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Aterosclerose: causas, sintomas e prevenção

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APG
 11/03/2019
A aterosclerose é um tipo particular de arteriosclerose, muito frequente, que afecta sobretudo os grandes vasos e que está na base das doenças arteriais mais comuns, como a hipertensão arterial, a doença coronária, o aneurisma da aorta ou a doença arterial dos membros inferiores.
A aterosclerose é uma doença das artérias elásticas, de grande e médio calibre, e das artérias musculares e caracteriza-se pela presença de lesões com aspecto de placas (ateromas). Afecta preferencialmente as margens externas das bifurcações e ramificações arteriais, locais onde é maior a turbulência do fluxo sanguíneo. Trata-se de uma doença geral que pode envolver diferentes órgãos.
Quando a parede das artérias é submetida a diferentes formas de agressão ocorre acumulação local de lipoproteínas e migração de células inflamatórias, com proliferação anómala de alguns elementos celulares das camadas mais internas das artérias. Esse processo conduz a um estreitamento progressivo do calibre arterial e tende a afectar as características elásticas dos vasos. A aterosclerose começa em idades jovens e tem um longo período de gestação silenciosa, pelo que se torna necessária adopção de medidas preventivas que controlem os factores de risco para esta doença durante a infância e a adolescência.
Aterosclerose é um termo geral que designa várias doenças nas quais se verifica espessamento e perda de elasticidade da parede arterial. A mais importante e a mais frequente destas doenças é a aterosclerose, na qual a substância gorda se acumula por baixo do revestimento interno da parede arterial. A aterosclerose afeta as artérias do cérebro, do coração, dos rins, de outros órgãos vitais e dos braços e das pernas. Quando a aterosclerose se desenvolve nas artérias que alimentam o cérebro (artérias carótidas), pode produzir-se um icto; quando se desenvolve nas artérias que alimentam o coração (artérias coronárias), pode produzir-se um infarto do miocárdio. Na maioria dos países ocidentais, a aterosclerose é a doença mais frequente e a causa principal de morte.
CAUSAS:
níveis elevados de colesterol no sangue
 níveis baixos de colesterol HDL (o “colesterol bom”)
níveis elevados de proteína C reactiva - é uma proteína produzida no fígado que está presente em pequenas quantidades no sangue de pessoas saudáveis. Em casos de inflamações ou infecções agudas, os seus níveis no sangue podem aumentar MUITO. (O exame de proteína C reativa é usado principalmente para medir o risco de doenças cardiovasculares)
Diabetes
história familiar de doença coronária numa idade precoce
tabagismo
obesidade
inactividade física
 idade avançada
A aterosclerose inicia-se quando alguns glóbulos brancos, chamados monócitos, migram da corrente sanguínea para o interior da parede da artéria e transformam-se em células que acumulam substâncias gordas. Com o tempo, estes monócitos carregados de gordura acumulam-se e produzem espessamentos, distribuídos irregularmente pelo revestimento interno da artéria. Cada zona de espessamento (chamada placa aterosclerótica ou de ateroma) enche-se de uma substância mole parecida com o queijo, formada por diversas substâncias gordas, principalmente colesterol, células musculares lisas e células de tecido conjuntivo. Os ateromas podem localizar-se em qualquer artéria de tamanho grande e médio, mas geralmente formam-se onde as artérias se ramificam (presumivelmente porque a turbulência constante destas zonas, que lesa a parede arterial, favorece a formação do ateroma).
 As artérias afetadas pela aterosclerose perdem a sua elasticidade e, à medida que os ateromas crescem, tornam-se mais estreitas. Além disso, com o tempo, as artérias acumulam depósitos de cálcio que podem tornar-se frágeis e rebentar. Então, o sangue pode entrar num ateroma rebentado, aumentando o seu tamanho e diminuindo ainda mais o lume arterial. Um ateroma rebentado também pode derramar o seu conteúdo gordo e desencadear a formação de um coágulo sanguíneo (trombo). O coágulo estreita ainda mais a artéria e inclusive pode provocar a sua oclusão ou então desprende-se e passa ao sangue até chegar a uma artéria mais pequena, onde causará uma oclusão (embolia).
