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DA LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA

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LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA
INTRODUÇÃO
Do CPC/73 até a Lei nº 11.323/05 , a liquidação se qualificava como ação autônoma de conhecimento, de natureza constitutivo-integrativa;
Na atual sistemática, sem perder seu caráter constitutivo-integrativo, a liquidação passou a constituir mera fase do processo de conhecimento, etapa essa que se antepõe, normativa e cronologicamente, ao cumprimento de sentenças ilíquidas.
A exceção fica por conta da liquidação das sentenças penais condenatórias, estrangeiras ou arbitrais, em que não há prévio processo civil de conhecimento.
Assim, apenas nessas três situações é que a liquidação vai constituir um processo autônomo, no qual o executado deverá ser citado.
Como a liquidação é fase do processo de conhecimento, não haverá mais citação, sendo o executado agora intimado na pessoa de seu advogado para acompanhar a liquidação de sentença (NCPC, art. 511). 
Ao decidi-la, o juiz não mais proferirá a sentença, e, sim, decisão interlocutória , impugnável pela via de recurso do agravo. Na liquidação não poderá haver modificação da sentença condenatória nem rediscussão do que nela foi decidido. 
Conforme previsão do art. 1.015 do NCPC.
A finalidade da liquidação é apurar o quantum debeatur, ou seja, valor debatido sempre que a sentença não o indicar. 
Advirta-se que apenas os títulos executivos judiciais podem ser ilíquidos. Já que a execução do título extrajudicial pressupõe a liquidez da obrigação nele contida. Se ilíquida a obrigação de título extrajudicial, abre-se ao credor a possibilidade de ajuizar a ação monitória para a obtenção de título executivo líquido e, consequentemente, exigível.
Para DINAMARCO, título executivo "é um ato ou fato jurídico indicado em lei como portador do efeito de tornar adequada a tutela executiva em relação ao preciso direito a que se refere" (in "Instituições de Direito Processual Civil", IV, 1ª. Edição, SP: Malheiros Editores, 2004, p. 191).
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No sistema do CPC existe a possibilidade de o credor, quando a sentença contiver parte líquida e ilíquida, promover, simultaneamente, a execução daquela nos autos respectivos e, em autos apartados, a liquidação desta (CPC, art. 509, § 1º).
Outra inovação importante, é aquela que permite a liquidação de sentença, no juízo de origem, mesmo que haja recurso pendente, ainda que recebido com efeito suspensivo, sendo necessária, neste caso, a formação de autos apartados, instruído com as peças processuais necessárias (liquidação provisória - art. 512, CPC). 
A liquidação provisória é feita por conta e risco do credor, devendo ser, oportunamente adaptada caso sobrevenha reforma parcial do julgado. 
No caso de reforma total da sentença, a liquidação ficará prejudicada. 
Os atos praticados na liquidação tem natureza cognitiva, e antecedem o início da execução de sentença. 
No entanto, em certos casos poderá haver liquidação incidente à fase de execução, como ocorre, por exemplo, na obrigação de coisa que se converte em execução por quantia, quando a coisa perece, ou nas obrigações de fazer infungíveis, quando o devedor recusa-se a cumprir a obrigação.
COMPETÊNCIA
Como a liquidação é sempre de título judicial, a competência para julgá-la será sempre do juízo onde foi proferida a sentença ilíquida, ainda que total ou parcialmente substituída por acórdão em grau e recurso. 
Nos casos de (1) ação de competência originária, a liquidação processar-se-á no tribunal respectivo. 
Se o título for (2) sentença penal condenatória, (3) sentença arbitral ou (4) estrangeira, a liquidação far-se-á no juízo cível competente, de acordo com as regras gerais de distribuição de competência previstas no próprio Código (art. 516, CPC).
Legitimidade:
Pela redação do art. 509 do CPC, a legitimidade para promover a liquidação de sentença será tanto do credor quanto do devedor. 
ESPÉCIES DE LIQUIDAÇÃO
O CPC reconhece duas formas de liquidação: 
 Por arbitramento, e
 Pelo procedimento comum, (antiga liquidação por artigos).
DETERMINAÇÃO DO VALOR DA CONDENAÇÃO POR CÁLCULO DO CREDOR
Não sendo o caso de liquidação, o credor deverá apresentar a memória discriminada e atualizada do cálculo, o que pode ser feito no próprio pedido de cumprimento da sentença (art. 509, § 2º, CPC/2015).
 Essa providência tem por objetivo delimitar a pretensão do credor (pedido mediato), permitindo ao devedor controlar a exatidão da quantia executada e controvertê-la por meio de impugnação, se for o caso.
