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Teoria da ação

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Teoria da ação 
I) JURISDIÇÃO: É O PODER CONFERIDO AO ESTADO PARA A RESOLUÇÃO DOS CONFLITOS DE INTERESSE QUE NÃO SE RESOLVERAM NA ESFERA EXTRAJUDICIAL
II) A JURISDIÇÃO É REGIDA PELO PRINCÍPIO DA INÉRCIA
(ART. 02º DO NCPC): O processo começa por iniciativa da parte e se desenvolve por impulso oficial, salvo as exceções previstas em lei.
III) PROCESSO CIVIL BRASILEIRO:
a) JURISDIÇÃO: O poder estatal de resolução dos conflitos
b) AÇÃO: É o direito que nos temos, como jurisdicionados, de ter o poder de ir provocar o poder judiciário para que ele resolva nossos conflitos
c) PROCESSO: 
IV) AÇÃO: CONCEITO: O DIREITO DE SOLICITAR A ATUAÇÃO JURISDICIONAL
V) ESSE DIREITO DE AÇÃO É ABSOLUTO E PODE SER EXERCIDO DE FORMA INDISCRIMINADA?
	Hoje, o novo código traz novas formas de resolução dos conflitos. 
	Não tem uma forma de frear o direito de ação legalmente.
	Justamente porque, fitando que a ideia do poder judiciário é resolver o conflito, e evitar que esse conflito seja resolvido pela autotutela, já pensou a possibilidade do próprio estado criar um mecanismo de barrar o direito de ir buscar a tutela jurisdicional? Resultaria em balburdia e poderia ofender o princípio do acesso à justiça. 
	Um juiz decidir o que é bobo para a justiça é uma ideia subjetiva, não é que esteja errado, mas pode gerar um outro problema. Pois o que pode ser bobo para um pode não ser para o outro. Partindo do princípio da neutralidade, ninguém é neutro, o processo e o juiz precisão ser imparciais, mas a neutralidade não existe, pois as decisões são baseadas nos valores ensinados.
	A ideia de que o poder judiciário se desafogue
	O novo código vem com esse objetivo muito claro de fazer com que os processos sejam mais celebres, que eles tenham uma efetividade maior e de forma mais rápida. Mas ao mesmo tempo não se pode criar uma barreira legal para que alguém vá buscar a solução do seu conflito. Como solução, seria mudar a nossa cultura.
	O novo código vem com uma ideia exatamente de tentar estimular essas ideias, justamente para tentar diminuir a nossa litigiosidade. 
	A ideia do bom senso (que depende de nós, futuros advogados, promotores, funcionários jurídicos) vai ser o limiar em relação ao exercício exacerbado do direito de ação.
VI) E COMO TRATA O NCPC ACERCA DESTE TEMA?
	Art.3
	Ele trata com o princípio constitucional da ideia da inafastabilidade do poder judiciário. Ou seja, a lei não pode criar nenhum empecilho para afasta o poder judiciário da população. Mas no parágrafo primeiro, ele traz a ideia de fortalecer outros mecanismos para que novos processos não adentrem ao poder judiciário. 
	No segundo parágrafo, a lei diz que o Estado deve sempre tentar sempre promover a solução consensual dos conflitos.
	Já no terceiro parágrafo, diz que não é obrigação apenas do Estado, mas sim de todos nós operadores do direito, todos temos responsabilidade nisso. 
1) QUAL A MOTIVAÇÃO DE SE CRIAR UM NOVO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL?
	O novo código não é uma reforma do código de 73.
	É um novo jeito de se pensar o processo, como um todo. De tentar fazer com que o processo seja mais rápido. A prestação jurisdicional precisa ser celebre, isso não quer dizer que seja atropelo (de qualquer forma). Tanto é que os 12 primeiros artigos do código são princípios, artigos principiológicos.
	Ele vem para fazer com que nós assumamos a responsabilidade de tentar melhorar o que tá aqui e pensar o processo de uma forma diferente. E uma das formas de pensar diferente é exatamente a gente tendo bom senso no exercício do direito de ação.
A) CONTINGENCIAMENTO DE PROCESSOS
B) NÚMERO DE PROCESSOS EM TRÂMITE NO PODER JUDICIÁRIO BRASILEIRO, JUNTANDO A JUSTIÇA COMUM, JUSTIÇA FEDERAL E JUSTIÇA DO TRABALHO
Aproximadamente 100 milhões de processos. Dessa forma, toda a população brasileira está no poder judiciário. Visto que temos 100 milhões de processos e para cada processo é preciso no mínimo um autor e um réu, são 200 milhões de pessoas, ou seja, de acordo com o novo senso do Brasil que o país tem 204 milhões de pessoas. É humanamente impossível o poder judiciário prestar uma função jurisdicional satisfatória. 
