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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DO TRABALHO DA ___ VARA DO TRABALHO DE CAMPO GARNDE, NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO.
JOANA DAR´C, brasileira, casada, recepcionista, portadora do RG nº. 000000000/RJ, inscrita no CPF sob o nº. 000.000.000-00, CTPS nº. 000000, série 003-0, RJ, PIS/PASEP nº. 0000000000 residente e domiciliada na Rua Acolá, CAMPO GARNDE-RJ, CEP 000000000, vem, perante Vossa Excelência, por intermédio de sua advogada que esta subscreve (procuração em anexo), com endereço profissional na Rua Francisco Segundo da Costa, 77 – Sala 10 – bairro Recreio-RJ, CEP 60.811-650, onde recebe intimações e notificações do feito e endereço eletrônico gaabriella.monteiro@gmail.com, com fulcro no artigo 840 c/c artigo 852-A, propor a presente: 
RECLAMAÇÃO TRABALHISTA
Pelo rito sumaríssimo, em face de ACADEMIA NUMBER ONE , Pessoa Jurídica de Direito Privado, inscrita no CNPJ sob o nº. 0000000000, estabelecida na Av. CARMEM N°2.400, CEP 60.833-272, pelas razões de fato e de direito a seguir expostas.
DA GRATUIDADE DA JUSTIÇA
A reclamante requer os benefícios da justiça gratuita por não ter condições de arcar com as despesas decorrentes do processo sem prejuízo próprio, nos termos do artigo 790, § 3º da CLT.
DA ADMISSÃO E DA JORNADA DE TRABALHO
A reclamante foi admitida para o cargo de recepcionista em 10 de Janeiro de 2018, recebendo o salário de R$ 800,00 (oitocentos e cinquenta reais), sem ter sua Carteira de Trabalho assinada, laborando da seguinte forma:
· De segunda-feira à sexta-feira das 13:00 às 21:00 horas;
Perfazendo uma jornada semanal de 30 horas,.
DO VÍNCULO EMPREGATÍCIO
A CLT, em seu artigo 3º, estabelece que:
Art. 3º - Considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário.
Conforme o dispositivo, diante das fotos e publicações em redes sociais anexadas, que mostram a reclamante no local de trabalho desde janeiro de 2018, e com base na jornada de trabalho supramencionada, fica clara existência dos pressupostos da pessoalidade, da não eventualidade, da onerosidade e da subordinação jurídica.
Mesmo sem ter a sua Carteira de Trabalho devidamente assinada, a reclamante prestou seus serviços conforme as formas de labor mencionadas.
DO RECONHECIMENTO DA DEMISSÃO
Em 17 de fevereiro de 2019, recebeu uma ligação de sua superior hierárquica, pedindo para que ela retornasse as suas atividades laborativas, devido ao grande volume de trabalho que estava acumulado, porém a RECLAMANTE recusou voltar, pois estava no seu período de licença maternidade, foi quando a RECLAMADA a demitiu imotivadamente , por meio de uma ligação telefônica não tendo o mínimo de respeito e compreensão por sua subordinada, haja vista que a RECLAMADA estava em pleno gozo de seu direito.
Dessa forma, requer seja reconhecida a demissão, dando direito à reclamante ao pagamento de todas as verbas rescisórias consoantes à demissão sem justa causa, entre outros direitos a serem elencados mais adiante, a saber: aviso prévio indenizado proporcional ao tempo de serviço; férias proporcionais + 1/3; 13º salário proporcional; FGTS + 40%; liberação das guias do seguro-desemprego; multa do art. 477 da CLT; assinatra da CTPS e estabilidade gestante.
DA ESTABILIDADE GESTANTE
A RECLAMANTE descobriu que estava grávida em 13 de Maio de 2018 (resultado do exame em anexo) e comunicou verbalmente à RECLAMADA a alguns dias após a descoberta.
