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ÓLEOS E GORDURAS • São triglicerídeos, ou seja, são cadeias carbônicas longas; – Gorduras: ligações simples entre os átomos de carbono: sólida; – Óleos: ligações duplas entre os carbonos: líquida; ÓLEOS E GORDURAS • Funções das gorduras: 1) Componentes de estruturas celulares (membranas plasmáticas); 2) Principal fonte energética do organismo (1 grama fornece 9 Kcal); 3) Importante isolante térmico e físico; 4) Sintetizam hormônios e ácidos biliares; 5) Veículos de vitaminas lipossolúveis (A, D, E, K); 6) Proporcionam mais palatabilidade aos alimentos. ÓLEOS E GORDURAS • Necessidades diárias: deve-se ingerir uma grama de gordura por quilo de peso, no mínimo. Em relação ao valor calórico total da dieta, cerca de 25 a 35% das calorias devem ser de fontes lipídicas. • Fontes alimentares: – Origem animal: creme de leite, manteiga, toucinho, banha, óleo de fígado de bacalhau, leite integral, queijos, carnes, gema do ovo, etc. – Origem vegetal: margarina, gordura hidrogenada, óleos (milho, soja, oliva, algodão...), azeitona, chocolate, abacate, nozes, castanhas, coco, etc. ÓLEOS E GORDURAS • Classificação: – Lipídios simples: São triglicerídeos, que quando decompostos originam ácidos graxos e glicerol; – Lipídios compostos: São combinações de gorduras e outros componentes, como por exemplo, fósforo, glicídios, nitrogênio e enxofre; – Lipídios derivados: São substâncias produzidas na hidrólise ou decomposição dos lipídeos: • Ácidos graxos saturados: cadeia não apresenta ligações duplas; • Ácido graxo monoinsaturado: cadeia apresenta ligações duplas; • Ácido graxo polinsaturado: cadeia contém várias duplas ligações; ÓLEOS E GORDURAS • Classificação: – Ácidos graxos essenciais: • Ômega 6 (ácido Linoléico): não prejudiciais, são mais suscetíveis à oxidação e talvez reduzam as concentrações da HDL; • Ômega 3 (ácido Alfa-Linolênico): reduzem os triglicerídeos séricos, melhoram a função plaquetária, promovem ligeira redução na pressão arterial (PA) em pacientes hipertensos e parecem ter efeito antiinflamatório; – Gorduras trans: são formadas a partir do processo de hidrogenação industrial ou natural dos ácidos graxos. OLEOS E GORDURAS MonoinsaturadosPoliinsaturadosSaturados Cadeia Longa C14-C24 Cadeia Curta C6-C12 Babaçu Côco Palmiste Tucum Cuphea Óleos de Amêndoas Cacau Leite Banha Sebo Dendê Oliva Canola Açafrão (h) Girassol (h) Linoleico Milho Algodão Soja Açafrão (R) Girassol (R) Linolênico Linhaça Óleo de Pescado Atum Macarella Salmão Arengue omega 9omega 6omega 3 Lipídios ÓLEOS VEGETAIS MAIS UTILIZADOS NA FORMULAÇÃO DE COSMÉTICOS • Óleo de amêndoas doces: indicado para peles secas como hidratante, prevenir estrias, anti-rugas; • Óleo de girassol: produção de cremes,emulsões e pomadas para contusões, feridas e esfoladuras, elevado poder nutritivo; • Óleo de gérmen de trigo: retarda o envelhecimento da pele, ressecamento e rugas da pele; • Óleo de semente de uva: prevenção de estrias, hidratante, cabelos ressecados e sem vida; • Óleo de palma: antioxidante; • Óleo de buriti e óleo de babaçu: altos teores de matérias graxas (sabão, xampu); • Óleo de linhaça: acne e cicatrizante; • Óleo de lecitina: suavidade e flexibilidade da pele; • Óleo mineral: cremes, protetores, hidratantes. OLEOS E GORDURAS - Processamento de óleos vegetais (resumido) Matéria-prima Preparo da semente Quebra da semente Cozimento Laminação Extração do óleo Refino do óleo Remoção casca Farelo Degomagem Especial Branqueamento Desacidificação/ Desodorização Refino Físico Óleo Comestível Goma ácida para farelo Secagem Das gomas Cisão da borra Lecitina Bruta Óleo ácidoNeutralização Alcalina Degomagem Branqueamento Desodorização Óleo Bruto Refino Alcalino Destilados Óleo Comestível OLEOS E GORDURAS - Refino de óleos & Gordura OLEOS E GORDURAS - Caracterização físico-química 1) Métodos Físicos índice de refração densitometria 2) Químicos (quantitativos) Índice de Iodo Índice de saponificação Índice de peróxidos