Buscar

CICLO HETEROXÊNICO E MONOXÊNICO

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 8 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 8 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

UNAMA-UNIVERSIDADE DA AMAZÔNIA
CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE-CCBS
CURSO DE GRADUAÇÃO EM SAÚDE
Vanessa Pinho Lucena (26159419)
Parasitologia
 
ANANINDEUA – PARÁ
2019
Ciclo Monoxênico
Amebíase 
A amebíase, também chamada disenteria amebiana, afeta milhões de pessoas. O agente etiológico da amebíase é o protozoário rizópode Entamoeba histolytica, uma espécie de ameba patogênica que se instala, normalmente, no intestino grosso humano. O indivíduo infectado pode liberar cistos nas fezes. Os cistos são resistentes, permitindo a sobrevivência do parasita por longos períodos fora do corpo do hospedeiro.
Transmissão
A transmissão da amebíase acontece por meio da ingestão de água ou alimentos contendo cistos. No estômago e no intestino delgado, ocorre a digestão do envoltório dos cistos, liberando-se as amebas, que passam a se reproduzir por cissiparidade, aumentam em número e causam lesões na parede do intestino grosso. Algumas amebas podem atingir os vasos sanguíneos e ser levadas ao fígado, ao pulmão, ao cérebro e a outros órgãos, nos quais causam lesões que podem levar à morte.
Ciclo Evolutivo 
Fase trofozoítica ou vegetativa (vive no intestino grosso ou nas últimas porções do íleo, movimentando-se, fagocitando e digerindo seu alimento e multiplicando-se por divisão binária);
Fase cística (ela se imobiliza, deixa de fagocitar, rodeia-se de uma membrana resistente – membrana cística – e vive à custas de substâncias de reserva acumulada durante a fase anterior, sobretudo substâncias proteicas e hidrocarbonadas).
Diagnostico 
Infecção intestinal: exame microscópico e, quando disponível, imunoensaio enzimático
Infecção extra intestinal: imagem e teste sorológico ou um teste terapêutico
A amebíase não disentérica pode ser mal diagnosticada como síndrome do intestino irritável, enterite regional, ou diverticulite. Uma massa do lado direito do cólon também pode ser confundida com câncer, tuberculose, actinomicose ou linfoma.
Profilaxia/Prevenção
A profilaxia da amebíase comporta medidas gerais e individuais. As gerais objetivam o saneamento do meio e incluem providências como a adequada remoção de dejetos humanos e fornecimento de água não-contaminada à população; uso de instalações sanitárias para remoção das fezes; proibição de fezes humanas como adubo; educação sanitária da população; inquéritos epidemiológicos para descoberta das fontes de infecção; tratamento dos indivíduos parasitados, doentes ou portadores sãos, mormente se forem manipuladores de alimentos.
As medidas individuais são representadas pela filtração ou fervura da água usada na alimentação; lavagem dos vegetais com água não-contaminada ou água fervida; não ingestão de vegetais crus, procedentes de focos de infecção; proteção dos alimentos contra moscas e baratas; lavagem cuidadosa das mãos após a defecação e antes das refeições.
Em geral, a profilaxia consiste em saneamento básico, ingestão de água tratada ou fervida e de frutas e verduras bem lavadas, higiene pessoal e tratamento dos doentes.
Giardíase
Giardíase é uma infecção intestinal causada por um parasita microscópico que é encontrado em todo o mundo, especialmente em áreas com más condições de saneamento e água contaminada. A giardíase é marcada por cólicas abdominais, flatulência, náuseas e episódios de diarreia aquosa. 
Transmissão
A transmissão pela água é a fonte principal de giardíase. A transmissão também pode ocorrer por meio da ingestão de alimento contaminado e de contato direto de pessoa para pessoa, em especial em instituições para deficientes mentais e creches, ou entre parceiros sexuais. Cistos de Giárdia permanecem viáveis na superfície da água e são resistentes aos níveis de cloração de rotina. Animais silvestres também podem servir como reservatórios. Dessa forma, corredeiras provenientes de montanhas, assim como a cloração de sistemas de abastecimento de água municipais com filtração deficiente, foram implicadas nas epidemias transmitidas pela água.
Ciclo Evolutivo
