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Processo Civil II - 1ºB - Prof. Stella

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PROCESSO CIVIL II
Competência: art. 5º LIII, CF: “ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade competente” 
Competência absoluta – vício insanável
Competência relativa – nulidade relativa – prorroga-se
Critérios para determinar a competência e classificação:
-territorial/de foro: em regra, relativa. 
Foro: local onde o órgão exerce as suas funções. Regulada art. 42 e seguintes
Juízo: vara ou cartório. Leis de organização judiciária de cada Estado. Primeiro verifica-se o foro competente e depois o juízo (vara).
Foros concorrentes: ex. art. 53, V, causas de acidente de trânsito, do domicílio do autor ou do local do acidente.
Foro de eleição: local onde a ação deve ser proposta. 
Art. 46 a 53. Regras genéricas e específicas.
-funcional: absoluta. Competência originária – juiz monocrático ou tribunal.
Regra geral: juízo monocrático. 
Regra especial: Tribunais.
-objetivo: refere-se aos três elementos da demanda - partes, causa de pedir e pedido:
--em razão da matéria: relação jurídica controvertida e extraída da causa de pedir. Ex: trabalhista, família, cível, penal, militar, eleitoral.
--em razão da pessoa (ratione personae) ou da parte litigante: Ex: Vara Pública, Justiça Federal
--em razão do valor da causa identificado pelo valor do pedido: ex: Juizado Especial Cível julga causas com valores inferiores a 40 Salários mínimos. É competência relativa. 
Princípio da competência-competência: 
Translatio iudicii:
a) reconhecimento da incompetência relativa ou absoluta. Consequências. Art. 64, § 3º
Exceções: Incompetência do Juizado Especial e internacional.
b) Momento da arguição e decisão sobre a alegação. Art. 64, § 2º
c) Invalidação dos atos decisórios. Art. 64 § 4º
d) Incompetência para ação rescisória, usando todos os atos praticados pelo Tribunal incompetente
Competência absoluta: atende interesse público
Pode ser alegada a qualquer tempo e reconhecida de ofício na contestação como preliminar
É defeito grave e a sentença pode ser rescindida no prazo de 2 anos do trânsito em julgado
Não pode ser alterada por vontade das partes ou por cláusula convencional
Não há modificação da competência por conexão ou continência
Mudança posterior de competência absoluta impõe o deslocamento para outro juízo
Competência relativa: atende interesse particular
Deve ser alegada pelo réu como preliminar na contestação, sob pena de preclusão e prorrogação e não pode ser conhecida de ofício
Não pode ser rescindida. 
Partes podem eleger o foro ou não alegar em contestação. 
Há modificação da competência por conexão ou continência
Em regra a territorial e pelo valor da causa são relativas.
Mudança superveniente de competência relativa, não desloca a competência.
Perpetuação da jurisdição (perpetuatio jurisdictionis): a competência é fixada pelo registro ou distribuição (onde houver mais de uma Vara) da petição inicial e continuará a mesma até a prolação da decisão/sentença.
Nenhuma modificação do estado de fato (mudança de domicílio do réu) ou de direito (ampliação do teto de competência do órgão em razão do valor da causa)
MODIFICAÇÕES DE COMPETÊNCIA (RELATIVA) 
Foro de eleição: é alterada por vontade das partes. Art. 63 
Reconhecimento de abusividade da cláusula o juiz deverá remeter os autos ao foro de domicílio do réu. Art. 63, §3º
Conexão: Entre duas ou mais causas houver identidade de pedido ou causa de pedir. Serão reunidas para julgamento conjunto, salvo se já houver sentença. Objetivo: evitar decisões conflitantes.
Ex: ações de indenização provenientes de um mesmo acidente
Aplica execução de título extrajudicial e ação de conhecimento relativamente ao mesmo ato
Processos que não sejam conexos, mas podem ter risco de decisões conflitantes
Continência: entre duas ou mais causas há identidade de partes e causa de pedir, mas o objeto de uma é mais amplo que o de outra e abrange os demais. Art. 56
Ex: pedido de anulação de contrato em uma demanda e em outra a anulação de cláusula do mesmo contrato. 
Prevenção: é o instrumento para que se saiba qual o juízo competente nos causas conexas ou continentes. Será prevento o juízo a quem primeiramente foi designada uma das causas conexas. Art. 59
COOPERAÇÃO NACIONAL: dever de recíproca cooperação entre os órgãos jurisdicionais para realização de atos fora dos limites da competência do juízo requerente. Pode abranger qualquer ato processual.
MODALIDADES: não há forma específica e o pedido deve ser atendido prontamente. Podem ser requisitados por email ou por outra forma eletrônica.
Atos concertados: são atos ajustados entre os juízos em cooperação.
Rol exemplificativo do art. 69: podem consistir em: atos para citação, intimação, notificação de ato, produção de apresentação de provas e colheitas de depoimentos, cumprimento de medidas liminares, atos executivos e outros.
Cartas de ordem, precatória, arbitral. Art. 260
PARTICIPAÇÃO NO PROCESSO: 
Princípio da colaboração: visa organizar o papel das partes e do juiz na conformação do processo estruturando-o como uma comunidade de trabalho. 
É o novo papel do juiz: isonômico na condução do processo e assimétrico apenas quando impõe suas decisões. O juiz deverá dialogar com as partes. Art. 6º, 7º, 9º e 10º
DAS PARTES. Art. 70 a 72
Parte: autor e réu, definidos na petição inicial.
Autor formula pedido e Réu contra quem se formula este pedido.
