as partes no prazo comum de 5 (cinco) dias, 
que correrá em cartório, e, em seguida, a Fazenda Pública. 
§ 1º Se acolher eventual impugnação, o juiz ordenará nova remessa dos autos ao contabilista, 
determinando as alterações que devam ser feitas no cálculo. 
§ 2º Cumprido o despacho, o juiz julgará o cálculo do tributo. 
• Calculado o imposto, será encerrado o inventário. 
• Do pagamento das dívidas 
Art. 642. Antes da partilha, poderão os credores do espólio requerer ao juízo do inventário o 
pagamento das dívidas vencidas e exigíveis. 
§ 1º A petição, acompanhada de prova literal da dívida, será distribuída por dependência e autuada 
em apenso aos autos do processo de inventário. 
§ 2º Concordando as partes com o pedido, o juiz, ao declarar habilitado o credor, mandará que se 
faça a separação de dinheiro ou, em sua falta, de bens suficientes para o pagamento. 
§ 3º Separados os bens, tantos quantos forem necessários para o pagamento dos credores habilitados, 
o juiz mandará aliená-los, observando-se as disposições deste Código relativas à expropriação. 
§ 4º Se o credor requerer que, em vez de dinheiro, lhe sejam adjudicados, para o seu pagamento, os 
bens já reservados, o juiz deferir-lhe-á o pedido, concordando todas as partes. 
§ 5º Os donatários serão chamados a pronunciar-se sobre a aprovação das dívidas, sempre que haja 
possibilidade de resultar delas a redução das liberalidades. 
Art. 643. Não havendo concordância de todas as partes sobre o pedido de pagamento feito pelo 
credor, será o pedido remetido às vias ordinárias. 
Parágrafo único. O juiz mandará, porém, reservar, em poder do inventariante, bens suficientes para 
pagar o credor quando a dívida constar de documento que comprove suficientemente a obrigação e 
a impugnação não se fundar em quitação. 
Art. 644. O credor de dívida líquida e certa, ainda não vencida, pode requerer habilitação no 
inventário. 
Parágrafo único. Concordando as partes com o pedido referido no caput, o juiz, ao julgar 
habilitado o crédito, mandará que se faça separação de bens para o futuro pagamento. 
Art. 645. O legatário é parte legítima para manifestar-se sobre as dívidas do espólio: 
I – quando toda a herança for dividida em legados; 
II – quando o reconhecimento das dívidas importar redução dos legados. 
Art. 646. Sem prejuízo do disposto no art. 860, é lícito aos herdeiros, ao separarem bens para o 
pagamento de dívidas, autorizar que o inventariante os indique à penhora no processo em que o 
espólio for executado 
• Partilha 
• Terminada a fase de inventário dos bens do autor da herança, passa-se para a fase de fase de 
partilha, que consiste na divisão propriamente dita desses bens para atribuição aos seus sucessores. 
Segundo Washington Monteiro de Barros, “partilha é a repartição dos bens da herança ou a 
distribuição do acervo hereditário entre os herdeiros”. 
• Quanto à partilha, ela pode ser amigável, estabelecida de forma amigável pelos herdeiros ou 
legatários, judicial (ocorrendo acordo) ou extrajudicial (partes concordes e 
capazes), judicial (quando não houver acordo entre os herdeiros) ou “em vida”, estipulada no art. 
2018 do CC e verificada no caso em que o autor da herança definiu por doações ou testamento a 
partilha, geralmente mediante o estabelecimento de usufruto. 
Se esta for feita em vida por doações para descendentes, estarão estes obrigados à colação, o que é 
questionável pela definição da colação por substância estabelecida no NCPC. Já na partilha em vida 
por testamento se tenta resolver a sucessão legítima no testamento, com a delineação dos bens a 
cada um dos herdeiros ou legatários. Ela também é muito questionável, na medida em que na 
sucessão legítima os herdeiros possuem direitos a proporção específica de todos os bens. 
• Ela se inicia a partir do ato do juiz que concede às partes prazo de 15 dias para que 
formulemo pedido de quinhão. 
Art. 647. Cumprido o disposto no art. 642, § 3º, o juiz facultará às partes que, no prazo comum de 
15 (quinze) dias, formulem o pedido de quinhão e, em seguida, proferirá a decisão de deliberação 
da partilha, resolvendo os pedidos das partes e designando os bens que devam constituir quinhão de 
cada herdeiro e legatário. 
Parágrafo único. O juiz poderá, em decisão fundamentada, deferir antecipadamente a qualquer dos 
herdeiros o exercício dos direitos de usar e de fruir de determinado bem, com a condição de que, ao 
término do inventário, tal bem integre a cota desse herdeiro, cabendo a este, desde o deferimento, 
todos os ônus e bônus decorrentes do exercício daqueles direitos. 
• Quanto às diretrizes da partilha, deve observar o partidor (atuante nos casos em que a 
partilha não for amigável), prescreve o art. 648 do NCPC: 
Art. 648. Na partilha, serão observadas as seguintes regras: 
I – a máxima igualdade possível quanto ao valor, à natureza e à qualidade dos bens; 
II – a prevenção de litígios futuros; 
III – a máxima comodidade dos coerdeiros, do cônjuge ou do companheiro, se for o caso. 
