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16/05/2019 Disciplina Portal estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=1838158&courseId=669&classId=1133345&topicId=765551&p0=03c7c0ace395d80182db07a… 1/12 Mediação de Con�itos Aula 3: Bases teóricas e princípios da mediação INTRODUÇÃO A mediação, como já vimos, é um meio não adversarial, voluntário e pací�co de resolução de con�itos, em que um terceiro (o mediador, imparcial) atua como facilitador do diálogo entre as partes envolvidas. Ele as conduz a encontrarem, de maneira cooperativa, as soluções que melhor satisfaçam os seus interesses. No entanto, esse procedimento exige uma base teórica, na qual fundamenta suas técnicas e princípios que devem ser respeitados para que essa prática ocorra de forma correta e ética. Bons estudos! 16/05/2019 Disciplina Portal estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=1838158&courseId=669&classId=1133345&topicId=765551&p0=03c7c0ace395d80182db07a… 2/12 OBJETIVOS Reconhecer os saberes de algumas ciências que dão suporte à mediação; Descrever cada uma das bases teóricas da mediação de con�itos; Explicar cada um dos princípios apresentados como fundamentais no trabalho do mediador; Identi�car tais princípios quanto ao seu emprego na mediação. 16/05/2019 Disciplina Portal estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=1838158&courseId=669&classId=1133345&topicId=765551&p0=03c7c0ace395d80182db07a… 3/12 ALGUNS SABERES Vamos iniciar nossa aula conhecendo a relação da mediação com algumas disciplinas: DIREITO A Mediação inspira-se no Direito quando objetiva auxiliar as pessoas a resolverem seus con�itos, orientadas pelo parâmetro da solução justa, respeitando as questões legais determinadas pela sua cultura. Isso �ca mais claro quando, por exemplo, é solicitada a revisão legal de um acordo, antes da assinatura pelos mediandos, sempre que a matéria assim o exigir, cumprindo uma norma ética na Mediação. A mediação, dessa forma, poderia ser considerada como uma forma de ordem jurídica justa, porque leva a uma justiça mais: Adequada: Aumenta o acesso à justiça porque, entre os outros métodos, possui uma forma mais apropriada de abordar e resolver aquele determinado con�ito. Tempestiva: Por ocorrer no tempo dos mediandos, uma vez que, de certa forma, estabelecem o período de duração da mediação, a partir de suas habilidades e capacidades de negociação, aumentam o acesso à justiça. Efetiva: A solução é construída pelas próprias pessoas envolvidas no con�ito, tendo como base a satisfação e o benefício mútuos, a partir do atendimento de suas necessidades, aumentando, assim, o acesso à justiça (ALMEIDA, 2014). SOCIOLOGIA A contribuição da Sociologia é decisiva para a compreensão do valor das redes sociais nos processos de negociação. Mediadores também trabalham com a negociação que os mediandos precisam fazer com os seus interlocutores – advogados, amigos, parentes, colegas de trabalho ou de crença religiosa, entre outros. Com essas pessoas, são estabelecidas alianças e construídos entendimentos sobre o desacordo e sobre o outro, assim como soluções e interesses a serem defendidos. Os mediandos não podem, em algumas situações, avançar em uma negociação, em função de compromissos estabelecidos com suas redes de pertinência. Nesses casos, é preciso ajudá-los a negociar com essas redes, dentro ou fora do processo de mediação, para que possa ocorrer a autocomposição. A mediação estimula o diálogo dos mediandos com suas redes de pertinência e permite que elas venham à mediação, quando são identi�cadas como geradoras de impasses à solução do processo, ou, ainda, quando são o suporte para o cumprimento do que foi estabelecido na mediação. PSICOLOGIA Da Psicologia, a mediação utiliza as leituras teóricas sobre o funcionamento emocional humano e valoriza as emoções como componente fundamental dos desentendimentos. A mediação trabalha, indiretamente, com as emoções quando se propõe a incluir a restauração da relação social dos envolvidos. As abordagens que incluem o relacionamento humano como foco não podem deixar de considerar a presença da emoção. Segundo Muller; Beiras e Cruz (2007), a mediação utiliza técnicas da Psicologia, em especial das Psicoterapias, tais como a sumarização positiva e o enquadre, ampliando e tornando mais compreensíveis as diversas mensagens, além de ressaltar a importância da escuta ativa, da interpretação do que