Excepcionalmente podem ser acrescentados nos sujeitos na relação jurídica processual. Ex. intervenção de terceiros, litisconsorte necessário, sucessão processual
Capacidade de ser parte: possibilidade de demandar e ser demandado
Capacidade processual ou de agir em juízo: de forma direta 
Representação: menores de 16 e aqueles que por doença mental ou enfermidade não tiverem discernimento ou não puderem expressar sua vontade 
Assistência: maiores de dezesseis e menores de dezoito anos, os ébrios habituais, os viciados em tóxicos, os deficientes com discernimento reduzido 
Capacidade postulatória: é a de postular em juízo ou formular requerimentos e defesa, somente advogados e membros do MP possuem.
Matéria de ordem pública: a incapacidade processual ou a falha de representação é matéria de ordem pública. Art. 485 § 3º
Nulidade sanável: art. 76. 
Art. 76, § 2º, regularização em grau recursal com a juntada de procuração por advogado.
Curador especial: nomeado para determinado processo e exercido pela defensoria Pública:
Representação do incapaz: art. 72, I
Defesa do réu preso ou nos casos do réu ausente: art. 72, II 
Cessa com a constituição de advogado pelo réu no caso do inciso II.
Integração da capacidade processual:
-pessoas casadas: art. 73 (como autores) ou litisconsórcio (como réus). 
-suprimento judicial: art. 74
Hipóteses:
I - direito real imobiliário (regime de comunhão de bens).
II - resultante de fato que diga respeito a ambos os cônjuges ou de ato praticado por eles
III - fundada em dívida contraída por um dos cônjuges a bem da família
IV - que tenha por objeto o reconhecimento, a constituição ou a extinção de ônus sobre imóvel de um ou de ambos os cônjuges.
Representação em juízo de entidades públicas e privadas: art. 75
Consequências do descumprimento para sanar o vício de representação ou incapacidade processual: art. 76 
-Em primeiro grau: Extinção se couber ao autor; Revel se couber ao réu; Terceiro, será revel ou excluído do processo.
-Em grau recursal: Não se conhece do recurso; Desentranhamento das contrarrazões 
Sucessão processual - arts. 108 a 112: sujeito assume a posição de outro na relação jurídica processual.
Espécies: inter vivos ou causa mortis
a) Sucessão por ato inter vivos: estabilização das partes na demanda ou perpetuatio legitimationis. Eventuais mudanças no direito material (alienação) não acarretam alteração de legitimidade (art. 109).
Sucessão voluntária é limitada aos casos legais (art. 108).
Hipótese de sucessão expressa em lei é do art. 109, § 1º: concordância da parte contrária;
Caso não haja concordância, o adquirente ou cessionário poderá intervircomo terceiro (assistente litisconsorcial) art. 109, § 2º. A sentença atingirá às partes e aos que poderiam ter sucedido. Art. 109, § 3º
b) A sucessão causa mortis: é obrigatória. Dar-se-á pelo espólio ou pessoas físicas diretamente. 
Intimação desses para regularização se for parte ativa.
A morte acarreta a suspensão do processo até a regularização ou se for pelos réus de 2 a 6 meses. Art. 313, § 1° e 2°
Sucessão dos Procuradores
Iniciativa da parte: revogação do mandato. Art. 111 
Renúncia pelo advogado: art. 112. deverá comunicar a parte para constituir novo advogado e a representará nos próximos dez dias. 
Morte do procurador: suspende-se o processo para constituição de outro no prazo de 15 dias (art. 313, I e § 3º), sob pena de extinção ou revelia.
LITISCONSÓRCIO: é fenômeno jurídico consistente na pluralidade de partes na relação processual. 
Classifica-se como: litisconsórcio ativo (vários autores), passivo (vários réus) ou misto (pluralidade de autores e réus).
Justificativa do litisconsórcio: economia processual e harmonia dos julgados, pois a sentença irá dispor sobre várias pretensões, há pluralidade de lides e de partes. Há cumulação de ações pela cumulação objetiva.
Quanto aos polos:
-ativo: vários autores
-passivo: vários réus
-misto: se há pluralidade de autores e réus.
Quanto à formação:
-inicial: forma-se contemporaneamente à formação do procedimento no polo ativo ou passivo.
-ulterior: forma-se depois do procedimento instaurado. Ex. denunciação a lide ou pela sucessão processual
Quanto ao objeto litigioso ou situação jurídica substancial:
-unitário: provimento deverá regular de maneira uniforme a situação dos litisconsortes. Ex. obrigação solidária, devedores ou credores solidários. Condôminos.
-simples: a decisão judicial de mérito atingirá de maneira diferente os litisconsortes, constituem-se ações autônomas.
Quanto à obrigatoriedade da formação:
-necessário: indispensável a integração de todos os sujeitos na relação jurídica, em razão da natureza da relação jurídica.
-facultativo: o litisconsórcio pode ou não formar-se. Depende das partes. 
Hipóteses de litisconsórcio e regulação:
Art. 113.  Duas ou mais pessoas podem litigar, no mesmo processo, em conjunto, ativa ou passivamente, quando: I - entre elas houver comunhão de direitos ou de obrigações relativamente à lide; II - entre as causas houver conexão pelo pedido ou pela causa de pedir; III - ocorrer afinidade de questões por ponto comum de fato ou de direito.
Esta hipótese é de litisconsórcio facultativo e decorre de autorização legal.