• Após, o juiz deliberará sobre a partilha, resolvendo os pedidos das partes e designando os 
bens que deverão constituir o quinhão de cada sucessor. 
• Posteriormente, os autos serão remetidos ao partidor judicial, o qual organizará o esboço de 
partilha com base na decisão de deliberação de partilha. Apresentado este, as partes se manifestarão 
no prazo comum de 15 dias. 
Art. 649. Os bens insuscetíveis de divisão cômoda que não couberem na parte do cônjuge ou 
companheiro supérstite ou no quinhão de um só herdeiro serão licitados entre os interessados ou 
vendidos judicialmente, partilhando-se o valor apurado, salvo se houver acordo para que sejam 
adjudicados a todos. 
Art. 650. Se um dos interessados for nascituro, o quinhão que lhe caberá será reservado em poder 
do inventariante até o seu nascimento. 
Art. 651. O partidor organizará o esboço da partilha de acordo com a decisão judicial, observando 
nos pagamentos a seguinte ordem: 
I – dívidas atendidas; 
II – meação do cônjuge; 
III – meação disponível; 
IV – quinhões hereditários, a começar pelo coerdeiro mais velho. 
Art. 652. Feito o esboço, as partes manifestar-se-ão sobre esse no prazo comum de 15 (quinze) dias, 
e, resolvidas as reclamações, a partilha será lançada nos autos. 
• Resolvidas as reclamações, será a partilha lançada nos autos, e que respeitará as questões 
estatuídas no art. 653 do NCPC. 
Art. 653. A partilha constará: 
I – de auto de orçamento, que mencionará: 
a) os nomes do autor da herança, do inventariante, do cônjuge ou companheiro supérstite, dos 
herdeiros, dos legatários e dos credores admitidos; 
b) o ativo, o passivo e o líquido partível, com as necessárias especificações; 
c) o valor de cada quinhão; 
II – de folha de pagamento para cada parte, declarando a quota a pagar-lhe, a razão do pagamento e 
a relação dos bens que lhe compõem o quinhão, as características que os individualizam e os ônus 
que os gravam. 
Parágrafo único. O auto e cada uma das folhas serão assinados pelo juiz e pelo escrivão. 
• Em seguida, será recolhido o ITCD à Fazenda Estadual. 
Art. 654. Pago o imposto de transmissão a título de morte e juntada aos autos certidão ou 
informação negativa de dívida para com a Fazenda Pública, o juiz julgará por sentença a partilha. 
Parágrafo único. A existência de dívida para com a Fazenda Pública não impedirá o julgamento da 
partilha, desde que o seu pagamento esteja devidamente garantido. 
• Provado o pagamento deste, e vindo aos autos certidão negativa da existência de dívida cujo 
credor é a Fazenda Pública, o juiz julgará por sentença a partilha, encerrando o procedimento 
especial. Aludida sentença terá eficácia executiva em relação aos demais sucessores e ao 
inventariante. 
Art. 655. Transitada em julgado a sentença mencionada no art. 654, receberá o herdeiro os bens que 
lhe tocarem e um formal de partilha, do qual constarão as seguintes peças: 
I – termo de inventariante e título de herdeiros; 
II – avaliação dos bens que constituíram o quinhão do herdeiro; 
III – pagamento do quinhão hereditário; 
IV – quitação dos impostos; 
V – sentença. 
Parágrafo único. O formal de partilha poderá ser substituído por certidão de pagamento do 
quinhão hereditário quando esse não exceder a 5 (cinco) vezes o salário-mínimo, caso em que se 
transcreverá nela a sentença de partilha transitada em julgado. 
• No caso de existir somente um sucessor, será expedido não o formal de partilha, mas uma 
carta de adjudicação. 
• A partilha amigável é suscetível de anulação, nos termos do art. 657 do NCPC, no prazo de 
1 ano, sob pena de, desrespeitado este, ele poder se convalidar: 
Art. 657. A partilha amigável, lavrada em instrumento público, reduzida a termo nos autos do 
inventário ou constante de escrito particular homologado pelo juiz, pode ser anulada por dolo, 
coação, erro essencial ou intervenção de incapaz, observado o disposto no § 4º do art. 966. 
Parágrafo único. O direito à anulação de partilha amigável extingue-se em 1 (um) ano, contado 
esse prazo: 
I – no caso de coação, do dia em que ela cessou; 
II – no caso de erro ou dolo, do dia em que se realizou o ato; 
III – quanto ao incapaz, do dia em que cessar a incapacidade. 
• A partilha judicial pode ser rescindida, por meio de ação rescisória, cujo prazo é de 2 anos: 
1. Nos casos do art. 657 do NCPC. 
1. Quanto houver preterição de formalidades legais; 
1. No caso de preterição de herdeiro ou inclusão de não-herdeiro; 
Art. 658. É rescindível a partilha julgada por sentença: 
I – nos casos mencionados no art. 657; 
II – se feita com preterição de formalidades legais; 
III – se preteriu herdeiro ou incluiu quem não o seja. 