Os homens têm um maior risco de sofrer desta doença do que as mulheres, embora depois da menopausa o risco aumente nas mulheres e finalmente iguala-se ao dos homens.
Os idosos e os indivíduos com diabetes são mais propensos a apresentar esses sintomas, mas, algumas vezes, uma pessoa pode ter a doença e não apresentar nenhum sinal disso. A doença afeta sobretudo homens no início da vida adulta, sugerindo que talvez os hormônios masculinos estejam envolvidos na produção da doença ou que os hormônios femininos tenham alguma função protetora.
MANIFESTAÇÃO:
A aterosclerose geralmente não causa quaisquer sintomas até o fornecimento de sangue para um órgão ser reduzido. Quando isto acontece, as manifestações variam, dependendo do órgão específico envolvido. Os sintomas da aterosclerose são muito variáveis. Alguns doentes com aterosclerose ligeira podem apresentar-se com um quadro de doença grave, como um enfarte agudo do miocárdio ou morte súbita. Pelo contrário, outros doentes com doença mais avançada podem exibir poucos sintomas. podendo envolver diferentes territórios vasculares: cerebral, coronário e artérias periféricas. Por esse facto, as manifestações clínicas variam de acordo com o território vascular arterial envolvido.
A doença cerebrovascular pode manifestar-se como um acidente isquémico transitório, se ocorrer regressão total dos sintomas e sinais neurológicos em menos de 24 horas, ou um AVC.
 A doença vascular coronária pode manifestar-se de diversas formas, como uma síndrome coronário agudo, angina de peito estável ou instável, enfarte agudo do miocárdio. 
A doença arterial periférica produz diversos sintomas que vão da claudicação intermitente até à dor em repouso. O estreitamento das artérias da perna causa uma dor tipo cãibra nos músculos da perna, especialmente durante o exercício. Se o estreitamento for grave, pode existir dor em repouso, os dedos e os pés podem ficar frios, pálidos ou azulados e pode ocorrer perda dos pelos das pernas.
Se a aterosclerose afecta a circulação no território abdominal, pode surgir uma dor surda ou tipo cãibra no meio do abdómen, começando geralmente 15 a 30 minutos depois de uma refeição. O bloqueio completo de uma artéria intestinal causa uma dor abdominal intensa, por vezes acompanhada de vómitos, diarreia ou aumento do volume abdominal.
Geralmente, a aterosclerose não produz sintomas até estreitar gravemente a artéria ou causar uma obstrução súbita. Os sintomas dependem do local onde se desenvolve a aterosclerose: o coração, o cérebro, as pernas ou quase em qualquer parte do organismo.
 Uma vez que a aterosclerose diminui de modo considerável o calibre de uma artéria, as zonas do organismo que esta alimenta podem não receber sangue suficiente e, como consequência, o oxigênio necessário. O primeiro sintoma do estreitamento de uma artéria pode ser uma dor ou uma cãibra nos momentos em que o fluxo de sangue é insuficiente para satisfazer as necessidades de oxigênio. Por exemplo, durante um exercício, uma pessoa pode sentir dor no peito (angina), devido à falta de oxigênio no coração; ou, enquanto caminha, podem aparecer cãibras nas pernas (claudicação intermitente) devido à falta de oxigênio nas extremidades. Estes sintomas desenvolvem-se gradualmente à medida que o ateroma aperta a artéria. No entanto, quando se verifica uma obstrução súbita, os sintomas aparecem imediatamente (por exemplo, quando um coágulo sanguíneo se encrava numa artéria)
SINTOMAS: dilatação dos vasos sanguíneos, dor no peito, profundas dores de cabeça, dores nos braços e pernas e cansaço. A dor ou desconforto no peito é um dos sintomas da aterosclerose nas coronárias. Dores nas pernas ao caminhar, que melhoram com repouso, podem indicar comprometimento de artérias nestes locais. Um acidente vascular cerebral pode ser oprimeiro sintoma de aterosclerose carotídea.DIAGNÓSTICO:
O exame médico pode ser útil na detecção de sinais de aterosclerose, tais como a presença de depósitos de lípidos nas pálpebras ou tendões, sopros carotídeos, diminuição dos pulsos arteriais periféricos, massas abdominais palpáveis e pulsáteis, sinais neurológicos, cianose periférica, gangrena, hipotensão, taquicardia.
