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HISTOLOGIA DO COMPLEXO DENTINO-PULPAR ● Dentina Primária e é aquela que forma-se até o fechamento do ápice radicular. Subdivide-se em dentina do manto e dentina circumpulpar. ● Dentina do Manto É a primeira dentina sintetizada pelos odontoblastos recém-diferenciados; Localiza-se abaixo do esmalte e do cemento; Espessas fibras de colágeno dispostas de forma ordenada e regular formam a matriz orgânica menos calcificada do que a dentina circumpulpar; Contém as ramificações terminais dos túbulos dentinários, que são mais numerosos nesta localização. ● Dentina Circumpulpar Os odontoblastos começam a se deslocar centripetamente depositando-a; Constitui o maior volume do dente; Localiza-se entre a dentina do manto e a pré-dentina; É mais calcificada do que a dentina do manto; O processo de mineralização toma-se mais regular. ● Túbulos dentinários São estruturas cilíndricas delgadas que se estende por toda a espessura da dentina desde a polpa até a junção amelodentinária ou cemento dentinária. Os túbulos são formados por uma parede de dentina e dentro deles se encontram o líquido tecidual (fluido dentinário) e o prolongamento principal dos odontoblastos (processo odontoblástico), A natureza tubular da dentina torna este tecido permeável, favorecendo o desenvolvimento de processos cariosos e acentuando a resposta da polpa aos procedimentos restauradores. ● Dentina intratubular (peritubular) São paredes de dentina que limitam os túbulos dentinários. São altamente mineralizadas e nitidamente demarcadas da dentina intertubular. Deposita-se centripetamente em relação ao túbulo dentinário de maneira lenta e gradual. As regiões submetidas a estímulos persistentes e não muito graves, podem aumentar a deposição de dentina, chegando a obliterar totalmente os túbulos. Essa dentina de aparência cristalina é chamada de esclerosada ou translúcida. - Conteúdo dos túbulos dentinários O revestimento dos túbulos dentinários é constituído por uma material orgânico e hipomineralizado, denominado lâmina limitante. Os processos odontoblásticos no interior dos túbulos dentinários são circundados por um espaço preenchido pelo fluido dentinário e alguns constituintes orgânicos como fibras colágenas. ● Dentina Intertubular Se distribui entre os túbulos dentinários, e é formada por fibras de colágeno que constituem uma malha fibrilar onde se depositam os cristais de hidroxiapatita. Essa matriz constitui a matéria orgânica da dentina. ● Dentina Interglobular São áreas de tamanho variável que se formam por defeito de mineralização da dentina. São vistas com nitidez como áreas vazias cheias de ar e, por isto, aparecem escuras ● Camada Granulosa de Tomes São grânulos escuros observados em cortes histológicos na interface entre a dentina e o cemento. ● Dentina Secundária Deposita-se mais lentamente do que a dentina primária Produção contínua durante toda a vida do dente Tubulos ligeiramente menos regulares do que na dentina primária Em cortes histológicos observa-se mudança de direção nos túbulos dentinários Sua deposição causa redução progressiva no volume da cavidade pulpar ● Dentina Terciária Altera a morfologia da câmara pulpar nas regiões onde existe um estímulo localizado formando uma barreira entre a polpa e o local afetado. Quanto mais acentuado o estímulo, mais rápida e irregular será a aposição da dentina. ● Pré-dentina E uma camada de dentina não mineralizada, localizada entre os odontoblastos e a dentina circumpulpar; É constituída pelos prolongamentos citoplasmáticos, acompanhados por fibras nervosas amielínicas e matriz orgânica dentinária; Sua integridade evita que ocorra reabsorção pelo contato entre a dentina mineralizada e a polpa. ● Junção amelodentinária è representa o limite entre esmalte e dentina ● Junção cemento dentinária è representa o limite entre cemento e dentina ● Polpa dental É formada por tecido conjuntivo frouxo Ricamente vascularizada e inervada Suas principais células são os odontoblastos, fibroblastos, ectomesenquimais indiferenciadas e macrófagos ● Odontoblastos Localizam-se entre o tecido pulpar e a pré-dentina; A camada odontoblástica é formada por células dispostas em palicada; São maiores e mais numerosas na região coronária; Possuem prolongamentos odontoblásticos que ficam alojados nos túbulos dentinários; Secretam dentina progressivamente enquanto o dente apresentar vitalidade; O odontoblasto maduro é uma célula altamente diferenciada que perde a capacidade de se dividir. Os novos odontoblastos que se formam nos processos