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Profa Roseli Lopes da Silva o Substância orgânica solúvel em solventes orgânicos não-polares (éter, clorofórmio, benzeno e alcanos) e insolúveis em solventes polares (água e álcool) Estrutural: participam das estruturas dos tecidos; fazem parte da membrana celular e organelas Hormonal: prostaglandinas, esteroides, andrógenos, estrogênios e progesterona. Aporte de ácidos graxos essenciais; Veiculação de vitaminas lipossolúveis (A , D, E e K); Melhorar a palatabilidade dos alimentos;Saciedade →aumentam o tempo de digestão (ácido graxo de cadeia longa) . Triacilglicerois mais comuns em alimentos (95%) Óleos e Gorduras o Triacilglicerois são formados por uma molécula de glicerol e três moléculas de ácidos graxos; Principal constituinte dos lipídeos alimentares: triglicerídeos Ácido palmítico (16:0) Ácido oléico (18:1n-9) Ácido linolênico (18:3n-3) o Ácidos graxos iguais ou diferentes – mais comuns contém 14, 16 ou 18 átomos de carbono São compostos que possuem uma cadeia hidrocarbonada e um grupamento carboxila terminal. Diferem: comprimento da cadeia carbônica, número e posição das duplas ligações. (12:0) Saturado Ácido Esteárico (C18:0) Monoinsaturado Ácido Oléico (C18:1) Poli-insaturados Ácido Linoleico (C18:2) = ômega 6 Ácido Linolênico (C18:3) = ômega 3 Saturados Somente ligações simples Sólidos a temperatura ambiente Fontes: manteiga, óleo de coco e palma Insaturados 1 ou mais ligações duplas Geralmente fluidos a temperatura ambiente Ácidos Graxos Monoinsaturados (MUFA) Contém apenas 1 dupla ligação Fontes: azeite de oliva, óleo de canola, óleo de amendoim e abacate. Ácidos Graxos Poliinsaturados (PUFA) Contém 2 ou mais duplas ligações; Fontes: óleo de milho, soja, girassol, açafrão e semente de algodão. NOME ÁTOMOS DE C FÓRMULA FONTE Ácido Butírico 04 C3H7COOH Manteiga Ácido Capróico 06 C5H11COOH Manteiga Ácido Caprílico 08 C7H15COOH Óleo de coco Ácido Cáprico 10 C9H19COOH Óleo de palma Ácido Láurico 12 C11H23COOH Óleo de coco Ácido Mirístico 14 C13H27COOH Óleo de noz- moscada Ácido Palmítico 16 C15H31COOH Triglicerídeos Ácido Esteárico 18 C17H35COOH Triglicerídeos Ácido Araquídico 20 C19H39COOH Óleo de amendoim Ácido Palmitoléico 16 (1) C15H29COOH Manteiga Ácido Oléico 18 (1) C17H33COOH Óleo de oliva Ácido Linoléico * 18 (2) C17H31COOH Óleo de linhaça Ácido Linolênico * 18 (3) C17H29COOH Óleo de linhaça Ácido Araquidônico* 20 (4) C19H31COOH Tecido nervoso Óleos Gorduras Estado Físico a 25ºC Sólidas Líquidos Ácidos graxos saturados Ácidos graxos insaturados Ponto de fumaça: é a temperatura em que se inicia a emissão de fumaça, transformando os óleos insaturados em ácido graxo (gordura) saturado, prejudicial à saúde. Formação de acroleína! Instrução normativa nº 1, 30 de janeiro de 2012 Regulamento técnico do azeite de oliva e do óleo de bagaço de oliva RDC n° 270, 22 de Setembro de 2005 (ANVISA) Regulamento técnico para óleos vegetais, gorduras vegetais e creme vegetal Instrução normativa n°49 de 2006 (MAPA) Regulamento técnico de identidade e qualidade dos óleos vegetais refinados Portaria n° 372 de 4 de Setembro de 1997 (MAPA) Regulamento técnico de identidade e qualidade de margarina Portaria n° 146 de 7 de Março de 1996 (MAPA) Regulamento técnico de identidade e qualidade de manteiga o Obtenção do óleo bruto: série de etapas utilizando temperaturas elevadas o Refino: utilizando solventes químicos. o Processos p/ transformar o óleo bruto em óleo comestível; o Remoção de fosfolipídios, AGL e oxidados, clorofila, carotenoides