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Prof. Ms. Marcelo Junqueira Pereira FACULDADE DE ODONTOLOGIA DISCIPLINA DE ODONTOPEDIATRIA Profº. Ms. MARCELO JUNQUEIRA PEREIRA • • • INTRODUÇÃO CONCEITO São considerados traumas dentários todas as transmissões agudas de energia ao dente e às estruturas de sua sustentação, cujos resultados podem ser desde deslocamento dentário ou esmagamento dos tecidos de sustentação até fratura do elemento dental. Os traumas dentários configuram situações agudas frequentes na prática clínica odontológica, que exigem do profissional um atendimento imediato e minucioso. TRAUMATISMO DENTÁRIO NAS DENTIÇÕES DECÍDUA E PERMANENTE ❖ É MUITO COMUM → INCISIVOS CENTRAIS E LATERAIS SUPERIORES NAS DUAS DENTIÇÕES ❖ DENTIÇÃO DECÍDUA > PREVALÊNCIA DE DESLOCAMENTOS QUE FRATURAS ❖ RAÍZES MUITO PRÓXIMAS DO PERMANENTE → AFETAR GERME DO DENTE PERMANENTE ❖ DENTIÇÃO PERMANENTE > PREVALÊNCIA DE FRATURAS QUE DESLOCAMENTOS ❖ PERDA OU FRATURA DENTE ANTERIOR → GRANDE IMPACTO EMOCIONAL → ABORDAGEM DOS PAIS → DIAGNÓSTICO → TRATAMENTO → COMPLICAÇÕES FUTURAS → AVALIAÇÕES PERIÓDICAS. PREVALÊNCIA • • • • ETIOLOGIA • • • • • • • • EXAMES COMPLEMENTARES ◼ Testes de vitalidade → não confiáveis em crianças muito pequenas ◼ Exames radiográficos → auxiliares no diagnóstico e controle TRAUMATISMOS As consequências decorrentes dos traumatismos vão desde: ❖ necrose pulpar ❖ mineralizações pulpares ❖ reabsorções internas e externas das raízes ❖ perda de parte da estrutura periodontal de proteção e suporte ❖ fraturas coronárias e/ou radiculares ❖ até a perda do próprio dente. Por esses motivos, as condutas terapêuticas a serem efetuadas e o prognóstico do caso dependem do tipo de traumatismo, da região e dos tipos de tecidos dentários acometidos. TRAUMATISMOS A primeira consulta é fundamental para o sucesso terapêutico e o acompanhamento, em longo prazo, é da mesma forma, essencial para prevenir futuras complicações que possam estar associadas ao trauma e a aplicação de um tratamento imediato. OLIVEIRA et al., 2004 TRAUMATISMO: EXAME CLÍNICO Por ser uma urgência traumática e dolorosa, o trauma dental exige: - um diagnostico rápido e correto → para que o tratamento seja estabelecido o mais precocemente possível - realizar uma avaliação das condições gerais do paciente e exame local - anotação dos dados do paciente, que dependendo do caso poderá ser feita após o atendimento e em seguida proceder a anamnese completa. Prof. Ms. Marcelo J. Pereira O QUE DEVE SER AVALIADO DURANTE O EXAME CLÍNICO TECIDOS MOLES ✓ Avalie a extensão e a profundidade da lesão, pois existe a possibilidade de presença de corpos estranhos. TECIDO DENTÁRIO ✓ Busque por trincas, fraturas, exposição pulpar, luxações e avulsões TECIDO DE SUSTENTA- ÇÃO DENTÁRIA ✓ Mobilidade: avalie o afrouxamento. Se for de um elemento dentário, maior será a probabilidade de rompimento do feixe vascular. A mobilidade em um grupo de elementos dentários indica fratura alveolar. ✓ Sensibilidade à percussão: verifique a sensibilidade ao toque. Se houver, indica lesão ao ligamento periodontal. ✓ Nos casos de travamento dentário no tecido ósseo, possivelmente por luxação lateral ou intrusiva, o som à percussão evidenciará um tom metálico. IMPORTANTE O teste de vitalidade pulpar com estímulo frio possui grande valor diagnóstico para confirmação de necrose pulpar em dentes permanentes. Entretanto, tem seu uso limitado nos casos de dentes recém-traumatizados, pois se pode ter uma resposta negativa à vitalidade sem existência de necrose pulpar. Nos casos de dentição decídua seu uso deve ser evitado devido à baixa confiabilidade. SEQUÊNCIA DE EXAME CLÍNICO QUANDO O PACIENTE PROCURA ATENDIMENTO LOGO APÓS O TRAUMA ▪ Limpeza das áreas afetadas com gaze e soro fisiológico ▪ Hemostasia se houver alguma área hemorrágica ▪ Desinfecção dos tecidos lacerados com antissépticos ▪ Examinar tecidos moles (lábios, mucosas, freios, língua e etc.) ▪ Observar se existe mobilidade e deslocamento dentário; ▪ Observar a extensão da fratura ▪ Observar a proximidade pulpar – visualização da polpa por transparência; ▪ Proteção dentinária com cimento de ionômero de vidro ▪ Planejamento da restauração ▪ Não é necessário realizar teste de vitalidade pulpar (térmico ou de percussão) pois logo após o trauma dental, a capacidade de condução dos potenciais de ação das terminações nervosas ou dos receptores sensoriais está desordenada, fato que pode induzir a erros de diagnóstico. Segundo Andreasen (1991), a anamnese deve conter três perguntas que são fundamentais para a conclusão do diagnóstico e para a conduta terapêutica: ▪ COMO → para relacionar o tipo de lesão que resultou, ▪ ONDE → indica a necessidade de se observar a validade da vacina antitetânica da criança, da indicação de antibióticos e do nível de contaminação e; ▪ QUANDO → indica o tempo decorrido entre o trauma até o primeiro atendimento. Dados adicionais serão obtidos com o exame físico, tais como: ✓ exposição pulpar ✓ mobilidade ✓ “dor à percussão” (teste de percussão e de vitalidade pulpar, podem ser realizados em um segundo tempo, devem ser evitados na consulta emergencial) ✓ vitalidade pulpar ✓ deslocamento dental parcial ou total ✓ lesões aos tecidos moles ✓ edema ✓ hemorragia ✓ assimetria facial ✓ fratura óssea (alveolar, maxilar e mandibular), entre outros. A avaliação do relato médico do paciente, estado de imunidade e condições físicas e neurológicas é necessária: - Informações relativas a doenças da infância e suas sequelas, doenças graves, injúrias e cirurgias, alergias, podem estar direta ou indiretamente relacionadas ao tratamento que será