reparadores de dentina originam-se de células ectomesenquimais ou de fibroblastos da polpa. ● Fibroblastos São as células mais numerosas do tecido conjuntivo pulpar, especialmente na região coronária Formam, mantêm e regulam a matriz extracelular fibrilar e amorfa Secretam os precursores das fibras colágenas, reticulares e elásticas, assim como a substância fundamental da polpa Possuem aspecto fusiforme ou estrelado ● Células Ectomesenquimais São células indiferenciadas que derivam do ectoderma e da crista neural; Podem diferenciar-se em novos odontoblastos ou fibroblastos, de acordo com o estímulo atuante; Localizam-se na camada subodontoblástica, intimamente relacionadas com a micro vascularização pulpar; São muito semelhantes aos fibroblastos, histologicamente, porém menores e com aspecto estrelado. ● Macrofagos Originam-se dos monócitos; Participam do mecanismo de defesa; Modificam sua forma de acordo com o local em que se encontram no tecido conjuntivo. ● Outras células do tecido pulpar principais são os fibroblastos, ativos ou em repouso, células ectomesenquimais Indiferenciadas e macrófagos perivasculares. ● Vascularização Vasos sanguíneos e Presentes em toda polpa. Na camada pobre em células formam o plexo capilar subodontoblástica. Vasos linfáticos è mais numerosos na região central da polpa ● Inervação - Fibras nervosas sensitivas mielínicas (Tipo A) è localizam-se na periferia da polpa e são responsáveis pela dor aguda pulsátil, típica da estimulação dentinária. - Fibras nervosas sensitivas amielínicas (Tipo C) è localizam-se mais profundamente na polpa e são responsáveis pela dor excruciante e difusa da polpa, típica de pulpite irreversível sintomática. - Fibras nervosas simpáticas è fibras de condução lenta que controlam o calibre arteriolar (função vasomotora). ● Calcificações Pulpares - Pulpares ou Dentículos è presentes no canal radicular e na câmara pulpar. A maioria deles está aderida à parede dentinária - Nódulos Pulpares è calcificações concêntricas e radiais de material calcificado regular. Presentes na polpa coronária, livres ou aderidos. - Calcificações Difusas e áreas de calcificação irregular, frequentemente paralelas aos vasos. Presentes na câmara pulpar ou nos canais MICROBIOLOGIA ENDODÔNTICA ● Etiologia Microbiana da Periodontite Apical - Bactérias; - Vírus; - Arqueobactérias; - Fungos. ● Sistema de canais Radiculares →Tecidos Perirradiculares→Tratamento Endodôntico Se eu tenho a contaminação do meu sistema de canais radiculares isso afetará os meus tecidos perirradiculares porque eu vou ter perda óssea para que possa ser formado aquele tecido inflamatório que vai estar cheio de células de defesa para combater esses microrganismos que estão proliferando no interior dos sistemas de canais. Então será realizado o tratamento endodôntico para reduzir o número de microrganismo a nivel que o organismo tolera e consiga combater a infecção, e assim cicatrização dos tecidos perirradiculares.) ● Objetivo final do tratamento endodôntico É tanto prevenir o desenvolvimento da periodontite apical quantocriar condições adequadas para a cicatrização dos tecidos perirradiculares. VIAS DE INFECÇÃO DO CANAL RADICULAR ● Tubulos dentinários Poder servir de via de infecção, a maior das bactérias tem o diâmetro menor que o diâmetro dos túbulos dentinários, onde elas penetram e chegam aos sistemas de canais. Sempre que há exposição de dentina ou cemento. Em condições normais eu tenho prolongamento odontoblástico e fluidos dentinário nesta região, então esses túbulos estão preenchidos e as bactérias não avançam pelos túbulos. Se o dente já necrosou não tenho mais prolongamentos odontoblásticos, então existe espaço para a penetração de bactérias nos sistemas via túbulos dentinários desde que tenha áreas expostas, como é o caso quando há uma falha na junção amelocementária, e fica uma área com os túbulos expostos, quando há retração gengival essa área fica exposta podendo provocar também sensibilidade. ● Espaços na junção amelocementária Quando há uma falha na junção amelocementária, e fica uma área com os túbulos expostos quando há retração gengival essa área fica exposta podendo provocar também sensibilidade ● Raspagem e alisamento radicular Problemas periodontais, principalmente em regiões de cemento, onde exigem sucessivos procedimentos de raspagem, desgastando o tecido comprometido e criando áreas de exposição. ● Cárie A principal via de contaminação dos sistemas de canais. Formação de lesão de cárie atingindo a dentina e expõe a cavidade pulpar contaminando e gerando infecção. ● Fraturas