A estabilidade provisória da gestante é um instituto social que visa proteger a gestação em todos os aspectos, sendo garantida pela Constituição Federal no artigo 7º, inciso I, bem como no artigo 10, inciso II, alínea b do ADCT, in verbis:
Constituição Federal
Art. 7º - São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social:
I - relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa causa, nos termos de lei complementar, que preverá indenização compensatória, dentre outros direitos;
Ato das Disposições Constitucionais Transitórias - ADCT
Art. 10 - Até que seja promulgada a lei complementar a que se refere o art. 7º, I, da Constituição:
II - fica vedada a dispensa arbitrária ou sem justa causa:
b) da empregada gestante, desde a confirmação da gravidez até cinco meses após o parto.
Resta evidente que a reclamante faz jus à estabilidade gestante, já que a gravidez adveio no curso do contrato de trabalho. Esse é o entendimento corroborado constantemente em nossos tribunais:
GESTANTE. AVISO PRÉVIO. ESTABILIDADE PROVISÓRIA RECONHECIDA. Segundo o art. 391-A da CLT -a confirmação do estado de gravidez advindo no curso do contrato de trabalho, ainda que durante o prazo do aviso prévio trabalhado ou indenizado, garante à empregada gestante a estabilidade provisória prevista na alínea b do inciso II do art. 10 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias. - (Lei 12.812/2013 - art. 1º). (TRT-1 - RO: 75120125010023 RJ, Relator: Patricia Pellegrini Baptista Da Silva, Data de Julgamento: 18/06/2013, Nona Turma, Data de Publicação: 01-08-2013).
Dessa forma, a reclamante faz jus à reintegração ao trabalho.
DA INDENIZAÇÃO SUBSTITUTIVA EM DECORRÊNCIA DA QUEBRA DE ESTABILIDADE
Embora faça jus a reclamante à reintegração ao trabalho, entende-se que, no caso em questão, essa medida não é recomendável.
Desse modo, retorná-la ao local de trabalho para ter convívio diário com a sua superior hierárquica, traria a ela ainda mais sofrimento psicológico, assim, vê-se aconselhável a conversão da reintegração em indenização substitutiva do período de estabilidade provisória.
Neste sentido, é o entendimento do Tribunal Superior do Trabalho:
RECURSO DE REVISTA. GESTANTE. ESTABILIDADE PROVISÓRIA. RECUSA EM VOLTAR AO EMPREGO. INDENIZAÇÃO DEVIDA. A jurisprudência desta Corte pacificou o entendimento no sentido de que a negativa da trabalhadora gestante em retornar ao emprego não inviabiliza o direito à indenização decorrente da estabilidade do art. 10, II, b, do ADCT. A garantia provisória de emprego assegurada constitucionalmente tem como pressuposto a confirmação da gravidez e visa proteger a maternidade e o nascituro, sendo irrelevante que a empregada tenha recusado a oferta da empresa. Ademais, considerando o imperativo do princípio da irrenunciabilidade dos direitos trabalhistas, sabe-se que a renúncia tem sua aplicação limitada nesta justiça especializada, não sendo razoável interpretar a recusa da empregada em voltar ao emprego como renúncia ao direito à estabilidade provisória. Precedentes. Recurso de revista conhecido e provido. (TST - RR: 1300673320135130027, Relator: Delaíde Miranda Arantes, Data de Julgamento: 29/04/2015, 2ª Turma, Data de Publicação: DEJT 08/05/2015). (Grifo nosso)
Diante dos fatos e dos entendimentos sedimentados nas Cortes Superiores, é sadio o direito da reclamante em requerer a indenização substitutiva, ao invés da reintegração ao trabalho.
DO AVISO PRÉVIO
Como a RECLAMANTE trabalhou para a RECLAMADA durante 1ano e 1mês, faz jus a 30 dias de aviso prévio indenizado proporcional ao tempo de serviço, conforme regulamentação da Lei 12.506/11, na importância de R$ 800 (oitocentos reais) 
DO SALDO SALÁRIO
A RECLAMANTE faz jus ao pagamento do salário do mês de Março, abril, maio e junho de 2019, R$ 4.000,00 (quatro mil reais).
