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CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR
Prof. Ms. André Ricardo Blanco Ferreira Pinto
andre_blanco_adv@uol.com.br
Advogado e professor universitário.
Orientador da Pós-Graduação da FGV (GVLaw)
Coordenador do Núcleo de Prática Jurídica do Grupo Cruzeiro do Sul.
Professor da Graduação em Direito Civil e Processo Civil
Fornecedor: Parte forte da relação
Presunção Legal de Hipossuficiência
Consumidor: Parte fraca da relação
Custo adicional para o Fornecedor
com defesas administrativas e
defesas judiciais
Código de Defesa do Consumidor
SNDC – Procons
Lei do Juizado Especial de Pequenas Causas
OBS.: Além do Fórum Central da Capital, a Cidade de São
Paulo tem XII Foros Regionais.
Cada um deles tem um Juizado Especial Civil
Existem, ainda, convênios com diversas Universidades que
prestam serviços (delegados) de Juizados especiais –
aproximadamente 18 postos de atendimento.
Proteção do Consumidor
A Lei nº 8.078/90 é dividida em seis títulos:
 dos direitos do consumidor: CDC. arts. 1º a 60;
 das infrações penais: CDC. arts 61 a 80;
 da defesa do consumidor em juízo: CDC. arts. 81 a 104;
 do sistema nacional de defesa do consumidor: CDC. arts 105
e 106;
 da convenção coletiva de consumo: CDC. arts. 107 e 108, e
 disposições finais: CDC. arts. 109 a 119.
É organizado pelo Sistema Nacional de Defesa do
Consumidor (SNDC) - Decreto nº 2.181/97 – e estabelece as
normas gerais de aplicação das sanções administrativas
previstas no Código de Defesa do Consumidor.
O Código de Defesa do Consumidor:
O Código de Defesa do Consumidor é uma lei ordinária (Lei
Federal nº 8.078/90), que se revela como um verdadeiro
microssistema jurídico.
É interdisciplinar, pois se relaciona com outros ramos do
Direito, inclusive Constitucional, onde encontra respaldo
fundamental (diálogo das fontes). Ou seja: além da existência
de princípios bem específicos, expressados no binômio
vulnerabilidade - destinação final, é também preciso que se
entenda o referido “código” como sendo interdisciplinar, na
medida em que se relaciona com outros ramos do direito
1. Administrativa (normas de vigilância sanitária, seguros,
atividades bancárias).
2. Civil (Dano, Vício, Defeito, Contratos, Prescrição e
Decadência).
3. Penal (Delitos previstos no Código Penal e Legislação
Especial).
O CDC como Microssistema Jurídico
RELAÇÃO JURÍDICA DE CONSUMO
O CDC incide em toda a relação de consumo - dois
polos:
consumidor e
fornecedor (produtos e serviços).
Lei 8078/90, arts. 2º e 3º - estabelecem estes
conceitos.
Conceito legal de Consumidor:
 Art. 2º - Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que
adquire ou utiliza produtos ou serviço como destinatário
final.
 Parágrafo único - Equipara-se a consumidor a
coletividade de pessoas, ainda que indetermináveis, que
haja intervindo nas relações de consumo.
Caput - consumidor direto ou padrão ou, ainda, strictu
sensu: “standard” – todo aquele que adquire ou utiliza
produtos ou serviços como destinatário final.
Parágrafo único - consumidor indireto ou equiparado:
“bystandard”.
Consumidor Direto
Destinatário final é aquela pessoa, física ou jurídica, que
adquire ou se utiliza de produtos ou serviços em
benefício próprio, ou seja, é aquele que busca a
satisfação de suas necessidades através de um produto
ou serviço, sem ter o interesse de repassar este serviço
ou esse produto a terceiros.
* Teoria Maximalista
* Teoria Minimalista
Conceito de Consumidor
Conceito de consumidor: art. 2º caput e parágrafo único
A primeira questão a ser tratada é a do destinatário final.
Temos duas teorias acerca da abrangência “destinatário final”:
a) teoria finalista: a expressão deve ser tratada de maneira
restrita- consumidor é aquele que adquire ou utiliza o produto
ou serviço (destinatário final econômico), colocando um fim na
cadeia de produção.
Ex: aquele que adquire produto para revender ou para uso
profissional não será consumidor.
Esta corrente aproveita a teoria econômica.
Conceito de Consumidor
PRODUÇÃO-CIRCULAÇÃO-DISTRIBUIÇÃO-CONSUMO
É a teoria adotada pela doutrina e jurisprudência
majoritária
Caso o consumidor seja pessoa jurídica- os bens adquiridos
são bens de consumo e não bens de capital e tem que haver
um desequilíbrio econômico entre as partes de modo a
favorecer o fornecedor.
O STJ hoje aplica esta teoria ao afirmar que ao adquirir bens ou serviços
com o objetivo de implementar ou incrementar sua atividade negocial é uma
atividade de consumo intermediária não passível da necessária proteção do
CDC. Mas a fim de não prejudicar a pessoa jurídica (pequeno empresário) o
STJ analisa também a vulnerabilidade da empresa frente ao fornecedor.-
teoria finalista mitigada.
Conceito de Consumidor
Pessoa Jurídica:
 Relações envolvendo pessoas jurídicas e contratos bancários
ou de cartão de crédito - não incide o CDC - é consumo
intermediário
 Casos pertinentes a profissionais ou contratos
interempresariais - não incidência do CDC. Ex.: na relação
envolvendo pessoa jurídica na aquisição de equipamentos
médicos de vultuosos valor para fins de incrementar a
atividade profissional lucrativa - consumo intermediário –
(Ex.: hospital equipamento médico).
 Viabilidade da eleição contratual de foro- não incidência
envolvendo empresa com capacidade financeira, técnica e
jurídica para contratar. Não comprovada a hipossuficiência.
Conceito de Consumidor
b) teoria maximalista: destinatário final- interpretação ampla.
Destinatário final se contrapõe ao destinatário econômico, ou
seja, destinatário final é todo aquele que retira o bem de
circulação independente da sua finalidade econômica (seja
bem de capital ou bem de consumo).
Consumidor Indireto
Art. 17 - Para os efeitos desta Seção, que cuida da
responsabilidade dos fornecedores pelo fato do produto e do
serviço, equiparam-se aos consumidores todas as vítimas
do evento.
Art. 29 - Para os fins deste Capítulo e do seguinte,
equiparam-se aos consumidores todas as pessoas
determináveis ou não, expostas às práticas nele previstas.
São os consumidores BYSTANDERS, que poderão ser
amparados pelo CDC, INCLUSIVE PLEITEANDO
INDENIZAÇÕES, pois todos serviços/produtos devem ter
segurança, não só para quem diretamente o usa, mas para
o público em geral, dentro do princípio que segurança é
direito de todos e dever daquele que os coloca no mercado.
