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Estácio do Amazonas 30/10/2017 Virologia - Profa Tatiana Pires, MSc. 1 Diagnóstico Laboratorial de Viroses Profa MSc. Tatiana Pires 2017 Estácio do Amazonas Curso de Biomedicina Virologia Diagnóstico em Virologia • Auxílio no diagnóstico clínico: determinação do agente causal em casos de diarreia, infecções respiratórias etc. • Vigilância epidemiológica: dengue diagnóstico clínico de um caso suspeito pode ser confirmado em laboratório • Iniciar tratamento específico Herpesvirus, HCV, HIV etc. • Triagem de sangues e órgãos HBV, HIV, HCV 2Virologia - Profa Tatiana Pires, MSc. Diagnóstico em Virologia • Isolamento e Identificação Viral • Sistemas vivos nos quais os vírus são propagados • Culturas de células – os mais utilizados • Observa-se as alterações na aparência das células infectadas • Sorologia • Detecção de Ac específicos • Alterações nos níveis de Acs • Status imunológico do indivíduo • Detecção direta do vírus, Ags e genomas virais • M.e, imunoeletromicroscopia, métodos imunoenzimáticos, aglutinação, imunofluorescência, imunocitoquímica, Wblot, Sblot, híbridização de ácidos nucleicos, PCR etc. 3Virologia - Profa Tatiana Pires, MSc. Diagnóstico em Virologia • Infecção tem etiologia viral? • Comprovar-se laboratorialmente a presença direta ou indireta do vírus no paciente infectado • Portanto... • Isolamento e identificação no vírus no espécime • Detecção de Ac específicos • Poucas as técnicas tem tanta sensibilidade quanto a do isolamento viral Gold Standard * 4Virologia - Profa Tatiana Pires, MSc. Diagnóstico em Virologia Diagnóstico clínico Diagnóstico laboratorial Pesquisa do vírion Pesquisa de Ag Pesquisa de Ac 5Virologia - Profa Tatiana Pires, MSc. Amostras clínicas • O que coletar. Depende da suspeita clínica, da fase da doença e do tropismo viral • Primeiros 5 dias de infecção: Há replicação viral, nenhuma ou pouca produção de anticorpos Pesquisa de vírion, Ags ou genoma viral • Fase aguda: Pesquisa de IgM • Fase convalescente: Pesquisa de IgG D ia g n ó s ti c o e m V ir o lo g ia 6Virologia - Profa Tatiana Pires, MSc. Estácio do Amazonas 30/10/2017 Virologia - Profa Tatiana Pires, MSc. 2 Amostras clínicas D ia g n ó s ti c o e m V ir o lo g ia Local da lesão Para propagação viral Para exame direto Trato respiratório Lavado de garganta, aspirado de nasofaringe em crianças de até 2 anos Aspirado de garganta-ME Aspirado de nasofaringe – IF SNC Líquor, sangue(isolamento de arbovírus),fezes,swab retal,lavado de garganta,biópsia cerebral Biópsia cerebral-IF e ME Sistema cardiovascular Fezes Biópsia de tecido cardíaco, líquido pericárdio-IF e ME Pele Liquido de vesiculas e pústulas,raspado de úlceras,fezes,swab de garganta ME,ID(imunodifusão) Fígado Sangue Soros,fezes Infecções congênitas Lavado de garganta,placenta Biópsia de tecido fetal-MO Febres de origem desconhecida Sangue heparinizado,lavado de garganta,urina recente ? 7Virologia - Profa Tatiana Pires, MSc. Inoculação de virus em sistemas hospedeiros • Inoculação experimental de vírus em sistemas hospedeiros • Sistemas hospedeiros vivos: cultura de células, animal ou ovo embrionado • Provocam modificações fisiológicas, observadas como efeitos consequentes da biossíntese viral • Alteraçõe citopáticas, hemadsorção, hemaglutinação, paralisia, lesões degenerativas, morte, são exemplos. • Propagação de vírus em animais de laboratório • Não é frequente, devido à cultua de células – opção + simples e + prática • Camundongos – arbovírus, vírus da raiva e alguns Coxsakiesvirus do tipo A • Inoculação intracerebral e intraperitoneal • Animais de grande porte – praticamente não utilizados 8Virologia - Profa Tatiana Pires, MSc. Propagação de virus em ovos embrionados ▪ Até 1950 – sistema hospedeiro de escolha para propagação viral ▪ Hoje: + para isolamento de vírus aviários, influenza e produção de vacinas ▪ Incubação artificial temperatura adequada, umidade (+/- 62%) e circulação de ar importantes para evitar dessecação das cascas ▪ A via de inoculação depende da especificidade do vírus que se quer isolar ▪ Observação da propagação viral em ovos embrionados hemaglutinação ou visualização de pocks (lesões esbranquiçadas ou hemorrágicas na membrana corioalantóica ▪ Identificação viral reações sorológicas utilizando-se soros padrões 9Virologia - Profa Tatiana Pires, MSc. Relembrando…. Vírus: parasitas intracelulares obrigatórios Célula viva para replicação Sistemas celulares Cultura de células Animais de laboratório Ovos embrionados 10Virologia - Profa Tatiana Pires, MSc. 11Virologia - Profa Tatiana Pires, MSc. Isolamento Viral Isolamento do virus a partir da amostra clínica em sistemas hospedeiros (vivos) – normalmente Padrão- ouro 12Virologia - Profa Tatiana Pires, MSc. Estácio do Amazonas 30/10/2017 Virologia - Profa Tatiana Pires, MSc. 3 Isolamento Viral 13Virologia - Profa Tatiana Pires, MSc. CULTURA DE CÉLULAS 14Virologia - Profa Tatiana Pires, MSc. CULTURA DE CÉLULAS 15Virologia - Profa Tatiana Pires, MSc. Histórico – Cultura de células ▪ Século XX – 1907 – Harrison: • Pioneiro no uso de CC; • Queria provar que as fibras nervosas eram formadas a partir de céls nervosas • Necessidade de observer células for a do organism • Trabalhou com tubo medular de anfíbios • Manteve condições assépticas • Na M.o.: comprovou sua hipótese 16Virologia - Profa Tatiana Pires, MSc. Histórico – Cultura de células ▪ Século XX – 1912 – Alexis Carrel: • Modelo a partir de células cardíacas de embrião de galinha; • Descobriu a necessidade de troca de fontes de nutrients contidos nos frascos; 17Virologia - Profa Tatiana Pires, MSc. Histórico – Cultura de células ▪ Século XX – 1948 – Keilova: • Introduziu antimicrobianos em culturas de células ▪ Século XX – 1952 a 1959 – Eagle, Sanford, Leibovitz, Dulbecco • Desenvolvimento de meios básicos para cultivo: Eagle’s basal medium – EBM Eagle’s minimum essential medium – EMEM L15 Dulbecco’s modified Eagle’s medium - DMEM 18Virologia - Profa Tatiana Pires, MSc. Estácio do Amazonas 30/10/2017 Virologia - Profa Tatiana Pires, MSc. 4 Histórico – Cultura de células ▪ Século XX – 1951 – George Grey: • Cultivou células de tecido tumoral humano, estabelecendo a linhagem HeLa; • Hanrietta Lacks, 1920-1951-EUA- Tumor no colo do útero- nas mãos de Geroge Grey..células.. 19Virologia - Profa Tatiana Pires, MSc. Histórico – Cultura de células ▪ Século XX – 1961 – Hayflick e Moorhead: • Experimentos que utilizavam células de vida finita 20Virologia - Profa Tatiana Pires, MSc. Histórico – Cultura de células ▪ Século XX – 1962 – Nakamura e cols.: • Estabeleceram a linhagem VERO (células de rim de macaco-verde africano Cercopithecus aethiops); • Aprovada pela OMS para uso em produção de vacinas 21Virologia - Profa Tatiana Pires, MSc. Histórico – Cultura de células 22Virologia - Profa Tatiana Pires, MSc. Conceito – Cultura de células É o processo pelo qual as células são mantidas vivas em em crescimento fora do seu tecido original, em condições controladas. Conjunto de técnicas que permitem cultivar/manter células isoladas do organismo onde existem, mantendo as características próprias Pode-se fazer culturas a partir de tecidos humanos, animais e vegetais. 