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resumo dermatofitoses

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Arhur Borges Parasitologia 
dermatofitoses 
 
INTRODUÇÃO 
As dermatofitoses são infecções fúngicas na 
pele causadas por fungos filamentosos der-
matofílicos de três grandes gêneros: 
1. Microsporum 
2. Trichophyton 
3. Epidermophyton 
São fungos queratinofílicos e queratinolíticos, 
esses fungos possuem biotropismo por estru-
turas queratinizadas como: cabelo, pele e 
unhas. Logo, depende de queratina. 
 
QUADRO CLÍNICO 
 
• Despigmentação 
• Placas anulares 
• Prurido 
• Alopecia 
As lesões ocorrem do centro para borda, oca-
sionam descamação, hipersensibilidade e 
possível infecção devido aos metabólicos 
fúngicos. 
 
AGENTES ETIOLÓGICOS 
M.canis- É o principai agente etiológico, res-
ponsável por quase 60% das infecções fúngi-
cas em humanos, é o mais frequente no Bra-
sil. Isolado em maior quantidade no couro 
cabeludo. 
M.gypseum- Infecta o ser humano com in-
fecções de intensa reação inflamatória. É 
oportunista pode causar dermatites graves e 
crônicas em pacientes com imunocomprome-
tidos. 
M. nanum- Acomete principalmente gatos, 
mas devido ao contato, pode causar infecção 
em humanos. 
M.mentagrophytes- É a segunda espécie 
dermatofítica mais isoladas em humanos. Pa-
rasita com muitos hospedeiros especial-
mente na zona rural. Ocasiona lesões com in-
termediária a intensa reação inflamatória. 
T. rubrum-É responsável por 70% de todas 
as infecções, mais frequente no mundo, iso-
lado em onicomicoses (unhas). Muito adaptá-
vel ao organismo humano, podendo perma-
necer como uma infecção residual. 
T. violaceum- Está envolvido com casos de: 
• Tinea capitis 
• Tinea coporis 
• Tinea ungueal 
Epidermophyton floccosum- Oportuniza 
de pacientes imunocomprometidos, tem pre-
ferência por tecidos mortos e queratina. 
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OBS: Altas temperaturas e umidade 
favorecem o crescimento fúngico. 
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO 
• Regionalidade 
• Faixa etária 
• Higiene e saneamento 
• Contato interpessoal e com animais 
domésticos 
• Migrações 
• Aumento da expectativa de vida 
FORMAS CLÍNICAS 
Classificadas de acordo com a: localiza-
ção da lesão. Utiliza-se a denominação 
TINEA para todas as dermatofitoses. 
 
TINEAS CAPITIS- (cabeça) 
Tem ocorrência mundial. Acomete cri-
anças e adolescentes. Causada princi-
palmente pelos dos gêneros: 
• Microsporum 
• Trichophyton. 
Acomete couro cabeludo, cílios e sobrance-
lha, pode variar de uma forma branda desca-
mativa a uma forma eritematosa acompa-
nhada de alopecia e até lesões ulceradas 
profundas. Apresenta-se sob três formas: 
1. Favosa: resto celulares e massas 
densas de hifas. 
2. Tonsurante : lesões arredonda-
das descamativas, pode ser 
 
a) microspórica- lesão única e arre-
dondada 
 b) tricóficcia- múltiplas lesões com 
in tença descamação. 
 c)quérion- quadro inflamatório. 
OBS: No Brasil a Tinea capitis por 
M.canis foi a mais frequente em meni-
nos na faixa etária de 2 à 12 anos. E 
Tinea corporis por T.rubrum foi a 2° 
mais observada. 
 
TINEA CORPORIS-(corpo) 
Acomete principalmente: ombros, braços e 
por vezes até face. Frequente relatado 
em crianças. Lesões tem aspecto anelar 
sob a forma de pequenos eritemas bem deli-
mitados. Em casos crônicos de tinea corporis 
há variantes como: granuloma de Majochi, 
com vesículas pápulo-eritematosas. Os prin-
cipais fungos são do gênero: 
• Microsporum 
• Trichophyton 
 
 
TINEA CURIS 
Característica das regiões tropicais. Envolve 
regiões perineais, inguinais e perianais 
mais frequente em adultos. As lesões se 
manifestam em placas avermelhadas desca-
mativas, marginadas com sensação de quei-
mação e prurido intenso nas áreas afetadas 
(eczema marginado de hebra). 
• T.mentagrophytes 
• T.rubrum 
• E.floccosum 
 
TINEA UNGUIUM 
Ou oncomicose dermatofítica é a invasão da 
lâmina ungueal por dermatófitos. Conside-
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rada uma das micoses de diagnóstico e trata-
mento mais difíceis. As unhas ficam frágeis, 
com fraturas, esbranquiçadas ou arrochea-
das. Unhas do pé frequentemente mais infec-
tadas. Infecções fúngicas podem ser causadas 
por agentes não dermatófitos (ex: cândida). 
Aumenta probabilidade com a idade (30% 
acima dos 60 anos. 
• T.rubrum 
• T.metagrophytes 
 
TINEA BARBAE 
Afeta regiões pilosas do pescoço e da face. 
Restrita a homens adultos. 
a) Leve/superficial 
b) Profundo e pustuloso (seme-
lhante a foliculite). 
• Trichophyton 
 
TINEA MANUUM 
Infecções nas regiões planares e interdigitais 
da mão. Ocasiona: hiperqueratose e lesões 
esfoliativas. 
• T.metagrophytes 
• T.rubrum 
 
TINEA PEDIS 
Infecção que envolve a sola e os dedos dos 
pés. Acometem mais homens, umas das mais 
comuns no mundo. 
• T.rubrum 
• T.mentagrophytes 
• Var.interdigitale 
• E.floccosum 
 
PREDISPOSIÇÃO PATOLÓGICA 
• Distúrbios circulatórios 
• Imunossupressão 
• Microtraumas 
• Linfodema de membros inferiores 
• Fator genético 
DIAGNÓSTICO 
É realizado raspando pele, unhas, pelos, e pus 
das lesões. 
 
 
TRATAMENTO 
Antifúngicos tópicos associados a terapêu-
tica oral ou profilaxia. 
Ex: Fuconazol- inibe a síntese de ergoste-
rol. 
Ex: Polienos- formam poros na membrana 
dos fungos devido a ligação com o ergos-
terol 
De modo geral as falhas nos tratamentos 
de micoses estão relacionadas a desconti-
nuidade do mesmo, o que por sua fez se-
leciona os fungos resistente tornando 
ainda mais difícil o combate da infecção. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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