fratura de esmalte e dentina com exposição pulpar criando via de infecção entrando em contato com a saliva e passando para a cavidade. ● Fissuras induzidas por traumas Ocorreu a fratura, mas não teve exposição pulpar, então as bactérias vão passar por essas fissuras ● Iatrogenia em procedimentos restauradores Erros na hora do preparo. ● Atrição Bruxismo e o desgaste da superfície dentária, pode também ocorrer exposição pulpar. ● Abrasão ou erosão Lesão cervical e outras, onde há o desgaste e cada vez mais profunda até que ocorra a exposição pulpar. ● Lesão endo perio Bolsa periodontal, a bolsa vai avançando em direção ao ápice radicular, as bactérias com ela presente, penetram o ápice gera contaminação, ai o tecido que era sadio vai necrosar. Por isso lesão endo perio. ● Anacorese em bacteremias As bactérias chegam ao sistema de canais via circulação sanguínea através dos canais de suprimento do dente, isso quando o dente já estiver necrosado por causa de um trauma ou outra situação gerando sangramento na região. VIAS DE INFECÇÃO DO CANAL RADICULAR ● Preparo e Moldagem de núcleos O dente já foi tratado, obturado, Quando for fazer a moldagem do pino sem isolamento absoluto pode cair saliva e pode vir a ter a recontaminação. ● Infiltração coronária PRINCIPAIS VIAS DE INFECÇÃO DO CANAL RADICULAR ● Túbulos Dentinários: geralmente em dentes necrosados ou com cárie profunda. ● Exposição Pulpar Direta: cárie, trauma, iatrogenia. ● Doença Periodontal: endo perio. ● Anacorese: contaminação apenas em dentes necrosados via canal de suprimento do dente. TIPOS DE INFECÇÃO ENDODÔNTICA INFECÇÃO INTRARRADICULAR: ● Primária: invasão inicial, primeira contaminação do canal ● Secundária: durante ou após um tratamento endodôntico. Ex: material contaminado quando solta o curativo. ● Persistente: microorganismos resistentes ao primeiro tratamento infecções recorrentes. (por causa de locais de difícil acesso e não conseguiu matar todas as bactérias, futuramente vai causar problema) INFECÇÃO EXTRARRADICULAR Pode depender ou não da infecção intrarradicular Ex: Abscesso perirradicular agudo; abscesso perirradicular crônico (fator interno) Actinomicose apical (fator externo, independente do fator interno tenho que fazer a cirurgia perirradicular) INFECÇÕES INTRA RADICULARES PRIMÁRIAS Predominio de bactérias G- anaeróbias estritas: Dialister invisus e D. pneumosintes Treponema denticola e T. socranskii, Fusobacterium nucleatum, Porphyromonas gingivalis e P. endodontalis, Prevotella intermedia, P. nigrescens e P. tannerae, e Tannerella forsythia. Diversas bactérias G+ também tem sido detectadas: Pseudoramibacter alactolyticus, Filifactor alocis, Micromonas micros, Peptostreptococcus anaerobius, Streptococcus anginosus, Actinomyces israeli, Olsenella uli, Propionibacterium propionicum e P. acnes. PRINCIPAIS FATORES ECOLÓGICOS QUE INFLUENCIAM A COMPOSIÇÃO DA MICROBIOTA NO CANAL NECRÓTICO ● Tensão de oxigênio: (para saber que tipo de bactéria haverá no local, facultativas ou anaeróbias) ● Nutrientes disponíveis: tecido necrótico, fluidos teciduais e do exsudato, componentes da saliva, produtos do metabolismo de outras bactérias. (servem de substrato) Interações bacterianas: mutualismo e comensalismo, ou competição antagonismo PADRÕES DE COLONIZAÇÃO MICROBIANA ● Suspensas na fase fluida do sistema de canais ● Aderidas às paredes ● Biofilmes com multicamadas: (apresenta maior dificuldade de remoção dessas bactérias, precisando a limpeza mecânica dos canais, porque os medicamentos intracanais não conseguem atuar e o hipoclorito não consegue agir ali. ● Bactérias no interior dos túbulos dentinários INFECÇÕES ENDODONTICAS PERSISTENTES/SECUNDÁRIAS Ocorreu infiltração durante o tratamento, não vedou, está entrando saliva no isolamento, soltou O curativo canal Microrganismos "persistentes": resistiram aos procedimentos desinfectantes do tratamento. Infecções secundárias: Infiltração coronária, contaminação cruzada COMO ELIMINAR BACTÉRIAS NO SISTEMA DE CANAIS ● Instrumentação (principal a mecânica) ● Medicação intracanal (para locais em que a lima não chega) ● Terapia fotodinâmica (locais onde o liquido também não consegue chegar) ● Irrigação do scr (maior aliada a instrumentação, sempre usar antes, durante e depois da instrumentação) MICROBIOTA EM DENTES COM TRATAMENTO ENDODÔNTICO As bactérias G- geralmente são eliminadas após o tratamento endodôntico (Infecção primária). Maior ocorrência de bactérias G+ (estreptococos, lactobacilos,Enterococcus faecalis, O. uli, M. micros, P. alactolyticus, e espécies de