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Álgebra Vetorial O Vetor Considere o segmento orientado AB na figura abaixo. Observe que o segmento orientado AB é caracterizado por três aspectos bastante definidos: Comprimento (denominado módulo) Direção Sentido (de A para B) Chama-se vetor ao conjunto infinito de todos os segmentos orientados equipolentes a AB, ou seja, o conjunto infinito de todos os segmentos orientados que possuem o mesmo comprimento, a mesma direção e o mesmo sentido de AB. Assim, a idéia de vetor nos levaria a uma representação do tipo: Na prática, para representar um vetor, tomamos apenas um dos infinitos segmentos orientados que o compõe. Guarde esta idéia, pois ela é importante! Sendo u um vetor genérico, o representamos pelo símbolo: O Vetor Oposto Dado o vetor u , existe o vetor - u , que possui o mesmo módulo e mesma direção do vetor u , porém , de sentido oposto. O Vetor Unitário (Versor) Chamaremos de VERSOR ou VETOR UNITÁRIO, ao vetor cujo módulo seja igual à unidade, ou seja: | u | = u = 1. O Vetor Nulo Vetor de módulo igual a zero, de direção e sentido indeterminados. Notação: 0 A Projeção de um Vetor Sobre um Eixo Veja a figura abaixo, na qual o vetor u forma um ângulo com o eixo r. Teremos que o vetor ux será a componente de u segundo o eixo r , de medida algébrica igual a ux = u . cos . Observe que se = 90º , teremos cos = 0 e, portanto, a projeção do vetor segundo o eixo r, será nula. A Notação de Grassmann Para os Vetores Considere o vetor u na figura abaixo, sendo A a extremidade inicial e B a extremidade final do vetor. Grassmann (matemático alemão - 1809/1877) interpretou a situação, como o ponto B obtido do ponto A, através de uma translação de vetor u. Assim, pode-se escrever: B = A + u e, portanto, pode-se escrever também: u = B - A Esta interpretação, um vetor enxergado como uma diferença de dois pontos, permitirá a simplificação na resolução de questões, conforme veremos na seqüência deste trabalho. Um Vetor no Plano Como um Par Ordenado Pela notação de Grassmann, poderemos escrever: P = O + u u = P - O Se considerarmos que o ponto O é a origem do sistema de coordenadas cartesianas e, por conseguinte, O(0, 0) e que as coordenadas de P sejam x (abcissa) e y (ordenada), teremos o ponto P(x, y). Substituindo acima, vem: u = P - O = (x, y) - (0, 0) = (x - 0 , y - 0 ) = (x, y). Portanto, u = (x, y) Logo, o vetor u, fica expresso através de um par ordenado, referido à origem do sistema de coordenadas cartesianas. Neste caso, o módulo do vetor u (aqui representado por u , conforme convenção adotada acima), sendo a distância do ponto P à origem O, será dado por: Um Vetor no Plano, em Função dos Versores dos Eixos Coordenados Vimos acima que um VERSOR, é um VETOR de módulo unitário. Vamos associar um versor a cada eixo, ou seja: o versor i no eixo dos x e o versor j no eixo dos y, conforme figura abaixo: O par ordenado de versores (i, j) constitui o que chamamos de BASE do plano R2, ou seja, base do plano cartesiano Oxy. Verifica-se que um vetor u = (x, y) , pode ser escrito univocamente como: u = x.i + y.j Analogamente, se em vez do plano R2, estivéssemos trabalhando no espaço R3, poderíamos considerar os versores i, j e k , respectivamente dos eixos Ox, Oy e Oz, conforme figura abaixo, e a representação do vetor u, no espaçoseria: u = (x, y, z) = x.i + y.j + z.k Operações com Vetores Adição 1º Modo: Regra do paralelogramo Dados dois vetores u e v , define-se o vetor soma u + v , conforme indicado nas figuras abaixo. Obtemos o vetor u + v acima da seguinte maneira: Transportamos a e b de modo que suas origens coincidam, sem modificar seus módulos, direções e sentidos; Pela extremidade da cada vetor traça-se uma reta paralela ao outro, obtendo-se um paralelogramo. O vetor soma u + v corresponde à diagonal desse paralelogramo, com origem na origem comum de u e v. Observação Para aplicar a regra do paralelogramo na adição de mais que dois vetores, devemos adiciona-los dois a dois. O vetor soma dos dois primeiros é adicionado com o terceiro e assim sucessivamente. 