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FACULDADE UNIP – JUNDIAÍ/SP 1 UNIVERSIDADE PAULISTA CURSO DE ENGENHARIA MECÂNICA ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA (APS) CARRO PROPULSÃO A AR COMPRIMIDO Leonardo Cesar Paturca Martins RA: D4501E-7 Samuel Costa da Silva RA: D3974H-5 Thais Aparecida Elizeu Dias RA: N1475A-1 Thiago Andrade de Sousa RA: D39505-0 Wallace Orlato Oliveira RA: D259FF-6 Welington Sena Sousa RA: D38662-0 Wilton da Silva Farias RA: T3476C2 FACULDADE UNIP – JUNDIAÍ/SP 2 CARRO PROPULSÃO A AR COMPRIMIDO Projeto APS – Carro Propulsão a Ar Comprimido apresentado, à Faculdade UNIP Jundiaí. Orientador(a): Prof(a). (Dr./Ms./Esp.) Ms. Amanda Lucena FACULDADE UNIP – JUNDIAÍ/SP 3 CARRO PROPULSÃO A AR COMPRIMIDO RESUMO Tal pesquisa visa projetar e construir um carro que seja tracionado a partir do mecanismo de propulsão a ar comprimido, como meio de trabalho, sendo a resposta da antítese do impacto do uso de combustíveis fósseis, através do uso de fontes de energia renováveis. Palavras-chave: Projetar e construir, carro de propulsão a ar comprimido, fontes de energia renováveis. FACULDADE UNIP – JUNDIAÍ/SP 4 CAR COMPRESSED AIR PROPULSION Abstract This research aims to design and build a car that is driven from the compressed air propulsion mechanism as a means of work, being the antithesis response of the impact of the use of fossil fuels through the use of renewable energy sources. Keywords: Design and build, compressed air propulsion car, renewable energy sources. FACULDADE UNIP – JUNDIAÍ/SP 5 SUMÁRIO RESUMO .............................................................................................................2 ABSTRACT............................................................................................................4 1. INTRODUÇÃO ......................................................................................................6 2. OBJETIVOS...........................................................................................................7 3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA.....................................................................................8 4. DESENVOLVIMENTO TÉORICO.............................................................................11 5. ETAPAS DE CONSTRUÇÃO..................................................................................12 6. CONCLUSÃO........................................................................................................13 ANEXOS................................................................................................................18 REFERÊNCIAS.........................................................................................................19 FACULDADE UNIP – JUNDIAÍ/SP 6 I- INTRODUÇÃO Partindo da premissa de que os combustíveis fósseis atendem a maior demanda de energia e que tais combustíveis estão esgotando rapidamente, além de protagonizar problemas globais como o efeito estufa, depleção da camada de ozônio, chuvas ácidas e poluição, colocando em risco nosso planeta. Essa problematização tem levado fabricantes a desenvolver carros com fontes de energia alternativas, uma possível alternativa é o carro movido a ar comprimido, já que o ar é abundantemente disponível, livre de poluição e pelo fato de que pode ser comprimido a pressões elevadas com baixo custo. O ar comprimido é utilizado em aplicações pneumáticas ao longo do tempo, tendo como exemplos os motores a ar, pneumáticos, atuadores, usados também para impulsionar o torque inicial de veículos. Utilizado desde o dia 19 do século X como fonte de energia para locomotivas das minas e, anteriormente, sendo instrumento de propulsão naval, o ar comprimido é, ainda hoje, uma excelente alternativa em veículos, quando comparados a veículos com motores de combustão normal, além de ser abundante, econômico, transportável, armazenável e, o que é ainda mais importante, não é poluente, além de redução de custos na produção de veículos, devido ao fato de não haver necessidade de sistema de refrigeração, velas