Propionibacterium. Infecção persistente. formam biofilme altamente estruturados e assim nenhuma solução penetra esse biofilme.) E. faecalis e C. albicans podem apresentar resistência à medicação intracanal e a capacidade de formar biofilmes, invadir os tubulos dentinários e suportar longos períodos de escassez de nutrientes. INFECÇÕES EXTRA RADICULARES ● Abscesso perirradicular agudo (dependente da infecção intra radicular) Biofilme intra radicular (independente da intrarradicular, posso remover toda a polpa que vai continuar) ● Actinomicose apical (independente da intra) Pode ser dependente ou independente da infecção intrarradicular ● Fístula geralmente indica presença de bactérias extrarradiculares (em casos de abscesso perirradicular crônico, que também é dependente das bactérias intrarradiculares) A maioria em dentes com TE são estimuladas por uma infecção intrarradicular. Uma vez que remove-se as bactérias do interior do dente eu ocorrerá cicatrização do tecido. MEDICAÇÃO INTRACANAL (Rossana) ● A função da medicação é Reduzir o máximo possível a presença de microrganismo nos canais radiculares, ou seja, a máxima desinfecção dos canais. Ela é feita durante sessões do tratamento endodôntico e não é sistêmico, é intra canal. Quando é falado sobre patologia pulpar e perirradicular, logo pensa em contaminação do canal radicular seja por bactéria, polpa inflamada ou por tecido necrosado, enfim existe um tecido ali dentro que precisa ser removido e bactériaque precisa ser combatida. Nesse caso não é possível fazer uma única sessão, há necessidade de medicação intra-canal. Patologia pulpar e perirradicular → Etiologia microbiana ● Tratamento endodôntico - Ação mecânica: Preparo químico mecânico (PQM-instrumentos). - Ação química: Substâncias químicas auxiliares e medicação intracanal. ● Objetivos - Promover máxima redução de microrganismos que sobreviveram ao PQM - Atuam como barreiras físico-química contra infecções ou infecções por ação em canais radiculares por microrganismos da saliva - reduzir o processo inflamatório perirradicular (periodontite, abscesso crônico e agudo, granuloma) - Controlar exsudação persistente (presença de fístula, exsudato, abscesso, tumefação. Controlar a saída de pus) - Estimula a reparação e o selamento do forame apical Com que Medicar? ● Paramonoclorofenol (pmc: (polpa viva e em caso de necrose - desde que esteja fazendo pulpotomia) - Derivado fenólico - Potente agente antimicrobiano - Age por contato direto com o microrganismo ou por liberação de vapores (age nas bactérias próximas pelo contato direto, e a longa distância pelo vapor). Cânfora: paramonoclorofenol canforado (PMCC) (+ eficiente e mais encontrado no mercado) furacin= paramonoclorofenol fur PMC Fur água=paramonoclorofenol aquoso. São veículos onde vai diluir o paramono do paramono que potencializam seu efeito e diminui a toxicidade (Iremos usar o canforado) ● TRICRESOL FORMALINA (formocresol na pediatria) - 90% de formalina - antimicrobiano de amplo espectro, porém mais tóxico. Age por contato e por vapor ● Aplicação Em ambos os remédios intracanais (paramonoclorofenol e tricresol) faço uma bolinha de algodão, pego o pote dappen põe uma gotinha dos remédios, molha porém não encharcada, porque se escorrer pra dentro e acabar agredindo o tecido no ápice. Molha a bolinha, com a gaze, tira o excesso e coloca na estrada do canal, ela vai agir nas bactérias em contato e vai agir por vapor, logo selo a câmara perfeitamente. ● OTOSPORIN/DECADRON - É utilizado em casos de emergência, é um medicamento para o ouvido, deve ser utilizado em casos com polpa viva, pode-se ser utilizado no lugar outro remédio auditivo chamado decadron; - Ação antimicrobiana; - Indicado para: tratamento de dentes com polpas vivas; para pulpotomias (emergências); para pericementite traumática ou por bactérias. ● HIDRÓXIDO DE CÁLCIO P.A - alcalino (ph 12,5 alcalino, bactéria vive em meio ácido, ele neutraliza o meio) - Ação antimicrobiana por contato - Estimula a mineralização ● Veículos - Aquosos: água destilada, soro fisiológico ou sal anestésico (dissociação ionica rápida) - Viscoso: glicerina, polietilenoglicol e propilenoglicol (dissociação iônica lenta) - Oleoso: ácido oléico ou óleo de oliva (dissociação ionica muito lenta) ● Modo de uso Pega uma lima limpa, introduz no canal com a pasta de hidróxido de cálcio, pega o condensador de paiva e condensa até preencher todo o canal. Após a formação da pasta do hidróxido de cálcio começa haver uma dissociação iônica do hidróxido de cálcio em íons cálcio (são responsáveis pela ação