proposto - Pode ser necessário, em algumas ocasiões, a interação com o médico do paciente. O exame físico começa com o: • exame geral do paciente • observação das estruturas extra bucais • sinais vitais da aparência geral. A avaliação visual inclui: • capacidade de andar sem auxílio • presença de vômitos • Isocoria pupilas • movimentos oculares regulares • padrão normal de respiração • distúrbios neurológicos. EXAME RADIOGRÁFICO O exame radiográfico é de fundamental importância como complementar de diagnóstico. Pode-se observar: ➢ o grau de desenvolvimento radicular ➢ lesões aos tecidos duros dentários e em especial à raiz, ligamento periodontal e osso alveolar; EXAME RADIOGRÁFICO ✓ Verificar a extensão e a proximidade pulpar da fratura dental ✓ Verificar se houve deslocamento ou fratura radicular. FORMAÇÃO RADICULAR AUSÊNCIA/PRESENÇA DE FRATURA RADICULAR EXTENSÃO E PROXIMIDADE PULPAR DA FRATURA EXAME RADIOGRÁFICO As radiografias, entretanto, fornecem informações bidimensionais sendo que reabsorções iniciais nas faces vestibular e lingual podem não ser detectadas. Nos casos de fraturas radiculares, como por exemplo, as oblíquas, a detecção radiográfica só poderá ser feita se a incidência do feixe central dos raios-X estiver paralela ao longo da linha da fratura. Para Andreasen, Andreasen (1981), deve-se realizar uma tomada radiográfica inicial e proceder a registros sucessivos posteriores para a correta documentação dos casos. Radiografias de rotina ou uma combinação delas devem ser utilizadas, tais como: ❖ periapical ❖ oclusal ❖ panorâmica ❖ lateral e ❖ radiografia dos tecidos moles. EXAME CLÍNICO QUANDO O PACIENTE DEMORA PARA PROCURAR ATENDIMENTO APÓS O TRAUMA ❑ Examinar tecidos moles (lábios, mucosae freio) ❑ Observar se existe mobilidade e deslocamento dentário ❑ Observar a extensão da fratura ❑ Observar a proximidade pulpar – visualização da polpa por transparência ❑ Observar a presença de fístula e/ou abscesso, além de mobilidade dental devido ao processo infeccioso. A necrose pulpar pode ocorrer devido ao rompimento do feixe vasculonervoso no momento do traumatismo ou por compressão dos vasos apicais por hiperemia resultante de uma pulpite irreversível pós-trauma; Além desses fatores, a contaminação bacteriana via túbulos dentinários expostos devido à fratura dental, contaminação direta devido à exposição pulpar, exposição pulpar ao ligamento periodontal (fratura radicular) podem levar a perda da vitalidade do dente; Assim, é importante saber quanto tempo a área de dentina está exposta ao meio bucal, e que quanto mais cedo ocorrer a proteção, maiores serão as chances da manutenção da vitalidade pulpar. Assim, antes de restaurar esse dente, avaliamos a sintomatologia relatada pelo paciente, realizamos teste de vitalidade pulpar (térmico e percussão), em dentes permanentes e exame radiográfico para auxiliar no diagnóstico pulpar. Em caso de necrose pulpar indica-se a endodontia antes da restauração final. Logo após o traumatismo não é possível ser observado nenhum sinal radiográfico de necrose pulpar (a menos que esta tenha acontecido antes do episódio do trauma); Isso se deve ao fato de que os sinais radiográficos (lesão periapical e reabsorções radiculares externas e internas) podem levar meses para aparecer; Desta forma, quando o paciente demora para procurar atendimento devido ao trauma, investigamos a presença desses sinais no exame radiográfico; Além disso, o paciente tem que ser orientado a realizar radiografias periódicas para acompanhar o dente traumatizado. TRATAMENTO Os métodos para o tratamento de dentes traumatizados são muito variados e alguns fatores devem ser considerados: o tipo e a severidade do trauma o a maturidade dentária o o tempo transcorrido desde o momento do trauma até o atendimento e o o fato de estar ou não associado a uma fratura alveolar. Em todos os casos, os pais devem ser informados sobre as opções de tratamento e seus respectivos prognósticos. TRATAMENTO 1 - CONSIDERAÇÕES GERAIS POSSÍVEIS DANOS AOS DENTES PERMANENTES COOPERAÇÃO DA CRIANÇA ATITUDE DOS PAIS 2- OBJETIVOS DO TRATAMENTO DOS DENTES DECÍDUOS PREVENIR INJÚRIAS AO DENTE SUCESSOR PERMANENTE SALVAR O DENTE DECÍDUO, SE COMPATÍVEL COM TODAS AS CONSIDERAÇÕES RESTAURAR O DENTE, A ESTÉTICA, SE POSSÍVEL E COMPATÍVEL. REAÇÕES ASPECTO CLÍNICO ASPECTO RADIOGRÁFICO PRINCÍPIOS DE TRATAMENTO Hiperemia pulpar Eventualmente se observa a superfície palatina da coroa levemente avermelhada Sem manifestação radiográfica Acompanhamento clínico e radiográfico Hemorragia pulpar Alteração de cor da coroa, particularmente nos 1ºs dias após o traumatismo Sem manifestação radiográfica Acompanhamento clínico e radiográfico Obliteração pulpar Alteração de cor da coroa, normalmente para amarelo Diminuição da luz do canal ou câmara pulpar Acompanhamento clínico e radiográfico Alteração de cor da coroa Alteração de cor da coroa para amarelo ou cinza (claro ou escuro) dias, semanas ou meses após o traumatismo Relacionado ao fator que a origina: hemorragia, obliteração ou necrose pulpar Depende do fator que a origina: acompanhamento clínico e radiográfico ou endodontia Reabsorção dentinária interna Mancha rósea característica, quando a reabsorção se localiza na coroa Alargamento em forma oval da câmara ou canal pulpar Endodontia ou exodontia Reabsorção radicular externa Sem manifestação clínica Radiolucidez na região radicular reabsorvida e no osso alveolar adjacente Endodontia ou exodontia Reabsorção substitutiva Infra oclusão Interrupção na membrana periodontal, não sendo percebido o limite raiz/osso alveolar Acompanhamento clínico e radiográfico ou