2) APENAS COM O NOVO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL, IREMOS EFETIVAR A TÃO ALMEJADA CELERIDADE PROCESSUAL?
Não. A nossa constituição é uma das constituições mais avançadas do planeta, mas é necessário trazer isso para o dia a dia. A solução que se propõe a ideia do tripé.
A) TRIPÉ:
a) LEGISLAÇÃO: Que facilite que o processo ande rápido
b) CULTURA: Cuidar do que a sociedade pensa, fazer com que 
c) ESTRUTURA: Não adianta ter uma boa legislação, as pessoas pensando e querendo que o processo ande rápido, alterando essa forma de se pensar, quando se tem em torno de 8 a 10 processos e em não tem nem 10 funcionários na vara. 
	O Estado é o maior litigante do Brasil
VII) TEORIAS DO DIREITO DE AÇÃO: 
a) IMANENTISTA OU CIVILISTA (Savigny): 
Defendida pelo ilustre Friedrich Carl von Savigny, foi esta a primeira teoria a tentar explicar o direito material e o direito de ação. Para essa teoria, “a ação é imanente (aderida) ao direito material controvertido, de forma que a jurisdição só pode ser acionada se houver o direito postulado. Em outras palavras, a ação seria o próprio direito material violado em estado de reação”. Tal teoria, portanto, pressupõe que o direito material e o direito de ação são a mesma coisa, em outras palavras, o direito de ação seria imanente (inerente) ao direito material, como resposta à sua violação. Porém, tal teoria não foi capaz de explicar casos como o da ação meramente declaratória, em que não há violação de direito material e tudo que o autor deseja é a declaração de um direito ou uma situação para que seja oficializado.
	O direito material e o direito de ação eram uma única coisa, não existia diferenciação entre eles.
	O poder judiciário, a pessoa interessada só exerceria o direito de ação se aquele direito material fosse, primeiramente, o direito material violado dele e consequentemente ele só exercia o direito se ação se ele tivesse direito a esse direito material. 
b) TEORIA CONCRETA :POLÊMICA ENTRE WINDSCHEID x MUTHER:
Porém, mesmo com essas dificuldades, perdurou desde o direito romano até a metade do século XIX, quando deu-se lugar a quentes debates entre Theodor Muther, que diferenciou com exatidão o direito de ação e o direito material, e o brilhante Bernard Windscheid, que compôs um trabalho no qual descrevia o sistema romano como um sistema composto por direito de ação e nem sempre esse direito de ação estava remetido a um direito material, afinal, o conceito de ação (klage) da doutrina jurídica discriminada por eles no antigo direito romano apontava o conceito de pretensão (ansprüch).
A teoria concreta ficou explicitadamente correta mesmo em 1885, defendida por Adolph Wach, jurista alemão, que entendia o direito de ação como dependente da procedência da ação, então passou-se a entender desta maneira.
	O direito material e o direito processual foram apartados e começaram a ser estudados de forma apartada. 
	O processo deveria ser considerado procedente, para ele, só exerceria o direito de ação aquele que tivesse um direito violado, ou seja, realmente eu tive um direito violado e assim eu exerci meu direito de ação. Que é o direito de buscar a solução no poder judiciário. 
	O direito de ação seria a ideia do direito de pretensão, ou seja, eu pretendo aquela coisa, então eu vou buscar no poder judiciário.
	Nessa segunda metade do século XIV, o direito de ação que era estudado, começou a ser estudada de forma apartada, agora ele só pode ser entendido ou exercitado se a ação for procedente, se for improcedente não teria esse exercício do direito de ação.