remineralizadora) e ions hidroxila (são responsáveis pela ação antimicrobiana), se não houver essa dissociação não há a ação, não tem o efeito. A dissociação iônica rápida ou lenta é a duração de tempo que ocorre essa dissociação, para o efeito desse medicamento ocorra com a quantidade de tempo/intervalo entre uma consulta e outra. ● Polpa Vital (Pulpite reversível e irreversível, pulpite crônica, pulpite hiperplásica) - ANTES DA MODELAGEM Otosporin (fiz acesso e pulpotomia de emergência) - bolinha encharcada PMCC (seco) (não deu tempo de terminar o PQM.) - DEPOIS DA MODELAGEM Ca OH 2 (somente e, canal todo limpo, pois corre o risco de empurrar as bactérias para o periápice causando uma patologia perirradicular) /(só quando o canal estiver todo pronto) ● Polpa Necrosada - ANTES DA MODELAGEM Tricresol (lesão perirradicular, contaminação grande, está há muito tempo)- mais forte por ter espectro amplo PMCC (lesão perirradicular recente) - DEPOIS MODELAGEM Ca OH 2 Selamento Provisório: Pulpo san, IRM ou óxido de zinco e eugenol. ● Medicação Intracanal Ela é feita durante sessões do tratamento endodôntico e não é sistêmico, é intra canal. Quando é falado sobre patologia pulpar e perirradicular, logo pensa em contaminação do canal radicular seja por bactéria, polpa inflamada ou por tecido necrosado, enfim existe um tecido ali dentro que precisa ser removido e bactéria que precisa ser combatida. Nesse caso não é possível fazer uma única sessão, há necessidade de medicação intra canal. Tratamento Endodôntico - Ação mecânica: preparo químico-mecânico (PQM) - instrumentos - Ação química: -substância química auxiliares - medicação intra-canal (ação antimicrobiana) ● Objetivos - Promover máxima redução de microrganismos que sobreviveram ao PQM - Atuar como barreira físico-química contra infecções ou infecções do sistema de canais radiculares por microrganismos da saliva - Reduzir o processo inflamatório perirradicular - Controlar a exsudação persistente - Estimular a reparação e o selamento do forame apical OBS: enquanto tiver sinal/sintoma de infecção não se pode obturar o canal, deve-se medicar até o sintoma/sinal forem cessados exsudato, fístula, dor Com que Medicar? ● Paramonoclorofenol (PMC (polpa viva e em caso de necrose - desde que esteja fazendo pulpotomia) - Derivado fenólico - Potente agente antimicrobiano - Age por contato direto ou por liberação de vapores - Cristais (já vem diluido pela indústria) ● Como o Paramonoclorofenol pode ser encontrado no mercado: - Cânfora: paramonoclorofenol canforado (PMCC) + eficiente e mais encontrado no mercado - Furacin: paramonoclorofenol fur (PMC Fur) - Diluído em água: paramonoclorofenol aquoso 2% (PMC aquoso 2%) Veículo: potencializa a atividade antimicrobiana e diminui a toxicidade ● Tricresol Formalina: 90% de formalina (dentes permanentes, usado em caso mais e abcessos, necrose, mais tóxico) ou formocresol: 19 a 43% de formalina (mais usado na pediatria em deciduos) - Ação antimicrobiana - Amplo espectro bacteriano - Alta citotoxicidade - Age por contato ou liberação de vapores ● Técnica de aplicação Bolinha de algodão estéril do tamanho compatível com a cavidade, molhar na medicação, tirar o excesso com gaze estéril, colocar na entrada do canal e selar no fim. OBS: outra técnica seria utilizar o cone de papel ● Otosporin - hidrocortisona + sulfato de polimixina B → Antibiótico - sulfato de neomicina → Antibiótico É utilizado em casos de emergência, é um medicamento para o ouvido, deve ser utilizado em casos com polpa viva, pode-se ser utilizado no lugar outro remédio auditivo chamado decadron. - Ação antimicrobiana - Indicado para tratamento de dentes com polpas vivas - Indicado para pulpotomias (emergências, não tem tempo, bolinha de algodão encharcada) - Indicado para pericementite (traumática ou por bactérias) ● Hidroxido de Calcio Ca(OH)2 PA-pró-análise→ preencher com ele todo o canal - Pó branco - pH 12,5 alcalino (neutraliza o melo) - Inodoro - Ação antimicrobiana por contato (não emite vapores, tem que preencher o canal) - Estimula a mineralização ● Veículos No tratamento irá optar por aquele que vai ser útil no momento. - Hidrossolúveis: - Aquosos água destilada, soro fisiológico ou sal anestésico (dissociação iônica rápida) - Viscoso: glicerina, polietilenoglicol e propilenoglicol* (dissociação iônica lenta) - Oleoso: ácido oléico ou óleo de oliva (dissociação iônica muito lenta)Após a formação da pasta do hidróxido de cálcio começa haver uma dissociação iônica do hidróxido de cálcio em ions cálcio (são responsáveis pela ação