23Virologia - Profa Tatiana Pires, MSc. Aplicações – Cultura de células 24Virologia - Profa Tatiana Pires, MSc. Estácio do Amazonas30/10/2017 Virologia - Profa Tatiana Pires, MSc. 5 Cultura de células • Controle do ambiente • Homogeneidade da amostra • Economia • Questões éticas A proliferação in vitro difere da in vivo Vantagens em relação ao uso de animais 25Virologia - Profa Tatiana Pires, MSc. 1. Epitelial Natureza das Células 2. Fibroblástica 26Virologia - Profa Tatiana Pires, MSc. Tipo de Cultivo ▪ Estabelecida a partir do crescimento de células oriundas de um fragmento de tecido obtido por desagregação mecânica ou enzimática ▪ Diplóides ▪ Sensíveis à infecções por virus que tem tropismo pelo tecido que as originou ▪ 3-20 passagens in vitro ▪ Podem ser obtidas de: sangue, rins, fígado, linfonodos, baço, timo, pancreas e embriões ▪ Cultivo primário é subcultivado (passagem) cultivo secundário (células da 1a passagem) ▪ Dificuldade de obtenção em primatas não-humanos contaminação por agentes infecciosos 1. Cultura Primária/finita 27Virologia - Profa Tatiana Pires, MSc. ▪ Derivam de subculturas das células primárias ▪ Diplóides: devido a numerosos ciclos de divisão celular ▪ Geralmente derivadas de tecidos animais ▪ População homogênia de um único tipo de célula que pode se dividir até 100 vezes sem entrar em senescência ▪ Principal vantagem: podem ser bem caracterizadas e padronizadas, produção baseada num Sistema de banco de células 2. Cultura diplóide/finitas Tipo de Cultivo 28Virologia - Profa Tatiana Pires, MSc. ▪ Único tipo celular ▪ Capacidade ilimitada de crescimento ▪ Pode vir a partir de tecidos humanos ou animais ▪ Frequentemente apresentam morfologia/número anormal de cromossomos (aneuplóides) ▪ São derivadas de: a. Subcultivo seriado ou primário de células tumorais humanas ou de animais (ex: HeLa) b. Transformação de célula normal com tempo de vida finito, com um oncogene viral (ex. Linf. B transformado pelo EBV) c. Transformação de célula normal através de um agente químico mutagênico d. Subcultivo seriado de uma população de células normais originando espontaneamente células com tempo de vida infinito e. Fusão entre célula de mieloma com linfócito B produtor de Ac 3. Linhagens Contínuas/Permanentes/imortais Tipo de Cultivo 29Virologia - Profa Tatiana Pires, MSc. ▪ Tem sido bastante utilizadas como alternativa para produção de produtos biológicos por tempo indefinido, baseado em células bem padronizadas e caracterizadas; 3. Linhagens Contínuas/Permanentes/imortais Tipo de Cultivo 30Virologia - Profa Tatiana Pires, MSc. Estácio do Amazonas 30/10/2017 Virologia - Profa Tatiana Pires, MSc. 6 ▪ Origem na seleção clonal (estabelecimento de uma população de células a partir de uma única célula); ▪ Os clones podem derivar linhagens de células contínuas ou de linhagens primárias; ▪ Propósito do clone minimizer o grau de variação genética e fenotípica dentro de uma população de células 4. Culturas clonadas/clones Tipo de Cultivo 31Virologia - Profa Tatiana Pires, MSc. Fonte: UFMG 32Virologia - Profa Tatiana Pires, MSc. ▪ São oriundas de tecidos duros e, por isso, são dependentes de ancoragem, necessitando de adesão a uma superfície de contato para que possam proliferar; ▪ As garrafas de cultura devem possuir superfície negativa carga medeia a produção de proteínas de adesão e proteoglicanos que iniciarão a adesão celular ▪ Em cultura: se espalham por todo o fundo da garrafa monocamada celular Células Aderentes Natureza das Células 33Virologia - Profa Tatiana Pires, MSc. ▪ São derivadas de tecidos que não necessitam de ancoragem para proliferar e sobreviver; ▪ Podem ser cultivadas em suspensão no meio; ▪ Capacidade