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[Resumo] Histologia - Esôfago e estômago

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1 Raul Bicalho – MedUfes 103 
 
 
Introdução: 
 Para estudar o trato digestório, é importante ter em mente a organização estrutural geral em camadas, que 
vai possuir variações de acordo com a porção do trato estudada. 
 Como resultado da evolução da espécie, o ser humano possui um tubo digestório com compartimentalização 
de funções, ou seja, existe uma área de captação do alimento, uma de condução, uma de absorção e uma de 
eliminação dos restos não absorvidos ou formados durante o trajeto. São essas diferentes funções que determinam a 
morfologia específica de cada porção do tubo. 
 No tubo, a partir da luz temos as seguintes camadas: a mucosa, subdivida em epitélio, lâmina própria de TC 
frouxo e a muscular da mucosa. Vale ressaltar que o epitélio varia bastante de acordo com a função do segmento 
observado. A lâmina própria é feita de tecido conjuntivo frouxo e é nessa camada que se encontra a maioria das 
glândulas do sistema digestório. A camada muscular da mucosa tem a função importante de aproximar o epitélio (que 
uma hora protege, outra absorve, outra secreta etc.) do alimento que está passando pela luz, seja para otimizar o 
transporte (ex.: no esôfago) ou a digestão (ex.: no estômago) e a absorção (ex.: nos intestinos). Essa muscular da 
mucosa, de forma geral, possui uma camada circular interna e uma camada longitudinal externa, a contração da 
circular tende a diminuir a luz do túnel (absorção), já a da longitudinal tende a empurrar o alimento em direção 
descendente (condução). Depois da mucosa vem a camada submucosa é considerada um tecido conjuntivo denso, 
onde encontram-se glândulas apenas no esôfago e no duodeno. Ainda na submucosa, encontra-se o plexo submucoso 
que vai controlar as glândulas e a contração da muscular da mucosa. A próxima camada é a muscular, com uma 
subcamada circular interna e uma longitudinal externa, entre elas encontra-se o plexo mioentérico que controla a 
contração dessa musculatura (responsável pelos movimentos peristálticos). Finalizando, observa-se uma serosa ou 
uma adventícia. 
 
 
 É importante ressaltar que a identificação da camada muscular da mucosa é imprescindível, principalmente 
para nos guiarmos que tudo a partir dela em direção à luz é mucosa e na direção oposta é primeiramente a submucosa. 
 
HISTOLOGIA B – AULA 11 – Esôfago e estômago / Prof. Marcos / GARTNER 
 
 
2 Raul Bicalho – MedUfes 103 
Inervação do trato digestivo: 
 O sistema nervoso entérico é autossuficiente, formado por vários gânglios e controla a secreção e motilidade 
a partir dos plexos. O plexo submucoso controla a secreção das glândulas e a motilidade da muscular da mucosa. O 
plexo mioentérico controla somente a camada muscular (peristaltismo) 
Quando se tem a inervação parassimpática atuando, haverá a indução da secreção glandular, o peristaltismo 
aumentado e a inibição dos esfíncteres, isso tudo resulta no digestório funcionando mais na sua normalidade. Já 
quando se tem a inervação simpática atuando, ocorre uma ação contrária, com inibição do peristaltismo e ativação 
dos esfíncteres. 
Esôfago: 
 O esôfago é basicamente só um tubo de condução, para levar o 
alimento até o estomago, ou seja, vai possuir uma camada muscular 
espessa e um epitélio bastante reforçado. Além disso apresenta 
algumas glândulas que vão ter função essencial de lubrificação do tubo 
e do alimento, podendo até serem encontradas algumas enzimas nas 
suas glândulas, mas a digestão não é sua função principal. 
 Sua mucosa é formada de epitélio estratificado pavimentoso 
não queratinizado, uma lamina própria de tecido conjuntivo frouxo com 
glândulas cárdicas esofagianas (não são frequentes), que produzem 
muco para a lubrificação do tubo, além de uma muscular da mucosa 
que não apresenta a camada circular interna, apenas a longitudinal. A 
união dessas características aponta que o maior investimento do 
esôfago é na condução do alimento (pra baixo) e não na interação do 
epitélio com o alimento (que seria a luz mais próxima do alimento, 
situação gerada pela camada circular). 
 Sua submucosa é um tecido conjuntivo denso com as glândulas 
esofagianas propriamente ditas (produtoras de muco), além de plexo submucoso (de Meissner). São encontrados 
pepsinogênio e algumas lisozimas no seu muco, a lisozima com função antibacteriana e o pepsinogênio só tendo sua 
função quando chega no estomago. 
 Lembrar que esôfago e duodeno são as 2 únicas partes do trato 
que irão possuir glândulas na submucosa. 
 Sua camada muscular, além de ser bastante espessa, possui 
uma diferença das demais partes do trato, visto que possui uma parte 
feita de musculatura esquelética (1/3 superior), ou seja, é controlado 
de forma voluntária (deglutição). No 1/3 médio há uma mistura entre 
m. esquelético e m. liso. Já o 1/3 inferior é formado apenas por m. liso. 
 OBS.: Quando se fala de musculatura esquelética, está se 
referindo apenas à camada muscular própria. A camada muscular da 
mucosa é constituída apenas de musculatura lisa em toda a extensão 
do trato. 
 Por fim, a última camada será de serosa ou adventícia 
dependendo da porção observada. A porção supradiafragmática de 
adventícia e a porção infradiafragmática de serosa. 
 OBS.: Ainda sobre esôfago, observar a transição entre esôfago 
(seta preta) e estômago (seta vermelha). Observando o lado esquerdo (esôfago), percebe-se um epitélio estratificado 
pavimentoso e uma grande quantidade de glândulas na submucosa, com características seromucosas (predomínio 
mucoso), que podem acabar invadindo um pouco o espaço do estômago, mas são estruturas de esôfago. No lado 
 