Consumidor equiparado
Consumidor equiparado ou bystanders: coletividade de
pessoas (art. 2º, p.u); vítimas de acidente de consumo (art. 17)
e pessoas expostas às práticas comerciais (art. 29)
a) Coletividade de pessoas: pessoas indetermináveis que
intervieram na relação de consumo. É a proteção da própria
sociedade de consumo (direitos difusos, coletivos e individuais
homogêneos- art. 81). Ex: pessoas de uma festa que
consumiram comida estragada- todas elas são consumidoras
ainda que quem os tenha adquirido seja uma pessoa
específica.
Consumidor equiparado
b) Vítimas do evento (acidente de consumo): Ex: alguém for
atropelado por conta de uma falha no sistema de freios de um
veículo pode processar a montadora para reparar o seu
prejuízo. Ex: explosão no Shopping de Osasco
c) Pessoas expostas às práticas comerciais e contratuais: (Ex:
venda casada)- art. 29 trata de uma Política legislativa- Ex:
todos que estão expostos a uma publicidade enganosa ou
abusiva são consumidores por equiparação, mesmo que não
tenham adquirido o produto ou serviço podem valer-se das
regras protetivas do CDC. Serve para evitar o abuso do
poder econômico.
Exemplos
Ex: Resp 540235 TO: o proprietário de uma
casa sobre a qual caiu um avião é consumidor
equiparado, podendo demandar a
transportadora com base no CDC.Também podem ser citados os inúmeros casos
de clientes bancários “clonados”, havendo
inscrição indevida em cadastro de
inadimplentes.
Conceito legal de Fornecedor:
 Art. 3º - Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica,
pública ou privada, nacional ou estrangeira, bem como
os entes despersonalizados, que desenvolvem
atividades de produção, montagem, criação, construção,
transformação, importação, exportação, distribuição ou
comercialização de produtos ou prestação de serviços.
 § 1º - Produto é qualquer bem, móvel ou imóvel,
material ou imaterial.
 § 2º - Serviço é qualquer atividade fornecida no mercado
de consumo, mediante remuneração, inclusive as de
natureza bancária, financeira, de crédito e securitária,
salvo as decorrentes das relações de caráter trabalhista.
Fornecedor: casos especiais
1.Entidade de previdência privada e seus participantes-
Súmula 321 STJ: “O Código de Defesa do Consumidor é
aplicável à relação jurídica entre a entidade de previdência
privada e seus participantes.”
2.Banco de Sangue e doador- erro de diagnóstico
(indenização) – SIM RESP 540922/2009
3.Relação entre emissora de TV e telespectador- :
a) eventual publicidade enganosa ou abusiva – não
responsabilidade da emissora de TV;
b) realização de um jogo- Show do Milhão- divulgação de
concurso com promessa de recompensa segundo critérios que
podem prejudicar participante- RESP 436.135.
Fornecedor: casos especiais
4. relação entre cooperativa de assistência à saúde e
filiados- RESP309.760- não é impeditivo para aplicar o CDC
ainda que a relação entre os médicos seja a de associado.
5. relação entre agente financeiro do Sistema de habitação
(SFH) e mutuário- em regra sim, salvo nas hipóteses dos
contratos firmados com cobertura do Fundo de Compensação
e Variações Salariais- cláusula protetiva do mutuário e do
SFH (garantia de quitação do saldo residual do contrato
oferecida pelo governo federal).
6. relação entre sociedade civil sem fins lucrativos e
associados- aplica-se o CDC sendo irrelevante a natureza
jurídica – Resp 519.310
Inexistência de relação de consumo
1. associações desportivas e condomínios: em regra não existe
relação de consumo, pois o objeto social é deliberado pelos
próprios interessados, devido a natureza comunitária entre
seus filiados, sem caráter lucrativo.
Exceção: Estatuto do Torcedor (lei 10.671/2003): Art. 3o
Para todos os efeitos legais, equiparam-se a fornecedor, nos
termos da Lei no 8.078, de 11 de setembro de 1990, a entidade
responsável pela organização da competição, bem como a
entidade de prática desportiva detentora do mando de jogo. (
haverá incidência em relação ás praticas desportivas e não
incidência nas relações entre clube e associados)
Condomínio: enquadra-se o condomínio dentro do conceito de
consumidor quando houver cobrança indevida de tarifa de
água e esgoto- Resp 1.135.528 RJ
Inexistência de relação de consumo
2. atividade bancária e beneficiários de crédito educativo-
não incidência do CDC, pois trata-se de programa
governamental; em benefício da formação do aluno e não
há conotação de serviço bancário.- Resp 560.405
3. advogado e cliente: decisões mais recentes no sentido
da não incidência do CDC- Resp 914.104
OBS: O TST entendeu ser relação de consumo e também José
Geraldo Brito Filomeno.
Os responsáveis no CDC:
O Código de Defesa do Consumidor, ao conceituar o
fornecedor em seu art. 3º, o fez de maneira bem
abrangente, de modo a alcançar todos do ciclo
produtivo-distributivo.
O CDC criou 3 modalidades de responsáveis:
 o real: fabricante, construtor, produtor;
 o presumido: importador; e
 o aparente: comerciante.
O Estado como fornecedor
Art. 22 - Os órgãos públicos, por si ou suas empresas,
concessionárias, permissionárias ou sob qualquer outra forma
de empreendimento, são obrigados a fornecer serviços
adequados, eficientes, seguros e, quanto aos essenciais,
contínuos.
Parágrafo único - Nos casos de descumprimento, total ou
parcial, das obrigações referidas neste artigo, serão as
pessoas jurídicas compelidas a cumpri-las e a reparar os
danos causados, na forma prevista neste Código.
Obs.: O Código Civil, art. 43 repete a regra da CF., art. 37, § 6º
Art. 43. As pessoas jurídicas de direito público interno são civilmente responsáveis por
atos dos seus agentes que nessa qualidade causem danos a terceiros, ressalvado direito
regressivo contra os causadores do dano, se houver, por parte destes, culpa ou dolo.
Princípios do CDC: art. 4º e incisos
I- vulnerabilidade: o fornecedor detém o conhecimento
técnico de produção e fornecimento de seu produto ou serviço
podendo impor suas vontades diante do despreparo do
consumidor. Ex: compra de um carro, o modelo poderá ser
escolhido dentre os modelos ofertados no mercado. No
entanto, uma vez escolhido o modelo, os itens de série,
opcionais e até a mesmo a cor serão preestabelecidos pelo
fornecedor.
Vulnerabilidade x Hipossuficiência
Para o CDC, vulnerabilidade é diferente de hipossuficiência:
Vulnerabilidade versus hipossuficiência-
Vulnerabilidade- fenômeno de direito material- todos os
consumidores, pessoas físicas são considerados vulneráveis,
mas no direito processual nem todos são hipossuficientes,
devendo ser demonstrada no caso concreto- é o que acontece
com a inversão do ônus da prova (art. 6º, VII do CDC).