e subst. voláteis. o Melhora a aparência, o aroma e o sabor; Produto extraído do fruto da oliveira unicamente por processos mecânicos ou outros meios físicos; o azeite assim obtido pode, ainda, ser submetido aos tratamentos de lavagem, decantação, centrifugação e filtração; Extra virgem e virgem Grupo Azeite de Oliva Virgem Azeite de Oliva Azeite de Oliva refinado Tipo Extra virgem Virgem Lampante Único Único Acidez Livre (%) ≤ 0,80 ≤ 2,00 ≥ 2,00 ≤ 1,00 ≤ 0,30 Índice de Peróxidos (mEq/kg) ≤ 20,0 (*) ≤ 15,00 ≤ 5,00 Limites de Tolerância de Parâmetros de Qualidade do Azeite de Oliva Azeite lampante possui cheiro forte e acidez elevada, pois é extraído de azeitonas deterioradas ou fermentadas, não deve ser destinado à alimentação! o De 24 marcas avaliadas, encontram- se fraudadas: • Tradição; • Figueira da Foz; • Torre de Quintela; • Pramesa; • Lisboa; • Beirão (azeite virgem). o Adição de óleos de sementes oleaginosas aos produtos (exceto Beirão); o Todas as marcas indicaram que o azeite era extravirgem em seu rótulo, no entanto, não apresenta as características sensoriais adequadas para esse tipo de produto. o Quando se tratar de mistura de azeite de oliva com óleo(s) de outra(s) espécie(s) vegetal(is), o percentual (%) de azeite de oliva deve ser declarado na designação do produto com o mesmo tamanho e destaque o Para os óleos vegetais deve constar, em destaque e em negrito, a recomendação “Manter em local seco e longe de fonte de calor” ou expressão equivalente sobre a conservação do produto. o Para os produtos acondicionados em embalagens transparentes, acrescentar “ao abrigo da luz”. Certificado de Classificação: o Emitido pelo MAPA ou pelas pessoas jurídicas, devidamente credenciadas pelo mesmo, de acordo com a legislação vigente o É o documento hábil para comprovar a realização da classificação, correspondendo a um determinado lote de produto classificado o Só poderá ser emitido mediante a apresentação do Laudo de Análise Físico-Química, emitido por laboratório oficial ou credenciado Laudo deverá conter: análises realizadas com os respectivos resultados, motivos de (des)classificação e fraudes (quando houver) o latas, vidro ou garrafas PET; o embalagens de atmosfera modificada › substituição de oxigênio por CO2 e nitrogênio; o embalagem com proteção à luz › vidro escuro, latas; › estabilizadores de luz; Inventada em 1886 Processo de hidrogenação o Adição de H às insaturações dos ácidos graxos; o Maior estabilidade oxidativa; o Transformação do óleo líquido em gordura mudança no estado físico do lipídio; o Confere plasticidade: margarina, creme vegetal e gordura vegetal hidrogenada; o Aumento do ponto de fusão. GORDURAS “Trans” o OMS: cota diária de ácidos graxos trans é de 2,2 gramas, no máximo. o Os ruminantes são os únicos seres vivos que conseguem fazer o processo de hidrogenação naturalmente. o O rúmem contém bactérias que conseguem transformar uma pequena parte dos ácidos graxos insaturados da sua dieta em ácidos graxos insaturados trans; o Gordura animal apresenta uma pequena quantidade de ácidos graxos trans naturalmente Afeta a qualidade nutricional e sensorial o Suscetíveis a formação de odor típico de ranço; RANCIDEZ = DETERIORAÇÃO DAS GORDURAS Um dos problemas técnicos mais importantes na indústria de alimentos Rancidez Hidrolítica Rancidez Oxidativa o Hidrólise dos triglicerídeos, com liberação e acúmulo de ácidos graxos livres; o Fator determinante: traços de água; oCatalisadores: traços de metais, luz, CALOR e enzimas (lipoxigenase) oOcorrência: durante o