Hipóteses de limitação do litisconsórcio:
Art. 113: § 1o O juiz poderá limitar o litisconsórcio facultativo quanto ao número de litigantes na fase de conhecimento, na liquidação de sentença ou na execução, quando este comprometer a rápida solução do litígio ou dificultar a defesa ou o cumprimento da sentença. § 2o O requerimento de limitação interrompe o prazo para manifestação ou resposta, que recomeçará da intimação da decisão que o solucionar.
Art. 114.  O litisconsórcio será necessário por disposição de lei ou quando, pela natureza da relação jurídica controvertida, a eficácia da sentença depender da citação de todos que devam ser litisconsortes.
Art. 115.  A sentença de mérito, quando proferida sem a integração do contraditório, será: I - nula, se a decisão deveria ser uniforme em relação a todos que deveriam ter integrado o processo (para o litisconsórcio unitário passivo). II - ineficaz, nos outros casos, apenas para os que não foram citados (para o litisconsórcio necessário simples). P.ú. Nos casos de litisconsórcio passivo necessário, o juiz determinará ao autor que requeira a citação de todos que devam ser litisconsortes, dentro do prazo que assinar, sob pena de extinção do processo.
Art. 116.  O litisconsórcio será unitário quando, pela natureza da relação jurídica, o juiz tiver de decidir o mérito de modo uniforme para todos os litisconsortes.
Art. 117.  Os litisconsortes serão considerados, em suas relações com a parte adversa, como litigantes distintos, exceto no litisconsórcio unitário, caso em que os atos e as omissões de um não prejudicarão os outros, mas os poderão beneficiar.
Art. 118.  Cada litisconsorte tem o direito de promover o andamento do processo, e todos devem ser intimados dos respectivos atos.
INTERVENÇÃO DE TERCEIROS: intervenção voluntária e forçada
CONCEITO DE PARTE: aquele que participa da relação jurídica processual. 
TERCEIROS: não participam da relação jurídica, não formulam pedido ou tem formulado pedido contrário.
ASSISTÊNCIA: o assistente atua em prol do assistido, auxiliando-o para ter benefício direto ou indireto da decisão proferida no processo. A intervenção do assistente no processo não o torna parte, pois não formula pedido ou lhe é formulado pedido contrário.
O pressuposto para a assistência (simples ou litisconsorcial) é o interesse jurídico.
PROCEDIMENTO: A assistência cabe em qualquer procedimento (comum ou especial) em todos os graus desde que seja em processo de conhecimento, não admitida a assistência na fase de cumprimento de sentença ou execução de título extrajudicial.
VEDAÇÃO DA ASSISTÊNCIA EM EXECUÇÃO: a vedação de ingresso em processo que não seja de conhecimento é porque se objetiva na assistência a obtenção de decisão (sentença) favorável.
PRÁTICA DE ATOS: O assistente ingressa no processo e recebe-o no estado que se encontra (art. 119, p.ú), sem possibilidade de repetição de atos já acobertados pela preclusão.
CONTRADITÓRIO: O ingresso do assistente sempre será precedido do contraditório.
ESPÉCIES DE ASSISTÊNCIA: SIMPLES E LITISCONSORCIAL
SIMPLES: relação jurídica distinta entre o assistente e o assistido e seu adversário. São duas relações jurídicas que tem contato (interesse jurídico). A sentença irá atingir por via reflexa ou indireta o assistente.
Exemplo: ação de despejo – relação entre locador e locatário e deste com sublocatário (sublocação consentida) que irá sofrer os efeitos da sentença (por via reflexa).
LITISCONSORCIAL: Há uma relação de direito material.
Exemplo: cobrança de uma dos devedores solidários o outro poderá intervir como assistente (litisconsórcio facultativo).
ATUAÇÃO DO ASSISTENTE (arts. 121 a 124) 
SIMPLES: atua como auxiliar (de forma espontânea) e a atuação do assistido é preponderante, o assistente não pode atuar de forma contrária a este. O assistido pode confessar, desistir ou renunciar.Salvo na hipótese de revelia do assistido em que o assistente pode atuar como seu substituto processual.
LITISCONSORCIAL: atuação como litisconsorte unitário (como parte), será condenado em verbas de sucumbência.
JUSTIÇA DA DECISÃO:
-assistente simples: pode discutir em novo processo a relação ou justiça da decisão.
-assistente litisconsorcial: a coisa julga lhe atinge e não poderá discutir a justiça da decisão.
DENUNCIAÇÃO À LIDE: é modalidade de intervenção de terceiros pela qual o autor ou réu formulam pedido em face de terceiro que irá integrar a lide na qualidade de parte.
Hipóteses de denunciação – art. 125:
-ao alienante imediato, no processo relativo a coisa cujo domínio foi transferido ao denunciante, a fim de que possa exercer os direitos que da evicção lhe resulta e
-aquele que estiver obrigado, pela lei ou pelo contrato, a indenizar, em postulação regressiva, o prejuízo de quem for vencido no processo.
Não é obrigatória.
Posição do denunciado: assume a posição de litisconsorte se concordar com a denunciação
A execução pode voltar-se contra o denunciado, diretamente (no limite da ação de regresso)
Julgamento da denunciação e sucumbência: na mesma sentença julga-se a relação principal e a denunciação. O denunciante arca com os custos da sucumbência em caso de 
CHAMAMENTO AO PROCESSO (art. 130 a 132): intervenção de terceiro pelo qual o réu chama terceiro para integrar a lide na condição de litisconsorte passivo para responsabilização conjunta com o correu.
HIPÓTESES: Solidariedade passiva e Fiança
SENTENÇA: Cria título executivo contra todosos chamados.
