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Ariano Suassuna Entre o popular e o erudito_ Ariano Suassuna

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02/09/2019 Ariano Suassuna. Entre o popular e o erudito: Ariano Suassuna
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HOME > LITERATURA > ESCRITORES BRASILEIROS > ARIANO SUASSUNA Imprimir Texto -A +A
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Ariano Suassuna
Ariano Suassuna, fundador do Movimento Armorial, defendeu a cultura popular brasileira e a fusão dos
elementos eruditos aos elementos populares nordestinos.
Suassuna, um dos expoentes literários do Nordeste, ultrapassou fronteiras regionais e alcançou o posto de imortal da Academia Brasileira
de Letras*
Ariano Suassuna foi escritor, dramaturgo e poeta, tendo
ficado mais conhecido por sua produção em prosa, embora
tenha se arriscado a escrever versos ao longo de sua vida.
Um dos expoentes literários da cultura nordestina, Ariano
rompeu fronteiras regionais e caiu nas graças do público
brasileiro, que se rendeu à simpatia de dois de seus maiores
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02/09/2019 Ariano Suassuna. Entre o popular e o erudito: Ariano Suassuna
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personagens, João Grilo e Chicó, da peça teatral em forma
de auto, Auto da Compadecida.
Ariano Suassuna nasceu em Nossa Senhora das Neves, hoje
João Pessoa, na Paraíba, no dia 16 de junho de 1927. Filho de um influente político, João Suassuna,
cujo assassinato foi movido por motivações políticas, Ariano viu sua vida marcada pelo trágico
episódio e, até o final de seus dias, defendeu a inocência do pai, acusado de ser o mandante do
homicídio contra João Pessoa, então governador da Paraíba.
Em 1942, ingressou na Faculdade de Direito e, enquanto estudava as leis, escrevia suas primeiras
peças para teatro, encenadas no Teatro do Estudante Pernambucano, espaço criado por ele e
pelo amigo Hermilio Borba Filho. Pouco advogou e, em 1957, tornou-se professor dos
Departamentos de História e de Teoria da Arte e Expressão Artística da Universidade Federal do
Pernambuco, cargo no qual permaneceu durante 31 anos.
Quando eu morrer, não soltem meu Cavalo
nas pedras do meu Pasto incendiado:
fustiguem-lhe seu Dorso alardeado,
com a Espora de ouro, até matá-lo.
Um dos meus filhos deve cavalgá-lo
numa Sela de couro esverdeado,
que arraste pelo Chão pedroso e pardo
chapas de Cobre, sinos e badalos.
Assim, com o Raio e o cobre percutido,
tropel de cascos, sangue do Castanho,
talvez se finja o som de Ouro fundido
que, em vão – Sangue insensato e vagabundo —
tentei forjar, no meu Cantar estranho,
à tez da minha Fera e ao Sol do Mundo!
(Soneto “Lápide”, de Ariano Suassuna)
Movimento Armorial
Lançado no dia 18 de outubro de 1970, o Movimento Armorial, criado por Ariano Suassuna, foi um
movimento artístico que apresentou o sertão como um universo cultural e lúdico, espaço até
então colocado em segundo plano na cultura brasileira. A intenção era construir uma arte
essencialmente erudita através de elementos autenticamente nacionais, fundindo a cultura
popular com o intrincado universo erudito. O Movimento Armorial tinha por objetivo também
subverter a estética regionalista dos anos 30, demasiadamente preocupada com questões
sociopolíticas.
Enquanto em “Os Sertões” - obra fundadora do Movimento Armorial - Euclides da Cunha
construiu uma imagem do sertanejo completamente oposta à imagem do gaúcho, visto como
homem bravo e destemido, na obra de Ariano esse mesmo sertanejo foi transportado para um
universo mítico, retirado de sua vida comum e colocado no centro de uma narrativa lúdica,
resgatando assim o espírito mágico dos folhetos do Romanceiro Popular do Nordeste. O
Movimento Armorial, muito mais do que uma estética literária, foi um movimento artístico que
incluiu diferentes tipos de arte, como música, dança, teatro e arquitetura.
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Biografia
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02/09/2019 Ariano Suassuna. Entre o popular e o erudito: Ariano Suassuna
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Entre seus livros mais famosos estão Os homens de barro, Romance d' A pedra do reino e o príncipe do sangue vai-e-volta e Auto da Compadecida**
Ariano escreveu diversas peças, entre elas Uma mulher vestida de sol, Cantam as harpas de Sião,
Os homens de barro, Auto de João da Cruz e Auto da Compadecida, certamente a obra mais
famosa de Ariano, considerada, pelo teórico e crítico teatral Sábato Magaldi, como o texto mais
popular do moderno teatro brasileiro. Entre as obras de ficção estão Fernando e Isaura, Romance
d' A pedra do reino e o príncipe do sangue vai-e-volta, As infâncias de Quaderna e História d' O rei
degolado nas caatingas do sertão. Cronologicamente, Ariano Suassuna foi considerado como
integrante do movimento modernista de 1945, embora em sua obra sejam encontradas
referências ao Simbolismo e até mesmo ao Barroco.