PROCESSAMENTO (fritura) e ARMAZENAMENTO de óleos e gorduras, mesmo a baixas temperaturas (Lento); o Consequências: Liberação de AG: acidificação do meio, sabor e odor desagradáveis Influencia na rancidez oxidativa o OXIDAÇÃO DOS AG INSATURADOS FORMAÇÃO DECOMPOSTOS PREJUDICIAIS À SAÚDE o Série de reações químicas: quebra da insaturação dos ácidos graxos; Fatores determinantes: oxigênio + AGI dos alimentos Fatores catalisadores: TEMPERATURA, clorofila, traços de metais (Ex.: Cu e Fe) oConsequências: sabor e odor desagradáveis, mudanças na cor e viscosidade, e formação de compostos prejudiciais a saúde (polímeros e compostos cíclicos). oPrevenção: exclusão do oxigênio e adição de antioxidantes (BHA e BHT). Reação em cadeia de radicais livres; A reação ocorre em três etapas: Indução Não há odor ou sabor desagradável; Formação dos primeiros radicais livres; Propagação Odor e sabor tendem a aumentar rapidamente; Aumento de peróxidos e produtos de decomposição; Terminação Sabor e odor fortes; Alterações de cor e viscosidade; Decomposição. o Quanto maior a temperatura utilizada no processamento térmico; o Tipos de Ácidos graxos › ↑ AGI - mais suscetível à oxidação lipídica; › ↑ AGL (quanto + disponíveis) - maior a oxidação; o Concentração de oxigênio: ↑ oxigênio disponível - maior chance de oxidação; o Catalisadores: íons metálicos, radiação UV, pigmentos como clorofila. Método de Shoxlet Cálculo Lipídios (%) = (A-B) x 100 A = peso do balão com lipídio (g) B = peso do balão vazio (g) P = peso da amostra (g) P Lipídios Soxhlet https://www.youtube.com/watch?v=1brG7oJm04A https://www.youtube.com/watch?v=1brG7oJm04A https://www.youtube.com/watch?v=1brG7oJm04A https://www.youtube.com/watch?v=1brG7oJm04A https://www.youtube.com/watch?v=1brG7oJm04A https://www.youtube.com/watch?v=1brG7oJm04A PRINCIPAIS ANÁLISES PARA O CONTROLE DE QUALIDADE DE ÓLEO E GORDURAS Qualidade fraudes e conservação 2g de amostra 25 mL de solução álcool:éter (1:2) fenolftaleína NaOH 0,01 M Mede a presença de ácidos graxos livres e está relacionado à qualidade do processo Acelerada pelo calor e luz; Ácidos graxos livres: sabor-odor desagradável Acidez em ácido oléico, %, m/m = v x fc x 100 x 0,0282 P oO que esta análise fornece? Rancidez hidrolítica gera ácidos graxos livres indica a qualidade do óleo e o seu estado de armazenamento. Indicador de classificação dos azeites de oliva; Grupo Azeite de Oliva Virgem Azeite de Oliva Azeite de Oliva refinado Tipo Extra virgem Virgem Lampante Único Único Acidez Livre (%) ≤ 0,80 ≤ 2,00 ≥ 2,00 ≤ 1,00 ≤ 0,30 Mede a presença de HIDROPERÓXIDOS (primeiros compostos formados na rancidez oxidativa) oIndica o estado de oxidação dos óleos e gorduras. oPrincipal indicador que irá analisar se o óleo de fritura está muito oxidado e deve ser descartado, além de indicar se o armazenamento foi feito corretamente. 5 g de amostra 30 mL da mistura ácido acético: clorofórmi o 3:2 v/v 0,5 mL da sol. KI; agitar e deixar em repouso por 1 min. ; add 30 mL de água destilada Na2S203 Add 2 mL de amido solúvel Continuar titulação até a cor azul o Mede o grau de instauração dos ácidos graxos presentes na amostra. o Verifica fraude de misturas de óleos de procedência mais barata. Ex: azeite de oliva misturado com óleo vegetal Indice de Iodo = V x fc x 12,09 = g de iodo % m Tiossultafo de sódio 0,1 M 0,12 g de óleo 5 mL de tetracloreto de carbono 10 mL solução de Wijis Repouso por 30 min 10 mL de iodeto de potássio 10% 50 mL de água destilada 2 mL de solução amido 2%
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