VIII) POSICIONAMENTO DA DOUTRINA/LEGISLAÇÃO BRASILEIRA: 
TEORIA ECLÉTICA = O DIREITO DE AÇÃO É UM DIREITO PÚBLICO E SUBJETIVO 
A teoria eclética apresenta a ação como exercício do Estado-juiz, apresentando a ida ao judiciário uma obrigação para
dirimir conflitos. Para Pekelis a ação possui um direito subjetivo de fazer agir o Estado, então ação não é o direito de agir e sim o de provocar o Estado a agir, o que torna o interesse ou ameaça de interesse um efeito causado pelo direito individual de fazer mover-se o Estado. Nosso direito positivo sofreu influência de Enrico Tullio Liebman, processualista italiano, inspirador do Código de Processo Civil de 1973. “Segundo Liebman, precursor da teoria eclética, o direito de ação não está vinculado a uma sentença favorável (teoria concreta), mas também não é completamente independente do direito material (teoria abstrata). Há, de fato, uma abstração do direito de ação, no sentido de que a existência do processo não está condicionada à do direito material invocado; porém, sustenta-se pela teoria eclética que a ação é o direito a uma sentença de mérito, seja qual for o seu conteúdo, isto é, de procedência ou de improcedência”
	Pega parte da teoria concreta e acrescenta a ideia da teoria abstrata
	Para essa teoria, o direito de ação é o direito que dá a oportunidade de qualquer um, havendo uma lesão, uma ameaça a lesão de direito, pode-se ir buscar a tutela desse direito no poder judiciário.
	Nessa situação, o direito de ação se encaixa perfeitamente com o princípio da inércia
	Ele fala que o direito material invocado é uma coisa, e o direito de ação é outra coisa. São direitos autônomos, mas que andam de mãos dadas, e aí como todo o sistema. 
	A ideia do direito de ação, é a ideia de provocar o poder judiciário, e esse Estado, por conta da provocação, é obrigado a dar uma resposta.
VIII) ELEMENTOS DA AÇÃO: 
a) PARTES; 
b) CAUSA DE PEDIR; 
c) PEDIDO
a) PARTES
As partes do processo são o autor, a pessoa que exercitou o direito de ação, pleiteando uma providência jurisdicional, e o réu, contra quem a ação é proposta. Podem ser divididas em PARTES PRINCIPAIS e PARTES AUXILIARES.
	São aquelas pessoas, que vão exercitar o seu direito de ação, utilizando o poder judiciário
	As partes são o autor, a pessoa que exercita o direito de ação, pleiteando uma providência jurisdicional, e o réu contra quem a ação é proposta. 
	Podem ser divididas em partes principais e partes auxiliares:
Partes principais: Autor e Réu
Partes auxiliares: Podem ser por exemplo a intervenção de terceiros (que tem interesse no processo) 
CAUSA DE PEDIR
	São os fatos e os fundamentos jurídicos. Podem ser:
REMOTA: relaciona-se com o fato
PRÓXIMA: relaciona-se com as consequências jurídicas desse fato
	EX: João bateu no carro de Maria. Maria ajuizará o processo contra João. Maria e João são as partes. A causa de pedir remota do processo de Maria é a colisão, a batida. E a causa de pedir próxima é aquela relacionada a consequência jurídica que é a condenação de João.
	Ex. 2: João é funcionário publico da União e a União vai e corta um determinado beneficio a quem João tem direito. João vai ajuizar um processo. As partes são João e a União. A causa jurídica do pedido é o corte do beneficio. A consequência jurídica que se quer é o restabelecimento dos benefícios, e o pedido é o próprio beneficio.
	PERGUNTA: Ajuizada uma ação com uma causa de pedir, pode-se ajuizar nova ação com a mesma causa de pedir?
Não se admite a propositura de outra ação envolvendo as mesmas partes, a mesma causa de pedir e o mesmo pedido, sob pena de caracterização:
1) da litispendência (se a primeira ação não foi ainda sentenciada, ou, tendo sido, se a decisão não transitou em julgado, por ter sido atacada por recurso ainda não julgado)
-> se for por má-fé pode ser condenado a uma litigância de má-fé;
2) da coisa julgada (se a primeira ação já foi sentenciada, por sentença transitada em julgado, que não pode ser atacada por recurso, prevista no art. 485 § 5).
A CAUSA DE PEDIR LIMITA A ATUAÇÃO DO MAGISTRADO, QUE NÃO PODE CONHECER DE QUESTÕES, NÃO SUSCITADAS, A CUJO RESPEITO A LEI EXIGE A INICIATIVA DA PARTE.