INCIDENTE DE DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA - arts. 133 a 137
Incidente para inclusão do sócio ou empresa para serem responsabilizados por ato da sociedade ou do sócio (redirecionamento da execução).
Desconsideração inversa da personalidade jurídica. Cabe em qualquer fase. 
Incidente: prazo de 15 dias para resposta e provas. O incidente será resolvido por decisão interlocutória (cabe recurso de agravo de instrumento). 
Alienação o oneração de bens após a citação no incidente é considerada fraude e não tem eficácia para o processo.
AMICUS CURIAE - Art. 138
Ingressa no processo por iniciativa própria, por provocação de uma das partes, do juiz, para fornecer elementos ao julgador ou Tribunal em vistas de um melhor julgamento para a sociedade e o Estado.
Interesse do amicus curiae é institucional. É o juiz ou o relator que definirá os poderes do amicus curiae no processo. A decisão que o admite é irrecorrível. Não pode recorrer (salvo nos casos de IRDR) 
ATOS PROCESSUAIS: atos praticados pelos atores do processo (partes, juiz e escrivão ou seus auxiliares)
Forma dos atos processuais: não dependem de forma determinada. Os atos são considerados válidos ainda que, realizados de modo diverso, atinjam a sua finalidade. 
Vigora o princípio da liberdade das formas. 
Princípio da publicidade: os atos processuais são públicos, salvo as hipóteses de segredo de justiça. 
Art. 189.Os atos processuais são públicos, todavia tramitam em segredo de justiça os processos: I - em que o exija o interesse público ou social; II - que versem sobre casamento, separação de corpos, divórcio, separação, união estável, filiação, alimentos e guarda de crianças e adolescentes; III - em que constem dados protegidos pelo direito constitucional à intimidade; IV - que versem sobre arbitragem, inclusive sobre cumprimento de carta arbitral, desde que a confidencialidade estipulada na arbitragem seja comprovada perante o juízo. § 1º O direito de consultar os autos de processo que tramite em segredo de justiça e de pedir certidões de seus atos é restrito às partes e aos seus procuradores. § 2º O terceiro que demonstrar interesse jurídico pode requerer ao juiz certidão do dispositivo da sentença, bem como de inventário e de partilha resultantes de divórcio ou separação. 
Para atos e termos do processo deve ser usada a língua portuguesa e eventual documento em língua estrangeira será acompanhado de tradução (por tradutor juramentado – art. 192).
Prática eletrônica de atos processuais:
Os sistemas judiciais eletrônicos devem observar a publicidade dos atos processuais, o acesso as partes e de seus procuradores inclusive nas audiências e sessões de julgamento.
Para a prática de processos eletrônicos, devemos ter a garantia da acessibilidade e disponibilidade do sistema.
As falhas técnicas podem ser motivo para renovação ou prática de atos processuais (programa fora do ar).
Amplo acesso aos advogados e às partes.
Atos das partes (art. 200 a 202): produzem imediatamente a constituição, modificação ou extinção de direitos processuais, ou seja, independem de homologação pelo juiz. 
Apenas a desistência da ação depende de homologação judicial.
Nos processos físicos o CPC define a obrigatoriedade do cartório emitir às partes recibos de petições e outras peças de documentos entregues em cartório.
Cotas marginais ou interlineares: são proibidas e o juiz mandará riscar sob pena de multa de meio salário mínimo.
PRONUNCIAMENTOS DO JUIZ (art. 203 a 205): o juiz profere diversos pronunciamentos alguns com conteúdo decisório outros não (despachos). 
SENTENÇA: pronunciamento por meio do qual o juiz, com fundamento nos arts. 485 e 487, põe fim à fase cognitiva do procedimento comum, bem como extingue a execução. Art. 203, § 1º
DECISÕES INTERLOCUTÓRIAS: decisão interlocutória é todo pronunciamento judicial de natureza decisória que não se enquadre no § 1º . Art. 203, §2o
DESPACHOS: são despachos todos os demais pronunciamentos do juiz praticados no processo, de ofício ou a requerimento da parte. Art. 203, §3º 
ATOS MERAMENTE ORDINATÓRIOS: os atos meramente ordinatórios, como a juntada e a vista obrigatória, independem de despacho, devendo ser praticados de ofício pelo servidor e revistos pelo juiz quando necessário.
ACÓRDÃO: julgamento colegiado proferido pelos tribunais.
DECISÕES MONOCRÁTICAS: pronunciamentos de relatores proferidos isoladamente.
Todas as decisões serão publicadas no Diário da Justiça Eletrônico.
Dos Atos do Escrivão ou do Chefe de Secretaria - art. 206 a 211
Os referidos dispositivos apontam como deve ser a organização do processo pelo escrivão.
Autuação (capa), abertura de processo e volumes.
Na autuação da petição inicial deve constar o juízo, a natureza do processo, o número de seu registro, os nomes das partes e a data de seu início.
Os termos de juntada, vista e conclusão serão datados e rubricadas pelo escrivão ou pelo chefe de secretaria. Os atos das partes serão assinados.
Processos digitais: Os atos orais poderão ser produzidos e armazenados de modo integralmente digital em arquivo eletrônico inviolável ou transcritos por taquigrafia ou estenotipia (processo físico).
Esses atos praticados diante do juiz deverão ser fielmente transcritos, cabe à parte sob pena de preclusão, indicar as imprecisões ou contradições.
ATOS PROCESSUAIS
Tempo dos atos processuais (art. 212 a 216):
-os atos processuais serão praticados nos dias úteis, das 6h às 20 horas de segunda a sexta-feira. 