exodontia Necrose pulpar Fístula, edema e alteração de cor da coroa Radiolucidez na região periapical Endodontia ou exodontia REAÇÕES DO DENTE DECÍDUO AO TRAUMATISMO ALTERAÇÃO DE COR NA COROA DO DENTE 51 E 61 ALTERAÇÃO DE COR NA COROA DO DENTE 61, UMA SEMANA APÓS TRAUMATISMO SEIS MESES APÓS TRAUMATISMO 61 DENTE 61 APRESENTANDO OBLITERAÇÃO PULPAR CLASSIFICAÇÃO SEGUNDO A ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), as lesões traumáticas dentais são assim classificadas: 1) LESÕES AOS TECIDOS DUROS DOS DENTES E À POLPA 2) LESÕES AOS TECIDOS DUROS DOS DENTES, À POLPA E AO PROCESSO ALVEOLAR 3) LESÕES AOS TECIDOS PERIODONTAIS 4) LESÕES À GENGIVA OU DA MUCOSA BUCAL LESÕES AOS TECIDOS DENTÁRIOS TRINCA FRATURA DE ESMALTE FRATURA DE ESMALTE E DENTINA FRATURA DA COROA E EXPOSIÇÃO PULPAR FRATURAS CORONARIORRADICULARES FRATURA RADICULAR LESÕES AOS TECIDOS DE SUSTENTAÇÃO CONCUSSÃO SUBLUXAÇÃO INTRUSÃO EXTRUSÃO LUXAÇÃO LATERAL EXTRUSÃO E LUXAÇÃO LATERAL AVULSÃO TOTAL CLASSIFICAÇÃO de Acordo com as Diretrizes da Associação Internacional de Traumatologia Dentária 1) Lesões na dentição decídua 2) Fraturas e Luxações de dentes permanentes 3) Avulsão de dentes permanentes O principal objetivo destas diretrizes é delinear uma abordagem para o atendimento imediato ou de urgência das LDTs nas dentições decídua e permanente. A IADT não pode e não garante resultados favoráveis a partir do seguimento das presentes orientações, mas acredita que a sua aplicação pode aumentar as chances de um prognóstico favorável. As Diretrizes fornecem recomendações para o diagnóstico e o tratamento das LDTs específicas; no entanto, elas não podem fornecer informações abrangentes e detalhadas como as encontradas em livros didáticos e literatura científica. TRATAMENTO DO TRAUMATISMO DENTÁRIO O traumatismo em dentes decíduos e permanentes pode envolver danos a várias estruturas: esmalte, dentina, polpa, ligamento periodontal e osso. Para decidir pela melhor forma de tratamento, o dentista deve realizar um cuidados exame clínico e radiográfico e lembrar que a capacidade de regeneração das diversas estruturas é diferente. Nas fraturas em esmalte e dentina sem exposição pulpar, é dispensável o atendimento de urgência, pois a literatura mostra que o prognóstico é favorável mesmo quando o tratamento é tardio. Entretanto, o atendimento odontológico é necessário para avaliação e tratamento do caso. Fratura coronária com exposição pulpar, luxação intrusiva, concussão, subluxação, e traumatismo em dentes decíduos são considerados de gravidade moderada; entretanto, necessitam de atendimento imediato (ANDREASEN, 2007). Avulsão, fratura radicular e fratura alveolar são consideradas situações agudas mais sérias e também devem receber atendimento imediato (SANABE et al, 2009). Prof. Ms. Marcelo J. Pereira TRINCA ESMALTE – DENTE DECÍDUO QUADRO CLÍNICO Fratura incompleta do esmalte sem perda de estrutura dentária. TESTES COMPLEMENTARES AO EXAME CLÍNICO ▪ Transiluminação - deve-se variar a direção e a intensidade da iluminação para um diagnóstico. ▪ As trincas não são observadas ao exame radiográfico. PROCEDIMENTOS Aplicações tópicas de flúor e/ou o selamento com materiais adesivos CONTROLE CLÍNICO E RADIOGRÁFICO uma rotina de acompanhamento é realizada nas consultas de manutenção do paciente até erupção do permanente. PROGNÓSTICO FavorávelMÉTODO DA TRANSILUMINAÇÃO Prof. Ms. Marcelo J. Pereira TRINCA ESMALTE – DENTE PERMANENTE QUADRO CLÍNICO Fratura incompleta do esmalte sem perda de estrutura dentária. TESTES COMPLEMENTARES AO EXAME CLÍNICO ▪ Transiluminação - deve-se variar a direção e a intensidade da iluminação para um diagnóstico. ▪ As trincas não são observadas ao exame radiográfico. PROCEDIMENTOS Aplicações tópicas de flúor e/ou o selamento com materiais adesivos CONTROLE CLÍNICO E RADIOGRÁFICO uma rotina de acompanhamento é realizada nas consultas de manutenção do paciente TRINCA DE ESMALTE QUADRO CLÍNICO Fratura abrangendo apenas esmalte. TESTES COMPLEMENTARES AO EXAME CLÍNICO ▪ Tomadas radiográficas de rotina e oclusal modificada. ▪ Radiografia de tecidos moles, se houver laceração. ▪ “Testes de sensibilidade pulpar”. PROCEDIMENTOS Regularizar bordas cortantes ou restaurar o dente. CONTROLE CLÍNICO E RADIOGRÁFICO uma rotina de acompanhamento é realizada nas consultas de manutenção do paciente até erupção do permanente. PROGNÓSTICO Favorável. F R A T U R A D E E S M A L T E D E N T E D E C Í D U O ASPECTO CLÍNICO DE FRATURA DE ESMALTE NO DENTE 51 ASPECTO CLÍNICO DO DENTE 51 2 ANOS APÓS EVIDENCIANDO-SE O DESGASTE FISIOLÓGICO DO BORDO INCISAL QUADRO CLÍNICO Fratura abrangendo apenas esmalte. TESTES COMPLEMENTARES AO EXAME CLÍNICO ▪ Tomadas radiográficas de rotina. ▪ Radiografia de tecidos moles, se houver laceração. ▪ Testes de sensibilidade pulpar. PROCEDIMENTOS Regularizar bordas cortantes ou restaurar o dente. CONTROLE CLÍNICO E RADIOGRÁFICO uma rotina de acompanhamento é realizada nas consultas de manutenção do paciente. F R A T U R A D E E S M A L T E D E N T E P E R M A N E N T E ASPECTO CLÍNICO DE FRATURA DE ESMALTE NOS DENTES 11 E 21 ASPECTO CLÍNICO APÓS EVIDENCIANDO-SE O DESGASTE DO BORDO INCISAL QUADRO CLÍNICO Fratura abrangendo esmalte e dentina sem exposição pulpar. TESTES COMPLEMENTARES AO EXAME CLÍNICO ▪ Tomadas radiográficas de rotina e oclusal modificada. ▪ Radiografia de tecidos moles, se houver laceração. ▪ Testes de sensibilidade pulpar. PROCEDIMENTOS ▪ Sem fragmento → restaurar o dente ou inicialmente protegê-lo com ionômero de vidro. ▪ Com fragmento → limpar e hidratar o fragmento em soro fisiológico por 15 minutos e reposicionar com sistema adesivo