TRATAMENTO:
Não existe cura para a aterosclerose, mas o tratamento pode diminuir a velocidade de progressão ou mesmo interromper o agravamento da doença. O objectivo principal do tratamento consiste em prevenir um estreitamento significativo das artérias para que os sintomas nunca venham a desenvolver-se e os órgãos vitais nunca sejam lesados. Para o conseguir deve começar por seguir um estilo de vida saudável. 
A partir do momento em que se tenha desenvolvido lesão de órgãos relacionada com a aterosclerose, o tratamento depende do órgão envolvido.
PREVENÇÃO:
É possível ajudar a prevenir a aterosclerose ao alterar os factores de risco para a doença. Deve-se praticar um estilo de vida que promova uma boa circulação e que combata a aterosclerose, evitando fumar, mantendo um peso saudável e uma dieta saudável, rica em vegetais e fruta, praticando exercício regular, controlando a hipertensão arterial, a diabetes e o colesterol.
MECANISMO FISIOLÓGICO:
Os ateromas são placas compostas especialmente por lipídeos e tecido fibroso que se formam na parede dos vasos. O volume dos ateromas aumenta progressivamente, podendo ocasionar obstrução total em algum ponto do vaso. Lipoproteínas de baixa densidade (colesterol LDL) penetram na parede do vaso, atravessando o endotélio e chegando à camada íntima da parede. Assim, a aterosclerose agride essencialmente a camada íntima da artéria, formando uma lesão típica, a placa fibrosa.
Com a evolução do processo ateromatoso ocorrem diversos eventos: (1) nascem pequenos vasos a partir da camada adventícia, os quais fazem intensa vascularização das camadas média e íntima; (2) aumenta a deposição de cálcio e de células necróticas; (3) surgem fissuras e hemorragias da placa, a qual pode ulcerar e/ou se desprender, formando trombos; (4) a exposição da subíntima ulcerada gera a deposição de plaquetas, coagulação sanguínea, trombose e eventual oclusão do vaso.
Na hipercolesterolemia familiar ocorre um defeito em que o fígado não é capaz de absorver as lipoproteínas e, sem essa absorção, o mecanismo do colesterol das células hepáticas se descontrola, produzindo mais colesterol, liberando lipoproteínas de muito baixa densidade em grandes quantidades, gerando acúmulo de placas ateromatosas e outros problemas graves como infarto do miocárdio, por exemplo.
As lipoproteínas de alta densidade (HDL), por sua vez, passam livremente pela parede dos vasos, sendo capazes de absorver os cristais de colesterol e, assim, quando a pessoa apresenta uma elevada concentração de HDL em relação ao LDL, as chances de desenvolver aterosclerose são muito reduzidas.
COLESTEROL:
Com aparência e textura de uma cera macia, o colesterol é um composto químico da família do álcool, essencial à vida. Sintetizado pelo fígado no que se refere à maior parte que o organismo necessita, seu restante é adquirido através dos alimentos ingeridos. Tanto as taxas de colesterol muito altas quanto as muito baixas são perigosas à saúde.
Por ser solúvel apenas em gorduras, o colesterol tem de ser transportado pelo sangue através das seguintes lipoproteínas: VLDL (também conhecidas como triglicérides), LDL (mau colesterol) e HDL (bom colesterol). O fígado acondiciona os triglicérides na forma de VLDL e os despacha, pela corrente sanguínea para as células, juntamente com menores quantidades de colesterol e proteínas.
É então que as células armazenam e utilizam essa quantidade de gorduras como "combustível". Assim, o VLDL, sem as gorduras, passa a ser denominado como LDL, já que é composto basicamente de colesterol e proteínas. Seu excesso no organismo, acaba fixando-se nas paredes das artérias, entupindo-as e propiciando os ataques cardíacos ou infartos.
Por sua vez, o HDL faz o papel contrário, extraindo o colesterol das paredes das artérias, devolvendo-o ao fígado para ser excretado. O fumo baixa os níveis de HDL, enquanto o exercício físico aumenta.

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