remineralizadora) e íons hidroxila (são responsáveis pela ação antimicrobiana), se não houver essa dissociação não há a ação, não tem o efeito. A dissociação iônica rápida ou lenta a duração de tempo que ocorre essa dissociação, para o efeito desse medicamento ocorra com a quantidade de tempo/intervalo entre uma consulta e outra. ● Polpa Vital - ANTES DA MODELAGEM Otosporin (fiz acesso e pulpotomia de emergência) - bolinha encharcada PMCC (seco) - DEPOIS DA MODELAGEM Ca OH 2 (somente e, canal todo limpo, pois corre o risco de empurrar as bactérias para o periápice causando uma patologia perirradicular) ● Polpa Necrosada - ANTES DA MODELAGEM Tricresol (lesão perirradicular, contaminação grande, está há muito tempo)- mais forte por ter espectro amplo; PMCC (lesão perirradicular recente). - DEPOIS MODELAGEM Ca OH 2 ● Selamento Coronário Provisório pulpo san, IRM ou óxido de zinco e eugenol ● Achados Radiográficos Presença de área radiolúcida, bem circunscrita, com perda da integridade da lamina dura. O Carnê e/ou restauração extensa podem ser observadas ● Tratamento Tratamento endodôntico convencional PATOLOGIA PERIRRADICULAR - Patologia perirradicular→ Resposta inflamatória → Resposta imunológica - Danos aos tecidos→ Enzimas, exotoxinas e produtos metabólicos→ Autólise tecidual - (Por maior que seja a quantidade de células de defesa que o organismo tem, elas não conseguem avançar no interior dos canais. O único lugar que essa células têm para chegar às bactérias é via forame apical) - As lesões perirradiculares são consideradas como uma segunda linha de defesa do hospedeiro, objetivando confinar a infecção no interior do canal radicular e prevenir seu regresso para o osso alveolar e para outras regiões do corpo via disseminação sistêmica. - 1° Mecanismo de defesa - Defesa inata não induzida: Pulpite, inflamação do tecido pulpar. - 2° Mecanismo de defesa - Resposta inflamatória aguda inespecífica: As bactérias já estão avançando em direção ao forame apical, já passou a pulpite. - Periodontite Apical Aguda: Primeira inflamação. - 3º Mecanismo de defesa - Resposta Imunológica adaptativa: Começa a transportar células de defesa e há a necrose do tecido pulpar. O que leva ao quadro de Periodontite Apical Crônica. - Periodontite Apical Crônica PERIODONTITE APICAL AGUDA Está iniciando a invasão das bactérias na região perirradicular, então tem o desenvolvimento da inflamação aguda. É caracterizada por uma resposta inflamatória aguda devido a agressão causada por bactérias ao ligamento periodontal que vão avançando pelo forame apical. ● Características Histopatológicas - Hiperemia (vasodilatação devido a saída de exsudato inflamatório) - Infiltrado inflamatório no ligamento periodontal (devido ao exsudato inflamatório, porém então contida na região perirradicular onde tem ligamento e estruturas que não permitem a expansão do líquido, consequentemente aumentando a pressão no dente, causando mobilidade, empurra o dente em região a oclusal e extrema dor ao paciente) ● Sinais e Sintomas - Dor intensa, espontânea e localizada (consegue localizar a dor facilmente, não precisa de estímulo para doer, dor muito forte - Extrema sensibilidade e sensação de dente crescido (devido a extrusão no alvéolo) - Dor À mastigação ● Testes Pulpares - Negativos na grande maioria dos casos (térmico ou elétrico) - Semelhante à pulpite irreversível em raros casos onde está associada a ela (pode ser que responda porque mesmo com o processo de necrose, ainda tem terminações, mas na maioria dos casos é negativo) ● Testes Perirradiculares - Palpação: Pode ou não haver sensibilidade. - Percussão: Positivo é executar com leve pressão do dedo ● Achados Radiográficos - Geralmente apresenta um ligeiro espessamento do ligamento periodontal - Quando se observa extensa área de destruição óssea perirradicular, encontra-se associada a agudização de um granuloma ou cisto pode ser também o abscesso fênix ● Tratamento - Eliminação do agente agressor por meio de tratamento endodontico (para permitir cicatrização) - Para alivio da sintomatologia o dente pode ser retirado de oclusão. (plaquinha) - Analgésico e antinflamatório ABSCESSO PERIRRADICULAR AGUDO → (gânglios inchados) Passou pela periodontite apical aguda e não conseguiu resolver, então evolui para o abscesso perirradicular agudo. É caracterizada pela exacerbação da resposta inflamatória, quando esta não consegue eliminar o agente agressor ou reduzir a intensidade da injúria. Ocorre liquefação tecidual com formação de secreção purulenta. ● Características histopatológicas - Verifica-se a