Hipossuficiência- demonstrada em cada caso concreto
Espécies de vulnerabilidade
Técnica (características ou utilidade): ausência de
conhecimento técnico sobre o produto ou serviço.
Jurídica/ cientifica: sem conhecimentos jurídicos ou a respeito
de outros ramos científicos: de contabilidade, economia,
matemática, financeira e outros. Ex: juros cobrados Ex:
fraqueza do consumidor no que diz respeito as cláusulas
contratuais- tem maior dificuldade em demonstrá-la a pessoa
jurídica ou o profissional;
Espécies de vulnerabilidade
Fática/socioeconomica: fornecedor detém o poder econômico,
estando numa posição de supremacia.
Informacional: importância das informações a respeito dos
bens de consumo e sobre sua influência cada vez maior no
poder de persuadir o consumidor no momento de escolher.
Alguns entendem ser uma modalidade de vulnerabilidade e
outros uma subespécie da vulnerabilidade fática.
Espécies de vulnerabilidade
Concluindo:
A vulnerabilidade, reconhecida pela lei, é um fenômeno de
direito material com presunção absoluta de que todo
consumidor é vulnerável. A hipossuficiência, é aferida no direito
processual (art. 6º, VIII) que deverá ser analisado pelo juiz no
caso concreto. Ex: mecânico que tem problemas de freios no
seu veículo e ingressa com ação contra o fornecedor não é
hipossuficiente apesar de ser vulnerável.
Hipervulnerabilidade: 
São aqueles cuja fragilidade se apresenta em maior grau de
relevância ou de forma agravada.- è o caso das gestantes
(impossibilidade de se dirigirem ao caixa preferencial no
segundo andar do banco), crianças (publicidade que merece
cuidado devido a deficiência de julgamentos), idosos (crédito
consignado em pagamento de aposentadoria), enfermos
(limitação do tempo de internação), portadores de
necessidades especiais, analfabetos.
Outros princípios do CDC
 Princípio da boa-fé – aquele que proíbe conteúdo desleal de
cláusula nos contratos sobre relações de consumo, impondo a
nulidade do mesmo.
 Princípio da correção do desvio publicitário – é o que impõe
a contrapropaganda.
 Principio da harmonização das relações de consumo –
aquele que visa proteger o consumidor, evitando a ruptura na
harmonia das relações de consumo.
 Princípio da identificabilidade – impõe a identificação de
anúncio ou publicidade. Essa publicidade não podeser
enganosa ou dissimulada, devendo indicar a marca, firma, o
produto ou serviço, sem induzir a erro o consumidor.
 Princípio da identificação da mensagem publicitária – a
propaganda deverá ser direta, para o consumidor de imediato
identifica-la.
Outros princípios do CDC
 Princípio da informação – o consumidor tem de receber
informação clara, precisa e verdadeira, usando a boa-fé e
lealdade.
 Princípio da inversão do ônus da prova – na seara cível ou
administrativa, competirá ao fabricante ou fornecedor, diante
da reclamação do consumidor, demonstrar a ausência de
fraude, e que o consumidor não foi lesado na compra de um
bem ou serviço. Em relação ao consumidor, a inversão do ônus
da prova ficará a critério do juiz quando for verossímil a
alegação do consumidor e quando o mesmo for
hipossuficiente, para isso o magistrado deverá ater-se ao
conjunto de juízos fundados sobre a observação do que de
ordinário acontece.
 Princípio da lealdade – quando a concorrência legal dos
fornecedores. Visa a proteção do consumidor ao exigir que
haja lealdade na concorrência publicitária, ainda que
comparativa.
Outros princípios do CDC
 Princípio da não-abusividade da publicidade – reprime
desvios prejudiciais ao consumidor, provocados por
publicidade abusiva.
 Princípio da obrigatoriedade da informação – aquele que
requer clareza e precisão na publicidade, ou seja, o anunciante
terá obrigação de informar corretamente o consumidor sobre
os produtos e serviços anunciados.
 Princípio da prevenção – é o que sustenta ser o direito básico
do consumidor, a prevenção de prejuízos patrimonial e
extrapatrimonial.
 Princípio da transparência – a atividade ou mensagem
publicitárias devem assegurar ao consumidor informações
claras, corretas e precisas.
Outros princípios do CDC
 Princípio da veracidade – as informações ou mensagens ao
consumidor devem ser verdadeiras, com dados corretos sobre
os elementos do bem ou serviço.
 Princípio da vinculação contratual – o consumidor pode
exigir do fornecedor o cumprimento do conteúdo da
comunicação publicitária ou estipulado contratualmente.
 Princípio da vulnerabilidade do consumidor – aquele que,
ante a fraqueza do consumidor no mercado, requer que haja
equilíbrio na relação contratual.
 Princípio do respeito pela defesa do consumidor – princípio
que requer que no exercício da publicidade não se lese o
consumidor.
 Princípio geral de transparência – requer clareza nas
informações dadas ao consumidor e, também, ao acesso pleno
de informações sobre o produto ou serviço e sobre os futuros
termos de um determinado negócio.
Princípios do CDC
 Princípios da publicidade – são aqueles que regem a
informação ou mensagem publicitária, evitando quaisquer
danos ao consumidor dos produtos ou serviços anunciados,
tais como: liberdade, o da legalidade, o da transparência, o da
boa-fé, o da identificabilidade, o da vinculação contratual, o da
obrigatoriedade da informação, o da veracidade, o da lealdade,
o da responsabilidade objetiva, o da inversão do ônus da prova
na publicidade e o da correção do desvio publicitário.
Estes princípios são a base do Direito do Consumidor,
norteando as condutas e sanções aplicadas relativamente aos
consumidores bem como aos fornecedores nas relações de
consumo tendo como objetivo principal das normas de
proteção e defesa do consumidor, intervir nessas relações para
defender uma das partes, consubstanciado nos princípios
norteadores do Direito de Defesa do Consumidor.
Direitos Básicos (art. 6°)
Direito à vida, saúde e segurança, educação,
informação e divulgação adequada sobre produtos e
serviços, proteção contra as publicidades enganosa
e abusiva, contra as práticas abusivas, facilitação de
acesso aos meios de defesa com vistas à reparação
de danos experimentados, e a adequada e eficaz
prestação dos serviços públicos em geral.
Direitos Básicos (art. 6°)
 Direito à segurança: deve ser respeitada e garantida a
vida, a saúde e a segurança do consumidor, de modo
que os produtos e serviços colocados no mercado não
podem causar nenhum dano ao mesmo, exceto os
considerados normais e previsíveis.
 Direito à educação para o consumo: o consumidor deve
ser informado e/ou educado quanto ao produto ou
serviço, no que diz respeito a quantidade,
características, data de validade, composição,
qualidade, preço e riscos apresentados, de modo a
aumentar seu nível de consciência e possibilitar sua
decisão pelo que for mais adequado aos seus
interesses, podendo ele exercer seu direito de escolha.