Não há a possibilidade de haver ajuizamento de duas ações iguais, idênticas. Essas são as ações que possuem os mesmos elementos, as mesmas partes, a mesma causa de pedir e o mesmo pedido. 
c) PEDIDO
É o que se busca com o exercício do direito de ação. Este pode ser IMEDIADO e MEDIATO.
	o bem da vida pretendido pela parte (recebimento de aluguéis não pagos, de alimentos, de indenização por danos morais e materiais, rescisão de contrato, recebimento de quantias pagas indevidamente etc.), denominado objeto mediato, de natureza material; e
	a resposta judicial, a consequência jurídica que se quer, consistente na condenação do réu ao pagamento de soma em dinheiro (nas ações condenatórias), na declaração da existência ou da inexistência de uma relação jurídica (nas ações declaratórias, de paternidade, por exemplo), na criação, na modificação ou na extinção de uma relação jurídica (nas ações constitutivas, que cria, extingui ou modifica uma relação jurídica, como o divórcio), na condenação do réu ao adimplemento de uma obrigação de dar (nas ações executivas lato senso), de fazer ou de não fazer (nas ações mandamentais), denominado pedido imediato, de natureza processual.
REGRA NO DIREITO BRASILEIRO: PEDIDO CERTO E DETERMINADO (ART. 324 NCPC)
Regra: O pedido deve ser determinado (eu quero os alimentos, o terreno, o estojo…, e com dinheiro deve-se quantificar)
exceções: 
§ 1o É lícito, porém, formular pedido genérico:
I - nas ações universais, se o autor não puder individuar os bens demandados; (Imagine uma situação em que o ministério público federal ajuíza uma ação contra a rede bom preço do Brasil inteiro, porque ocorreu uma falha na prestação de serviço do mesmo. Não tem como individuar exatamente quais foram os bens que foram demandados).
II - quando não for possível determinar, desde logo, as consequências do ato ou do fato; (Exemplo o caso Mariana. Ainda não é possível quantificar qual foi o real dano ambiental que a Vale causou. Então ao invés do Ministério publico federal dizer que quer 1 Bilhão de reais, o ministério vai pedir para que sejam condenados a ressarcir os danos ambientais, e não vai ser quantificado, vai ser um pedido genérico).
III - quando a determinação do objeto ou do valor da condenação depender de ato que deva ser praticado pelo réu (Processos dos expurgos inflacionários)
§ 2o O disposto neste artigo aplica-se à reconvenção.
CUMULAÇÃO DE PEDIDOS: A cumulação de pedidos consiste na possibilidade da parte formular dois ou mais pedidos, sendo gênero, que apresenta a cumulação própria (ou simples), a cumulação sucessiva imprópria e a cumulação sucessiva própria como espécies ou modalidades.
	CUMULAÇÃO PRÓPRIA OU SIMPLES: a parte pode formular vários pedidos, tendo interesse no acolhimento de todos; EX: indenização por danos materiais (danos emergentes e lucros cessantes) e morais;
	CUMULAÇÃO SUCESSIVA IMPRÓPRIA: também denominada cumulação sucessiva eventual ou alternativa, a parte formula dois (ou mais) pedidos, mas a sua pretensão não é a de que estes sejam acolhidos conjuntamente. Diferentemente, a parte formula os pedidos em ordem sucessiva, de modo que, se o primeiro (que é o principal em termos de preferência) não for acolhido, o magistrado pode acolher o segundo, o terceiro e assim sucessivamente, seguindo a ordem de preferência.
	CUMULAÇÃO SUCESSIVA PRÓPRIA: o pedido secundário só pode ser acolhido se o principal também o for (como ocorre em ações de investigação de paternidade em que o autor requer a condenação do réu ao pagamento de alimentos – pedido secundário, como consequência do reconhecimento da paternidade – pedido principal).
XI) CONDIÇÕES DA AÇÃO: CONSTITUIÇÃO FEDERAL CONFERIU AO INTERESSADO O DIREITO DE TER ACESSO AOS ÓRGÃOS DO PODER JUDICIÁRIO MEDIANTE O EXERCÍCIO DO DIREITO DE AÇÃO, SOLICITANDO QUE O CONFLITO DE INTERESSES SEJA RESOLVIDO, CONDICIONOU ESSE EXERCÍCIO À OBSERVÂNCIA DE REGRAS MÍNIMAS, EXIGIDAS PARA QUE A SENTENÇA SEJA DE MÉRITO. 
	Eram requisitos mínimos que a lei determinava que o autor tivesse
para ele exercitar o direito de ação. Condições da ação: legitimidade, interesse de agir (a pessoa que foi ofendida, que sofreu. Somente essa pessoa tem a legitimidade para propor a ação) e o pedido juridicamente possível. 
O CPC/2015 NO SEU ARTIGO 17 EXCLUIU O INSTITUTO DAS CONDIÇÕES DA AÇÃO, PORÉM OS SEUS REQUISITOS PERMANECERAM INTACTOS.