restrita às células hematopoiéticas, às linhagens transformadas ou às células de tecido tumoral Células Não Aderentes Natureza das Células 34Virologia - Profa Tatiana Pires, MSc. ▪ A escolha do meio de cultivo depende do tipo celular que se deseja cultivar Meios de Cultura 35Virologia - Profa Tatiana Pires, MSc. Meios de Cultura 36Virologia - Profa Tatiana Pires, MSc. Estácio do Amazonas 30/10/2017 Virologia - Profa Tatiana Pires, MSc. 7 Meios de Cultura Fonte:FIOCRUZ 37Virologia - Profa Tatiana Pires, MSc. Meios de Cultura 38Virologia - Profa Tatiana Pires, MSc. Meios de Cultura 1. Água 2. Sais inorgânicos (oligoelementos): mantêm o potencial da membrana, são cofatores de diversas reações enzimáticas, fatores de adesão. Na+, K+, Mg2+, Ca2+, Cl-, HCO3 - 3. Sistemas tampão : para compensar a liberação de CO2, liberado pelas células e devido à produção de ácido láctico devido ao metabolism da glicose Bicarbonato/ fosfato 4. Hidrocarbonetos: glicose, maltose, sacarose, fructose e galactose 5. Indicadores de pH: para indicar quaisquer mudanças no pH devido ao metabolism cellular Vermelho de fenol 39Virologia - Profa Tatiana Pires, MSc. Meios de Cultura 6. Vitaminas: intervenientes em processos metabólicos das células. Ácido paraminobenzóico, biotina, ácido fólico, ácido nicotínico, riboflavin, tiamina, inositol, vitamina B12, vitamina A e vitamin E 7. Aminoácidos essenciais: Arginina, cisteína, prolina, L-glutamine etc. 8. Lipídios: um dos components oferecidos pelo soro Colesterol, ácidos linolenico e linoleico, ácido palmítico etc. 40Virologia - Profa Tatiana Pires, MSc. Meios de Cultura 9. Suplementos: I. Hormônios II. Soro III. Proteínas e peptídeos para meios sem soro (alfaglobulina, fibronectina, albumina e transferrina) IV. Antibióticos e antifúngicos: - Mantêm a esterilidade do meio, mas em escala insdutrial não é possível utilize-los. - Devem ser de amplo espectro, induzindo o mínimo de resistência - Não podem ser citotóxicos Gentamicina (50ug/mL), Penicilina (100UI)/estreptomicina (50ug/mL), anfotericina B (fungizona) 41Virologia - Profa Tatiana Pires, MSc. Meios de Cultura DMEM – Dulbecco/Vogt modified Eagle’s (Harry Eagle) Minimal Essential Medium - Difere do meio original MEM cerca de 4 vezes + vitaminas e os aminoácidos do que as presentes na fórmula original;e alguns de 2-4 vezes + glicose. - Contém ferro e outros adicionais. - A maioria dos tipos de células humanas, de macaco, de hamster, de rato e galinha crescem bem neste meio 42Virologia - Profa Tatiana Pires, MSc. Estácio do Amazonas 30/10/2017 Virologia - Profa Tatiana Pires, MSc. 8 Meios de Cultura 43Virologia - Profa Tatiana Pires, MSc. Soro - Suplemento Primeiro uso em cultura de células ~1950 Fornece elementos essenciais de forma empírica, não há como ter controle total das concentrações dos elementos ▪ Fatores de crescimento/coagulação: estimulam e acelaram crescimento e diferenciação celular; previnem processos de apoptose - EGF, IL-6, PDGF, Insulina ▪ Albumina: liga-se a íons tóxicos; é uma carreadora de vitaminas lipossolúveis e esteróides; um dos fatores de proteção contra choques físicos (ex. Pipetagem) ▪ Fatores de adesão celular - Fibronectina, Laminina, Fetuína ▪ Transportador de íon Fe3+: complex transferrina/Fe3+ essencial para os receptors celulares - Transferrina ▪ Antiproteases: previne a degradação proteolítica das células - Alfa1-antitripsina e alfa2-macroglobulina 44Virologia - Profa Tatiana Pires, MSc. Tipos de soro SFB – soro fetal bovino/Fetal bovine sera (FBS) SRNV – soro de recém nascido de vitela Usa-se entre 10% (maioria das linhagens) a 20% (linhagens mais exigentes) 