e resina. CONTROLE CLÍNICO E RADIOGRÁFICO uma rotina de acompanhamento é realizada nas consultas de manutenção do paciente F R A T U R A D E E S M A L T E E D E N T I N A D E N T E D E C Í D U O ASPECTO CLÍNICO DE FRATURA DE ESMALTE E DENTINA NO DENTE 51 QUADRO CLÍNICO Fratura abrangendo esmalte e dentina sem exposição pulpar. TESTES COMPLEMENTARES AO EXAME CLÍNICO ▪ Tomadas radiográficas de rotina. ▪ Radiografia de tecidos moles, se houver laceração. ▪ Testes de sensibilidade pulpar. PROCEDIMENTOS ▪ Sem fragmento → restaurar o dente ou inicialmente protegê-lo com ionômero de vidro. ▪ Com fragmento → limpar e hidratar o fragmento em soro fisiológico por 15 minutos e reposicionar com sistema adesivo e resina. CONTROLE CLÍNICO E RADIOGRÁFICO uma rotina de acompanhamento é realizada nas consultas de manutenção do paciente F R A T U R A D E E S M A L T E E D E N T I N A D E N T E P E R M A N E N T E ASPECTO CLÍNICO DE FRATURA DE ESMALTE E DENTINA NO DENTE 11 E 21 ASPECTO CLÍNICO DE FRATURA DE ESMALTE E DENTINA NOS DENTES 11 E 21 ASPECTO CLÍNICO DA RESTAURAÇÃO DE FRATURA DE ESMALTE E DENTINA NOS DENTES 11 E 21 ASPECTO CLÍNICO DE FRATURA DE ESMALTE E DENTINA NOS DENTES 11 E 21 – ANTES E APÓS RESTAURAÇÃO QUADRO CLÍNICO Fratura abrangendo esmalte e dentina com exposição pulpar. TESTES COMPLEMENTARES AO EXAME CLÍNICO ▪ Tomadas radiográficas de rotina e oclusal modificada. ▪ Radiografia de tecidos moles, se houver laceração. PROCEDIMENTOS ▪ Terapia pulpar de acordo com o ciclo biológico do dente, tempo decorrido e condições clínicas, após fazer reconstrução dental. CONTROLE CLÍNICO E RADIOGRÁFICO ▪ Clínico → 1 a 2 semanas após o traumatísmo. ▪ Clínico e radiográfico → 1 mês, 3 meses, 3 meses e semestralmente até erupção do permanente PROGNÓSTICO ▪ Normalmente favorável quando não houver demora no tratamento. F R A T U R A D E E S M A L T E E D E N T I N A C O M E X P O S I Ç Ã O P U L P A R D E N T E D E C Í D U O ASPECTO CLÍNICO DE EXPOSIÇÃO PULPAR NO DENTES 51 QUADRO CLÍNICO Fratura abrangendo esmalte e dentina com exposição pulpar e rizogênese incompleta. TESTES COMPLEMENTARES AO EXAME CLÍNICO ▪ Tomadas radiográficas de rotina. ▪ Radiografia de tecidos moles, se houver laceração. ▪ Testes de sensibilidade pulpar quando não for possível visualizar diretamente o estado da polpa. PROCEDIMENTOS ▪ Microexposição → lavar com soro, aplicar Ca(OH)2 P.A. ou MTA, ionômero e restaurar. ▪ Exposição Intermediária → polpa saudável, no máximo 1 semana do trauma; lavar com soro, pulpotomia parcial com Ca(OH)2 P.A., ionômero e restaurar. F R A T U R A D E E S M A L T E E D E N T I N A C O M E X P O S I Ç Ã O P U L P A R E R I Z O G Ê N E S E I N C O M P L E T A D E N T E P E R M A N E N T E PROCEDIMENTOS ▪ Grande Exposição ou quando se passou mais de uma semana do trauma → lavar com soro, pulpotomia total com Ca(OH)2 P.A. + cimento Ca(OH)2, ionômero e restaurar. ▪ Sinais de quadro inflamatório intenso no tecido pulpar ou necrose → preparo do canal até encontrar tecido sadio; irrigar com hipoclorito de sáodio a 1% aplicar Ca(OH)2 P.A. + cimento Ca(OH)2 e polietilenoglicol (PEG) 400, ionômero e restaurar. Após completa rizogênese, finalizar o tratamento endodôntico. CONTROLE CLÍNICO E RADIOGRÁFICO ▪ 30 DIAS ▪ A CADA 45 DIAS ATÉ RIZOGÊNESE SE COMPLETAR ▪ uma rotina de acompanhamento é realizada nas consultas de manutenção do paciente F R A T U R A D E E S M A L T E E D E N T I N A C O M E X P O S I Ç Ã O P U L P A R E R I Z O G Ê N E S E I N C O M P L E T A D E N T E P E R M A N E N T E QUADRO CLÍNICO Fratura abrangendo esmalte e dentina com exposição pulpar e rizogênese completa. TESTES COMPLEMENTARES AO EXAME CLÍNICO ▪ Tomadas radiográficas de rotina. ▪ Radiografia de tecidos moles, se houver laceração. ▪ Testes de sensibilidade pulpar quando não for possível visualizar diretamente o estado da polpa. PROCEDIMENTOS ▪ Polpa Viva → pulpectomia, medicação intracanal a base de Ca(OH)2 P.A. E polietilenoglicol 400. 2ª sessão, obturar o canal e restaurar o dente F R A T U R A D E E S M A L T E E D E N T I N A C O M E X P O S I Ç Ã O P U L P A R E R I Z O G Ê N E S E C O M P L E T A D E N T E P E R M A N E N T E PROCEDIMENTOS ▪ Polpa Morta → pulpectomia, medicação intracanal a base de Ca(OH)2 P.A. E polietilenoglicol 400. ▪ Polpa Morta → 1ºcontrole (15 dias) verificar integridade da MIC na imagem RX, em caso de falhas trocá-la. 2º controle (30 dias) verificar a integridade da MIC na imagem RX, em caso de falhas trocá-la. Lembrar que nas trocas de MIC devemos irrigar de maneira abundante o canal com hipoclorito de sódio a 1% e raspar suavemente as paredes com lima ou agulhas e irrigação com serdas para remover bem o Ca(OH)2 aderido as paredes. Após 45 dias e tendo condições favoráveis, obturar o canal e restaurar o dente. CONTROLE CLÍNICO E RADIOGRÁFICO uma rotina de acompanhamento é realizada nas consultas de manutenção do paciente F R A T U R A D E E S M A L T E E D E N T I N A C O M E X P O S I Ç Ã O P U L P A R E R I Z O G Ê N E S E I N C O M PL E T A D E N T E P E R M A N E N T E PROCEDIMENTOS ▪ Polpa Viva → Lembrar que nas trocas de MIC devemos irrigar de maneira abundante o canal com hipoclorito de sáodio a 1% e raspar suavemente as paredes com lima ou agulhas e irrigação com serdas para remover bem o Ca(OH)2 aderido as paredes. Após 45 dias e tendo condições favoráveis, obturar o canal e restaurar o dente. ▪ Polpa Morta → Lembrar que nas trocas de MIC devemos irrigar de maneira abundante o canal com hipoclorito de sáodio a 1% e raspar suavemente as paredes com lima ou agulhas e irrigação com serdas para remover bem o Ca(OH)2 aderido as