Direitos Básicos (art. 6°)
 Direito à proteção contratual: esse direito diz respeito à
inaplicabilidade das cláusulas tidas como abusivas e
exageradas, bem como a proteção do consumidor
contra a publicidade enganosa e abusiva, práticas essas
elencadas no CDC de modo taxativo.
 Direito à indenização: na ocorrência de qualquer dano,
moral ou material, a interesse ou direito individual,
coletivo ou difuso do consumidor, cabe indenização por
parte do fornecedor. Do contrário, não teria nenhuma
eficácia uma lei que assegura a proteção àquele. Nesse
caso, o consumidor goza de alguns benefícios, como
facilitação ao acesso à Justiça, inversão do ônus da
prova em seu favor e assistência judiciária.
 Vida, saúde e segurança
 Defeito x Vício
 Publicidade e Propaganda
 Práticas abusivas
 Responsabilidade civil
Temas de Interesse:
Vida, saúde e segurança
Por se cuidarem dos bens mais valiosos de que são
titulares todos os seres humanos, o Código de Defesa do
Consumidor começa por traçar medidas de caráter
preventivo:
 Art. 8º - Os produtos e serviços colocados no mercado de
consumo não acarretarão riscos à saúde ou segurança
dos consumidores, exceto os considerados normais e
previsíveis em decorrência de sua natureza e fruição,
obrigando-se os fornecedores, em qualquer hipótese, a
dar as informações necessárias e adequadas a seu
respeito.
 Parágrafo único - Em se tratando de produto industrial,
ao fabricante cabe prestar as informações a que se refere
este artigo, através de impressos apropriados que devam
acompanhar o produto.
 Art. 9º - O fornecedor de produtos e serviços potencialmente
nocivos ou perigosos à saúde ou segurança deverá informar, de
maneira ostensiva e adequada, a respeito da sua nocividade ou
periculosidade, sem prejuízo da adoção de outras medidas
cabíveis em cada caso concreto.
 Art. 10 - O fornecedor não poderá colocar no mercado de
consumo produto ou serviço que sabe ou deveria saber
apresentar alto grau de nocividade ou periculosidade à saúde ou
segurança.
 § 1º - O fornecedor de produtos e serviços que, posteriormente à
sua introdução no mercado de consumo, tiver conhecimento da
periculosidade que apresentem, deverá comunicar o fato
imediatamente às autoridades competentes e aos consumidores,
mediante anúncios publicitários.
 § 2º - Os anúncios publicitários a que se refere o parágrafo
anterior serão veiculados na imprensa, rádio e televisão, às
expensas do fornecedor do produto ou serviço.
 § 3º - Sempre que tiverem conhecimento de periculosidade de
produtos ou serviços à saúde ou segurança dos consumidores, a
União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios deverão
informá-los a respeito.
Defeito x Vício
O Código de Defesa do Consumidor faz uma
distinção entre defeito e vício
Defeito: anomalia que pode manifestar-se num
produto ou na prestação de um serviço, tornando-se
perigoso ou nocivo ao consumidor, ou então
causando-lhe efetivamente um dano à vida, saúde
ou segurança.
Vício: embora não deixe também de ser uma
anomalia, tem a ver, todavia, com a adequação do
produto ou serviço ao uso a que se destinam,
podendo essa anomalia referir-se à qualidade,
quantidade, ou informação inadequada.
Defeito do produto ou serviço:
Os defeitos consistem em imperfeiçõesde natureza grave,
capazes de causar dano à saúde ou à segurança do
consumidor. A noção de defeituosidade está essencialmente
ligada à expectativa do consumidor. Afirma-se, portanto, que
um produto é defeituoso quando ele é mais perigoso para o
consumidor ou usuário do que legitimamente ou
razoavelmente se espera dele.
Trata-se de anomalia que o produto ou serviço apresenta,
que os torna perigosos ou nocivos ao consumidor ou até
causa-lhe efetivamente dano a vida, a saúde ou a segurança.
Defeito do produto ou serviço:
Conforme dita o parágrafo 1º do artigo 12 do Código de
Defesa do Consumidor: “o produto é defeituoso quando não
oferece a segurança que dele legitimamente se espera,
levando-se em consideração as circunstâncias relevantes,
entre as quais:
 I - sua apresentação;
 II - o uso e os riscos que razoavelmente dele se esperam;
 III- a época em que foi colocado em circulação”.
De acordo com o parágrafo 3º do mesmo artigo: “O
fabricante, o construtor, o produtor ou importador só não será
responsabilizado quando provar:
 I - que não colocou o produto no mercado;
 II -que embora haja colocado o produto no mercado, o defeito
inexiste;
 III- a culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro.
Vícios do produto ou do serviço:
 Vícios de qualidade
 Vícios de quantidade
 Vícios de informação
Art. 18 - Os fornecedores de produtos de consumo duráveis ou
não duráveis respondem solidariamente pelos vícios de
qualidade ou quantidade que os tornem impróprios ou
inadequados ao consumo a que se destinam ou lhes diminuam
o valor, assim como por aqueles decorrentes da disparidade,
com as indicações constantes do recipiente, da embalagem,
rotulagem ou mensagem publicitária, respeitadas as variações
decorrentes de sua natureza, podendo o consumidor exigir a
substituição das partes viciadas.
Vícios: direitos do consumidor
 § 1º - Não sendo o vício sanado no prazo máximo de 30
(trinta) dias, pode o consumidor exigir, alternativamente
e à sua escolha:
 I - a substituição do produto por outro da mesma
espécie, em perfeitas condições de uso;
 II - a restituição imediata da quantia paga,
monetariamente atualizada, sem prejuízo de eventuais
perdas e danos;
 III - o abatimento proporcional do preço.
 § 2º - Poderão as partes convencionar a redução ou
ampliação do prazo previsto no parágrafo anterior, não
podendo ser inferior a 7 (sete) nem superior a 180
(cento e oitenta) dias. Nos contratos de adesão, a
cláusula de prazo deverá ser convencionada em
separado, por meio de manifestação expressa do
consumidor.
Vícios: direitos do consumidor
 § 3º - O consumidor poderá fazer uso imediato das
alternativas do § 1º deste artigo sempre que, em razão
da extensão do vício, a substituição das partes viciadas
puder comprometer a qualidade ou características do
produto, diminuir-lhe o valor ou se tratar de produto
essencial.
 § 4º - Tendo o consumidor optado pela alternativa do
inciso I do § 1º deste artigo, e não sendo possível a
substituição do bem, poderá haver substituição por outro
de espécie, marca ou modelo diversos, mediante
complementação ou restituição de eventual diferença de
preço, sem prejuízo do disposto nos incisos II e III do §
1º deste artigo.