está por detrás do discurso e da linguagem corporal. Do material teórico da Psicologia, também são utilizadas estratégias para trabalhar com os con�itos. Algumas sugerem que se trabalhe com os mais simples, no lugar dos mais complexos, garantindo o nível motivacional das partes, tornando visível, para elas, a capacidade de resolverem os con�itos de forma não adversarial. FILOSOFIA Da Filoso�a, várias questões dizem respeito ao processo de Mediação. Entre elas, encontra-se o principal instrumento de trabalho do mediador, as perguntas, que devem ser oferecidas como na maiêutica socrática. Filho de uma parteira, Sócrates desejava, pela maiêutica, que as pessoas “parissem” as próprias ideias, após re�etirem, em lugar de repetirem, indiscriminadamente e sem análise crítica, pensamentos e ideias do senso comum. O principal objetivo das perguntas na mediação é gerar informação para os mediandos, que são aqueles que têm poder decisório e serão os autores das soluções, de forma a provocar re�exão. A partir da maiêutica, pode-se auxiliar os mediandos a �exibilizarem as ideias trazidas na fase inicial do processo, momento em que as reais necessidades e interesses do outro não estão sendo ainda levados em consideração. Agora, estamos partindo para as abordagens teóricas que dão o suporte à mediação. TEORIA DOS SISTEMAS Há anos, as pessoas perceberam que há coisas comuns nas diferentes áreas do conhecimento. Existem problemas similares que podem ser resolvidos com soluções similares. Essas mesmas pessoas perceberam que algumas características e regras aconteciam em todas as áreas. Assim, surgiu a de�nição de Sistema, que é um conjunto de 16/05/2019 Disciplina Portal estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=1838158&courseId=669&classId=1133345&topicId=765551&p0=03c7c0ace395d80182db07a… 4/12 elementos inter-relacionados com um objetivo comum. Todas as áreas do conhecimento possuem sistemas com características e leis independentemente da área onde se encontram. Os sistemas apresentam como características básicas: os elementos formadores do sistema, a relação entre eles e um objetivo comum. Além disso, não podemos esquecer o meio ambiente, que é o que está fora do sistema, ou seja, não pode ser controlado por ele. No entanto, o sistema pode estabelecer uma relação de troca com o meio ambiente e, por isso falamos que um pode in�uenciar o outro. A abordagem sistêmica é uma forma de resolver situações sob o ponto de vista da teoria geral dos sistemas. Muitas soluções surgem quando analisamos um sistema sendo formado por elementos que estabelecem relações entre eles, que apresentam um objetivo, inseridos em um meio ambiente. Essa abordagem é uma ferramenta, um método que nos capacita a promover mudanças. Ela enfatiza a interação entre os componentes em vez de os componentes por si só, o propósito do sistema em vez de suas causas, as regras operacionais que capacitam o seu desenvolvimento, o objetivo a ser alcançado, o futuro, o envolvimento das pessoas. O olhar sistêmico, segundo Vasconcellos (2002), contribui para que a mediação reconheça os componentes multifatoriais dos desacordos – legais, psicológicos, sociológicos, �nanceiros, entre outros, e trabalhe com eles conforme a sua prevalência, de forma a atender aos interesses e necessidades dos mediandos. Também como resultado dessa abordagem, os mediadores entendem que o que é trazido à mediação faz parte de uma cadeia de acontecimentos passados e futuros e que sua intervenção provocará alterações na lógica de desenvolvimento dessa cadeia, comrepercussões sobre um conjunto de pessoas. Os mediadores comprometem-se com o curso e com o resultado da mediação, agindo na condução de sua dinâmica, avaliando, de forma continuada, a adequação de sua atuação, pois a consideram parte do sistema de resolução. Os mediadores sabem que sua intervenção poderá contribuir para a construção ou para a desconstrução de impasses futuros. ESTRATÉGIAS DA ABORDAGEM SISTÊMICA Algumas estratégias da abordagem sistêmica são importantes na mediação. Vamos vê-las a seguir: - Dividir para atingir um �m – todo problema deve ser dividido em partes menores porque isso facilita a sua compreensão e o seu manejo; - Identi�car todas as partes do sistema – identi�car tudo o que faz parte do sistema, porque algumas partes identi�cadas podem fazer a diferença; - Atentar para detalhes que estão sendo demonstrados pelas pessoas; - Olhar