• Pode ser emendada a partilha, nos termos do art. 656 do NCPC: 
Art. 656. A partilha, mesmo depois de transitada em julgado a sentença, pode ser emendada nos 
mesmos autos do inventário, convindo todas as partes, quando tenha havido erro de fato na 
descrição dos bens, podendo o juiz, de ofício ou a requerimento da parte, a qualquer tempo, 
corrigir-lhe as inexatidões materiais. 
• Pode ser feita sobrepartilha nas hipóteses do art. 669 do NCPC, as quais se manifestam pela 
superveniência de bens: 
Art. 669. São sujeitos à sobrepartilha os bens: 
I – sonegados; 
II – da herança descobertos após a partilha; 
III – litigiosos, assim como os de liquidação difícil ou morosa; 
IV – situados em lugar remoto da sede do juízo onde se processa o inventário. 
Parágrafo único. Os bens mencionados nos incisos III e IV serão reservados à sobrepartilha sob a 
guarda e a administração do mesmo ou de diverso inventariante, a consentimento da maioria dos 
herdeiros. 
Art. 670. Na sobrepartilha dos bens, observar-se-á o processo de inventário e de partilha. 
Parágrafo único. A sobrepartilha correrá nos autos do inventário do autor da herança. 
• Arrolamento 
Consiste em forma simplificada de inventário e partilha, através da redução dos atos procedimentais 
e abreviação dos prazos. Não dispensa a intervenção judicial, em face dos interesses de terceiros, na 
liquidação da herança, mas agiliza o procedimento, com a sua abreviação em casos especiais. 
São espécies: 
• Arrolamento sumário 
Nele, a petição inicial do procedimento já informa um plano de partilha, somente cabendo quando 
os herdeiros forem capazes e concordes com o plano de partilha. Todos os herdeiros apresentam a 
inicial conjuntamente, com a declaração e avaliação dos bens, e com o plano de partilha. O juiz 
homologa o plano, independentemente de comprovação de quitação fiscal. 
Para os que entendem que o procedimento de inventario extrajudicial é obrigatórioe não facultativo, 
o arrolamento sumário seria adequado nos casos em que há apenas um herdeiro e o mesmo é 
incapaz, qualquer que seja o valor dos bens do espólio. Não há avaliação dos bens (para fins de 
partilhas será utilizada a avaliação feita pelo herdeiro na petição inicial). 
Aduz o art. 659 NCPC: 
Art. 659. A partilha amigável, celebrada entre partes capazes, nos termos da lei, será homologada 
de plano pelo juiz, com observância dos arts. 660 a 663. 
§ 1º O disposto neste artigo aplica-se, também, ao pedido de adjudicação, quando houver herdeiro 
único. 
§ 2º Transitada em julgado a sentença de homologação de partilha ou de adjudicação, será lavrado o 
formal de partilha ou elaborada a carta de adjudicação e, em seguida, serão expedidos os alvarás 
referentes aos bens e às rendas por ele abrangidos, intimando-se o fisco para lançamento 
administrativo do imposto de transmissão e de outros tributos porventura incidentes, conforme 
dispuser a legislação tributária, nos termos do § 2º do art. 662. 
Art. 660. Na petição de inventário, que se processará na forma de arrolamento sumário, 
independentemente da lavratura de termos de qualquer espécie, os herdeiros: 
I – requererão ao juiz a nomeação do inventariante que designarem; 
II – declararão os títulos dos herdeiros e os bens do espólio, observado o disposto no art. 630; 
III – atribuirão valor aos bens do espólio, para fins de partilha. 
Art. 661. Ressalvada a hipótese prevista no parágrafo único do art. 663, não se procederá à 
avaliação dos bens do espólio para nenhuma finalidade. 
Art. 662. No arrolamento, não serão conhecidas ou apreciadas questões relativas ao lançamento, ao 
pagamento ou à quitação de taxas judiciárias e de tributos incidentes sobre a transmissão da 
propriedade dos bens do espólio. 
§ 1º A taxa judiciária, se devida, será calculada com base no valor atribuído pelos herdeiros, 
cabendo ao fisco, se apurar em processo administrativo valor diverso do estimado, exigir a eventual 
diferença pelos meios adequados ao lançamento de créditos tributários em geral. 
§ 2º O imposto de transmissão será objeto de lançamento administrativo, conforme dispuser a 
legislação tributária, não ficando as autoridades fazendárias adstritas aos valores dos bens do 
espólio atribuídos pelos herdeiros. 
Art. 663. A existência de credores do espólio não impedirá a homologação da partilha ou da 
adjudicação, se forem reservados bens suficientes para o pagamento da dívida. 
Parágrafo único. A reserva de bens será realizada pelo valor estimado pelas partes, salvo se o 
credor, regularmente notificado, impugnar a estimativa, caso em que se promoverá a avaliação dos 
bens a serem reservados.

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