 § 5º - No caso de fornecimento de produtos in natura,
será responsável perante o consumidor o fornecedor
imediato, exceto quando identificado claramente seu
produtor.
Vícios: direitos do consumidor
 § 6º - São impróprios ao uso e consumo:
 I - os produtos cujos prazos de validade estejam vencidos;
 II - os produtos deteriorados, alterados, adulterados,
avariados, falsificados, corrompidos, fraudados, nocivos à
vida ou à saúde, perigosos ou, ainda, aqueles em
desacordo com as normas regulamentares de fabricação,
distribuição ou apresentação;
 III - os produtos que, por qualquer motivo, se revelem
inadequados ao fim a que se destinam.
OBS.: É crime comercializar produtos impróprios.
Vícios de qualidade:
Vícios de qualidade dos produtos - Aqueles
que tornam impróprios ou inadequados ao
consumo a que se destinam ou lhes diminuem o
valor, entendendo-se ser impróprios ao uso e
consumo os produtos cujos prazos de validade
estejam vencidos, os deteriorados, alterados,
adulterados, falsificados, corrompidos,
fraudados, nocivos à vida ou à saúde, perigosos
ou em desacordo com as normas
regulamentares de fabricação, distribuição ou
apresentação, bem como os produtos que, por
qualquer motivo, se revelam inadequados ao fim
a que se destinam.
A questão da qualidade:
 Pelo Código de Defesa do Consumidor, bem como pelo
chamado “Sistema Nacional de Metrologia, Normalização e
Qualidade Industrial” - SINMETRO, qualidade de um
produto ou serviço significa sua adequação a uma norma
técnica.
 Tanto assim que pelo que estabelece o inc. VII do art. 39 do
mesmo Código, é considerada prática abusiva a simples
circunstância de o fornecedor "colocar, no mercado de
consumo, qualquer produto ou serviço em desacordo com
as normas expedidas pelos órgãos oficiais competentes ou,
se normas específicas não existirem, pela Associação
Brasileira de Normas Técnicas ou outra entidade
credenciada pelo Conselho Nacional de Metrologia,
Normalização e Qualidade Industrial - CONMETRO".
A questão da qualidade:
Desta forma, a existência de normas técnicas,
preparadas pela ABNT, e auditadas pelo CONMETRO,
além de executadas pelo INMETRO e seus órgãos
delegados e sua constante fiscalização, é uma garantia
não apenas para os consumidores, como para os
próprios fornecedores.
Vícios de quantidade:
Vícios pela quantidade dos produtos – São
aqueles em que, respeitadas as variações
decorrentes de sua natureza, seu conteúdo líquido
é inferior às indicações constantes do recipiente,
da embalagem, rotulagem ou de mensagem
publicitária. Há disparidade entre o conteúdo e o
peso ou medida indicados pelos fornecedores,
sendo que a quantidade inferior causa prejuízos ao
consumidor. Tal questão envolve o produto e o
serviço em si, isto independe a figura do produtor.
A figura do produtor será considerada na medida
em que é o responsável pelo prejuízo, assim o
produtor, será o justificador da responsabilidade do
fornecedor, no âmbito em que deva indenizar o
consumidor.
 Art. 8º - Os produtos e serviços colocados no mercado
de consumo não acarretarão riscos à saúde ou
segurança dos consumidores, exceto os considerados
normais e previsíveis em decorrência de sua natureza e
fruição, obrigando-se os fornecedores, em qualquer
hipótese, a dar as informações necessárias e
adequadas a seu respeito.
 Parágrafo único - Em se tratando de produto industrial,
ao fabricante cabe prestar as informações a que se
refere este artigo, através de impressos apropriados que
devam acompanhar o produto.
Direito de Informação (art. 8°)
O dever de informar:
Um dos deveres primordiais do fornecedor é o de
informar o consumidor acerca do produto ou do serviço
comercializado.
O segundo deve ter conhecimento dos dados
específicos do produto ou do serviço, como quantidade,
características, data de validade, composição, qualidade
e preço, além dos riscos que eles possam apresentar.
Essa informação deve ser clara, precisa, correta e
ostensiva, de modo a educar o consumidor, aumentando
seu nível de consciência, possibilitando sua decisão
pelo que for mais adequado aos seus interesses, e
alertando-o sobre os prováveis riscos inerentes à sua
saúde ou segurança.
Princípio da transparência:
Conseqüência do dever de informar
O princípio da transparência segue essa mesma linha de
raciocínio. Diz ele que o consumidor tem o direito de
conhecer o conteúdo do contrato antes de assumir qualquer
obrigação. Isso visa a evitar que ele seja enganado no
momento da contratação.
Porém, mesmo depois de realizado o negóciojurídico, o
consumidor não estará obrigado a cumprir com sua
obrigação se houver inadimplência da outra parte ou, ainda,
se restou duvidoso para ele o conteúdo do contrato.
No que se refere à publicidade, o fornecedor não tem o
dever de anunciar seu produto ou serviço, tal ato é uma
mera faculdade. Porém, se o fizer, tem ele o dever de
informar somente a verdade, e de forma clara, conforme
visto há pouco.
Anúncio Obrigatório:
O anúncio obrigatório versa somente em caso de
informação falsa, incorreta ou obscura, em que é
imposta a contrapropaganda (arts. 56, XII e 60 do
CDC), ou seja, o anunciante deve reparar o que foi
veiculado.
Outra hipótese, contudo, é o conhecimento ulterior de
riscos acarretados ao consumidor que possam ser
apresentados pelo produto ou serviço (art. 10, § 1.° do
CDC).
Livre escolha de produtos/serviços:
Desde que a publicidade seja correta, ou seja, não
apresente os vícios acima mencionados, e com base na
liberdade garantida pela Carta Magna, é o consumidor
investido de livre arbítrio para escolher qualquer produto
ou contratar qualquer serviço dentre os presentes no
mercado de consumo.
É sabido que o consumidor tem seus direitos protegidos
pela Constituição Federal e pelo CDC. Contudo, no que
diz respeito à publicidade, é necessário elencar alguns
desses direitos, conforme segue.
Publicidade ou Propaganda?
Propaganda vem do latim “propaganda”, gerundivo
de “propagare”, que significa propagação de princípios,
idéias, conhecimentos ou teorias, visando à adesão do
expectador. Tem cunho ideológico, não lucrativo.
Já a publicidade refere-se a algo que é público, feito
em público ou de conhecimento de todos, tem natureza
comercial, que visa lucro. No sentido etimológico,
corresponde também à “arte de exercer uma ação
psicológica sobre o público com fins comerciais ou
políticos”.
Tendo por base essas definições, conclui-se que o CDC
trata somente da publicidade, dado o objetivo de lucro, e
não da propaganda.
Sinônimos?