-não se praticam atos nos feriados forenses que são aqueles fixados em lei, aos sábados, domingos e dias em que não haja expediente.
Exceções: podem ser praticados atos processuais após as 20 horas para conclusão dos atos iniciados antes desse horário, se o adiamento prejudicar a diligência ou causar grave dano.
Podem ser realizados em feriados forenses ou após as 20 horas e antes das 6h, independe de autorização judicial: 
-citações, intimações e penhoras.
-tutelas de urgência
Processos que tramitam durante as férias forenses:
-processos de jurisdição voluntária
-as ações de alimentos e nomeação de curador ou tutor
-outros processos que a lei especificar
Horário para a prática do ato processual pela parte ou interessado:
Por petição, processo físico, pratica-se no horário de funcionamento do fórum ou tribunal conforme a lei de organização judiciária local.
A prática eletrônica dos atos processuais pode ocorrer em qualquer horário até as 24 horas do último dia do prazo.
Lugar dos atos processuais - Art. 217
Os atos processuais devem ser praticados na sede do juízo, como regra geral.
Excepcionalmente, realiza-se em outro local, como deferência
Invalidades/nulidades processuais (art. 276 a 283):
O regime das invalidades está ligado à forma dos atos processuais. 
Requisitos para os atos processuais: ex: requisitos da carta ou mandado de citação, ou o modo como se procedem as intimações das partes.
A forma dos atos não pode se sobrepor ao conteúdo, ou seja, mesmo que não obedecida a forma, se sua finalidade foi atingida, não se decreta a nulidade. Art. 278
A inobservância da forma não gera nulidade, salvo se causar prejuízo às partes.
É o princípio da instrumentalidade das formas ou finalidade ou do prejuízo.
-eficácia: diz respeito às consequências ou efeitos que se espera que um ato jurídico produza.
-existência: o ato deve se revestir de elementos mínimos que permitam enquadrá-lo com a sua descrição abstrata no ordenamento.
-validade: atributo de um ato por estar em conformidade com a ordem jurídica.
Os defeitos processuais são sempre sanáveis no plano da existência ou validade, ou seja, o juiz deverá sempre sanar as nulidades quando não houver prejuízos eliminando seus efeitos.
Nulidades sanáveis: admitem a repetição do ato viciado ou sua desconsideração se não arguidas de plano. Ex: juntada de procuração posterior e prorrogação de competência.
Nulidades insanáveis: não admitem a renovação do ato viciado e que seus efeitos sejam produzidos no processo ou fora dele independentede arguição ou prazo. Ex: incompetência absoluta.
Os atos praticados em desconformidade com o tipo legal (sanáveis ou insanáveis) são viciados e podem ser declarados inválidos, mas se atingida a sua finalidade sem prejuízo às partes o juiz deve aproveitá-los.
O juiz deve pronunciar-se sobre invalidades processuais de ofício (sem ser provocado) e buscar saná-los. É o que se chama de dever-poder geral de saneamento.
O reconhecimento da invalidade pode afetar outros atos processuais, não apenas o ato invalidado. A doutrina denomina de princípio da causalidade, concatenação, isolamento dos atos processuais, pois os atos correlacionam-se entre si. Ex: a sentença depende da correção do procedimento que a antecedeu. 
A ausência de citação afeta o restante dos atos processuais. Parte da sentença é nula se o juiz não analisa um dos pedidos. 
Princípio do aproveitamento dos atos processuais: durante o processo e antes do transito em julgado os atos poderão ser convalidados, com o aproveitamento dos atos praticados.
A decretação da nulidade não pode ser requerida pela parte que lhe deu causa. Após o trânsito em julgado, o tratamento da nulidade é distinto:
Alguns vícios não podem ser arguidos, mesmo que existentes, são convalidados pela coisa julgada.
Vícios que não se convalidam, como aqueles que ensejam a ação rescisória, ação cabível até dois anos após o transito em julgado e contra a sentença viciada.O vício da inexistência nunca se convalida, pois a sentença não transita em julgado.
A COMUNICAÇÃO DOS ATOS PROCESSUAIS – art. 236 a 275
Atos processuais: são cumpridos por ordem judicial e em determinados casos o serão por meio de cartas.
Cartas: são meios que o juízo em que tramita o processo solicita a prática de atos fora dos limites da sua competência ou da jurisdição. Serão eletrônicas, mas poderão ser físicas ou por meio de cooperação (outros meios de comunicação ou solicitação sem a forma da carta).
ESPÉCIES DE CARTAS:
-de ordem: expedida pelo tribunal para a prática de atos perante o juízo de primeiro grau
-precatória: para que se cumpra ou determine o cumprimento do ato por órgão jurisdicional de competência territorial diversa
-rogatória: é dirigida aos órgãos jurisdicional estrangeiro quando necessária a prática de ato de cooperação jurídica internacional ou carta expedida por órgãos jurisdicional estrangeiro para ser cumprida por órgão jurisdicional brasileiro. A cooperação se dá entre os países signatários de tratados ou pelo princípio da reciprocidade
-arbitral: prática de ato por órgão jurisdicional em razão do pedido de cooperação formulado por juízo arbitral inclusive para efetivação de tutela provisória.
REQUISITOS DA CARTA:
Indicação do juízo de origem daquele que deve cumprir o ato e decisão que o determinou com cópia das procurações e o ato processual a ser cumprido e outros documentos necessários para o cumprimento do ato.
PRAZO: para cumprimento da carta é fixado pelo juízo deprecante, pois o processo fica suspenso até o cumprimento do ato e evita a suspensão indefinida do processo.