paredes. Após 45 dias e tendo condições favoráveis, obturar o canal e restaurar o dente. CONTROLE CLÍNICO E RADIOGRÁFICO uma rotina de acompanhamento é realizada nas consultas de manutenção do paciente F R A T U R A D E E S M A L T E E D E N T I N A C O M E X P O S I Ç Ã O P U L P A R E R I Z O G Ê N E S E I N C O M P L E T A D E N T E P E R M A N E N T E QUADRO CLÍNICO Fratura abrangendo esmalte, dentina e cemento, podendo ou não ter comprometimento pulpar. TESTES COMPLEMENTARES AO EXAME CLÍNICO ▪ Tomadas radiográficas de rotina, oclusal modificada. ▪ Radiografia de tecidos moles, se houver laceração. ▪ Testes de sensibilidade pulpar quando não for possível visualizar diretamente o estado da polpa. F R A T U R A C O R O N O R R A D I C U L A R D E N T E D E C Í D U O PROCEDIMENTOS ▪ Normalmente compromete a estrutura radicular e apresenta exposição pulpar, necessitando de exodontia e reabilitação protética. ▪ Quando for possível, manter o dente. CONTROLE CLÍNICO E RADIOGRÁFICO ▪ APÓS EXODONTIA: ✓ Clínico 1 a 2 semanas, 1 mês. ✓ Clínico e radiográfico semestralmente até erupção do permanente. ▪ MANUTENÇÃO DO DENTE: ✓ Clínico 1 a 2 semanas após o trauma; ✓ Clínico e radiográfico 1 mês, 3 meses, mais 3 meses e semestralmente até erupção do permanente. PROGNÓSTICO ▪ Prognóstico desfavorável normalmente F R A T U R A C O R O N O R R A D I C U L A R D E N T E D E C Í D U O ASPECTO CLÍNICO DE FRATURA CORONORRADICULAR NO DENTE 51 ASPECTO RADIGRÁFICO DA REGIÃO ÂNTERO-POSTERIOR DENTE 51 APÓS EXODONTIA ASPECTO CLÍNICO DE FRATURA CORONORRADICULAR NO DENTE 61 DENTE 61 APÓS EXODONTIA QUADRO CLÍNICO Fratura abrangendo esmalte, dentina e cemento, podendo ou não ter comprometimento pulpar, e apresentar rizogênese completa ou incompleta. TESTES COMPLEMENTARES AO EXAME CLÍNICO ▪ Tomadas radiográficas de rotina c/ variações da angulação horizontal p/ detectar linhas de fratura na raiz. ▪ Radiografia de tecidos moles, se houver laceração. ▪ Testes de sensibilidade pulpar quando não for possível visualizar diretamente o estado da polpa. F R A T U R A C O R O N O R R A D I C U L A R D E N T E P E R M A N E N T E PROCEDIMENTOS ▪ Na ausência de exposição pulpar (tratamento de urgência) → remoção do fragmento, lavar com soro fisiológico, reposicionar o fragmento, fixar com sistema adesivo e resina. ▪ Na impossibilidade de remoção do fragmento na 1ª sessão → estabilizar com sistema adesivo e resina e avaliar o plano de tratamento definitivo. ▪ Na presença de exposição pulpar (tratamento de urgência) → seguir os passos de tratamento para fratura coronária com exposição c/ rizogênese completa ou incompleta. ▪ Para plano de tratamento definitivo → avaliar a necessidade de expor o limite subgengival da fratura, via cirurgia periodontal ou extrusão ortodôntica. Orientações sobre higiene. F R A T U R A C O R O N O R R A D I C U L A R D E N T E P E R M A N E N T E CONTROLE CLÍNICO E RADIOGRÁFICO ▪ 30 DIAS ▪ A CADA 45 DIAS ATÉ RIZOGÊNESE SE COMPLETAR ▪ uma rotina de acompanhamento é realizada nas consultas de manutenção do paciente F R A T U R A C O R O N O R R A D I C U L A R D E N T E P E R M A N E N T E QUADRO CLÍNICO ❑ Fratura localizada no terço cervical da raiz; ❑ Coroa pode apresentar mobilidade ou deslocamento total; ❑ Pode haver escurecimento da coroa. TESTES COMPLEMENTARES AO EXAME CLÍNICO ❑ Tomadas radiográficas de rotina, oclusal modificada. ❑ Radiografia de tecidos moles, se houver laceração. PROCEDIMENTOS ▪ Normalmente realiza-se a exodontia. ▪ Caso haja condições pode-se manter o dente. CONTROLE CLÍNICO E RADIOGRÁFICO ▪ APÓS EXODONTIA: ✓ Clínico 1 a 2 semanas, 1 mês. ✓ Clínico e radiográfico semestralmente até erupção do permanente. ▪ MANUTENÇÃO DO DENTE: ✓ Clínico 1 a 2 semanas após o trauma; ✓ Clínico e radiográfico 1 mês, 3 meses, mais 3 meses e semestralmente até erupção do permanente. F R A T U R A R A D I C U L A R T E R Ç O C E R V I C A L D E N T E D E C Í D U O QUADRO CLÍNICO ❑ Fratura localizada no terço cervical da raiz; ❑ Coroa pode apresentar mobilidade ou deslocamento total; ❑ Sensibilidade à percussão; ❑ Pode haver escurecimento da coroa. TESTES COMPLEMENTARES AO EXAME CLÍNICO ❑ Tomadas radiográficas de rotina. ❑ Periapicais com angulação de 45º e 110º. ❑ Radiografia de tecidos moles, se houver laceração. ❑ Testes de sensibilidade pulpar quando não for possível visualizar diretamente o estado da polpa. F R A T U R A R A D I C U L A R T E R Ç O C E R V I C A L D E N T E P E R M A N E N T E PROCEDIMENTOS ▪ Possibilidade de reposição do fragmento → lavar com soro fisiológico, reposicionar o fragmento, estabilizar nos dentes vizinhos com conteção flexível por 4 meses, alívio oclusal. ▪ Na impossibilidade de reposição do fragmento → seguir a conduta de “fratura de esmalte com exposição pulpar” levando em consideração o grau de desenvolvimento radicular. Confeccionar restauração protética provisória e posteriormente avaliar o tratamento definitivo. ▪ Havendo fratura alveolar → seguir os passos de tratamento de fratura alveolar. ▪ Orientação para higiene bucal. CONTROLE CLÍNICO E RADIOGRÁFICO ▪ Avaliar após 1 mês, 2 meses, 4 meses (remoção da contenção), 6 meses, 1 ano e 5 anos. ▪ uma rotina de acompanhamento é realizada nas consultas de manutenção do paciente F R A T U R A R A D I C U L A R T E R Ç O C E R V I C A L D E N T E P E R M A N E N T E QUADRO CLÍNICO ❑ Fratura localizada no terço médio ou apical da raiz; ❑ Envolve dentina, cemento e polpa; ❑ Coroa pode ou não apresentar mobilidade e deslocamento total; TESTES COMPLEMENTARES AO EXAME CLÍNICO ❑ Tomada radiográfica oclusal modificada e periapical se necessário. F R A T U R A R