45Virologia - Profa Tatiana Pires, MSc. Tipos de soro O ideal seria, sempre que possível, não utilizer soro nos meios de cultura: ▪ É empírico elementos não quantificados▪ Não pode ser usado na fabricação de produtos biofarmacêuticos ▪ Podem transportar vírus ou fatores de inibição 46Virologia - Profa Tatiana Pires, MSc. Isolamento de virus em células • Fatores fundamentais para escolha da linhagem celular: a. Permissividade b. Velocidade de replicação Vírus Célula Enterovírus MA-104, GMK Rotavírus MA-104, Vero Adenovírus HeLa, HEp-2, A549, KB, MRC-5 Alfavírus Vero, A549, MRC-5 Herpes simplex virus Vero, HEp-2, MRC-5, HeLa, WI-38 Influenza virus MDCK, HuH17, IMR-32, GBM8401 47Virologia - Profa Tatiana Pires, MSc. Isolamento de virus em células Célula Fonte MA-104 Rim de macaco-verde-africano GMK Rim de macaco-verde-africano Vero Rim de macaco verde HeLa Carcinoma de cervix uterino humano HEp-2 Carcinoma de laringe humana A549 Carcinoma de pulmão humano KB Carcinoma epidermóide humano MRC-5 Pulmão de embrião humano WI-38 Pulmão de embrião humano MDCK Rim de cachorro HuH7 Hepatocarcinoma humano GMB8401 Glioblastoma humano 48Virologia - Profa Tatiana Pires, MSc. Estácio do Amazonas 30/10/2017 Virologia - Profa Tatiana Pires, MSc. 9 Isolamento viral – Detecção da presença do virus em cultura ▪ Efeito citopático – presença de alguns virus pode ser revelada pelas alterações degenerativas que eles induzem nas células infectadas. Tais alterações podem ser visualizadas em M.o. ECP/CPE ▪ Hemadsorção – alguns virus alteram a superfície da célula infectada conferindo-lhe afinidade por eritrócitos (ex. Influenza virus) ▪ Interferência viral – certos virus que não induzem CPE são postos em evidência recorrendo a sua capacidade de interferer com a replicação de um segundo virus (virus indicador), o qual possui um CPE característico (ex. Vírus da rubéola + CoxsaKie A9) ▪ Hemaglutinação – alguns virus produzem proteínas hemaglutinantes que podem ser colocadas em evidência adicionando-se suspensão de hemácias de uma espécie adequada (humana, galinha, pinto etc.) Ex: virus da rubéola, virus da influenza, vírus da parainfluenza 49Virologia - Profa Tatiana Pires, MSc. Efeito Citopático – ECP/CPE ▪ Enterovirus: - Arredondamento das células; - Inclusão eosinófila citoplasmática com compressão do núcleo; - Nas fases mais avançadas o núcleo deformado aparece mais escuro e a célula diminui de volume. ▪ HSV: - Arredondamento das células; - Fases avançadas: sincícios - Inclusão eosinófila difusa intranuclear 50Virologia - Profa Tatiana Pires, MSc. Efeito Citopático – ECP/CPE ▪ Reovirus: - Nas células não coradas é difícil a visualização de CPE; - Inclusão eosinófila citoplasmática rodeando o núcleo sem o deformer. ▪ Adenovirus: - Inclusão intranuclear compartimentada; - Núcleo intacto ▪ HIV/ VSR: - Formação de sincícios. 51Virologia - Profa Tatiana Pires, MSc. Efeito Citopático – ECP/CPE Localização de corpúsculos de inclusão produzidos por alguns virus VÍRUS NUCLEAR CITOPLASMÁTICA HSV X VZV X CMV X Adenovírus X JC e BK (Poliovirus) X PB19 X Poxvirus X X Vírus do Sarampo X X Parainfluenza virus X Vírus da raiva X YFV X X 52Virologia - Profa Tatiana Pires, MSc. Identificação do virus em cultura ▪ Imunofluorescência direta (IFD): - Usa-se Ac marcados com fluorocromos (FITC) ▪ Imunoperoxidase direta: - Usa-se Ac marcados com peroxidase (enzima) ▪ Neutralização: - Baseia-se na perda de infecciosidade de um virus devido à interação com Ac específico 53Virologia - Profa Tatiana Pires, MSc. 54Virologia - Profa Tatiana Pires, MSc. Estácio do Amazonas 30/10/2017 Virologia - Profa Tatiana Pires, MSc. 