INTIMAÇÃO: as partes deverão ser intimadas para acompanhar o cumprimento da diligência.
CARÁTER ITINERANTE DA CARTA: poderão ser enviadas pelo juízo deprecado a outro órgão para cumprimento intimando-se o juízo deprecante desta providência.
MODO DE EXPEDIÇÃO: por meio eletrônico, por telefone ou telegrama.
CUMPRIMENTO:
Carta rogatória: se dá por meio do exequatur concedido pelo STJ. Exige-se para cumprimento das cartas o pagamento das custas no juízo de origem. Realizado o ato é devolvido ao juízo de origem.
CITAÇÃO: com a citação a relação jurídica torna-se triangular. O art. 238 define-a como o ato pelo qual são convocados o réu, o executado ou o interessado para integrar a relação processual. Permite o exercício do contraditório.
O art. 239 estabelece que a citação é requisito de validade do processo. Trata-se, no entanto, de requisito de existência e sua ausência ou irregularidade é vício gravíssimo que não se convalida nem após o trânsito em julgado.
EFEITOS DA CITAÇÃO:
Art. 240
-induz litispendência: quando se repete ação que está em curso e só se a considera após a citação
-torna litigiosa a coisa: após a citação a parte não pode promover a alteração da coisa que é objeto do litígio 
-constitui em mora o devedor nas obrigações decorrente de ato ilícito, incidindo a partir daí os juros de mora
-interrompe o prazo prescricional: a determinação da citação mesmo que seja efetuada por juízo incompetente interrompe e retroage à data da propositura da ação
Comparecimento espontâneo do réu: supre a falta ou citação regular fluindo a partir daí o prazo para contestar ou embargar a execução. Art. 239 § 1º
Características da citação: é sempre pessoal ao réu. Art. 242
Exceções: pode receber citação o mandatário com poderes especiais; preposto ou gerente (art. 242 § 1º).
Processos incidentais (ex. reconvenção, embargos de terceiro) a citação é efetuada na pessoa do procurador do autor.
Local onde se realiza a citação: onde o réu for encontrado, mas é ônus do autor apontar o endereço do réu para citação na petição inicial. Art. 243.
Circunstâncias em que a citação não se realiza: 
-por respeito à dignidade humana: réu assistindo a culto, velório ou após a morte de parente até 7 dias, casamento até 3 dias. Art. 244
-impossibilidade física ou mental do citado: não terá a citação ou por meio de curador. Art. 245
MODALIDADES DE CITAÇÃO
Citação real (certeza da comunicação ao réu):
-citação pelo correio com AR
-citação por oficial de justiça
-citação pelo escrivão ou chefe da secretaria
-citação por meio eletrônico. Art. 246
Citação ficta (não há certeza da comunicação):
-citação por edital: réu está em local ignorado ou de difícil acesso. Afirmação do autor na inicial (pena de multa de 5 salários mínimos). Deve-se esgotar as possibilidades de citação real. Publicação na internet com prazo de 20 a 60 dias para fluir prazo da contestação. Art. 256
-citação por hora certa: procurado 2 vezes com suspeita de ocultação para frustrar a citação. Art. 252. Art. 246. § 1º
-citação eletrônica: grandes e médias empresas. Art. 248.
União, Estados, Municípios e entidades da administração indireta.
-citação pelo correio: §2º para pessoa jurídica é válida a citação ao gerente com poderes, administrador ou funcionário responsável pelo recebimento da correspondência. §4º Nos condomínios edilícios ou loteamentos com controle de acesso, é válida a citação ao funcionário da portaria, mas poderá recusar o recebimento se declarar por escrito que o destinatário está ausente.
PRAZOS EM GERAL: concretizam o devido processo legal, considerando-se a noção de que o processo deve “seguir” até a sentença.
Prazos processuais: os atos devem ser praticados dentro de um determinado período, sob pena de não poder ser praticado (preclusão temporal).
Termo inicial ou dies a quo ou termo final dies ad quem.
Jurisprudência cogitava da intempestividade por prematuridade, os atos praticados antes do início do prazo eram considerados extemporâneos.
Art. 218, §3º: Será considerado tempestivo o ato praticado antes do termo inicial do prazo.
Forma da contagem dos prazos:
-minutos: ex - razões finais orais em audiência – 20 min. art. 364
-horas: ex - carga dos autos para cópia de 2 a 6 horas. Art. 107, § 3º. 
-dias: ex - contestação – art. 335. (15 dias apenas os úteis - art. 219). Exclui-se o dia do começo e inclui-se o do final.
-meses: ex - suspensão do processo pelas partes, máximo de 6 meses. Ex. art. 313, II e § 4º. 
-anos: ex - 2 anos para ingressar com ação rescisória. Art. 975. 
Classificação dos prazos processuais: art. 218
-prazos legais: definidos pela lei. Ex. prazo para contestar, recorrer.
-prazos judiciais: definidos pelo juiz em caso de omissão da lei. 
-prazos convencionais: partes convencionam. 
Lei e juiz não fixam prazos, mas em regra são 5 dias.
Prazo para comparecer em juízo: 48 horas.
Calendarização: art. 191: “De comum acordo, o juiz e as partes podem fixar calendáriopara a prática dos atos processuais, quando for o caso. § 1º O calendário vincula as partes e o juiz, e os prazos nele previstos somente serão modificados em casos excepcionais, devidamente justificados. § 2º Dispensa-se a intimação das partes para a prática de ato processual ou a realização de audiência cujas datas tiverem sido designadas no calendário.
-prazos dilatórios: podem ser alterados pelas partes e pelo juiz.