No intestino delgado, os trofozoítos sofrem divisão binária e chegam à luz do intestino, onde ficam livres ou aderidos à mucosa intestinal, por mecanismo de sucção. A formação do cisto ocorre quando o parasita transita o cólon, e neste estágio os cistos são encontrados nas fezes (forma infectante). No ambiente podem sobreviver meses na água fria, através de sua espessa camada. 
Diagnostico 
EIA para antígenos nas fezes
Exame microscópico das fezes
O EIA para detectar antígeno de parasita em fezes é mais sensível que o exame microscópico. Trofozoítos característicos ou cistos em fezes confirmam o diagnóstico, mas a eliminação de parasita é intermitente e em baixos níveis nas infecções crônicas. Portanto, o diagnóstico microscópico pode requerer exames de fezes repetidos. A amostra dos conteúdos intestinais superiores também pode apresentar trofozoítos, mas é raramente necessária.
Profilaxia/Prevenção
A prevenção requer tratamento adequado do abastecimento de água pública, preparação higiênica da comida e higiene fecal-oral adequada. A água pode ser descontaminada por meio de fervura. Cistos de Giárdia resistem a níveis rotineiros de cloração. A eficácia da antissepsia com compostos contendo iodo é variável e depende da turvação e da temperatura da água e da duração do tratamento. Alguns dispositivos portáteis de filtração podem remover cistos de Giárdia da água contaminada, mas a eficácia de vários sistemas de filtragem não foi avaliada completamente.
Ciclo Heteroxênico
Doença de Chagas
A doença de Chagas (ou Tripanossomíase americana) é a infecção causada pelo protozoário Trypanosoma cruzi. Apresenta uma fase aguda (doença de Chagas aguda – DCA) que pode ser sintomática ou não, e uma fase crônica, que pode se manifestar nas formas indeterminada, cardíaca, digestiva ou cardiodigestiva.
Transmissão
Vetorial: contato com fezes de triatomíneos infectados, após picada/repasto (os triatomíneos são insetos popularmente conhecidos como barbeiro, chupão, procotó ou bicudo).
Oral: ingestão de alimentos contaminados com parasitos provenientes de triatomíneos infectados.
Vertical: ocorre pela passagem de parasitos de mulheres infectadas por T. cruzi para seus bebês durante a gravidez ou o parto.
Transfusão de sangue ou transplante de órgãos de doadores infectados a receptores sadios.
Acidental: pelo contato da pele ferida ou de mucosas com material contaminado durante manipulação em laboratório ou na manipulação de caça.
Ciclo de Evolutivo
O ciclo de vida do T. cruzi inicia quando o barbeiro, ao se alimentar do hospedeiro vertebrado, elimina suas fezes e urina, onde podem estar presentes as formas tripomastigotas.
Os parasitas tripomastigotas penetram na pele e infectam as células do hospedeiro, onde transformam-se para a forma amastigota.
Quando as células estão repletas de parasitos, eles novamente mudam para a forma tripomastigotas. Por estarem com grande quantidade de parasitos, as células se rompem e os protozoários atingem a corrente sanguínea, atingindo outros órgãos.
Nessa fase, se o hospedeiro vertebrado for picado pelo barbeiro, os protozoários serão transmitidos ao inseto. No intestino do barbeiro, mudam sua forma para epimastigotas, onde multiplicam-se e tornam-se novamente tripomastigotas, as formas infectantes aos vertebrados
Diagnostico 
Na fase aguda da Doença de Chagas, o diagnóstico o se baseia em na presença de febre prolongada (mais de 7 dias) e outros sinais e sintomas sugestivos da doença, como fraqueza intensa e inchaço no rosto e pernas, e na presença de fatores epidemiológicos compatíveis, como a ocorrência de surtos (identificação entre familiares/contatos).
Já na fase crônica, a suspeita diagnóstica é baseada nos achados clínicos e na história epidemiológica
Profilaxia/Prevenção
A prevenção da doença de Chagas está intimamente relacionada à forma de transmissão. Uma das formas de controle é evitar que o inseto“barbeiro” forme colônias dentro das residências, por meio da utilização de inseticidas residuais por equipe técnica habilitada. Em áreas onde os insetos possam entrar nas casas voando pelas aberturas ou frestas, podem-se usar mosquiteiros ou telas metálicas.
Recomenda-se usar medidas de proteção individual (repelentes, roupas de mangas longas, etc.) durante a realização de atividades noturnas (caçadas, pesca ou pernoite) em áreas de mata.
Quando o morador encontrar triatomíneos no domicílio:
Não esmagar, apertar, bater ou danificar o inseto;
Proteger a mão com luva ou saco plástico;