presença de reação intensa, localizada e adjacente ao forame apical, caracterizada pela presença de exsudato purulento (pus) - Presença de células inflamatórias em combate franco contra bactérias ● Sinais e Sintomas - Dor espontânea, pulsátil, lancinante (dor forte que vai e vem) e localizada - Pode apresentar linfadenite regional, febre e mal-estar - Dor pronunciada quando o abscesso ainda está intraósseo ou subperiosteal (dor maior quando está intra ósseo, quando ultrapassa o periósteo já ocorre alívio da pressão e o paciente não sente tanta dor porque existe drenagem, então ocorre mais o edema) ● Inspeção - Tumefação intra e/ou extraoral, flutuante ou não (da para o ponto para drenagem) - Nas fases iniciais pode não haver tumefação. - Pode apresentar mobilidade dentária e ligeira extrusão (devido ao aumento de pressão no ápice) ● Testes Pulpares - Negativos na grande maioria dos casos - Em raras ocasiões os testes de calor e elétrico podem oferecer falsos resultados devido à presença de líquido no interior do canal; - Testes de frio e cavidade são mais seguros ● Testes Perirradiculares - Palpação: Geralmente é positivo. - Percussão: Positivo é executar com leve pressão digital ● Achados Radiográficos - Geralmente apresenta um ligeiro espessamento do ligamento periodontal - Quando se observa extensa área de destruição óssea perirradicular, encontra-se associada a agudização de um granuloma ou cisto é Abscesso Fênix a Pode haver processo carioso extenso, ou restauração extensa e profunda associada ou não à cárie recidivante ● Tratamento - Imediata drenagem da coleção purulenta e eliminação do agente agressor - Drenagem via canal (quando não sabe o ponto de drenagem) - Drenagem cirúrgica (se estiver flutuante) - Limpeza e desinfecção do canal, depois medicação intra canal - Analgésicos, antinflamatórios e antibióticos OBS: importante antes da drenagem o paciente estar com cobertura antibiótica. FLARE-UP - Corresponde a uma exacerbação aguda de uma patologia perirradicular que ocorre entre as sessões do tratamento endodôntico. - Quando associado ao edema é denominado Abscesso Perirradicular Agudo Secundário. PERIODONTITE APICAL CRÔNICA Representa o início da resposta imunológica adaptativa, de caráter específico. Ocorre quando a resposta inflamatória associada à periodontite apical aguda é eficaz na redução da intensidade da agressão, gerando cronificação da resposta imunológica. Já está no processo de cicatrização, começa a desenvolver tecido inflamatório com células de defesa ● Características histopatológicas Observa-se no ligamento periodontal a presença de um infiltrado inflamatório do tipo crônico, composto basicamente por linfócitos, plasmócitos, macrófagos, e de componentes do processo de reparo tecidual como fibroblastos, além de fibras nervosas e vasos sanguíneos neoformados.Não há ainda reabsorção óssea ● Sinais e Sintomas - Ausentes Pode ser relatado episódio prévio de dor, mas nesse caso foi devido a periodontite apical aguda e seus sintomas. O paciente apenas não sabe responder quando começou a periodontite crônica onde não há sintomatologia. ● Inspeção Presença de cárie profunda ou restauração extensa associada ou não a cárie recidivante ● Testes Pulpares Negativos, desde que a polpa encontra-se necrosada ● Testes Perirradiculares - Palpação: Negativo - Percussão: Negativo ● Achados radiográficos Espaço do ligamento periodontal encontra-se normal ou ligeiramente espessado. ● Tratamento Tratamento endodôntico GRANULOMA PERIRRADICULAR ● Características histopatológicas Se a periodontite crônica não for tratada, evolui para o granuloma. É constituído, basicamente, por um infiltrado inflamatório do tipo cronico, associado a elementos de reparação, caracterizando um tecido granulomatoso que substitui o osso reabsorvido. E a patologia perirradicular mais comumente encontrada. ● Sinais e Sintomas Assintomático ● Inspeção - A causa da necrose pode ser aparente, indicada pela presença de cárie elou restauração extensa. - O dente pode apresentar escurecimento, oriundo da necrose pulpar. ● Testes Pulpares Negativos devido à necrose ● Testes Perirradiculares - Palpação: Negativo. Quando há fenestração óssea (expansão) pode revelar um leve aumento de volume. - Percussão: Geralmente negativo. Em raras ocasiões ligeira sensibilidade. ● Achados Radiográficos Presença de área radiolúcida, bem circunscrita, com perda da integridade da lamina dura. O Carnê e/ou restauração extensa podem ser observadas ● Tratamento Tratamento endodôntico convencional CISTO PERIRRADICULAR É sempre originado