2º Modo: Regra do polígono Neste caso obtemos o vetor u + v acima da seguinte maneira: Transportamos u e v de modo que a origem de um coincida com a extremidade do outro, sem modificar seus módulos, direções e sentidos; Ligamos a origem de u com a extremidade final de v. O vetor assim obtido e o vetor soma u + v. Observação Quando tivermos mais que dois vetores sendo adicionados, a regra do polígono é aplicada colocando-se os vetores consecutivamente, isto é, a extremidade do primeiro coincidindo com a origem do segundo, a extremidade do segundo coincidindo com a origem do terceiro... O vetor soma é obtido ligando-se a origem do primeiro com a extremidade do último. Casos particulares: Vetores de mesma direção e sentido: O vetor soma apresenta mesma direção e o mesmo sentido dos vetores parcelas e o seu módulo é igual à soma dos módulos. Vetores de mesma direção e sentidos opostos: O vetor soma apresenta mesma direção dos vetores parcelas e o sentido do vetor de maior módulo. O seu módulo é dado pela diferença dos módulos. Vetores de direções ortogonais: A direção e o sentido do vetor soma são dados pela regra do polígono (ou do paralelogramo). O módulo é calculado pela aplicação do teorema de Pitágoras ao triângulo retângulo acima. Módulo do vetor soma EXERCÍCIOS Efetue graficamente a adição dos vetores indicados abaixo, utilizando a regra do polígono e a regra do paralelogramo. Dada a figura: Assinale a relação vetorial correta: x + y = z x = y + z x + z = y x + y + z = 0 (vetor nulo) y + z = - x Dados os vetores: É correto afirmar que: a = c a = b = c = d b = d b = -c c = -a Escreva a fórmula vetorial que corresponde ao diagrama abaixo: Determine o vetor soma graficamente nos casos abaixo é calcule o seu módulo: . b) c) d) GABARITO 1) Polígono: Paralelogramo: B E Não tem Não tem Subtração Considerando-se a existência do vetor oposto -v, podemos definir a diferença u - v , como sendo igual à soma u + ( -v ). Veja a figura abaixo: Multiplicação por um Escalar Dado um vetor u e um escalar ( R, define-se o vetor .u, que possui: Direção: a mesma direção de u Sentido: mesmo de u se > 0 e sentido oposto se < 0 Módulo: do vetor .u será igual a ||.|u|. Produto Interno ou Produto Escalar Dados dois vetores u = (x1, x2) e v = (y1, y2), define-se o produto interno desses vetores como segue: u v = x1 . x2 + y1 . y2 Propriedades: u v = v u u (v + w)= u v + u w u u = | u |2 Interpretação geométrica: u v = |u| . |v| . cos Onde e o ângulo formado entre os vetores u e v. Observação Se u v = 0 então os dois vetores são perpendiculares, ( = 90º e cos 90º = 0). Se u v = |u| . |v| então os dois vetores são paralelos, ( = 0º e cos 0º = 1) Se u v = - |u| . |v| então os dois vetores têm sentidos opostos ( = 180º e cos 180º = ( 1) Se os vetores u =(x1,y1, z1) e v =( x2,y2, z2) teremos: u v = x1. x2 + y1. y2 + z1. z2 u v = |u| . |v| . cos EXERCÍCIOS Dados os vetores no plano R2 , u = 2 i - 5 j e v = i + j , pede-se determinar: o vetor soma u + v o módulo do vetor u + v o vetor diferença u – v o vetor 3 u - 2 v o produto interno u . v o ângulo formado pelos vetores u e v Determine o ângulo formadopelos vetores u =(3,0) e v = (-2 , ). Determine o ângulo formado pelos vetores u = 3i + j e v = i + 2j . A partir de agora considere apenas os vetores pertencentes ao espaço R3. GABARITO a) 3i-4j b) 5 c) i-6j d) 4i-17j e) –3 120° 45° Produto Vetorial Dados dos vetores u = (x1, y1,z1) e v = (x2, y2,z2), define-se o produto vetorial u v como sendo um terceiro vetor w, obtido através do seguinte determinante: w = u v = onde =(1,0,0) , =(0,1,0) e =(0,0,1) Como w = u v é um vetor temos: Direção de u v: perpendicular ao plano de u e v. Sentido de u v: regra da mão direita. Fechando a mão direita de u para v, o sentido de u v será o mesmo do polegar direito. Módulo de u v: | u v |=|u|.