Os insetos deverão ser acondicionados em recipientes plásticos, com tampa de rosca para evitar a fuga, preferencialmente vivos;
Amostras coletadas em diferentes ambientes (quarto, sala, cozinha, anexo ou silvestre) deverão ser acondicionadas, separadamente, em frascos rotulados, com as seguintes informações: data e nome do responsável pela coleta, local de captura e endereço.
Em relação à transmissão oral, as principais medidas de prevenção são:
Intensificar ações de vigilância sanitária e inspeção, em todas as etapas da cadeia de produção de alimentos suscetíveis à contaminação, com especial atenção ao local de manipulação de alimentos.
Instalar a fonte de iluminação distante dos equipamentos de processamento do alimento para evitar a contaminação acidental por vetores atraídos pela luz.
Realizar ações de capacitação para manipuladores de alimentos e de profissionais de informação, educação e comunicação.
Resfriamento ou congelamento de alimentos não previne a transmissão oral por T. cruzi, mas sim o cozimento acima de 45°C, a pasteurização e a liofilização.
Malária
A malária é uma doença infecciosa febril aguda, causada por protozoários transmitidos pela fêmea infectada do mosquito Anopheles. Toda pessoa pode contrair a malária. Indivíduos que tiveram vários episódios de malária podem atingir um estado de imunidade parcial, apresentando poucos ou mesmo nenhum sintoma no caso de uma nova infecção.
No Brasil, a maioria dos casos de malária se concentra na região Amazônica, nos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins. Nas demais regiões, apesar das poucas notificações, a doença não pode ser negligenciada, pois se observa uma letalidade mais elevada que na região Amazônica.
Ciclo Evolutivo
O plasmodium é um parasita com dois hospedeiros. O homem é o seu hospedeiro intermediário, e o mosquito, o hospedeiro definitivo. Quando o mosquito pica um doente, ingere parasitas junto com o sangue. No estômago do inseto ocorre a fecundação e a formação do zigoto, que penetra na parede do estômago, onde se desenvolvem os oocistos.
Quando maduros, os oocistos se rompem e liberam os parasitas maduros, que alcançam as glândulas salivares do mosquito. Ao picar uma outra pessoa, o Anopheles introduz saliva no local da picada, introduzindo os parasitas nessa outra pessoa.Os parasitas invadem os glóbulos vermelhos da pessoa, onde se multiplicam até arrebentarem a célula.
Com a ruptura do glóbulo vermelho, mais parasitas são lançados na circulação e novos glóbulos vermelhos serão invadidos. O momento da ruptura das células vermelhas do sangue corresponde aos picos de febre que ocorrem a cada 2 ou 3 dias e que são a característica mais marcante da malária.
Diagnostico 
O diagnóstico correto da infecção malárica só é possível pela demonstração do parasito, ou de antígenos relacionados, no sangue periférico do paciente.
A gota espessa é o método oficialmente adotado no Brasil para o diagnóstico da malária. Mesmo após o avanço de técnicas diagnósticas, este exame continua sendo um método simples, eficaz, de baixo custo e de fácil realização. Quando executado adequadamente, é considerado padrão-ouro pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Sua técnica baseia-se na visualização do parasito por meio de microscopia óptica, após coloração com corante vital (azul de metileno e Giemsa), permitindo a diferenciação específica dos parasitos, a partir da análise da sua morfologia, e dos seus estágios de desenvolvimento encontrados no sangue periférico. A determinação da densidade parasitária, útil para a avaliação prognóstica, deve ser realizada em todo paciente com malária, especialmente nos portadores de P. falciparum.
Profilaxia/Prevenção
O principal ponto da profilaxia da malária é o combate ao vetor: destruição dos criadouros, obras de drenagem de alagadiços, uso de inseticidas, etc. Também é útil a colocação de telas nas janelas, medida que protege as pessoas apenas dentro do ambiente doméstico. O tratamento dos doentes evita a disseminação dos parasitas é essencial.
Os desmatamentos têm trazido consequências desastrosas para o combate da malária, por levar as pessoas doentes até as regiões que são hábitat naturais do inseto vetor. As populações indígenas têm sido uma vítima indefesa da malária, com a invasão de suas terras por garimpeiros, por exemplo, que levam o Plasmodium para áreas nas quais só havia o vetor.

Continue navegando