3 Raul Bicalho – MedUfes 103 
direito (estômago), percebe-se um epitélio cilíndrico simples e uma série de glândulas típicas do estômago na lâmina 
própria (na mucosa). 
 
 
 Juliana Geller - 103 
 
4 Raul Bicalho – MedUfes 103 
 
Estômago: 
 O estômago possui suas classificações anatômicas, isto é, a 
curvatura maior, a curvatura menor e sua divisão em 4 porções 
(cárdia, fundo, corpo e piloro). Na histologia só tratamos em 3 
partes: A cárdia, a região fúndica (fundo e corpo) e a região pilórica. 
Essa divisão é baseada na mucosa do estômago, que possui apenas 
duas estruturas para analisar, as criptas e as glândulas. 
 A região da cárdia possui criptas pequenas com glândulas 
curtas e enoveladas abaixo. Na região do fundo as criptas são 
maiores e as glândulas são longas e retilíneas. Na região pilórica as 
criptas são maiores ainda, mas as glândulas são um pouco 
enoveladas e no tamanho das criptas mais ou menos. Essa 
diferenciação ocorre principalmente pelo investimento de cada 
região na digestão. Na cárdia, as criptas são curtas pois é um local de 
chegada dos alimentos, não há um grande investimento em 
digestão. No fundo, as criptas são mais longas pela digestão intensa. 
Já a região do piloro é mais uma região de transporte, quando se 
assume que a maior parte da digestão que deveria ocorrer no 
estômago já aconteceu na região fúndica. 
 Por meio dessas estruturas, o estômago forma o quimo, que 
é o alimento já num estado viscoso, que vai em direção ao intestino 
delgado. Para isso, há a secreção de ácido clorídrico, de 
pepsinogênio (convertido em pepsina em contato com o HCl), de 
renina (quimosina, atua na digestão de derivados do leite) e da lipase 
gástrica. 
 A mucosa do estômago é formada por um lâmina própria 
longa e espessa, cheia de glândulas preenchendo-a. O epitélio vai 
formar as criptas e é composto pelas células de revestimento 
superficial (produzem o muco visível rico em bicarbonato). Da borda 
do tecido para baixo, as irregularidades vistas no epitélio apontam 
as glândulas, que vão secretar HCl, lipase gástrica,renina, etc. As 
glândulas podem ser subdivididas em istmo, colo e base, importante 
para observar a preferência de localização dos diferentes tipos de 
células. 
 
 OBS.: A submucosa do estômago não é evidenciada e nem 
importante para o estudo. 
 
 Recapitulando, quando o alimento chega no estômago, a primeira região que ele encontra é a da cárdia. Nessa 
região a digestão não é intensa, então as criptas aqui ainda serão curtas e as glândulas curtas e enoveladas. Na região 
do fundo, as criptas estão mais alongadas e as glândulas longas e retilíneas. Na região do piloro, as criptas serão um 
pouco maiores e as glândulas proporcionais a elas, porém enoveladas. 
PROVA: Mencionar as características que vão distinguir o esôfago da estrutura geral do tubo digestório. Nesse caso, 
mencionar que a muscular da mucosa só possui a camada longitudinal, que na camada muscular própria pode 
haver presença de musculatura esquelética e que possui presença de glândulas na submucosa. 
 