para o todo, para ter uma compreensão sobre como as partes se relacionam; Fonte: everything possible / Shutterstock 16/05/2019 Disciplina Portal estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=1838158&courseId=669&classId=1133345&topicId=765551&p0=03c7c0ace395d80182db07a… 5/12 - Utilizar analogias, comparações, ou seja, usar soluções antigas adaptadas à nova realidade, na solução de problemas similares. TEORIA DA CIBERNÉTICA Fonte da Imagem: Wikipedia A Teoria Cibernética ou Teoria do Controle foi desenvolvida pelo matemático N. Wiener. E tem por objeto o estudo da autorregulação dos sistemas, uma vez que é necessária a manutenção da ordem no interior de cada um, ou entre sistemas, combatendo o caos. A cibernética é uma teoria de controle, baseada na comunicação entre os sistemas e o meio ambiente, bem como a comunicação dentro do próprio sistema. A Teoria da Cibernética foi dividida em dois períodos: 1º PERÍODO De acordo com Grandesso (2000), no primeiro período da cibernética, a preocupação consistia nos mecanismos e processos pelos quais os sistemas funcionavam com a �nalidade de manter a sua organização. O objetivo do sistema era, então, corrigir os desvios para poder se manter estável e sobreviver. Esse processo é conhecido como retroalimentação, em que um sistema sobrevive mantendo a sua constância apesar das mudanças do meio. 2º PERÍODO No segundo período da cibernética, mudou-se o foco de trabalho e o con�ito passou a ter a função de mostrar que algo não vai bem no sistema. O foco sai do con�ito e vai para as relações estabelecidas naquele sistema. Fato importante para o trabalho com a mediação. A partir desse segundo momento, houve a possibilidade de compreender o potencial de transformação dos sistemas, levando ao desenvolvimento de técnicas na mediação que possibilitassem a ampliação dessa capacidade de mudança. Re�exão , Unindo os dois paradigmas teóricos, cibernético e sistêmico, podemos chegar à conclusão de que, na mediação, são trabalhadas as relações e a comunicação no sistema, propondo a compreensão da função do con�ito dentro do próprio sistema. E, para isso, precisamos também do auxílio das teorias da comunicação, como uma forma de identi�car como as pessoas estão expressando os seus con�itos. TEORIAS DA COMUNICAÇÃO 16/05/2019 Disciplina Portal estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=1838158&courseId=669&classId=1133345&topicId=765551&p0=03c7c0ace395d80182db07a… 6/12 Fonte da Imagem: Aaron Amat / Shutterstock Teorias da comunicação contribuem com numerosas abordagens e dão suporte a algumas das técnicas utilizadas na Mediação. A comunicação humana é uma das bases de sustentação da dinâmica da Mediação e precisa ser decifrada pelo mediador, a cada momento, de forma a servir de referencial para a identi�cação da intervenção a ser utilizada. As contribuições são inúmeras. Algumas estão mais ligadas com o pragmatismo da comunicação humana (WATZLAWICK; BEAVIN; JACKSON, 1967), outras com as narrativas e a análise dos discursos e de sua subjetividade (MAINGUENEAU, 1997). Os axiomas da comunicação foram desenvolvidos por Watzlawick e colaboradores (1967) e fornecem importante base conceitual para entendermos o processo de comunicação, sendo aplicados no procedimento de mediação. A seguir, veremos o que, resumidamente, estes autores estabeleceram. Fonte da Imagem: Master1305 / Shutterstock É impossível não comunicar, mesmo quando achamos que não estamos nos comunicando, existe uma mensagem. Há mediandos que utilizam o silêncio como estratégia para agredir o outro. Outros podem usar o silêncio para criar uma atmosfera de mistério sobre o que estão pensando, para aguardar que os outros transmitam informações importantes, que eles utilizarão de acordo com as suas conveniências. O silêncio pode permitir a organização dos pensamentos e encorajar a outra pessoa a expandir suas ideias, reações ou sentimentos. Saber calar quando necessário também é muito importante na comunicação. O silêncio pode, também, ser sentido como confortável ou perturbador, e ser utilizado para aproximar ou afastar as pessoas nas relações com as outras. 