Porém, em nosso ordenamento jurídico, os termos são usados como
se sinônimos fossem. A CF, por exemplo, fala em “propaganda”
(artigo 220, § 3.°, II), “propaganda comercial” (artigos 22, XXIV e
220, § 4.°), “publicidade dos atos processuais” (artigo 5.°, LX) e
“publicidade” (artigo 37, caput e § 1.°).
O próprio CDC também faz essa confusão ao tratar da “publicidade“
nos artigos 36 a 38, e da “contrapropaganda”, no artigo 56, XII, como
sendo uma medida que visa a desfazer o mal que proporcionou ao
consumidor certa publicidade.
Assim, em vista de toda essa situação, é que Luiz Antônio Rizzatto
Nunes entende que, juridicamente, as duas palavras – propaganda e
publicidade - podem ser usadas como sinônimos.
Publicidade: Princípios
a) Princípio da identificação da publicidade: o anúncio deve
ser feito de maneira clara, para que o consumidor possa
identificá-lo facilmente (inibição de publicidade clandestina).
b) Princípio da veracidade: a publicidade deve ser honesta
e verdadeira, não devem ser passadas falsas informações
ao consumidor, levando-o a erro.
c) Princípio da não-abusividade: a publicidade não deve
atacar valores tidos como éticos e/ou morais, tampouco
levar o consumidor a praticar atos prejudiciais.
d) Princípio da transparência da fundamentação: a
publicidade deve apoiar-se em dados fáticos, técnicos e
científicos, de modo que seu teor possa ser comprovado
sempre que solicitado.
Publicidade: Princípios
e) Princípio da obrigatoriedade de cumprimento: o
fornecedor é obrigado a cumprir tudo que anuncia e da
forma como o faz (veda-se publicidade para mera atração da
clientela).
f) Princípio da inversão do ônus da prova: como o
consumidor não é dotado de conhecimento científico ou
técnico do produto que adquire ou do serviço que contrata, é
mais difícil para ele provar os vícios de veracidade das
informações prestadas pelo fornecedor.
g) Princípio da irrenunciabilidade dos direitos pelo
consumidor: é defeso ao consumidor renunciar qualquer
direito seu previsto no CDC.
Publicidade: Princípios
h) Princípio da norma favorável: as novas leis a serem
editadas, referentes a essa matéria, deverão manter ou
ampliar a proteção ao consumidor, e nunca diminuí-la.
Além disso, se houver mais de uma interpretação
possível a uma norma, será utilizada aquela mais
benéfica ao consumidor, devido à sua inexperiência e
vulnerabilidade.
i) Princípio das presunções favoráveis ao consumidor: a
legislação do consumidor deve elencar presunções,
absolutas ou relativas, de atos que possam vir a
prejudicá-lo. Como exemplo, temos o “caput” artigo 12
do CDC, que prevê responsabilidade objetiva ao
fornecedor de produto defeituoso.
Publicidade Enganosa e Abusiva
Art. 37 - É proibida toda publicidade enganosa ou abusiva.
§ 1º - É enganosa qualquer modalidade de informação ou
comunicação de caráter publicitário, inteira ou parcialmente
falsa, ou, por qualquer outro modo, mesmo por omissão, capaz
de induzir em erro o consumidor a respeito da natureza,
características, qualidade, quantidade, propriedades, origem,
preço e quaisquer outros dados sobre produtos e serviços.
§ 2º - É abusiva, dentre outras, a publicidade discriminatória de
qualquer natureza, a que incite à violência, explore o medo ou a
superstição, se aproveite da deficiência de julgamento e
experiência da criança, desrespeita valores ambientais, ou que
seja capaz de induzir o consumidor a se comportar de forma
prejudicial ou perigosa à sua saúde ou segurança.
§ 3º - Para os efeitos deste Código, a publicidade é enganosa
por omissão quando deixar de informar sobre dado essencial do
produto ou serviço.
Fase de Pós-produção
Práticas Comerciais:
 1 – Oferta;
 2 – Publicidade;
 3 – Práticas Comerciais Abusivas;
 4 – Cobranças de dívidas;
 5 – Bancos cadastrais.
Práticas abusivas
Aqui se têm em conta não apenas os abusos praticados
pelos fornecedores no oferecimento de bens e serviços
em venda casada, por exemplo, ou então o envio de
produtos sem que o consumidor os tenha pedido, como
também as cláusulas contratuais abusivas em contratos
de adesão.
RESPONSABILIDADE CIVIL
Responsabilidade civil: conjunto de princípios e
normas que disciplinam a obrigação de reparar o
dano resultante de inadimplemento de um
contrato, da inobservância de um dever geral de
conduta ou, nos casos previstos em lei, da prática
de ato lícito.
Maria Helena Diniz conceitua: “A responsabilidade
civil é a aplicação de medidas que obriguem uma
pessoa a reparar dano moral ou patrimonial
causado a terceiros, em razão de ato por ela
mesma praticado, por pessoa por quem ela
responde, por alguma coisa a ela pertencente ou
de simples imposição legal.”
Segundo o critério de MHD
Os Doutrinadores dividem a resp. civil em:
a) contratual: conseqüências do inadimplemento de
uma obrigação contratualmente assumida;
b) extracontratual: que regula as conseqüências
danosas da inobservância de um dever geral de
conduta (CC., 186, 187, 927)
c) ope legis ou decorrente da lei: há uma ilicitude,
(não dizem onde está), mas é vontade da lei que
haja a reparação do dano em função de um ato
qualquer (independente de quem o tenha causado),
desde que haja nexo (legal, in caso).
Responsabilidade Civil: Fontes
As fontes da responsabilidade civil (ou do 
dever de reparar) seguem três teorias básicas:
1) Teoria Aquiliana: Responsabilidade 
Subjetiva
2) Teoria do Risco: Responsabilidade 
Objetiva
3) Responsabilidade contratual (violação 
positiva do contrato, culpa e dolo)
Responsabilidade Civil: Culpa
Culpa (em sentido amplo) é tida como violação de
um dever jurídico, imputável a alguém, em
decorrência de fato intencional ou de omissão de
diligência ou cautela e compreende:
a) o dolo:violação intencional do dever jurídico
(vontade consciente de violar o direito), e
b) culpa em sentido estrito: caracterizada pela
imperícia, imprudência ou negligência, sem
qualquer deliberação de violar um dever.
Condutas Culposas
 negligência (negligentia): desleixo, descuido,
incúria, desatenção, menosprezo, indolência, falta
de diligência necessária à execução do ato.