A D I C U L A R T E R Ç O M É D I O / A P I C A L D E N T E D E C Í D U O Prof. Ms. Marcelo J. Pereira PROCEDIMENTOS ORIENTAÇÕES BÁSICAS ✓ Repouso do dente: não morder na região, dieta pastosa e remoção do hábito de sucção de dedo, chupeta e mamadeira; ✓ Higiene da área: limpeza com gaze e água oxigenada 10V ou solução de clorexidina e quando possível escovação. ✓ Avaliar necessidade de prescrição: analgésico, antiinflamatório, antibiótico e antitetânica. ✓ Controle clínico e radiográfico para tratamento das sequelas nos dentes decíduos. ✓ Acompanhamento da formação do germe do dente permanente até sua erupção. ▪ Sem mobilidade e sem deslocamento da porção coronária → acompanhamento e orientações básicas de limpeza e repouso da área. ▪ Com mobilidade e com deslocamento da porção coronária → reposicionar e realizar conteção semi-rigida por 21 a 30 dias e orientações básicas de limpeza e repouso da área. ▪ Com mobilidade e impossibilidade de fazer conteção ou fratura óssea → exodontia (nem sempre o fragmento apical é removido), acompanhar até o permanente erupcionar. F R A T U R A R A D I C U L A R T E R Ç O M É D I O / AP I C A L D E N T E D E C Í D U O CONTROLE CLÍNICO E RADIOGRÁFICO Manutenção do dente: ➢ Clínico: 1ª, 2ª e 3ª semanas; ➢ Clínico e radiográfico: 1 mês, 3 meses, mais de 3 meses e semestralmente até erupção do permanente. Se houver necessidade de tratamento endodôntico, este será até a linha de fratura. Após exodontia: ➢ Clínico 1 a 2 semanas, 1 mês; ➢ Clínico e radiográfico: semestralmente até erupção do permanente. PROGNÓSTICO o PROGNÓSTICO FAVORÁVEL NORMALMENTE; o PROGNÓSTICO DESFAVORÁVEL SE NÃO HOUVER CONDIÇÕES DE MANTER O DENTE. F R A T U R A R A D I C U L A R T E R Ç O M É D I O / A P I C A L D E N T E D E C Í D U O ASPECTO RADIOGRÁFICO DE FRATURA RADICULAR NOS DENTES 61 E 62 ASPECTO CLÍNICO APÓS 2 ANOS ASPECTO RADIOGRÁFICO APÓS 2 ANOS ASPECTO CLÍNICO DE CONTENÇÃO APÓS FRATURA RADICULAR NOS DENTES 51 E 61 ASPECTO RADIOGRÁFICO DA FRATURA RADICULAR NOS DENTES 51 E 61 ASPECTO RADIOGRÁFICO APÓS 18 MESES QUADRO CLÍNICO ❑ Fratura localizada no terço médio da raiz; ❑ Coroa pode apresentar mobilidade ou deslocamento total; ❑ Sensibilidade à percussão; ❑ Pode haver escurecimento da coroa. TESTES COMPLEMENTARES AO EXAME CLÍNICO ❑ Tomadas radiográficas de rotina. ❑ Periapicais com angulação de 45º e 110º. ❑ Radiografia de tecidos moles, se houver laceração. ❑ Testes de sensibilidade pulpar em caso de manutenção do fragmento coronário. F R A T U R A R A D I C U L A R T E R Ç O M É D I O D E N T E P E R M A N E N T E PROCEDIMENTOS ▪ Sem mobilidade e deslocamento da porção coronária → lavar com soro fisiológico, reposicionar o fragmento, estabilizar nos dentes vizinhos com conteção flexível por 1 mês, alívio oclusal. ▪ Na impossibilidade de reposição do fragmento → remoção do fragmento e avaliar a possibilidade de manutenção do fragmento radicular para determinar o plano de tratamento reabilitador. ▪ Havendo fratura alveolar → seguir os passos de tratamento de fratura alveolar. ▪ Orientação para higiene bucal. CONTROLE CLÍNICO E RADIOGRÁFICO ▪ Avaliar após 1 mês (remoção da contenção), 2 meses, 4 meses, 6 meses, 1 ano e 5 anos. ▪ uma rotina de acompanhamento é realizada nas consultas de manutenção do paciente F R A T U R A R A D I C U L A R T E R Ç O M É D I O D E N T E P E R M A N E N T E QUADRO CLÍNICO ❑ Fratura localizada no terço apical da raiz; ❑ Coroa pode apresentar mobilidade ou deslocamento; ❑ Sensibilidade à percussão; ❑ Pode haver escurecimento da coroa. TESTES COMPLEMENTARES AO EXAME CLÍNICO ❑ Tomadas radiográficas de rotina. ❑ Periapicais com angulação de 45º e 110º. ❑ Radiografia de tecidos moles, se houver laceração. F R A T U R A R A D I C U L A R T E R Ç O A P I C A L D E N T E P E R M A N E N T E PROCEDIMENTOS ▪ Tratamento imediato → lavar com soro fisiológico, reposicionar o fragmento, estabilizar nos dentes vizinhos com conteção flexível por 1 mês, alívio oclusal. ▪ Havendo fratura alveolar → seguir os passos de tratamento de fratura alveolar. ▪ Orientação para higiene bucal. CONTROLE CLÍNICO E RADIOGRÁFICO ▪ Avaliar após 1 mês (remoção da contenção), 2 meses, 4 meses, 6 meses, 1 ano e 5 anos. ▪ uma rotina de acompanhamento é realizada nas consultas de manutenção do paciente F R A T U R A R A D I C U L A R T E R Ç O A P I C A L D E N T E P E R M A N E N T E Prof. Ms. Marcelo J. Pereira QUADRO CLÍNICO ❑ Fratura envolvendo o osso alveolar, podendo haver deslocamento; ❑ Pode haver mobilidade do fragmento; ❑ Teste de sensibilidade pulpar pode ser negativo – transitório. TESTES COMPLEMENTARES AO EXAME CLÍNICO ❑ Tomadas radiográficas de rotina; ❑ Radiografia panorâmica; ❑ Testes de sensibilidade pulpar. PROCEDIMENTOS ▪ Tratamento imediato → reduzir a fratura o mais rápido possível, confirmar radiograficamente, estabilizar com contenção rígida por 4 semanas. ▪ Orientação para higiene bucal. ▪ Caso necessário avaliação por cirurgião bucomaxilofacial. CONTROLE CLÍNICO E RADIOGRÁFICO ▪ Avaliar após 1 mês (remoção da contenção), 2 meses, 4 meses, 6 meses, 1 ano e 5 anos. ▪ uma rotina de acompanhamento é realizada nas consultas de manutenção do paciente LESÕES AOS TECIDOS DE SUSTENTAÇÃO Os tecidos de sustentação são inevitavelmente afetados em qualquer traumatismo que envolva as dentições. Uma força com intensidade suficiente para ocasionar trincas no esmalte também apresenta potencial traumático sobre os tecidos de sustentação. LESÕES AOS TECIDOS DE SUSTENTAÇÃO O quadro do pós-traumatismo imediato é, via de regra, preocupante e capaz de causar grande apreensão em função do sangramento – não raras vezes