16/05/2019 Disciplina Portal estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=1838158&courseId=669&classId=1133345&topicId=765551&p0=03c7c0ace395d80182db07a… 7/12 Fonte da Imagem: Pressmaster / Shutterstock Toda comunicação possui uma forma e um conteúdo. A relação entre o conteúdo e a forma na comunicação é chamada de metacomunicação. Pode-se usar de gestos, olhares, expressões corporais e faciais para dar mais ênfase ao que queremos comunicar e ao modo como queremos ser interpretados. A técnica de metacomunicação é utilizada, em geral, quando queremos expressar algum sentimento, mas de forma não invasiva a uma pessoa. É uma forma menos brusca de se transmitir uma mensagem, como uma preparação para que a pessoa receba a mensagem sem constrangimento ou espanto. Usamos a metacomunicação quando fazemos uma pequena introdução àquilo que se quer comunicar, por exemplo, ao noticiar fatos ruins, ao dar alguma advertência etc. Ao censurarmos alguém, podemos realizar uma metacomunicação verbal e não verbal, quando, por exemplo, dizemos “Estou brincando“ e piscamos o olho ao mesmo tempo. Essa comunicação precisa ser neutralizada pelo mediador, que deverá estar atento às situações. Fonte da Imagem: Rawpixel.com / Shutterstock A natureza de uma relação encontra-se na contingência da identi�cação das sequências de comunicação entre os envolvidos. É fundamental identi�car quem comunica, quem responde, como e quando, para obter informações a respeito do equilíbrio ou do desequilíbrio de poder nas relações, dos estados emocionais das pessoas e outras situações signi�cativas na comunicação. 16/05/2019 Disciplina Portal estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=1838158&courseId=669&classId=1133345&topicId=765551&p0=03c7c0ace395d80182db07a… 8/12 Fonte da Imagem: Monkey Business Images / Shutterstock Os seres humanos comunicam-se de forma digital e analógica. Na mediação, na maior parte das vezes, a comunicação será analógica, ou seja, face a face. Dessa forma, haverá possibilidade de observar os conteúdos analógicos da comunicação, como por exemplo: o sorriso, o brilho no olhar, o timbre de voz, a postura corporal, a disposição para ouvir etc. Esses conteúdos valorizam a comunicação e devem ser explorados pelo mediador. Fonte da Imagem: VGstockstudio / Shutterstock Todas as trocas comunicacionais são simétricas ou complementares. As simétricas são aquelas que possibilitam o diálogo entre as pessoas. Já as complementares, em geral, aparecem em situações de dependência, em que um manda e o outro obedece, um grita e o outro se cala, por exemplo. Este último tipo de troca deve ser convertido ou restabelecido em uma troca simétrica através do trabalho do mediador. Em comum, tais contribuições trazem o entendimento de considerar a linguagem como um cenário em que se constroem os sujeitos, sua forma de expressão e de ação, nassuas relações com os outros. COMUNICAÇÃO NÃO VIOLENTA (CNV) 16/05/2019 Disciplina Portal estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=1838158&courseId=669&classId=1133345&topicId=765551&p0=03c7c0ace395d80182db07a… 9/12 Fonte da Imagem: wikipedia A Comunicação Não Violenta (CNV) é um processo conhecido por sua capacidade de inspirar ação solidária, ponto fundamental no procedimento da mediação. Foi desenvolvida por Marshall B. Rosenberg, doutor em Psicologia Clínica, mediador internacional e fundador do Centro Internacional de Comunicação Não Violenta. É uma teoria prática, que se confunde com um processo educativo e questiona os perigos da linguagem. A partir do conceito de Ahimsa (glossário), tornado famoso por Mahatma Gandhi, ressalta o poder que é liberado quando a intenção de agredir o outro é totalmente superada. Baseado na ideia de que todos os seres humanos têm a capacidade da compaixão e recorrem à violência quando não percebem outro recurso, ou quando não têm suas necessidades supridas, busca-se criar uma cultura de expressão que resolva os con�itos, em vez de criá-los. Para isso, a CNV se baseia na escuta empática e na expressão autêntica em três âmbitos: nossa própria experiência interior, nossa relação com os outros e nossa conexão com os sistemas nos quais estamos inseridos. PDF , Para compreender os fundamentos da CNV, leia Comunicação Não Violenta (galeria/aula3/docs/a03_t06.pdf). Fonte da Imagem: DVARG / Shutterstock Agora que você já conhece alguns saberes que mantêm uma relação de transversalidade com a mediação e suas bases teóricas, está na hora de estudarmos os princípios da mediação. Para tratarmos dos princípios especí�cos da mediação, faz-se necessário relembrar a importância do que vem a ser um princípio. “Princípio é, por de�nição, mandamento nuclear de um sistema, verdadeiro alicerce dele, disposição fundamental que se irradia sobre diferentes normas compondo-lhes o espírito e servindo de critério para sua exata compreensão e inteligência, exatamente por de�nir a lógica e a racionalidade do sistema normativo, no que lhe confere a tônica e lhe dá sentido harmônico”(GRUNWALD, 2004). 