e ignição, não é inflamável, a vida útil do motor é mais longa, os tanques usados em veículos à ar comprimido podem ser reciclados e com menos contaminação que as baterias. O reabastecimento de veículos movidos a ar comprimido pode ser realizado a compressores de ar ou em estações de serviço, isso além da necessidade de serem mais leves, o que resultaria em um menor desgaste nas estradas, sem contar que o abastecimento de veículos movidos a ar pode ser mais barato que os atuais. Um pouco sobre as engrenagens e o ar comprimido Por mais de meio século, a locomotiva movida a ar foi indicada como o principal meio de transporte devido a sua simplicidade, segurança, economia e limpeza. Em meados de 1980 à 1990, foram construídos os primeiro motores de ar para uso diário metropolitano experimental, na cidade de Nova Iorque, uma estação de compressão foi construída para o uso de locomotivas que passavam por testes em rotas diárias. FACULDADE UNIP – JUNDIAÍ/SP 7 Locomotivas de mineração movidas a ar foram fabricadas por empresas de locomotiva a vapor. Quando William Lawrence Saunders faleceu, ao fim da segunda guerra mundial, o termo “air engine, ou motor a ar, desapareceu dos livros de engenharia. Motores a gás foram aperfeiçoados, enaltecendo a indústria de petróleo assim como a de gás, já que era mais barato. Assumiu então Ingersoll-Rand, diminuindo o interesse por carros movidos a ar. Em publicação oficial da Ingersoll-Rand como a maior corporação de ar comprimido do mundo, a revista Compressed Air, cresceu elegantemente distante do ar comprimido e quase nunca mencionou carros, amparado na abundância do óleo estava em pleno andamento. Com a chegada da escassez do petróleo na década de 1970, reacendeu o interesse por carros movidos a ar comprimido, mesmo com os inúmeros modelos patenteados de carros convencionais, híbridos, de ciclo fechado e ar livre, bem como conversões para motores existentes. II- DESENVOLVIMENTO DO PROTÓTIPO Uma vez que o desenvolvimento teórico fora consolidado com sessões de brainstorming com a equipe para definição do escopo do projeto, passamos à fase de cálculos. Considerando quesitos técnicos foram avaliados os pontos nos quais nos possibilitariam maior utilização do fluido em relação ao volume disponível nos recipientes, nesta fase pudemos definir qual seria o nosso volume teórico de fluido e executamos uma simulação do carrinho em movimento e do fluído em vazão e relacionando o peso e a possível estrutura mecânica, realiza-se qual a possível distância que o carrinho poderia percorrer. Com um croqui em mente passamos à fase de modelagem, utilizando o software SolidWorks pudemos estabelecer um modelo 3D previsto para a posteriormontagem dos componentes, aqui conseguimos prever possíveis folgas e demais imperfeições na montagem das peças como chassis, rodas, bloco de válvula, etc. Esta fase teve extrema importância para otimização dos recursos e aplicação mecânica das partes. FACULDADE UNIP – JUNDIAÍ/SP 8 É claro que o software nos possibilitou melhor visualização e teve extrema influência no processo criativo, contudo, o modelo 3D serve apenas de base para prevenção de possíveis falhas e visualização holística do projeto. Com isso em mente inicia-se a fase de criação dos desenhos detalhados das peças: os desenhos técnicos com supressão de vistas servem para futura usinagem dos diferentes componentes mecânicos, com isto tivemos mais um desenvolvimento teórico com adição dos quesitos mecânicos de montagem considerando tolerâncias geométricas e dimensionais. Imagem obtida através do software SolidWorks CHASSI Um dos grandes desafios dos veículos com propulsão a ar está na sua autonomia, pois mesmo com uma grande capacidade de deslocamento apenas com o disponível no sistema de armazenamento eleva o seu custo demasiadamente, tornando inviável a sua construção. Como a energia necessária para a locomoção de um veículo é diretamente proporcional ao seu peso, à utilização de materiais com baixa massa específica em sua construção pode reduzir drasticamente o seu peso total, consequentemente