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Resumo do filme 8ª série (8th grade)

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Desenvolvimento humano: adolescência, adultez e velhice
ALUNA: Lucila Pereira Andrade
PSICOLOGIA – 4º PERÍODO
	O filme Oitava Série apresenta a história de Kayla, uma adolescente prestes a entrar no ensino médio, mostrando suas expectativas e formas de encarar essa nova jornada. A história representa de forma simples as inseguranças e pequenas aventuras típicas da idade, descobrindo como funcionam os relacionamentos, sua identidade e maneiras de se inserir no mundo.
	O primeiro entrave social que a protagonista enfrenta é durante uma seleção de melhores da turma, onde ela ganha o prêmio de “aluna mais quieta”. Na verdade, toda a motivação de Kayla gira em torno a partir dessa revelação. Ela se demonstra solitária, sem muitos traquejos sociais, cumprimentando os colegas mesmo sem ser ouvida por eles e observando os outros, como se quisesse participar daquele momento. Com isso, ela começa estabelecer metas, listando tudo aquilo que ela quer e inclusive tenta resolver algumas delas, mesmo que sem sucesso. A necessidade de se encaixar socialmente é uma preocupação que se estende ao pai dela, quando ele estimula que ela vá em encontros com outros jovens de sua idade ou ao observar sua saída com os novos amigos mais velhos que ela conhece durante uma excursão. 
	Um outro fato interessante da personagem é na necessidade de mentir para tentar se encaixar. Apelar para conversas de cunho sexual, mesmo sem ter noção do que esteja falando somente para ganhar a atenção dos garotos demonstra o limite onde a protagonista vai para alcançar seu objetivo: ser vista. Essa mesma necessidade de visibilidade também aparece quando mostra ao longo do filme as gravações que ela faz dando dicas para outros jovens de como se destacar e ter sucesso em eventos sociais, o que contradiz com toda a jornada da mesma, já que é tímida e insegura. Um ponto interessante do filme é quando mostra ela gravando esses conselhos e logo em seguida vemos a mesma diante de uma situação onde deveria usar suas dicas, no entanto ela congela e acaba não realizando nenhuma das orientações.
	Ao final da história, vemos uma sensação de libertação da personagem quando ela decidi seguir seus próprios passos, seja falando com a colega que ela almeja a amizade tão desejada, seja ao passar pela decepção nos relacionamentos ao se deparar numa situação de fato sexual como ela alegava já ter passado, seja ao se entregar a sua essência independente de ser popular ou não. A conversa com o pai após passar pelas decepções serve como norteador para definir o rumo que ela deseja tomar e finalmente conseguir a paz de espírito que ela espera desde o começo.
	Por ser uma fase de grande pressão social e pessoal, vemos que a personagem se submete a situações na tentativa de conseguir algum êxito no que ela idealiza como felicidade. Ao longo do filme podemos associar as situações vividas por Kayla às mudanças no processo de amadurecimento do ser humano, especialmente nas incursões do pensamento abstrato definidos por Elkind:
a) Tendência a discutir e encontrar defeitos nas figuras de autoridade: as constantes discussões de Kayla com o pai, mesmo quando este só está tentando ajudar. Ao sair com os amigos, ela o bloqueia constantemente e se envergonha quando ele aparece ou tenta dialogar com a mesma.
b) Autoconsciência: essa noção é percebida nos vídeos que ela posta constantemente em rede. Ela aconselha o seu “público” numa tentativa de aconselhar a si mesma, preocupada em como resolver seus dilemas adolescentes e ao mesmo tempo aparentar uma ideia de segura e positiva.
c) Suposição de invulnerabilidade: ao se expor em conversas de cunho sexual ao colega que ela tanto admira ou ao tentar se mostrar moderna e avançada para o adolescente mais velho que ela conhece, Kayla crê que isso não vá gerar consequências ruins para a mesma. A real noção do que ela fala só acontece ao se ver diante de uma situação sexual e descobre que não está pronta para aquele acontecimento.
	Outro ponto que se apresenta no filme é a questão do desenvolvimento da linguagem, no uso de dialeto, símbolos e trocadilhos próprios. Essa noção é percebida durante as gravações dos vídeos (ao se despedir fala sempre “Gucchi”) e suas conversas são sempre joviais e cheias de expressões típicas da idade. 
	Concluindo, o filme aborda uma jovem na descoberta de si mesma e do mundo a sua volta. Kayla tenta se encaixar na sua idealização de vida boa, mas no final descobre que cada pessoa tem seu jeito e que devemos seguir o fluxo natural sem forçar situações que não achamos saudáveis.

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