10 55Virologia - Profa Tatiana Pires, MSc. 56Virologia - Profa Tatiana Pires, MSc. 57Virologia - Profa Tatiana Pires, MSc. 58Virologia - Profa Tatiana Pires, MSc. 59Virologia - Profa Tatiana Pires, MSc. Identificação do virus em cultura ▪ Microscopia eletrônica: 1939 1o ME Vantagens Desvantagens Visualização direta da partícula viral Baixa sensibilidade, exige que na amostra clínica existam partículas virais em qtde suficiente 105-106/mL Alto poder de resolução Técnica dispendiosa, pessoal devidamente treinado, manutenção intense etc. 60Virologia - Profa Tatiana Pires, MSc. Estácio do Amazonas 30/10/2017 Virologia - Profa Tatiana Pires, MSc. 11 Microscopia eletrônica ▪ Microscopia eletrônica: 1939 1o ME MEV1942 ▪ Microcópio eletrônico de varredura: utiliza um feixe de elétrons ao invés de fótons utilizados em um microscópio óptico convencional (2.000) ▪ Aumenta muito a resolução (>300.000), já que não usa luz branca; ▪ 1 a 5 nm de comprimento são observáveis por ME ▪ Imagem tridimensionalVantagens Desvantagens Visualização direta da partícula viral Baixa sensibilidade, exige que na amostra clínica existam partículas virais em qtde suficiente 105-106/mL Alto poder de resolução Técnica dispendiosa, pessoal devidamente treinado, manutenção intense etc. 61Virologia - Profa Tatiana Pires, MSc. Microscópio eletrônico de varredura 62Virologia - Profa Tatiana Pires, MSc. Varredura x Transmissão 63Virologia - Profa Tatiana Pires, MSc. Varredura x Transmissão MET MEV Aumento: até 1 milhão de vezes Aumento: até 300.000 vezes Imagens planas Imagens tridimensionais Morfologia celular interna, DNA, RNA, proteínas. Morfologia externa Observação das amostras: Cortes ultrafinos. Observação das amostras : Otimização por contraste com metais pesados. Amostras devem ter em média 1nm Amostras devem ter em média 1nm Dificuldade: preparação da amostra tem que ser ultrafina, sendo de difícil execução. Além de ser um processo demorado e com baixo volume de amostras. Dificuldade: O animal tem que está em boa condição de fixação para permitir a observação. 64Virologia - Profa Tatiana Pires, MSc. Varredura x Transmissão 65Virologia - Profa Tatiana Pires, MSc. Varredura x Transmissão 66Virologia - Profa Tatiana Pires, MSc. Estácio do Amazonas 30/10/2017 Virologia - Profa Tatiana Pires, MSc. 12 Diagnóstico sorológico ▪ Finalidade em virologia ▪ Diagnosticar uma enfermidade ▪ Identificar novos vírus ▪ Epidemiologia 67Virologia - Profa Tatiana Pires, MSc. Diagnóstico sorológico • Como? Por quê? • Quando o agente infeccioso é de difícil isolamento ou identificação • Quando espécimes clínicos apropriados para cultura ou detecção do agente são de difícil obtenção • Quando o vírus foi isolado, mas seu papel na infecção é duvidoso 68Virologia - Profa Tatiana Pires, MSc. Diagnóstico sorológico • Teste de Neutralização (TN) • Teste de Inibição da Hemaglutinação (HI) • Teste de Fixação do Complemento (FC) • Imunofluorescência (IF): direta/indireta • Aglutinação Passiva • Teste de Imunoperoxidase • Teste Imunoenzimático (EIA ou ELISA) • Immunoblotting – Western Blotting (WB) 69Virologia - Profa Tatiana Pires, MSc. Diagnóstico Molecular • PCR – Polymerase Chain Reaction • Hibridização de Ácidos nucleicos • Southern Blotting • Northern Blotting • Eletroforeses • RFLP/Enzimas de restrição • Real-Time PCR – qPCR • Sequenciamento nucleotídico • Nucleic Acid Specific Based Amplification –NASBA • Captura Híbrida • Branched DNA – Ensaio de DNA ramificado • PCR-ELISA • Single Stranded Conformation Polymorphism - SSCP 70Virologia - Profa Tatiana Pires, MSc.
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