MOSTRA CULPA DO AGENTE
 imperícia (imperitia): Falta de experiência ou
conhecimentos práticos necessários ao exercício de
sua profissão, inábil. É O QUE SE FAZ SEM
CONHECIMENTO DA “ARTE”.
 imprudência (imprudentia): imprevisão do agente ou
da pessoa, em relação às conseqüências de seu ato
ou ação, quando devia e podia prevê-las
(desatenção culpável). IMPREVIDÊNCIA DO MAL
QUE SE PODERIA PREVER
Resp. Civil: Silvio Rodrigues
Sílvio Rodrigues nos ensina que a
responsabilidade civil vem definida por Savatier
(Traité de la responsabilité civile, Paris, 1939, v. I,
n. 1) como sendo a obrigação que pode incumbir
uma pessoa a reparar o prejuízo causado a outra,
por fato próprio, ou por fato de pessoas ou coisas
que dela dependam.
Diz ele que: “temos duas formas de encarar o
dano, através da responsabilidade subjetiva e
objetiva, sendo subjetiva a responsabilidade
quando se inspira na idéia de culpa, e objetiva
quando esteada na teoria do risco”.
Para que surja o dever de indenizar na teoria subjetiva,
necessária se faz a presença de quatro pressupostos,
conforme ensina SILVIO RODRIGUES:
a) Ação ou omissão do agente: O ato inclui qualquer fato ou
evento da vida propriamente dito, que tenha a potencialidade
de causar dano. São os fatos ou condutas comissivas ou
omissivas do próprio agente, os fatos de terceiro, os fatos de
animais ou das coisas.
b) Culpa do agente: negligencia, imperícia ou imprudência (até
o dolo).
c) Relação de causalidade: O nexo causal é a relação de
causa e efeito entre o fato e o dano.
d) Dano experimentado pela vítima: é o prejuízo causado à
vítima, sendo considerado o principal pressuposto da
responsabilidade civil, pois representa também uma quebra do
equilíbrio social a exigir reparação. Há dois elementos
necessários para apurar-se e danos:
* valoração do prejuízo;
* lucros cessantes.
Responsabilidade do Fornecedor
Basicamente quatro são os casos de responsabilidade
civil fundada no CDC:
 vicio do produto;
 fato do produto (defeito);
 vicio do serviço;
 fato do serviço (defeito)
A diferença entre vicio e fato é que no vicio o problema
permanece nos limites do produto ou do serviço, já no
fato há outras repercussões alem do bem de consumo:
outros danos materiais, danos morais e danos estéticos
Responsabilidade do Fornecedor
Dos quatro casos (vício do produto / fato do produto /
vício do serviço / fato do serviço ), em três deles haverá
solidariedade (opção de demanda), podendo o
consumidor demandar qualquer dos envolvidos no
fornecimento ou prestação.
A única hipótese em que não há solidariedade é no fato
do produto, pois nos termos dos artigos 12 e 13 do
CDC, haverá uma responsabilidade imediata ou
principal do fabricante. O comerciante tem
responsabilidade subsidiaria ou indireta somente
respondendo nas hipóteses do artigo 13 do CDC
Responsabilidade do Fornecedor
Art. 12 - O fabricante, o produtor, o construtor,
nacional ou estrangeiro, e o importador
respondem, independentemente da existência
de culpa, pela reparação dos danos causados
aos consumidores por defeitos decorrentes de
projeto, fabricação, construção, montagem,
fórmulas, manipulação, apresentação ou
acondicionamento de seus produtos, bem como
por informações insuficientes ou inadequadas
sobre sua utilização e riscos.
Os responsáveis:
O Código de Defesa do Consumidor, ao
conceituar o fornecedor em seu art.3º, o fez de
maneira bem abrangente, de modo a alcançar
todos do ciclo produtivo-distributivo.
O CDC criou 3 modalidades de responsáveis:
 o real: fabricante, construtor, produtor;
 o presumido: importador; e
 o aparente: comerciante.
Os responsáveis:
Tratando-se de fato de responsabilidade pelo fato do
produto, todavia, o art.12 do Código responsabiliza somente
o fabricante, o produtor, o construtor e o importador. O
comerciante foi excluído em via principal porque ele, nas
relações de consumo em massa, não tem nenhum controle
sobre a segurança e qualidade das mercadorias - recebe os
produtos fechados.
Advertência do doutor Zelmo Denari: “ainda que o
consumidor tenha adquirido o automóvel da concessionária;
o eletrodoméstico da loja de departamento; o medicamento
da drogaria; a vacina ou agrotóxico do comerciante, deverá
postular seus direitos contra o fabricante do produto,
operador econômico que, em via principal, é o responsável
pelos danos causados aos consumidores”.
Solidariedade:
 Havendo mais de um fabricante para um mesmo
produto, ou mais de um causador do dano, todos
respondem solidariamente pela reparação. O Código
trata da solidariedade em várias passagens – arts.7º,
parágrafo único, 18 e 25, parágrafo 1º e 2º.
 Na hipótese de um determinado produto ter mais de um
fabricante um de matéria prima, outro de componente e
outro de produto final, todos são solidariamente
responsáveis pelo defeito e por suas conseqüências,
cabendo, evidentemente, ação regressiva contra aquele
que, efetivamente, deu causa ao defeito.
Responsabilidade do Comerciante
O comerciante pelos acidentes de consumo, teve a sua
responsabilidade excluída em via principal. O código,
em seu art. 13, atribui-lhe apenas a responsabilidade
subsidiária. Pode ser responsabilizado em via
secundária quando o fabricante, o construtor, o produtor
ou importador não puderem ser identificados; o produto
for fornecido sem identificação clara do seu fabricante,
produtor, construtor ou importador ou na hipótese mais
comum - quando o comerciante não conservar
adequadamente os produtos perecíveis.
 São casos, em que a conduta do comerciante concorre
para o acidente de consumo, merecendo destaque os
chamados “produtos anônimos”, tais como legumes,
verduras, frutas, adquiridos nos supermercados sem
identificação da origem; os produtos mal identificados e
aqueles outros produzidos por terceiros mas produzidos
com a marca do comerciante.
 Convém ressaltar que a inclusão do comerciante como
responsável subsidiário foi para favorecer e reforçar a
posição do consumidor, não para enfraquecê-lo. Importa
dizer que a inclusão do comerciante não exclui o
fornecedor; aumenta a cadeia dos responsáveis.
Responsabilidade do Comerciante
Roberto Senise Lisboa afirma que “a presunção
de culpa pode admitir ou não a produção de
prova em sentido contrário. Na primeira
hipótese, a presunção da culpa é relativa (juris
tantum), possibilitando-se àquele que se
encontra responsável, por força da norma
jurídica, a produção de prova que exclua seu
dever de reparar o dano causado. No outro
caso, a presunção legal de culpa é absoluta
(iure et de iure), não se admitindo a produção
de qualquer elemento demonstrativo de
liberação da responsabilidade do agente”.
Excludentes do dever de reparar
1- Quando a responsabilidade é objetiva só isenta-se do
dever de reparar o dano caso haja culpa exclusiva da
vítima, culpa exclusiva de terceiro ou em caso fortuito ou
de força maior. Mas a questão da aplicação das
excludentes oriundas de caso fortuito ou de força maior
não é pacífica, como veremos.