abundante – e o edema na região. Prof. Ms. Marcelo J. Pereira QUADRO CLÍNICO ❑ Pequeno trauma nas estruturas de suporte do dente. ❑ Geralmente sem mobilidade, deslocamento e sangramento. ❑ Sensibilidade à percussão vertical e palpação apical. TESTES COMPLEMENTARES AO EXAME CLÍNICO ❑ Tomadas radiográficas de rotina (oclusal modificada). PROCEDIMENTOS ▪ Alívio oclusal se necessário; ▪ Orientar sobre higienização; ▪ Orientar sobre alimentação e repouso da área; ▪ Bochechos diários clorexidina 0,12% durante uma semana. CONTROLE CLÍNICO E RADIOGRÁFICO ▪ CLÍNICO: Avaliar 1 a 2 semanas após o trauma. ▪ CLÍNICO E RADIOGRÁFICO: 1 mês, 3 meses, mais 3 meses e semestralmente até erupção do permanente. PROGNÓSTICO ▪ Favorável DESENHO ESQUEMÁTICO DE CONCUSSÃO ASPECTO CLÍNICO DE CONCUSSÃO NO DENTE 61 APÓS 30 DIAS ASPECTO CLÍNICO APÓS 2 ANOS ASPECTO RADIOGRÁFICO APÓS 2 ANOS QUADRO CLÍNICO ❑ Pequeno trauma nas estruturas de suporte do dente. ❑ Geralmente sem mobilidade, deslocamento e sangramento. ❑ Sensibilidade à percussão vertical e palpação apical. TESTES COMPLEMENTARES AO EXAME CLÍNICO ❑ Tomadas radiográficas de rotina. ❑ Teste de sensibilidade pulpar. PROCEDIMENTOS ▪ Alívio oclusal se necessário; ▪ Orientar sobre higienização; ▪ Orientar sobre alimentação e repouso da área; ▪ Bochechos diários clorexidina 0,12% durante uma semana. CONTROLE CLÍNICO E RADIOGRÁFICO ▪ Avaliar após 1 mês, 2 meses e 1 ano. QUADRO CLÍNICO ❑ Lesão das estruturas de suporte do dente. ❑ Geralmente pouca mobilidade. ❑ Ausência de deslocamento. ❑ Sangramento no sulco gengival. ❑ Sensibilidade à palpação e percussão. TESTES COMPLEMENTARES AO EXAME CLÍNICO ❑ Tomadas radiográficas de rotina (oclusal modificada). ❑ Avaliar mobilidade. PROCEDIMENTOS ▪ Alívio oclusal se necessário; ▪ Contenção flexível por até 15 dias em caso de mobilidade exagerada ▪ Orientar sobre higienização; ▪ Orientar sobre alimentação e repouso da área; ▪ Bochechos diários clorexidina 0,12% durante uma semana. ▪ Acompanhamento clínico e radiográfico. CONTROLE CLÍNICO E RADIOGRÁFICO ▪ CLÍNICO: Avaliar 1 a 2 semanas após o trauma. ▪ CLÍNICO E RADIOGRÁFICO: 1 mês, 3 meses, mais 3 meses e semestralmente até erupção do permanente. PROGNÓSTICO ▪ Favorável. DESENHO ESQUEMÁTICO DE SUBLUXAÇÃO EM DENTE DECÍDUO ASPECTO CLÍNICO DE FRATURA CORONÁRIA NO DENTE 51, ASSOCIADA A SUBLUXAÇÃO QUADRO CLÍNICO ❑ Lesão das estruturas de suporte do dente. ❑ Geralmente pouca mobilidade. ❑ Ausência de deslocamento. ❑ Sangramento no sulco gengival. ❑ Sensibilidade à palpação e percussão. TESTES COMPLEMENTARES AO EXAME CLÍNICO ❑ Tomadas radiográficas de rotina. ❑ Teste de sensibilidade pulpar. PROCEDIMENTOS ▪ Alívio oclusal se necessário; ▪ Contenção flexível por até 15 dias em caso de mobilidade exagerada ▪ Orientar sobre higienização;▪ Orientar sobre alimentação e repouso da área; ▪ Bochechos diários clorexidina 0,12% durante uma semana. CONTROLE CLÍNICO E RADIOGRÁFICO ▪ Avaliar após 1 mês, 2 meses e 1 ano. Prof. Ms. Marcelo J. Pereira Prof. Ms. Marcelo J. Pereira ASPECTO CLÍNICO E RADIOGRÁFICO DE SUBLUXAÇÃO NOS DENTES 21 E 22 ASPECTO CLÍNICO E RADIOGRÁFICO 1 MÊS APÓS NOS DENTES 21 E 22 QUADRO CLÍNICO ❑ Lesão das estruturas de suporte do dente. ❑ Mobilidade ou sem devido travamento no alvéolo. ❑ Com ou sem deslocamento dental. TESTES COMPLEMENTARES AO EXAME CLÍNICO ❑ Tomadas radiográficas de rotina (oclusal modificada). ❑ Exame clínico. ❑ Avaliar mobilidade. ❑ Avaliar deslocamento. ❑ Avaliar fratura alveolar. PROCEDIMENTOS ▪ Avaliar necessidade de reposicionamento e contenção. ▪ Reposicionamento e contenção flexível ou semi-rígida (fio de nailon ou aço + resina composta) por até 14 a 21 dias. ▪ Alívio oclusal se necessário; ▪ Orientar sobre higienização; ▪ Orientar sobre alimentação e repouso da área; ▪ Bochechos diários clorexidina 0,12% durante uma semana. ▪ Acompanhamento clínico e radiográfico. ▪ Se o atendimento for realizado após 3 semanas do trauma, cicatrização já foi iniciada inadequadamente, diminuindo as chances de uso de contenção com sucesso; ▪ Avaliar a indicação de reposicionamento (cuidados não lesar germe permanente). Quando dente esta travado no alvéolo, reposicionamento pode causar mais trauma no ligamento periodontal. ▪ Em caso de fratura alveolar esta indicada a exodontia. CONTROLE CLÍNICO E RADIOGRÁFICO MANUTENÇAÕ DO DENTE: ▪ CLÍNICO – Avaliar 1, 2 e semanas após o trauma. ▪ CLÍNICO E RADIOGRÁFICO – 1 mês, 3 meses, mais 3 meses e semestralmente até erupção do permanente. APÓS EXODONTIA: ▪ CLÍNICO – 1 a 2 semanas, 1 mês; ▪ CLÍNICO E RADIOGRÁFICO – semestralmente até erupção do permanente. ▪ Se houver comprometimento pulpar, avaliar a indicação de tratamento endodôntico ou exodontia, de acordo com as condições e ciclo biológico do dente. PROGNÓSTICO ▪ Favorável se o atendimento for logo após o trauma. DESENHO ESQUEMÁTICO DE LUXAÇÃO LATERAL EM DENTE DECÍDUO ASPECTO CLÍNICO DE LUXAÇÃO LATERAL PARA PALATINO NO DENTE 51 E LUXAÇÃO EXTRUSIVA NO DENTE 61 ASPECTO RADIOGRÁFICO ASPECTO RADIGRÁFICO DE LUXAÇÃO LATERAL NO DENTE 51 ASPECTO CLÍNICO DE CONTENÇÃO DENTÁRIA ASPECTO CLÍNICO APÓS 2 ANOS ASPECTO RADIGRÁFICO APÓS 2 ANOS (OBLITERAÇÃO PULPAR) ASPECTO CLÍNICO APÓS 3 ANOS (INFRA-OCLUSÃO NO DENTE 51) ASPECTO RADIGRÁFICO APÓS 3 ANOS QUADRO CLÍNICO ❑ Deslocamento dental geralmente para face palatal ou lingual. ❑ Som metálico e alto ao teste de percussão em caso de aprisionamento da raiz. ❑ Sensibilidade à palpação e percussão. ❑ Mobilidade relacionada à direção do deslocamento e possibilidade de fratura alveolar. TESTES COMPLEMENTARES AO EXAME CLÍNICO ❑ Tomadas radiográficas de rotina. ❑ Teste de sensibilidade