|v|.sen ß u v = -(v u ) . Se os vetores u e v são paralelos então ß= 0º e portanto | u v |= u.v.sen 0º = u.v.0 = 0, logo o vetor w = u v será o vetor nulo. Observe então que o produto vetorial de dois vetores pode ser nulo, sem que pelo menos um dos vetores seja nulo; basta que eles sejam paralelos. Observe a tabela: i i = 0 i j = k j j = 0 j k = i k k = 0 k i = j Para melhor entender a tabela acima, basta lembrar que vetores paralelos possuem produto vetorial nulo (todo vetor é paralelo a si próprio e portanto, i // i, j // j e k // k)e também lembrar que os vetores i, j, k são perpendiculares entre si dois a dois. Interpretação geométrica Área do paralelogramo S = | u v | = |u|.|v|.sen ß Área do triângulo O triângulo limitado pelos vetores u e v que formam entre si o ângulo ß, terá uma área igual a metade da área S do paralelogramo da dada por ST = | u v | = |u|.|v|.sen ß EXERCÍCIOS Calcule a área do triângulo cujos vértices são os pontos A(2,1,-1), B(1,-1,0) e C(-1,1,2). Dica encontre as coordenadas dos vetores AB e AC abaixo: AB = B – A = (1,-1,0) – (2,1,-1) = (-1,-2,1) AC = C – A = (-1,1,2) – (2,1,-1) = (-3,0,3) Determine a área do triângulo de vértices P(3,2,4), Q(1,1,1)e R(2,1,0). GABARITO aproximadamente 4,2 unidades de área ou 4,2 u.a. aproximadamente 2,6 u.a. Produto Misto Dados os vetores u = (x1 , y1, z1), v = (x2 , y2, z2) e w = (x3 , y3, z3), tomados nesta ordem, chama-se produto misto dos vetores u, v e w ao número real u (v w). Indica-se o produto misto por (u, v , w) ou [u, v , w] e determinaremos seu valor através da expressão: Exemplo: Dados os vetores u = (2,3,5), v =(-1,3,3) e w=(4,-3,2), Propriedades do produto misto (u, v , w) = 0 se um dos vetores é nulo, se dois deles são colineares ou se os três são coplanares. O produto misto independe da ordem circular dos vetores, isto é: (u, v , w) = (w, u,v ) = (v,w, u) Podemos permutar os sinais e entre si no produto misto de três vetores: u (v w) = (u v) w O produto vetorial e o produto misto não são definidos no R2. Interpretação geométrica do produto misto Volume de um paralelepípedo: V = |(u, v , w)| = | u (v w)| Volume do prisma de base triangular V = |(u, v , w)| . 1/2 = | u (v w)| .1/2 Volume da Pirâmide de base triangular: V = |(u, v , w)| . 1/6 = | u (v w)| .1/6 Volume da Pirâmide de base quadrada: V = |(u, v , w)| . 1/3 = | u (v w)| .1/3 � � � � � Considere o vetor u, representado no plano cartesiano Oxy, conforme figura ao lado: Analogamente, o terno (i, j, k) , será a BASE do espaço R3 . � � O módulo do vetor u = x.i + y.j + z.k será dado por: e+f f e c+d c d b â a+b â a+b b c +d d c e+f f e _1057147061.bin _1106396118.unknown _1315155835.unknown _1315156433.unknown _1315156698.unknown _1315156796.unknown _1315156945.bin _1315156785.unknown _1315156478.unknown _1315155856.unknown _1106396124.unknown _1106396340.unknown _1106396343.unknown _1106396205.unknown _1106396121.unknown _1106390017.unknown _1106395969.unknown _1106396113.unknown _1106391713.unknown _1057149153.unknown _1104073831.bin _1104074137.bin _1104073293.bin _1104072283.unknown _1104072367.unknown _1057149312.bin _1057147314.bin _1057148033.unknown _1057149143.unknown _1057147105.bin _1057144005.bin _1057146214.bin _1057146805.bin _1057146989.bin _1057146368.bin _1057144966.bin _1057146078.bin _1057145547.bin _1057144738.bin _1042527887.unknown _1042527948.unknown _1042527957.unknown _1057143807.bin _1056723643.bin _1042527953.unknown _1042527940.unknown _1042527944.unknown _1042527936.unknown _1042527872.unknown _1042527881.unknown _1042527686.unknown
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