2- Quando a responsabilidade é subjetiva exclui da
responsabilidade a conduta pautada na legítima defesa, no
estado de necessidade; exercício regular de direito, ou no
estrito cumprimento do dever legal e, também, por caso
fortuito ou decorrente de força maior.
Excludentes do dever de reparar
Excludentes do dever de reparar
Excludentes deresponsabilidade civil pelo CDC (art.12, §
3º e 14, § 3º do CDC):
 ausência de dano (ausência de defeito ou de vicio): 
 culpa exclusiva da vitima (consumidor) 
 culpa exclusiva de terceiro
Excludentes do dever de reparar
Polemica: o CDC não prevê como excludentes o caso
fortuito (evento totalmente imprevisível) e a força maior
(evento previsível mas inevitável). Entre os
consumeritas prevalece à tese da responsabilidade por
tais ocorrências, pois o rol do CDC e taxativo (casal
Nery, Claudia Lima Marques, Rizzatto Nunes). Porém,
tem prevalecido na doutrina e na jurisprudência a
diferenciação entre evento interno e externo, levando-se
em conta os riscos do negocio (Sergio Cavallieri Filho,
Carlos Roberto Gonçalves, Venosa):
 caso fortuito interno e força maior interna: tem relação com o
fornecimento ou prestação = não exclui a responsabilidade;
 caso fortuito externo e força maior externa não têm relação com
a prestação ou fornecimento = exclui a responsabilidade.
Responsabilidade Civil: Dano
A responsabilidade civil, por sua vez, pode
comportar a reparação do dano patrimonial
(material) ou moral. O Professor Luiz Antonio
Rizzato Nunes, nos ensina que a constituição de
1988 garante como invioláveis a intimidade, a
vida privada, a honra e a imagem das pessoas.
Essa proteção pode ser exercida de maneira
preventiva pelo titular do direito para evitar sua
violação. Todavia, caso esta se consume o dano
assiste direito à vítima de ser indenizada.
O dano e a CF
A constituição usa a disjuntiva “ou” (dano moral ou material),
mas é claro que não o faz de modo adversativo. O texto
apresenta uma alternativa exemplificativa. Não se trata de
dano material ou moral, mas sim de dano material “e” moral.
A questão está hoje em dia, claramente retratada na súmula
37 do STJ, que estabelece que “são cumuláveis as
indenizações por danos materiais e morais oriundos do
mesmo fato”.
Como o conceito de dano material é amplamente conhecido
(composição em dinheiro visando a reposição do status quo
ante: valor efetivamente perdido – dano emergente, e receita
que se deixa de aferir – lucros cessantes), não é preciso
longa explicação do tema. Havendo dano material, este tem
de ser ressarcido integralmente (CF. artigo 5º, V e X).
Dano significa estrago. É uma “danificação” sofrida por alguém, 
causando-lhe prejuízo. Implica, necessariamente, a diminuição 
do patrimônio da pessoa lesada.
Moral, pode-se dizer, é tudo aquilo que está fora da esfera 
material, patrimonial do indivíduo. Diz respeito à alma, aquela 
parte única que compõe a intimidade. É o patrimônio ideal da 
pessoa, entendendo-se por patrimônio ideal, em contraposição 
a patrimônio material, o conjunto de tudo aquilo que não seja 
suscetível de valor econômico. Jamais afeta o patrimônio 
material. Assim, o dano moral é aquele que afeta a paz interior 
de cada um. Atinge o sentimento da pessoa, o decoro, o ego, a 
honra, enfim, tudo aquilo que não tem valor econômico, mas 
que lhe causa dor e sofrimento. É pois, a dor física e/ou 
psicológica sentida pelo indivíduo.
O dano
Parâmetros para a determinação 
da indenização por danos morais:
a) a natureza específica da ofensa sofrida;
b) a intensidade real, concreta, efetiva do sofrimento ofendido;
c) a repercussão da ofensa no meio social em que vive o 
ofendido e também sua posição social;
d) a existência de dolo por parte do ofensor, na prática do ato 
danoso, e o grau de sua culpa;
e) a situação econômica do ofensor;
f) a posição social do ofendido;
g) a capacidade e a possibilidade real de o ofensor voltar a 
praticar e/ou vir a ser responsabilizado pelo mesmo fato 
danoso;
h) a prática anterior do ofensor relativa ao mesmo fato 
danoso, ou seja, se ele já cometeu a mesma falha;
i) as práticas atenuantes realizadas pelo ofensor visando 
diminur a dor do ofendido.
DOS ATOS ILÍCITOS NO CC
Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou
imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que
exclusivamente moral, comete ato ilícito.
Art. 187. Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao
exercê-lo, excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim
econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes.
Art. 188. Não constituem atos ilícitos:
I - os praticados em legítima defesa ou no exercício regular de um
direito reconhecido;
II - a deterioração ou destruição da coisa alheia, ou a lesão a
pessoa, a fim de remover perigo iminente.
Parágrafo único. No caso do inciso II, o ato será legítimo somente
quando as circunstâncias o tornarem absolutamente necessário, não
excedendo os limites do indispensável para a remoção do perigo.
Obrigação de Indenizar: CC., arts. 927 a 943
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187),
causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.
Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano,
independentemente de culpa, nos casos especificados
em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida
pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para
os direitos de outrem.
Art. 944. A indenização mede-se pela extensão do dano.
Parágrafo único. Se houver excessiva desproporção entre
a gravidade da culpa e o dano, poderá o juiz reduzir,
eqüitativamente, a indenização.
Responsabilidade da PJ
Todas as pessoas jurídicas respondem civilmente pela
prática de ilícito ou ato que contrarie suas estipulações
estatutárias como também, segundo os arts. 12 a 25 do
Código de Defesa do Consumidor, trazem consigo a
responsabilidade objetiva – independente de sua
culpabilidade – caso decorra de vício no produto ou no
serviço, danos que podem ser morais e materiais ( ver tb CF.
173, § 5º ). Profissionais liberais têm responsabilidade
subjetiva (CDC art. 14, §§ 1º ao 4º).
No campo da responsabilidade extracontratual é sabido que
as pessoas jurídicas de direito privado devem reparar o dano
causado pelo seu representante.
[1] Responsabilidade indireta
Responsabilidade da PJ
Os arts. 931 e 1009 do CC, estipularam a
responsabilidade civil para as pessoas jurídicas que têm
finalidade lucrativa ou empresarial ao dizer que
respondem pelos produtos postos em circulação.
Mesmo combinando-se o art. 932, III com o 933 do novo
código civil, inova e traz a responsabilidade objetiva,
naqueles casos, pelos danos porventura provocados.
Quanto aos fornecedores de produtos e serviços o CDC
já havia estipulado essa modalidade de
responsabilidade.
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