-prazos peremptórios: não podem ser alterados pelo juiz ou partes. 
Podem ser alterados com a concordância das partes.
-prazos próprios: a inobservância acarreta consequência negativa, ou a preclusão temporal. Ex: prazos para as partes.
-prazos impróprios: não acarretam consequências. Ex: prazo para o juiz.
Regra de contagem dos prazos processuais: início do prazo. 
Art. 224.  Salvo disposição em contrário, os prazos serão contados excluindo o dia do começo e incluindo o dia do vencimento.§ 1o Os dias do começo e do vencimento do prazo serão protraídos para o primeiro dia útil seguinte, se coincidirem com dia em que o expediente forense for encerrado antes ou iniciado depois da hora normal ou houver indisponibilidade da comunicação eletrônica. § 2o Considera-se como data de publicação o primeiro dia útil seguinte ao da disponibilização da informação no Diário da Justiça eletrônico. § 3o A contagem do prazo terá início no primeiro dia útil que seguir ao da publicação.
Art. 231. Salvo disposição em sentido diverso, considera-se dia do começo do prazo: I - a data de juntada aos autos do aviso de recebimento, quando a citação ou a intimação for pelo correio, II - a data de juntada aos autos do mandado cumprido, quando a citação ou a intimação for por oficial de justiça, III - a data de ocorrência da citação ou da intimação, quando ela se der por ato do escrivão ou do chefe de secretaria, IV - o dia útil seguinte ao fim da dilação assinada pelo juiz, quando a citação ou a intimação for por edital, V - o dia útil seguinte à consulta ao teor da citação ou da intimação ou ao término do prazo para que a consulta se dê, quando a citação ou a intimação for eletrônica, VI - a data de juntada do comunicado de que trata o art. 232 ou, não havendo esse, a data de juntada da carta aos autos de origem devidamente cumprida, quando a citação ou a intimação se realizar em cumprimento de carta, VII - a data de publicação, quando a intimação se der pelo Diário da Justiça impresso ou eletrônico, VIII - o dia da carga, quando a intimação se der por meio da retirada dos autos, em carga, do cartório ou da secretaria§ 1o Quando houver mais de um réu, o dia do começo do prazo para contestar corresponderá à última das datas a que se referem os incisos I a VI do caput. § 2o Havendo mais de um intimado, o prazo para cada um é contado individualmente. § 3o Quando o ato tiver de ser praticado diretamente pela parte ou por quem, de qualquer forma, participe do processo, sem a intermediação de representante judicial, o dia do começo do prazo para cumprimento da determinação judicial corresponderá à data em que se der a comunicação. § 4o Aplica-se o disposto no inciso II do caput à citação com hora certa. 
Art. 232. Nos atos de comunicação por carta precatória, rogatória ou de ordem, a realização da citação ou da intimação será imediatamente informada, por meio eletrônico, pelo juiz deprecado ao juiz deprecante. 
PRAZO PARA RESPOSTA: 15 dias (prazos contam-se em dias úteis art. 219)
Termo inicial: art. 335: I- da audiência de conciliação ou de mediação, ou da última sessão de conciliação, quando qualquer parte não comparecer ou, comparecendo, não houver autocomposição II- do protocolo do pedido de cancelamento da audiência de conciliação ou de mediação apresentado pelo réu, quando ocorrer a hipótese do art. 334, § 4o, inciso IIII- prevista no art. 231, de acordo com o modo como foi feita a citação, nos demais casos
ASPECTOS ECONÔMICOS E ÉTICOS DO PROCESSO: art. 82. Incumbe às partes prover as despesas dos atos que realizarem ou requererem no processo, antecipando-lhes o pagamento, desde o início até a sentença final ou, na execução, até a plena satisfação do direito reconhecido no título. § 1o Incumbe ao autor adiantar as despesas relativas a ato cuja realização o juiz determinar de ofício ou a requerimento do Ministério Público, quando sua intervenção ocorrer como fiscal da ordem jurídica. § 2o A sentença condenará o vencido a pagar ao vencedor as despesas que antecipou.
CAUÇÃO PARA O LITÍGIO: art. 83: O autor, brasileiro ou estrangeiro, que residir fora do Brasil ou deixar de residir no país ao longo da tramitação de processo prestará caução suficiente ao pagamento das custas e dos honorários de advogado da parte contrária nas ações que propuser, se não tiver no Brasil bens imóveis que lhes assegurem o pagamento. § 1o Não se exigirá a caução de que trata o caput: I- quando houver dispensa prevista em acordo ou tratado internacional de que o Brasil faz parte; II- na execução fundada em título extrajudicial e no cumprimento de sentença; III- na reconvenção.
DESPESAS E CUSTAS: art. 84: As despesas abrangem as custas dos atos do processo, a indenização de viagem, a remuneração do assistente técnico e a diária de testemunha.
HONORÁRIOS: art. 85.  A sentença condenará o vencido a pagar honorários ao advogado do vencedor. § 1o São devidos honorários advocatícios na reconvenção, no cumprimento de sentença, provisório ou definitivo, na execução, resistida ou não, e nos recursos interpostos, cumulativamente. § 2o Os honorários serão fixados entre o mínimo de dez e o máximo de vinte por cento sobre o valor da condenação, do proveito econômico obtido ou, não sendo possível mensurá-lo, sobre o valor atualizado da causa, atendidos: I - o grau de zelo do profissional; II - o lugar de prestação do serviço; III - a natureza e a importância da causa; IV - o trabalho realizado pelo advogado e o tempo exigido para o seu serviço.
