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2016_Ciclos Reais de Neg+¦cios

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Ciclos Reais de Negócios
Anpec - Macroeconomia
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Ciclos Reais de Negócios
- Base no referencial clássico. 
Resumidamente, considera-se que os choques tecnológicos são os principais distúrbios a que estão sujeitas as economias. 
-estes choques propagam-se em mercados concorrenciais, em ambientes com preços flexíveis e pleno emprego (equilíbrio econômico). 
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Ciclos Reais de Negócios
O choque tecnológico amplia a produtividade do trabalho, levando a um aumento da demanda de mão-de-obra. 
Já a oferta de mão-de-obra, considera-se que exista a substituição intertemporal da oferta de trabalho, ou seja, os trabalhadores podem escolher o melhor momento para exercerem a oferta de trabalho. 
	- aumentos do salário real levam ao aumento da oferta de trabalho hoje e menos no futuro. 
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Ciclos Reais de Negócios
Logo, como há a possibilidade de se deslocar trabalho no tempo, haverá ampliação da quantidade ofertada sempre que o salário estiver elevando-se, e contração quando os salários reais estiverem se reduzindo. 
Uma pequena variação do salário real, motivada pela ampliação da demanda, induzirá a uma oferta de trabalho maior que permitirá o aumento da produção. 
*
Ciclos Reais de Negócios
Ao incluirmos a substituição intertemporal como possibilidade na oferta de trabalho, a própria taxa de juros afetará a quantidade ofertada, abrindo um mecanismo no qual a política fiscal pode afetar o nível de produto. 
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Ciclos Reais de Negócios
A explicação das expansões econômicas por meio das inovações tecnológicas é bem plausível. 
Ao se inovar, as empresas ampliam seus gastos para se adaptarem à nova tecnologia, estimulando a economia. 
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Ciclos Reais de Negócios
Economistas de ciclos reais: Edward Prescott, Finn Kydland, Charles Plosser, Robert King.
O objetivo da teoria de ciclos reais de negócios é explicar as flutuações do produto no curto prazo, ou ciclos do produto.
Os economistas de ciclos reais assumem a hipótese de expectativas racionais e hipótese de perfeita flexibilidade de preços e salários.
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Hipóteses
Agentes com expectativas racionais, maximizadores de utilidade;
Perfeita flexibilidade de preços e salários;
Ausência de informação incompleta.
Ou seja, o mercado está em equilíbrio. 
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Principais causas da flutuação do produto
Podem alterar o produto:
	1. Choques tecnológicos
	2. Políticas fiscais
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Principais causas da flutuação do produto
Variações exógenas de produtividade são a principal causa de alterações na produção agregada.
Os choques tecnológicos temporários induzem à substituição intertemporal do trabalho e têm seus efeitos propagados no tempo devido ao aumento no investimento. 
Assume-se uma alta elasticidade de substituição intertemporal do fator trabalho.
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Exemplos de choques de tecnologia
Progresso tecnológico strictu-sensu (computadores com maior capacidade de processamento, por exemplo); choque positivo
Aumentos nos preços de uma matéria prima importante (exemplo: preço do petróleo, preço do kwatt de energia), choque negativo.
Melhora nas condições climáticas (exemplo de um choque tecnológico temporário).
Melhora nas relações entre patrões e empregados.
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Teoria dos Ciclos Reais de Negócios
Os ciclos do produto na teoria de ciclos reais significam movimentos do produto natural. 
Como não há rigidez de preços e informação incompleta, o produto está sempre em seu nível natural (o nível consistente com informação completa e perfeita flexibilidade de preços).
Assim, como os ciclos econômicos resultam das reações ótimas dos agentes as mudanças no ambiente econômico, seria subótimo tentar eliminar essas flutuações.
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Teoria dos Ciclos Reais de Negócios
A evidência empírica é de que existe forte correlação positiva entre a taxa de crescimento do produto e a taxa de crescimento da tecnologia.
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Teoria dos Ciclos Reais de Negócios
De acordo com a teoria dos ciclos reais de negócios, as flutuações do produto são causadas principalmente por choques temporários de tecnologia e são potencializadas devido à alta elasticidade de substituição intertemporal do fator trabalho.
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Modelo Simplificado
O problema da firma é escolher a quantidade de trabalho e capital que maximiza o lucro em competição perfeita. Ela tem função de produção: 
Igualando a produtividade marginal dos fatores de produção aos seus respectivos preços, temos: 
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Modelo Simplificado
A variável z segue um processo AR(1):
Em cada período, os agentes devem escolher quanto trabalhar e quanto tempo dedicar ao lazer, e quanto consumir e quanto poupar (investir). Temos um modelo de Ramsey-Cass-Koopmans com decisão lazer – trabalho.
*
Modelo Simplificado
O problema do agente é maximizar uma função de utilidade que depende de consumo e lazer em dois períodos:
Sendo 
*
Modelo Simplificado
O agente está sujeito à seguinte restrição intertemporal:
Para facilitar, vamos supor que os rendimentos dependem apenas do número de horas trabalhadas. 
*
Modelo Simplificado
As soluções são, para o consumo: 
*
Modelo Simplificado
As soluções são, para o trabalho:
Ou relativamente, 
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Modelo Simplificado – Alguns resultados
Um choque de produtividade positivo implica em aumentos no salário real. Em resposta ao choque, os trabalhadores ofertam mais horas de trabalho, ou trocam lazer presente por lazer futuro. 
Analogamente, em períodos de recessão, quando a produtividade e o salário real estão em níveis baixos, os trabalhadores ofertam menos horas de trabalho.
*
Modelo Simplificado – Alguns resultados
Um aumento temporário de produtividade no primeiro período gera um aumento de horas trabalhadas no primeiro período e redução de horas trabalhadas no segundo período. 
As firmas demandam mais trabalho e os trabalhadores ofertam mais trabalho.
Essa é a substituição intertemporal do trabalho.
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Modelo Simplificado – Alguns resultados
Um aumento na taxa de juros faz com que trabalhar mais no primeiro período seja mais atraente que trabalhar no segundo período, uma vez que esta renda adicional pode ser poupada e gerar um fluxo maior de renda no futuro. 
Esse efeito também gera substituição intertemporal do trabalho.
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Modelo Simplificado – Alguns resultados
A elasticidade de substituição intertemporal do trabalho é um fator importante para a explicação das flutuações do produto para o grupo de economistas de ciclos reais.
No mundo real, no entanto, verifica-se que a elasticidade de substituição intertemporal do trabalho é muito pequena, insuficiente para justificar as flutuações observadas do produto. 
Além disso, as mudanças salariais são com frequência permanentes, o que não gera substituição intertemporal.
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Modelo Simplificado – Alguns resultados
Um choque temporário de produtividade aumenta a produção. Como o trabalho é mais produtivo temporariamente, as pessoas substituem lazer por trabalho. O desejo de suavizar consumo induz ao aumento do investimento. O investimento aumenta o estoque de capital nos períodos seguintes. 
Com o aumento do estoque de capital, os efeitos do choque temporário se propagam no tempo.
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Modelo Simplificado – Alguns resultados
Um aumento permanente de produtividade faz crescer os salários reais nos dois períodos e não altera o salários relativos. Não ocorre substituição intertemporal do trabalho (o efeito renda anula o efeito substituição). 
Esses resultados acomodam um fato estilizado apresentado por Robert Lucas e Leonard Rapping(1969): a elasticidade da oferta de trabalho em relação à mudanças permanentes do salário real é muito próxima de zero, e positiva para mudanças temporárias no salário real.
 