16/05/2019 Disciplina Portal estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=1838158&courseId=669&classId=1133345&topicId=765551&p0=03c7c0ace395d80182db07… 10/12 O princípio “vem a ser a fonte, o ponto de partida que devemos seguir em todo o percurso; ao mesmo tempo em que é o início, também é o meio a ser percorrido e o �m a ser atingido” (VILAS-BÔAS, 2003, p. 21). PRINCÍPIOS DA MEDIAÇÃO Vamos, então, estudar os princípios da mediação, tomando como base aqueles elencados na Lei 13.140 de 26 de junho de 2015, ou seja, a Lei da Mediação. Você pode vir a ter contato com vários outros princípios da mediação além desses. Como você já sabe, esse é um tema que não se esgota. Queremos ressaltar que aqueles princípios que não foram contemplados na nossa disciplina, não são considerados menos importantes, apenas utilizamos como critério de seleção a fundamentação legal da mediação. Fonte da Imagem: AWesleyFloyd LEI Nº 13.140, DE 26 DE JUNHO DE 2015. CAPÍTULO I DA MEDIAÇÃO Seção I Disposições Gerais Art. 2º A mediação será orientada pelos seguintes princípios: I - imparcialidade do mediador; II - isonomia entre as partes; III - oralidade; IV - informalidade; V - autonomia da vontade das partes; VI - busca do consenso; VII - con�dencialidade; VIII - boa-fé. PDF , Para conhecer detalhadamente cada princípio, clique aqui (galeria/aula3/docs/a03_t07.pdf) e leia o texto. 16/05/2019 Disciplina Portal estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=1838158&courseId=669&classId=1133345&topicId=765551&p0=03c7c0ace395d80182db07… 11/12 Glossário SUMARIZAÇÃO POSITIVA Sumarização positiva é uma técnica que consiste na recontextualização em que o mediador estimula as partes a perceberem o que cada um falou, porém, deverá recontextualizar por uma perspectiva com ênfase nos pontos positivos. (BACELAR, 2003) ENQUADRE O enquadre envolve: postura imparcial de escuta da angústia e do sofrimento; sigilo; reconhecimento e revalorização dos recursos dos mediandos; limites e possibilidades da mediação; duração das sessões e do procedimento; intervalo entre sessões; e o espaço físico. (GROENINGA; BARBOSA; TARTUCE, 2010) ESCUTA ATIVA Na Escuta ativa, a partir da linguagem verbal e não verbal, o mediador decodi�ca o conteúdo da mensagem como um todo. Propicia a expressão das emoções, o alívio das tensões e assegura a quem está falando a sensação de que está sendo ouvido. MAIÊUTICA SOCRÁTICA Do grego maieutiké, que signi�ca a arte de dar à luz. A maiêutica Socrática é considerada por muitos a maior herança deixada por Sócrates à �loso�a ocidental, pois o �lósofo conduz o diálogo de forma a irromper o processo re�exivo em busca da “verdade” interior de cada um. Consistia em fazer perguntas com a intenção de ajudar o interlocutor a conceber suas próprias ideias (ALMEIDA, 2014). 16/05/2019 Disciplina Portal estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=1838158&courseId=669&classId=1133345&topicId=765551&p0=03c7c0ace395d80182db07… 12/12 AHIMSA Ahimsa é um princípio ético-religioso adotado e presente no hinduísmo e no budismo, e que consiste na rejeição constante da violência e no respeito absoluto de toda forma de vida. Mahatma Gandhi fez do Ahimsa a base de sua doutrina política. Gandhi de�niu a manifestação do Ahimsa assim: "A não violência não consiste em renunciar a toda luta real contra o mal. A não violência, tal como eu a concebo, empreende uma campanha mais ativa contra o mal que a Lei de talião, cuja natureza mesma traz como resultado o desenvolvimento da perversidade. Eu levanto, frente ao imoral, uma oposição mental e, por conseguinte, moral. Trato de amolecer a espada do tirano, não cruzando-a com um aço mais a�ado, mas defraudando sua esperança ao não oferecer resistência física alguma. Ele encontrará em mim uma resistência da alma, que escapará de seu assalto. Essa resistência primeiramente o cegará e em seguida o obrigará a dobrar-se. E o fato de dobrar-se não humilhará o agressor, mas o digni�cará [...] “. Fonte: Wikipedia (https://pt.wikipedia.org/wiki/Ainsa).
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