DAS FÉRIAS ADQUIRIDAS + 1/3
Por ter trabalhado de 10 janeiro de 2018 a 17 de fevereiro de 2019, a RECLAMANTE faz jus as férias relativas ao período aquisitivo de 2018-2019 , no valor de R$ 1.067,00 (mil e sessenta e sete reis) conforme artigo 130 da CLT.
DO DÉCIMO TERCEIRO SALÁRIO PROPORCIONAL
A gratificação natalina é uma garantia constitucional assegurada pelo artigo 7º, inciso VII, da Carta Magna brasileira.
Havendo extinção do contrato de trabalho antes do pagamento da referida gratificação, o empregador fica obrigado a pagá-la proporcionalmente aos meses de serviço, conforme artigo 3º, da Lei 4.090/62. Por isso a RECLAMANTE faz juz a 5/12 referente ao ano de 2019 do décimoterceiro salário proporcional.
DO FGTS
Em que pese a RECLAMANTE ter trabalhado de Janeiro de 2018 a fevereiro de 2019 sem carteira assinada, fica claro que a reclamada não efetuou o depósito do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço durante todo o período supracitado.
Desta feita, é de imprescindível que a RECLAMADA efetue os depósitos na conta do FGTS da RECLAMANTE, ou, caso não o faça, que pague uma indenização substitutiva em decorrência da falta dos depósitos.
Ademais, é devida a multa de 40% do FGTS em decorrência da demissão sem justa causa.
seus direitos trabalhista e evitar problemas posteriores.
o caso, com base nos princípios da razoabilidade e proporcionalidade.
DOS PEDIDOS
Diante do exposto, respeitosamente, requer:
a) Seja deferido o benefício da assistência judiciária gratuita, por não ter a RECLAMANTE condições de suprir com as despesas do processo sem prejuízo próprio;
b) Seja notificado a reclamada para, querendo, comparecer à audiência designada e contestar, sob pena de revelia e confissão ficta da matéria dos fatos;
c) Seja reconhecido o vínculo empregatício entre as partes desde 10 de janeiro de 2018 a 10 de junho 2019;
d) Seja reconhecida a demissão sem justa causa;
e) Seja reconhecida a estabilidade gestante provisória da reclamante e o seu direito à reintegração ao trabalho;
f) Seja a reclamada condenada ao pagamento da indenização substitutiva pela quebra da estabilidade gestante pelo período da descoberta da gravidez, em 13/05/2018, até cinco meses após o parto, configurando 13 meses de salário, no valor de R$ 10.400,00 (dez mil e quatrocentos reais)
g) Seja a reclamada condenada ao pagamento das seguintes verbas contratuais e rescisórias:
- Aviso Prévio Indenizado
R$ 800,00
- Saldo Salário
R$ 4.000,00
Férias adquiridas + 1/3
R$ 1.067,00
13º proporcional de 2019
R$ 333,30
FGTS + 40%
R$ 1.164,8
Total
R$ 7.365,10
h) A liberação das guias do seguro-desemprego, conforme Súmula 389 do TST;
i) Seja ao final julgada procedente a presente reclamatória trabalhista, condenando a RECLAMADA ao pagamento das verbas pleiteadas, acrescidas de juros de mora e correção monetária.
Protesta provar o alegado por todos os meios de provas admitidas em direito.
Dá-se à causa o valor de R$ 17.765,10 (dezessete mil reais e setecentos e sessenta e cinco reais e dez centavos).
Nestes Termos,
Pede deferimento.
Rio de Janeiro, 26 de fevereiro de 2019
Gabriella Pereira Monteiro
Advogado OAB/RJ nº.xxxxxx

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