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Introdução e Motivação Definição e notação Autovalores, Autovetores e Autoespaço Álgebra Linear estuda transformações lineares, que são representados por matrizes agindo sobre vetores. Autovalores, autovetores e auto-espaços são propriedades de uma matriz. Eles capturam todas as propriedades essenciais da matriz ou a correspondente transformação. Historicamente, a importância de autovalores e de autovetores correspondentes surgiu a partir de estudos em física e no estudo das formas quadráticas e equações diferenciais. Estes têm aplicações em diversas áreas da ciência, em particular, na economia, engenharia mecânica, finanças, matemática e estatística. Muitas das aplicações envolvem o uso de autovalores e autovetores no processo de transformar uma determinada matriz em uma matriz diagonal. Matrizes diagonais são interessantes porque elas são fáceis de trabalhar - elas comportam-se como escalares quando são somadas ou multiplicadas. Diagonalização significa transformar uma matriz não diagonal em uma matriz que é equivalente ao uma matriz diagonal. Seja 𝐴 uma matriz 𝑛 x 𝑛. O número real 𝜆 é um autovalor de A se existe um vetor não-nulo 𝒙 em ℝ𝑛 tal que 𝑨𝒙 = 𝝀𝒙 Todo vetor 𝒙 satisfazendo essa equação é chamado um autovetor de 𝐴 associado ao autovalor 𝜆. De modo que 𝒙 = 1 1 é um autovetor de A associado ao autovalor 𝜆 = 3. 𝒖 é autovetor de 𝑇 pois ∈ ℝ | 𝑇(𝒖) = 𝒖. 𝒗 não é autovetor de 𝑇 pois não ∈ ℝ|𝑇(𝒗) = 𝒗. 1 1 3 3 3 1 1 41 12 Um autovetor é um vetor que mantém sua direção depois de passar por uma transformação linear. Uma autovalor é o valor escalar que o autovetor foi multiplicado para transformação linear. Este sistema homogêneo tem que ser indeterminado, pois queremos 𝒙 ≠ 𝟎. 0 00 xIA IxAxxAxxAx Questão: Como determinar os autovalores e os autovetores de uma matriz? Se o sistema 𝐴 − 𝜆𝐼 𝒙 = 𝟎 é indeterminado, tem-se 𝑑𝑒𝑡 𝐴 − 𝜆𝐼 = 𝟎 onde 𝐴 − 𝜆𝐼 é a denominada matriz característica de A, 𝑑𝑒𝑡 𝐴 − 𝜆𝐼 é o polinômio característico de A, e 𝑑𝑒𝑡 𝐴 − 𝜆𝐼 = 𝟎 é a equação característica de A. Os autovalores são as raízes do polinômio característico. Seja 𝐴 = 1 1 −2 4 . Queremos encontrar os autovalores de A e seus autovetores associados. Kolman pág 239. O conjunto de todos os autovetores associados ao mesmo autovalor é um subespaço vetorial que se designa subespaço associado ao autovalor 𝜆 representado por 𝑉𝜆. Chamamos multiplicidade algébrica de um autovalor a quantidade de vezes que ele aparece como raiz do polinômio característico. Chama-se multiplicidade geométrica de um autovalor 𝜆 a dimensão do subespaço 𝑉𝜆 de autovetores associados a 𝜆. Seja 𝐴 = 1 0 0 3 −3 1 −12 0 −3 . Queremos encontrar os autovalores de A e seus autovetores associados. Resolvendo a equação 𝑑𝑒𝑡 𝐴 − 𝜆𝐼 = 𝟎 obtemos: 𝑝 𝜆 = 1 − 𝜆 −3 − 𝜆 2 = −𝜆3 − 5𝜆2 − 3𝜆 + 9 onde 𝜆1 = 1 com MA = 1 e MG = 1 𝜆2 = −3 com MA = 2 e MG = 1 Se A é uma matriz 𝑛 𝑥 𝑛, Para qualquer autovalor de A, a multiplicidade geométrica é menor ou igual a multiplicidade algébrica. A é diagonalizável se e somente se, para qualquer autovalor, a multiplicidade geométrica é igual a multiplicidade algébrica. KOLMAN, B. Introdução à Álgebra Linear com aplicações, Editora Prentice-Hall do Brasil Ltda, 1998. BOLDRINI, J. I., COSTA, S. I. R. C., FIGUEIREDO, V. L. WETZLER, H. G. – Álgebra Linear. Editora Harbra Ltda, 3ª edição, são Paulo, 1986. LEON, S. J. Álgebra Linear com Aplicações. 4ª edição. Editora LTC, Rio de janeiro, 1999.