de um granuloma que se tornou epiteliado. É resultado de uma infecção endodôntica de longa duração. Epitelização em volta do granuloma, que ficam presentes nos ligamentos periodontais, esse resto epitelial de malassez se adere em volta do granuloma e podem formar um tecido epiteliado em volta do tecido inflamatório e vai formar o cisto. ● Características histopatológicas Consiste em uma cavidade patológica contendo material fluido ou semi sólido, o qual é composto principalmente por células epiteliais degeneradas. Essa loja é revestida por epitélio estratificado pavimentoso, escamoso, de espessura variável. O Em contato com o epitélio está um tecido granulomatoso, semelhante ao do granuloma ● Sinais e Sintomas Assintomático na grande maioria dos casos. ● Inspeção - Presença de cárie e/ou restauração extensa. - O dente pode apresentar escurecimento, oriundo da necrose pulpar. ● Testes Pulpares O Negativos devido à necrose ● Testes Perirradiculares - Palpação: Negativo. Quando há fenestração óssea pode revelar um leve aumento de volume, devido à expansão da lesão. - Percussão: Geralmente negativo. Em raras ocasiões quando aplicada muita pressão, ligeira sensibilidade. ● Achados Radiográficos - Assemelham-se aos do granuloma dificultando o diagnóstico radiográfico - A lesão cistica pode assumir grande diâmetro, até mesmo levando ao deslocamento dos elementosdentários envolvidos ● Tratamento - Tratamento endodôntico convencional - Em casos de insucesso è cirurgia perirradicular (como complementação do tratamento endodôntico) OSTEÍTE CONDENSANTE Visualizar uma área radiopaca em volta da raiz do elemento dentário. É uma variante das periodontites apicais assintomáticas, representada por um aumento no osso trabecular disposto irregularmente em resposta a uma irritação persistente. É mais comum em dentes inferiores posteriores.Ao invés de perder osso, começa a se formar e gerar o aumento no osso trabeculado. ● Sinais e Sintomas - Assintomática quando associada à necrose pulpar - Pode ser sintomática quando associada à pulpite ● Testes Pulpares O dente Pode responder ou não aos estímulos térmico e elétrico ● Testes Perirradiculares Podem ser sensíveis ou não à palpação e percussão ● Achados Radiográficos Presença de radiopacidade difusa disposta de forma concêntrica ao redor da raiz. ● Tratamento Quando indicado é tratamento endodôntico Pode resultar na resolução completa da osteíte condensante ABSCESSO PERIRRADICULAR CRÔNICO Resulta do egresso gradual de irritantes do canal radicular para os tecidos perirradiculares, com consequente formação de exsudato purulento no interior de um granuloma. Pode se originar da cronificação do abscesso perirradicular agudo. ● Sinais e Sintomas - Geralmente assintomático. - Encontra-se associado a uma drenagem intermitente ou continua por meio de fistula, a qual pode ser intraoral ou extraoral. ● Inspeção - Presença de cárie e/ou restauração extensa. - Presença de fístula, ativa ou não, normalmente localizada ao nivel da mucosa alveolar (fundo de sulco ou lingual/palatino). - O trajeto da fistula pode ser rastreado ● Achados Radiográficos - Área de destruição óssea perirradicular radiolúcida, às vezes pode ser indistinguível entre cisto e granuloma - Geralmente os limites da lesão são bem irregulares e indefinidos ● Tratamento - Limpeza e modelagem do sistema de canais (caso já tenha feito, refazer) - Medicação intracanal (depois que você instrumentou, preenche com hidróxido de cálcio, assim não vai haver proliferação de bactérias no canal em direção ao forame apical e vai cicatrizar as Deixar uma semana com a medicação). - Após a regressão da fistula obturação endodôntica (Reavalia o preenchimento da medicação intracanal. Dependendo da condição sistêmica do paciente, administrar antibiótico e preencher completamente, sem falhas, o canal radicular) Áudio 1 Polpa viva, qual medicação otosporin 2 propriedades do hidróxido de cálcio e como ele age, onde se usa e quais os veículos (3) 3 Quais testes para diagnosticar pulpite reversível da irreversível 4 Patologia (abscesso fênix ou perirradicular) 5 2 vias de infecção secundária infiltração durante o tratamento pela saliva, infiltracao coronaria, contaminacao cruzada 7 múltipla escolha (patência) 8 fechamento dos túbulos dentinários 9 extravasamento da medicaçao intracanal, oq ocorre Modelos de prova 1- Rastreamento fistular Introduzir um cone de guta percha fino até encontrar resistência e radiografar para encontrar a origem da fístula. Pode ser periodontal
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