elevando sua autonomia a valores consideráveis, além de aumentar a sua eficiência energética, pois para um mesmo deslocamento uma quantidade de energia bem menor é utilizada. FACULDADE UNIP – JUNDIAÍ/SP 9 As dimensões utilizadas na projeção do carro a propulsão a ar são de 400 mm de comprimento, 120 mm de largura e com um entre eixos de 320 mm (distância entre a roda dianteira e traseira). Não há restrição de massa, mas procuramos em obter a melhor relação de resistência mecânica / massa total, facilidade de confeccionar e montar as partes a um custo baixo, sendo que a melhor opção foi construir o chassi em perfil de alumínio em “L” de 1/2” de altura e largura e 1/16” de espessura, e realizar as fixações através de parafusos M4 e rebites pop de 1/8’’, além do uso de nylon para o bloco de válvulas. As rodas terão diâmetro de 30 mm e serão de alumínio e contaram com o uso de rolamentos afim de minimizar o atrito e proporcionar um maior deslocamento. Será utilizado também um sistema de registros, engastes pneumáticos e mangueiras PU 6mm para que ocorra o abastecimento do reservatório e a liberação da vazão do ar comprimido para a propulsão. Todas as dimensões do modelo 3D da estrutura do chassi estão disponíveis em anexo. Após a definição do projeto final, extração dos desenhos detalhados das partes do carrinho a partir do modelo 3D e aquisição dos materiais especificados em projeto, iremos iniciar as usinagens necessárias procurando seguir uma ordem pré-definida, a fim de facilitar os ajustes que se apresentem durante o processo. Para a usinagem dos componentes do carrinho, serão utilizados, mediante disponibilidade, as seguintes máquinas ferramentas e ferramentas. Máquinas ferramentas: fresadora ferramenteira, torno mecânico horizontal, furadeira de coluna e/ou furadeira manual. Ferramentas: fresas de topo (diâmetro mediante disponibilidade), ferramentas de torno (mediante disponibilidade), brocas (definidas pelo projeto e disponibilidade), lima chata mursa (eliminação de rebarbas oriundas da usinagem), macho M4, escareador, arco de serra. Outros dispositivos: prensa hidráulica. Segue abaixo um escopo do que seria uma provável ordem de usinagem e montagem a seguirmos: Usinagem: FACULDADE UNIP – JUNDIAÍ/SP 10 1- Usinagem dos chassis longos (2 peças em perfil de alumínio) – Por motivo estratégico, vamos iniciar pelas peças mais longas que, se caso haja um imprevisto poderemos reaproveitar para a confecção dos chassis curtos ou intermediários; 2- Usinagem dos chassis curtos (2 peças em perfil de alumínio) – Está próxima etapa é responsável fornecer a peças que darão as dimensões finais da estrutura do projeto; 3- Usinagem dos chassis intermediários (3 peças em perfil de alumínio) – Os chassis intermediários são muito importantes, pois terão a dupla função, sendo a primeiro a de reforço da parte interna da estrutura do projeto, impedindo que ela seda para dentro ou para fora e minimizando torções danosas as funcionalidades do mesmo. Como segunda função, estas peças serão os suportes do reservatório (garrafa PET) e do bloco de válvulas, sendo que este último também será fixado ao chassi curto posterior; 4- Usinagem do bloco de válvulas (1 peças em NYLON) – Este item terá dupla função também. Será responsável pelo abastecimento do reservatório (entrada de ar comprimido) através de um ponto específico com registro próprio por motivos de segurança e praticidade, pois permitiram o alívio da pressão no conduto oriundo da fonte geradora (bomba ou compressor) para facilitar a desacoplamento. Também pelo bloco de válvulas, será a saída do ar comprimido do reservatório, responsável pela propulsão do carrinho. Sendo esta saída também exclusiva controlada por um registro também independente; 5- Usinagem das cantoneiras (4 peças em chapa de alumínio) – Serão responsáveis pela união entre chassis longo e curto em suas extremidades dando início a montagem da estrutura; 6- Eixo da roda (4 peças em barra de alumínio) – Irão unir as rodas à estrutura do projeto através de rolamentos com ajuste com interferência e parafusos, por isso