 
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Modelo Simplificado – Alguns resultados
A políticatributária temporária também pode alterar os salários relativos e causar mudanças no produto por conta da substituição intertemporal do trabalho.
Um aumento da tributação hoje induzirá a uma diminuição da oferta de trabalho hoje, relativamente à oferta de trabalho no futuro, ou seja, aumento do lazer presente. (Não vale equivalência ricardiana). 
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Modelo Simplificado – Alguns resultados
Um aumento de gastos do governo temporário fazem o consumo cair por causa do efeito riqueza negativo. Da mesma maneira, os agentes diminuem o lazer ( bem normal), e portanto faz crescer o número de horas trabalhadas, causando aumentos na produção.
 É através desse mecanismo de transmissão que a política fiscal expansionista causa aumentos na produção.
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Modelo Simplificado – Alguns resultados
De acordo com os economistas de ciclos reais, a política monetária não produz alterações no produto, nem mesmo no curto prazo.
Com ausência de informação incompleta e preços e salários completamente flexíveis, não existe nenhum mecanismo de transmissão entre política monetária e produção. Esse resultado é o mesmo obtido no modelo (neo) clássico de determinação da renda.
Neste caso não existe trade-off inflação-desemprego.
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Modelo Simplificado – Alguns resultados
A correlação positiva entre expansão monetária e produção é explicada através de causalidade reversa: um aumento da produção gera aumentos na oferta de moeda. 
A explicação de Plosser e King (1984): um aumento da produção eleva as transações entre empresas e o volume de pagamentos e recebimentos, aumentando os recursos depositados em conta corrente. 
As transações liquidadas através de movimentação de recursos em depósitos à vista geram menores custos de transação, por isso são mais usadas pelas empresas.
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Modelo Simplificado – Alguns resultados
Com aumentos nos depósitos bancários, aumentam os empréstimos bancários e o multiplicador dos meios de pagamento. 
Plosser e King argumentam que a correlação que existe entre meios de pagamento (M1) e produto é explicada pela correlação entre produção e depósitos à vista.
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Modelo Simplificado – Alguns resultados
Na expansão, há um aumento a demanda por empréstimos para investimento das firmas, ao mesmo tempo que aumentam as garantias que as firmas podem fornecer aos bancos em troca dos empréstimos (aumentam os colaterais) . 
Os bancos emprestam mais recursos, diminuindo as reservas voluntárias e os encaixes em moeda. O multiplicador bancário cresce, aumentando o saldo dos meios de pagamento, através do aumento dos recursos depositados no sistema financeiro.
 
 
	
 
 
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Modelo Simplificado – Alguns resultados
Outras explicações oferecidas: quando a taxa de juros é administrada, o Banco Central também aumenta a oferta de moeda na fase de expansão para não permitir o aumento da taxa de juros. 
Em todos esses casos, a moeda é neutra (mesmo no curto prazo) e endógena, ou seja, ela responde ao aumento na produção e não o contrário.
 
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