DEVERES DAS PARTES E DOS PROCURADORES: art. 77.  Além de outros previstos neste Código, são deveres das partes, de seus procuradores e de todos aqueles que de qualquer forma participem do processo: I - expor os fatos em juízo conforme a verdade; II - não formular pretensão ou de apresentar defesa quando cientes de que são destituídas de fundamento; III - não produzir provas e não praticar atos inúteis ou desnecessários à declaração ou à defesa do direito; IV - cumprir com exatidão as decisões jurisdicionais, de natureza provisória ou final, e não criar embaraços à sua efetivação; V - declinar, no primeiro momento que lhes couber falar nos autos, o endereço residencial ou profissional onde receberão intimações, atualizando essa informação sempre que ocorrer qualquer modificação temporária ou definitiva; VI - não praticar inovação ilegal no estado de fato de bem ou direito litigioso. § 1o Nas hipóteses dos incisos IV e VI, o juiz advertirá qualquer das pessoas mencionadas no caput de que sua conduta poderá ser punida como ato atentatório à dignidade da justiça. § 2o A violação ao disposto nos incisos IV e VI constitui ato atentatório à dignidade da justiça, devendo o juiz, sem prejuízo das sanções criminais, civis e processuais cabíveis, aplicar ao responsável multa de até vinte por cento do valor da causa, de acordo com a gravidade da conduta. § 3o Não sendo paga no prazo a ser fixado pelo juiz, a multa prevista no § 2o será inscrita como dívida ativa da União ou do Estado após o trânsito em julgado da decisão que a fixou, e sua execução observará o procedimento da execução fiscal, revertendo-se aos fundos previstos no art. 97. § 4o A multa estabelecida no § 2o poderá ser fixada independentemente da incidência das previstas nos arts. 523, § 1o, e 536, § 1o. § 5o Quando o valor da causa for irrisório ou inestimável, a multa prevista no § 2opoderá ser fixada em até 10 (dez) vezes o valor do salário-mínimo. § 6o Aos advogados públicos ou privados e aos membros da Defensoria Pública e do Ministério Público não se aplica o disposto nos §§ 2o a 5o, devendo eventual responsabilidade disciplinar serapurada pelo respectivo órgão de classe ou corregedoria, ao qual o juiz oficiará. § 7o Reconhecida violação ao disposto no inciso VI, o juiz determinará o restabelecimento do estado anterior, podendo, ainda, proibir a parte de falar nos autos até a purgação do atentado, sem prejuízo da aplicação do § 2o. § 8o O representante judicial da parte não pode ser compelido a cumprir decisão em seu lugar.
Art. 78.  É vedado às partes, a seus procuradores, aos juízes, aos membros do Ministério Público e da Defensoria Pública e a qualquer pessoa que participe do processo empregar expressões ofensivas nos escritos apresentados. § 1o Quando expressões ou condutas ofensivas forem manifestadas oral ou presencialmente, o juiz advertirá o ofensor de que não as deve usar ou repetir, sob pena de lhe ser cassada a palavra. § 2o De ofício ou a requerimento do ofendido, o juiz determinará que as expressões ofensivas sejam riscadas e, a requerimento do ofendido, determinará a expedição de certidão com inteiro teor das expressões ofensivas e a colocará à disposição da parte interessada.
Processo: concepção tradicional e atual. Método de atuação do Estado para resolução dos conflitos. 
Procedimento: forma específica de manifestação dos atos processuais no tempo.
Procedimento comum
Procedimentos especiais.
Processo de conhecimento
Neste processo o juiz realiza ampla cognição, analisa os fatos e argumentos de direito trazido pelas partes. Deverá conhecer a lide para formar sua convicção (se os fatos ocorreram conforme narrado pelo autor ou réu) e aplicar o direito material. Acolhe ou não a pretensão do autor na sentença.
No processo de conhecimento a cognição é exauriente (aprofundada) em todos os aspectos.
Processo de conhecimento tem como objetivo a sentença de mérito que irá resolver o conflito. Esta sentença tem aptidão para produzir a coisa julgada.
Distinção com o processo de execução
Divisão didática do processo de conhecimento
FASE POSTULATÓRIA: petição inicial, defesa do réu e outros comportamentos
FASE ORDINATÓRIA (SANEADORA): providencias preliminares e saneamento do processo
FASE INSTRUTÓRIA: meios de prova disciplinado pelo CPC: depoimento pessoal, confissão, exibição de documento ou coisa, prova documental, testemunhal, pericial, inspeção judicial. Outros meios.
FASE DECISÓRIA: sentenças processuais e sentenças de mérito
Coisa julgada
PRINCÍPIOS 
CONTRADITÓRIO - NCPC art. 7º e 10.
INICIATIVA DA PARTE - NCPC art. 2º.
IMPULSO OFICIAL - NCPC art. 2º 
RAZOAVEL DURAÇÃO DO PROCESSO - CF art. 5º LXXVIII e art. 4º do NCPC
EFETIVIDADE DO PROCESSO - CF art. 5º XXXV
VEDAÇÃO DAS PROVAS ILÍCITAS - NCPC art. 369 
ORALIDADE E IMEDIAÇÃO - NCPC art. 361.
CORRESPONDÊNCIA (CONGRUÊNCIA) - NCPC art. 141 e 492.
ORDEM CONSECUTIVA LEGAL (preclusão) - NCPC art. 507.
PRECLUSÃO: veda a prática de algum ato processual pelo transcurso de um prazo processual (temporal), pela sua prática incorreta (consumativa) ou prática de ato incompatível com ato praticado anteriormente (lógica)

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