X) MOMENTO DA VERIFICAÇÃO DA EXISTÊNCIA DAS CONDIÇÕES DA AÇÃO
XI) INOVAÇÃO DO NCPC: Os requisitos mínimos que a lei exige em qualquer ação são o interesse processual e a legitimidade das partes, tendo o CPC/2015 suprimido a possibilidade jurídica do pedido da relação das condições da ação, passando a pertencer ao mérito.
	Acabou com essa ideia de condição de ação, pois o código de 73 dizia que eram condições mínimas para poder exercitar o seu direito de ação, o que é mentira. Pois mesmo que não tenha essas condições é possível exercer o direito de ação, sendo ainda necessária a legitimidade… Que passaram a ser pressupostos processuais. 
XII) LEGITIMIDADE DAS PARTES:
A legitimidade da parte pressupõe que esta é titular do direito material que a mesma requer seja reconhecido e protegido na ação.
	A parte legitima (ordinária), em regra, é a ideia de que só quem tem legitimidade para propor a ação é aquela pessoa que se diz titular do direito. 
	Legitimidade Passiva, é aquela pessoa que vai ser obrigada a cumprir aquela determinação judicial.
(ART. 18) Ninguém poderá pleitear direito alheio em nome próprio, salvo quando autorizado pelo ordenamento jurídico.
	É a ideia da legitimidade ordinária, em que ninguém poderá pleitear direito alheio em nome próprio.
	Parágrafo único. Havendo substituição processual, o substituído poderá intervir como assistente litisconsorcial.
a) LEGITIMAÇÃO ORDINÁRIA Quando o direito material é defendido na ação pelo seu titular, ou seja, pela pessoa que se encontra diretamente ligada a ele, estamos diante da denominada;
É a regra no processo individual, sendo a extraordinária a exceção
	Em que somente a própria pessoa que é detentora do bem da vida, do direito, só ela tem legitimidade para propor a ação.
b) LEGITIMAÇÃO EXTRAORDINÁRIA: Ocorre quando presente o SUBSTITUTO PROCESSUAL. em que a lei permite que a ação seja proposta por uma pessoa na defesa de direito que pertence a outrem.
É a regra no processo coletivo, sendo a ordinária a exceção.
	É quando aquela pessoa não tem o poder de exercer o seu direito de pleitear. Nessas situações a lei confere a um terceiro essa legitimidade (ex: Morto, o interditado, uma criança, etc)
XII) INTERESSE PROCESSUAL OU INTERESSE DE AGIR: interesse processual está atrelado ao binômio necessidade + utilidade, exigindo que o autor comprove que necessita da atuação jurisdicional (de representante do Estado) para solucionar o conflito de interesses.
	A lei determina que para se ajuizar um processo é necessário provas para o judiciário que não foi possível resolver o problema administrativamente, e que necessita do poder judiciário para resolver o problema.
	Quando ajuizado o processo, é necessário primeiro, para demonstrar o interesse de agir, que não se conseguiu resolver extrajudicialmente e que o processo precisa ser necessário e útil, trazendo vantagens. 
XIV) CLASSIFICAÇÃO DAS AÇÕES: A classificação das ações aqui abordada, baseia-se na natureza da prestação jurisdicional perseguida: AÇÃO DE CONHECIMENTO E AÇÃO DE EXECUÇÃO.
OBS: AÇÃO CAUTELAR FOI EXTINTA NO NCPC
a) AÇÃO DE CONHECIMENTO: a parte pretende obter sentença que resolva o conflito de interesses, e que lhe atribua o direito, admitindo cognição ampla (contraditório pleno), incluindo a prática de vários atos processuais de investigação, na busca da comprovação (ou não) da veracidade dos fatos afirmados pelas partes.
	O juiz vai conhecer de quem é o melhor direito, de quem é o bem da vida pleiteado. 
No gênero ação de conhecimento, temos as condenatórias, as constitutivas, as declaratórias, as mandamentais;
Condenatórias (alguns doutrinadores não a consideram) 
b) AÇÃO EXECUTIVA: a decisão que é nela proferida determina o adimplemento da obrigação de dar, que é exigida e cumprida nos próprios autos da ação de conhecimento, sem exigir o aperfeiçoamento de nova citação do réu, sendo suficiente a efetivação da sentença.
	A partir do momento que ele conhece de quem é o direito, através da ação de conhecimento, em que ele profere a decisão, e essa não é efetuada, ocorre a ação de execução, que serve para efetivar a decisão.

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