Índice de Acidez - Acidez (ac. Oléico) OLEOS E GORDURAS - Composição do óleo bruto e refinado Componente Bruto Refinado Triglicerídios (%) 95-97 >99 Fosfatídios (%) 1,5-2,3 0,05 Mat. Insaponifícável(%) 1,6 0,3 Fitosteróis 0,33 0,13 Tocoferóis 0,15-0,21 0,11 Hidrocabonetos(%) 0,014 0,01 AGL (FFA%) 0,3-0,7 <0,05 Carotenóides (mg.kg -1 ) 15-30 ND Traços de Metais (mg.kg -1 ) Ferro 13 <0,3 Cobre 0,03-0,5 <0,06 - Caracterização físico-química 1) Densidade Caracterização: OBS: ➢métodos: ICL (WIJS) e outro Ibr (HANUS). ➢Wijs: mais exato Definição: “gramas de iodo que são adicionadas em 100g de amostra”. ÌNDICE DE IODO: • medida da insaturação • resultado expresso em termos de iodo, independente de a reação ter sido com iodo ou outro halogênio (F, Cl, Br e I). ICL + KI ® I2 + KCl IBr + KI ® I2 + KBr - Indice Iodo de alguns óleos - ÓLEOS I.I * Coco 7.5 - 10.5 Milho 103 - 128 Semente de algodão 99 - 113 Semente de Uva 35 Linhaça 155 - 205 Oliva 80 - 88 *Palma (dendê) 44 - 54 Soja 120 - 141 * Manteiga 25 - 42 Banha 53 - 77 Caracterização: Definição: “número de miligramas de hidróxido de potássio necessário para neutralizar os ácidos graxos resultantes da hidrólise completa de 1g de amostra ”. ÌNDICE DE SAPONIFICAÇÃO: • quantidade relativa de ácidos graxos de alto e baixo PM • ésteres de ácidos graxos de baixo PM mais álcali para a saponificação • IS: “inversamente proporcional ao peso molecular dos ácidos graxos presentes nos triacilgliceróis” C3H5 (C17H35COO)3 + 3KOH ® C3H5 (OH)3 + 3C17H35COOK ESTEARINA GLICEROL ESTEARATO DE POTÁSSIO Oxidação de óleos e gorduras OBS: ✓Rancidez: deterioração da gordura, constitui um dos mais importantes problemas técnicos nas indústrias de alimentos A deterioração pode ocorrer através de 2 formas diferentes: •rancidez hidrolítica: hidrólise da ligação éster por lipase e umidade. •rancidez oxidativa: autoxidação dos acilgliceróis com ácidos graxos insaturados por oxigênio atmosférico. Rancidez hidrolítica - Índice de acidez (I.A.) OBS (procedimento): Reação de neutralização ✓ dissolução da gordura em um solvente misto ✓ titulação: solução padrão de NaOH ✓ Indicador:fenolftaleína Rancidez hidrolítica: decomposição das gorduras através da lipase é acelerada por luz e calor • ácidos graxos livres sabor\odor desagradável Índice e acidez: “número de miligramas de KOH requerido para neutralizar os ácidos graxos livres em 1 g de amostra”. Rancidez oxidativa - Índide de peróxido (I.P.) OBS:procedimento IP: dissolução da gordura em ácido acético – clorofórmio ✓iodeto de potássio ✓ titulando o iodo liberado (o I¯ é oxidado em I2 pelo peróxido da amostra) com solução padrão de tiossulfato de sódio ✓ amido como indicador. Rancidez oxidativa: decomposição dos ácidos graxos insaturados das gorduras, acelerada pelo oxigênio ✓O resultado é expresso como equivalente de peróxido por 100g de amostra. Consequências: ✓ destruição das vitaminas lipossulúveis e dos ácidos graxos essenciais ✓ subprodutos com sabor - odor forte desagradável (hidroperóxidos). - Requesitos específicos oléos (Legislação)1 - 1. Acidez: - Óleos e gorduras refinados (*exceto azeite de oliva refinado e óleo de bagaço de oliva refinado): máximo 0,6 mg KOH/g - Óleos prensados a frio e não refinados: máximo 4,0 mg KOH/g - Óleo de palmavirgem: máximo 10,0 mg KOH/g - Azeite de oliva extra virgem: máximo 0,8 g/100 g em ácido oléico - Azeite de oliva virgem: máximo 2,0 g/100 g em ácido oléico - Azeite de oliva: máximo 1,0 g/100 g em ácido oléico - Azeite de oliva refinado: máximo 0,3 g /100 g em ácido oléico - Óleo de bagaço de oliva refinado: máximo 0,3 g/100 g em ácido oléico 2. Índice de peróxidos - Óleos e gorduras refinadas*: máximo 10 meq/kg - Óleos prensados a frio e não refinados: máximo 15 meq/kg - Azeite de oliva virgem: máximo 20 meq/kg - Azeite de oliva: máximo 15 meq/kg - Azeite de oliva refinado: máximo 5 meq/kg -Óleo de bagaço de oliva refinado: máximo 5 meq/kg Obs:1 www. Anvisa.gov.br
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