 
5 Raul Bicalho – MedUfes 103 
 
 
 Considerando os tipos de célula que existem no estômago, observam-se as células de revestimento superficial, 
que é a célula da cripta que tem com função secretar muco visível para proteger a parede do epitélio. Além dessas, 
observam-se as células-tronco para renovação tecidual, com localização preferencial no istmo, sendo assim, se elas 
seguirem caminho ascendente elas renovam a cripta e se seguirem caminho descendente renovam a glândula. Outros 
tipos de células são as células mucosas do colo, que são células mucosas que se localizam no colo da glândula que vão 
produzir o muco solúvel que vai se misturar ao alimento, lubrificando-o. Essas células mucosas do colo são encontradas 
em grande quantidade na região do piloro, onde já não se faz mais muita digestão e sim produção do muco. Ainda, 
observam-se no estômago as células parietais e as células principais. Além disso, existem as células enteroendócrinas 
(Let. comentou) que fazem a regulação do tubo digestório pela ação principalmente da colecistoquinina e da secretina. 
 
6 Raul Bicalho – MedUfes 103 
 
OBS. 2: Fazendo o revestimento, observa-se a célula de revestimento superficial (surface lining cell) que é uma 
célula cilíndrica cheia de grânulos de secreção no polo apical e vai secretar o muco visível de proteção. Além dessa, 
observa-se as células-tronco (regenerative cell), as células mucosas do colo (mucous neck cell) preferencialmente na 
região do colo que vão produzir o muco que vai lubrificar o alimento, as células parietais (oxynitc/parietal cell) que 
têm uma localização preferencial no colo e possuem canalículos intracelulares para a produção de HCl e as células 
principais (zymogenic/chief cell) com localização preferencial 
na base da glândula. Já as células enteroendócrinas 
(enteroendocrine cell) possuem 
 /]uma distribuição mais ou menos homogênea. 
A célula parietal (grande, rica em mitocôndrias por 
isso bem corada pela eosina) vai secretar principalmente HCl 
e fator gástrico intrínseco, que ajuda na absorção de vitamina 
B12 no intestino delgado. Essa imagem ta dividida ao meio 
mostrando a célula antes e depois de comer. Essas células 
secretam HCL sob demanda (não é contínuo), o corpo sabe a 
hora que deve trabalhar por 3 mecanismos: o encefálico, o 
gástrico e o intestinal. Na parte não ativa vemos um canalículo 
intercelular raso , além de uma série de membranas 
acumuladas no citoplasma carregadas de bombas de 
Parietal 
 
7 Raul Bicalho – MedUfes 103 
transporte de íons (como uma reserva). Quando a célula é ativada (por estimulo nervoso ou ao chegar alimento no 
estomago, ação da acetilcolina ou gastrina), o canalículo fica maior e com mais microvilosidades. 
OBS.: Mesmo com consumo de vitamina B12, se tiver algo errado com a célula parietal e sua função de fator 
gástrico intrínseco, não haverá absorção dessa vitamina e, portanto, tem-se uma condição chamada de anemia 
perniciosa, visto que essa vitamina é um cofator importante para o amadurecimento de eritrócitos. 
OBS. 2: O estômago não possui alta capacidade absortiva. 
 Produção do HCl: 
 A união do gás carbônico (CO2) com a água (H2O) forma o ácido 
carbônico (H2CO3), que decompõe em H+ e HCO3- (bicarbonato). O 
bicarbonato pode ser trocado pelo cloreto (Cl-), visto que ambos 
possuem carga negativa. O H+ pode ser trocado por potássio (K+) em 
processos de antiporte. Sendo assim, H+ e Cl- se encontram do lado de 
fora da célula e formam o HCl. 
 Esse ácido clorídrico vai atuar quebrando ligações peptídicas, 
mas sua grande atuação é converter o pepsinogênio (produzido pela 
célula principal) em pepsina. 
A célula principal secreta pepsinogênio, renina e lipase gástrica, 
que são proteínas, por isso se espera um mecanismo secretório bem 
desenvolvido, que dará coloração arroxeada (hematoxilina) para a célula. 
Esse conteúdo está localizado no polo basal (mais roxo), já que os 
grânulos com as enzimas ficam no seu polo apical (mais claro). 
As células enteroendócrinas secretam diversos fatores, como a 
gastrina. Seu produto de secreção é liberado na lâmina própria, por isso 
seus grânulos estão acumulados no polo basal e não no polo apical. 
 
 
Células enteroendócrinas 
Ju
lian
a G
eller - 1
03
 
 
8 Raul Bicalho – MedUfes 103 
 O período de renovação das células epiteliais do estômago é por volta de 1 semana. 
 Na mucosa, é importante focar na lâmina própria, onde há a presença das glândulas. Por ser um órgão muito 
muscular, a camada muscular da mucosa apresenta mais uma subcamada de músculo. Ficando com uma subcamada 
circular interna, uma longitudinal média e uma oblíqua externa. 
 Na submucosa, não encontramos nada que chame atenção no estômago. 
 A camada muscular própria do estômago também ganha mais uma subcamada, como a muscular da mucosa. 
Fica, portanto, uma subcamada oblíqua interna, uma circular média e uma longitudinal externa.

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