De regra, não se exige dilação probatória para definição do valor a ser apurado. 
De qualquer forma, não se suprime o contraditório.
O credor deve requer o cumprimento da sentença, instruindo o pedido com o demonstrativo discriminado e atualizado do crédito. O devedor, então, é intimado para pagar o valor constante do demonstrativo no prazo de quinze dias. 
Intimado, o devedor pode efetuar o pagamento, caso em que a fase de cumprimento de sentença será extinta por sentença. 
Decorrido o prazo sem pagamento, iniciam-se mais quinze dias para a apresentação de impugnação, independentemente de nova impugnação.
Quando a elaboração da memória do cálculo depender de dados existentes em poder do devedor ou de terceiro, o juiz, a requerimento do credor, poderá requisitá-los, fixando prazo de até trinta dias para o cumprimento da diligência. 
Se os dados não forem, injustificadamente, apresentados pelo devedor, reputar-se-ão corretos os cálculos apresentados pelo credor, enquanto a resistência do terceiro configurará o crime previsto no art. 330 do Código Penal.
O juiz poderá valer-se do contador do juízo para verificação dos cálculos, no prazo máxima de trinta dias.
Liquidação por arbitramento
A liquidação por arbitramento (art. 509, I do CPC)será feita em três hipóteses: 
i- quando determinada pela sentença; 
ii- quando convencionado pelas partes; e 
iii- quando o exigir a natureza do objeto da liquidação.
Súmula 344 do STJ: A liquidação por forma diversa da estabelecida na sentença não ofende a coisa julgada.
Trata-se de trabalho técnico, normalmente entregue aos cuidados de profissional especializado em determinada área de conhecimento científico, pelo qual se vai determinar a extensão ou o valor da obrigação constituída pela sentença ilíquida.
Ex.: apurar a desvalorização decorrente de acidente de automóvel;
 análise de balanço patrimonial para apuração de haveres;
 análise de cartões de ponto para apuração de eventuais horas
Deferido o pedido de liquidação, o juiz intimará as partes para a apresentação de pareceres ou documentos elucidativos, no prazo que fixar, e, caso não possa decidir de plano, nomeará perito (art. 510, CPC) observando-se, no que couber, o procedimento da prova pericial (art. 464 a 480, CPC/2015).
Realizada a audiência, ou não havendo a necessidade desta, o juiz estabelecerá , por decisão interlocutória, o valor do título. 
B) Liquidação pelo procedimento comum
Far-se-á a liquidação pelo procedimento comum quando, para determinar o valor da condenação, houver necessidade de alegar e provar fato novo (art. 509, II, CPC/2015). 
Fato novo é aquele que não foi considerado na sentença. Irrelevante que se trate de fato antigo, ou seja, surgido anteriormente à prolação da sentença, ou de fato novo, isto é, surgido posteriormente ao ato sentencial.
Fato novo, para fins de liquidação, é aquele que, embora não considerado expressamente na sentença, encontra-se albergado na generalidade do dispositivo, no contexto do fato gerador da obrigação, tendo portanto relevância para determinação do objeto da condenação.
Exemplo: o réu (empregador) foi condenado a ressarcir danos pessoais e lucros cessantes sofridos em razão de acidente de trabalho por culpa daquele empregador, conforme se apurar em liquidação. 
A liquidação, nesse caso, faz-se com a observância do procedimento comum, em face da necessidade de se provar fatos novos, como, por exemplo, gastos com despesas médico-hospitalares e paralisaçãode atividades. 
Indispensável é que tais fatos tenham relação causal com o acidente reconhecido na sentença, porquanto não se permite discutir novamente a lide ou modificar a sentença que a julgou (art. 509, § 4º, CPC/2015).
Reza o art. 511, CPC: “Na liquidação pelo procedimento comum, o juiz determinará a intimação do requerido, na pessoa de seu advogado ou da sociedade de advogados a que estiver vinculado, para, querendo, apresentar contestação no prazo de 15 (quinze) dias, observando-se, a seguir, no que couber, o disposto no Livro I da Parte Especial deste Código”.
Ela terá lugar quando houver a necessidade de alegar e provar fato novo. Os fatos novos devem ser expostos na petição inicial com toda clareza. Afinal, se a declaração do quantum debeatur é o pedido, os fatos novos constituem genuína causa de pedir na liquidação. 
Nos termos do art. 1015, parágrafo único, do CPC, da decisão de liquidação caberá agravo de instrumento.
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