são muito importantes e requerem atenção a sua confecção para não fiquem tortos e garantam apoio perfeito da estrutura na superfície de teste; 7- Rodas (4 peças em barra de alumínio) – Devem ter medidas iguais, por isso sua usinagem deve ser precisa, pois serão montadas com interferência nos rolamentos devem garantir apoio perfeito a superfície de teste; 8- Registros do bloco de válvula (2 peças em barra de alumínio) – Serão duas peças semelhantes, mas com uma distinção em suas furações por serem de usos FACULDADE UNIP – JUNDIAÍ/SP 11 distintos, sendo uma para a etapa de alimentação e outra para a propulsão. Devem ter ajuste e acabamento muito bons juntamente com as furações de seus alojamentos no bloco de válvulas, para garantirem suavidade e estanqueidade durante o funcionamento; Montagem: 1- Iniciaremos a montagem unindo os chassis longos aos chassis curtos através das cantoneiras para garantir o esquadro da estrutura, utilizando rebite pop 1/8” como elemento de fixação; 2- Os próximos itens a serem fixados serão os chassis intermediários, devendo observar o desenho de montagem afim de por as peças nas posições corretas. Será utilizado rebite pop 1/8” como elemento de fixação; 3- As rodas serão montadas em três etapas, que serão: 3.1- Fixar eixo ao rolamento por interferência com auxílio de pressão pode ser através de prensa hidráulica ou batida. Observação: podendo em caso de folga que inviabilize a montagem por interferência, fazer uso de adesivo acrílico anaeróbico; 3.2- Fixar eixo e rolamento a roda por interferência com auxílio de pressão, pode ser através de prensa hidráulica ou batida. Observação: podendo em caso de folga que inviabilize a montagem por interferência, fazer uso de adesivo acrílico anaeróbico; 3.3- Fixação do conjunto roda / eixo ao chassi nas posições pré- definidas em projeto, utilizando parafusos M4 como elemento de fixação. 4- A montagem do bloco de válvulas ocorrera em 3 etapas: 4.1- Montagem das conexões pneumáticas macho reta 6 / 1/8 BSP comoespecificado em projeto, podendo fazer uso de artificio para a vedação das roscas; 4.2- Montagem dos registros em suas posições definidas em projeto, registro de alimentação na linha de alimentação e registro de propulsão na linha de propulsão, utilizando anel elástico E-8 como elemento de fixação; 4.3- Montagem do bloco de válvulas na estrutura do carrinho na posição definida em projeto, utilizando parafusos M4 como elementos de fixação. FACULDADE UNIP – JUNDIAÍ/SP 12 5- Montagem do reservatório no carrinho em 2 etapas: 5.1- Fixação de conexão pneumática macho curva (90°) 6 x 1/8 BSP na tampa previamente furada, com o auxílio de uma porca no mesmo padrão de rosca da conexão; 5.2- Fixação do reservatório à estrutura do carrinho nos pontos pré- determinados no projeto, fazendo uso de abraçadeiras de nylon como elementos de fixação. 6- Por último faremos a interligação do reservatório ao bloco de válvulas através das conexões pneumáticas próprias por meio de um pedaço de mangueira PU de 6 mm de diâmetro externo. LISTA DE PEÇAS E MATERIAIS FACULDADE UNIP – JUNDIAÍ/SP 13 REFERÊNCIAS Chicago Pneumatic Air Motors’ 2010 catalogue. 7. Sumake pneumatic tools 2010 catalogue. Fabrication and Testing of Compressed Air Car Viswanadha Institute of Technology and Management. Guey Nyger, MDI “ The Articulat ed Con Rod ”, Barcelona, Spain, 2002 SAE 1999-01-0623, Schechter’s., “ New Cycles for Automobile engines. ” Ganesan, V. “ Computer Simulation of Compression ignition Engine Processes” University press, 2002. Guey Nyger, MDI “The Compressed air Engine” Barcelona, Spain, 2002. HEYWOOD, J.B., “Internal Combustion Engine Fundamentals” ; McGraw-Hill Book Company, SA, 1988. Philosophiæ Naturalis Principia Mathematica by Isaac Newton – Cambridge Digital Library Recursos de Isaac Newton - o instituto de Isaac Newton para ciências matemáticas. https://www.grc.nasa.gov/WWW/k12/VirtualAero/BottleRocket/airplane/shortp.htm l<acesso em 14/05/2019>. http://www.aircaraccess.com/history.htm<acesso em 14/05/2019>.
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