Ariano Suassuna faleceu no dia 23 de julho de 2014, aos 87 anos, na cidade de Recife, capital do
Pernambuco, em decorrência de um Acidente Vascular Cerebral. Ariano percorria o Brasil
ministrando suas “aulas-espetáculo” em teatros e universidades, defendendo ardorosamente a
cultura brasileira e a identidade nacional contra o lixo cultural importado dos Estados Unidos. Em
uma de suas mais célebres frases, Ariano afirmava: “Arte pra mim não é produto de mercado.
Podem me chamar de romântico. Arte pra mim é missão, vocação e festa”, resumindo assim sua
intensa e importante trajetória na Literatura Brasileira.
* A imagem que ilustra o artigo é capa do periódico “Cadernos de Literatura Brasileira”, do Instituto
Moreira Salles.
** A imagem que ilustra o miolo do artigo foi feita a partir de capas de livros do escritor Ariano
Suassuna.
Obra de Ariano Suassuna
Morte de Ariano Suassuna
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Vídeo 1
Por Luana Castro
Graduada em Letras
Gostaria de fazer a referência deste texto em um trabalho escolar ou acadêmico? Veja:
PEREZ, Luana Castro Alves. "Ariano Suassuna"; Brasil Escola. Disponível em:
https://brasilescola.uol.com.br/literatura/ariano-suassuna.htm. Acesso em 02 de setembro de
2019.
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Lista de Exercícios
Questão 1
(UEL)
Leia o texto abaixo:
João Grilo: Ah isso é comigo. Vou fazer um chamado especial, em verso. Garanto que ela vem, querem ver? (Recitando.)
Valha-me Nossa Senhora, Mãe de Deus de Nazaré! A vaca mansa dá leite, a braba dá quando quer. A mansa dá sossegada, a braba levanta
o pé. Já fui barco, fui navio, mas hoje sou escaler. Já fui menino, fui homem, só me falta ser mulher.
Encourado: Vá vendo a falta de respeito, viu?
João Grilo: Falta de respeito nada, rapaz! Isso é o versinho de Canário Pardo que minha mãe cantava para eu dormir. Isso tem nada de falta
de respeito!
Já fui barco, fui navio, mas hoje sou escaler. Já fui menino, fui homem, só me falta ser mulher. Valha-me. Nossa Senhora, Mãe de Deus de
Nazaré.
Cena igual à da aparição de Nosso Senhor, e Nossa Senhora, A compadecida, entra.
Encourado, com raiva surda: Lá vem a compadecida! Mulher em tudo se mete!
João Grilo: Falta de respeito foi isso agora, viu? A senhora se zangou com o verso que eu recitei?
A Compadecida: Não, João, porqueeu iria me zangar? Aquele é o versinho que Canário Pardo escreveu para mim e que eu agradeço. Não
deixa de ser uma oração, uma invocação. Tem umas graças, mas isso até a torna alegre e foi coisa de que eu sempre gostei. Quem gosta
de tristeza é o diabo.
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Proibida a reprodução total ou parcial sem prévia autorização (Inciso I do Artigo 29 Lei 9.610/98)
LITERATURA
O Barroco no Brasil
LITERATURA
O Modernismo no Brasil – 2ª fase
LITERATURA
O Simbolismo no
Brasil
João Grilo: É porque esse camarada aí, tudo o que se diz ele enrasca a gente, dizendo que é falta de respeito.
A Compadecida: É máscara dele, João. Como todo fariseu, o diabo é muito apegado às formas exteriores. É um fariseu consumado.
Encourado: Protesto.
Manuel: Eu já sei que você protesta, mas não tenho o que fazer, meu velho. Discordar de minha mãe é que eu não vou.
(…)
(Fonte: Auto da Compadecida. 15 ed. Rio de Janeiro: Agir, 1979.)
A obra O Auto da Compadecida foi escrita para o teatro:
a) Por João Cabral de Melo Neto e aborda temas recorrentes do Nordeste brasileiro.
b) E seu autor, Ariano Suassuna, aborda o tema da seca que sempre marcou o Nordeste.
c) Pelos autores do Movimento Armorial, abordando temas religiosos e costumes populares.
d) Por Ariano Suassuna, tendo como base romances e histórias populares do Nordeste brasileiro.
e) Por João Cabral de Melo Neto e aborda temas religiosos divulgados pela literatura de cordel.
Questão 2
Fundado por Ariano Suassuna em 18 de outubro de 1970, o Movimento Armorial teve como principais características:
a) Ruptura estética com o ideal da primeira fase modernista, exaltando principalmente a importância da produção cultural europeia e
utilizando elementos greco-romanos para a construção de uma nova estética literária.
b) Exaltação do universo cultural e lúdico do Sertão em detrimento do universo cultural e lúdico manifestado nas demais regiões do país.
Criação de uma arte erudita com elementos da identidade cultural do povo nordestino.
c) O Movimento Armorial foi a força motriz para um grupo de artistas criativos que demonstrou inconformismo com os moldes literários
impostos pela academia, apresentando assim uma interessante proposta de inovação poética que subvertia a cultura oficial.
d) Entre as principais características do Movimento Armorial estão a exaltação da natureza e o racionalismo, cujo propósito literário era
discutir a arte greco-romana, considerada modelo de perfeição, equilíbrio e beleza.
Mais Questões
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