pulpar. PROCEDIMENTOS ▪ Reposicionar o dente luxado com leve pressão digital, recolocando-o em seu alvéolo. ▪ Contenção flexível por 4 semanas. ▪ Alivio oclusal. ▪ Em caso de mortificação pulpar proceder, ao tratamento endodôntico. ▪ Em caso de fratura alveolar concomitante – contenção RÍGIDA por 4 semanas. ▪ Orientar sobre higienização; ▪ Orientar sobre alimentação e repouso da área; ▪ Bochechos diários clorexidina 0,12% durante 1 semana. CONTROLE CLÍNICO E RADIOGRÁFICO ▪ Avaliar após 15 dias, 1 mês (remoção da contenção), 2 meses, 6 meses, 1 ano e anualmente por 5 anos. IMAGEM INICIAL APÓS TRAUMATISMO E RESPECTIVA RADIOGRAFIA PERIAPICAL. (LUXAÇÃO LATERAL DO ELEMENTO 21) IMAGEM APÓS REPOSICIONAMENTO E EXPLINTAGEM DO ELEMENTO 21 (LUXAÇÃO LATERAL DO ELEMENTO 21) IMAGEM APÓS REMOÇÃO DE EXPLINTAGEM E RESPECTIVA RADIOGRAFIA PERIAPICAL COM PASTA INTRACANAL À BASE DE HIDRÓXIDO DE CÁLCIO (LUXAÇÃO LATERAL DO ELEMENTO 21) OBSERVAÇÕES IMPORTANTES A QUESTÃO FUNDAMENTAL DO DIAGNÓSTICO DA LUXAÇÃO INTRUSIVA É DEFINIR SE O DESLOCAMENTO DO DENTE OCORREU NA DIREÇÃO DO GERME DE SEU SUCESSOR (PARA PALATINO) OU NO SENTIDO OPOSTO(PARA VESTIBULAR): ✓ SE A IMAGEM RADIOGRÁFICA DO DENTE INTRUÍDO FOR ALONGADA EM RELAÇÃO AO HOMÓLOGO, A LUXAÇÃO DETERMINOU UMA APROXIMAÇÃO COM O SUCESSOR, COM PROVÁVEL INVASÃO DO FOLÍCULO DO GERME EM DESENVOLVIMENTO. ✓ SE A IMAGEM RADIOGRÁFICA DO DENTE INTRUÍDOFOR ENCURTADA EM RELAÇÃO AO HOMÓLOGO INDICA PROVÁVEL AFASTAMENTO EM RELAÇÃO AO SUCESSOR. Prof. Ms. Marcelo J. Pereira QUADRO CLÍNICO ❑ Deslocamento do dente para interior do alvéolo. ❑ Mobilidade. EXAME CLÍNICO E TESTES COMPLEMENTARES ❑ Exame clínico. ❑ Grau de intrusão. ❑ Avaliar fratura alveolar ❑ Tomadas radiográficas de rotina e oclusal e lateral modificada. PROCEDIMENTOS ▪ Palpação do fundo de saco para verificar direção da intrusão e fratura da tábua óssea vestibular. INTRUSÃO NO LONGO EIXO DO DENTE: ▪ Aguardar início reerupção espontânea de 15 a 30 dias. ▪ Reerupção total da coroa de 3 a 6 meses. ▪ Orientações básicas de limpeza e repouso da área. ▪ Acompanhamento clínico e radiográfico. INTRUSÃO PARA PALATINA: ▪ Normalmente afeta o germe do dente permanente exodontia. INTRUSÃO PARA VESTIBULAR SEM FRATURA DE TÁBUA ÓSSEA: ▪ Aguardar início reerupção espontânea de 15 a 30 dias. ▪ Reerupção total da coroa de 3 a 6 meses. ▪ Orientações básicas de limpeza e repouso da área. ▪ Acompanhamento clínico e radiográfico. ▪ Maiores chances de reabsorção. Prof. Ms. Marcelo J. Pereira PROCEDIMENTOS INTRUSÃO PARA VESTIBULAR COM FRATURA DE TÁBUA ÓSSEA: ▪Quando a raiz do dente decíduo rompe o processo alveolar, no exame de palpação, observa-se que ao fazer pressão apical a incisal do dente se move → exodontia ▪No geral, se o dente não começar a reerupcionar, em 30-40 dias aumenta a chance de indicar exodontia. ▪Acompanhamento clínico e radiográfico → risco maior de repercussão no dente permanente. CONTROLES MANUTENÇÃO DO DENTE: ▪CLÍNICO: 1 semana, 2 semanas e mensal até 6 meses. ▪CLÍNICO E RADIOGRÁFICO: 1 mês, 3 meses, mais 3 meses e semestralmente até erupção do permanente. APÓS EXODONTIA: ▪CLÍNICO: 1 a 2 semanas, 1 mês. ▪CLÍNICO E RADIOGRÁFICO: semestralmente até erupção do permanente. Se houver comprometimento pulpar, avaliar a indicação de tratamento endodôntico ou exodontia, de acordo com as condições e o ciclo biológico do dente. PROGNÓSTICO Prognóstico dependente da destruição do alvéolo e direção da intrusão. ❖INTRUSÃO NO LONGO EIXO DO DENTE: prognóstico favorável. ❖INTRUSÃO PARA PALATINA: prognóstico desfavorável. ❖INTRUSÃO PARA VESTIBULAR SEM FRATURA DE TÁBUA ÓSSEA: prognóstico favorável. ❖INTRUSÃO PARA VESTIBULAR COM FRATURA DE TÁBUA ÓSSEA: prognóstico desfavorável. DESENHO ESQUEMÁTICO DE LUXAÇÃO INTRUSIVA EM DENTE DECÍDUO ASPECTO NORMAL NA RELAÇÃO DECÍDUOS/PERMANENTES ENCURTAMENTO DA IMAGEM RADIOGRÁFICA DO DENTE 61 ASPECTO CLÍNICO DE LUXAÇÃO INTRUSIVA DOS DENTES 51 E 52 ASPECTO RADIOGRÁFICO ASPECTO CLÍNICO APÓS 9 DIAS, REERUPÇÃO DO 51 ASPECTO APÓS 30 DIAS, REERUPÇÃO DO 51 E 52 ASPECTO CLÍNICO APÓS 2 ANOS ASPECTO RADIOGRÁFICO APÓS 2 ANOS , OBLITERAÇÃO PULPAR NOS DENTES 51,52 E 61 ASPECTO CLÍNICO DE LUXAÇÃO INTRUSIVA DO DENTE 51, EVIDENCIANDO SINAIS DE INFECÇÃO NOS TECIDOS ADJACENTES ASPECTO CLÍNICO DO MESMO PACIENTE APÓS 7 ANOS, EVIDENCIANDO HIPOPLASIA DO ESMALTE NO DENTE 11 ASPECTO RADIOGRÁFICO EVIDENCIANDO LUXAÇÃO INTRUSIVA DO DENTE 61 Prof. Ms. Marcelo J. Pereira QUADRO CLÍNICO E EXAME CLÍNICO ❑ Deslocamento do dente para o interior do alvéolo. ❑ Som metálico e alto ao teste de percussão. ❑ Sensibilidade à palpação. ❑ Ausência de mobilidade.TESTES COMPLEMENTARES AO EXAME CLÍNICO ❑ Tomadas radiográficas de rotina . ❑ Teste de sensibilidade pulpar → frequentemente a resposta é negativa. PROCEDIMENTOS DENTES COM RIZOGÊNESE INCOMPLETA: ▪Aguardar reerupção espontânea 3 semanas. ▪Não ocorrendo reerupção espontânea, realizá-la ortodônticamente. ▪Avaliar vitalidade pulpar. DENTES COM RIZOGÊNESE COMPLETA: ▪Quanto maior a idade, menor chance de reerupção espontânea. ▪Reposicionar por meio de tratamento cirúrgico ou ortodôntico (depedendo da extensão da intrusão) ▪Realizar tratamento endodôntico com de MIC à base de Hidróxido de Cálcio por 60 – 90 dias. ▪Em caso de reposicionamento cirúrgico, usar contenção flexível por 2 a 3 semanas. SE HOUVER FRATURAALVÉOLAR: ▪Seguir passos para tratamento de fratura alvéolar CONDUTAS GERAIS: ▪Antiinflamatório, se necessário. ▪Orientar sobre alimentação e repouso da área; ▪Bochechos diários clorexidina 0,12% durante 1 semana. CONTROLE CLÍNICO E RADIOGRÁFICO ▪ Avaliar após 15 dias, 2 mês, 6 meses, 1 ano e anualmente por 5 anos. INTRUSÃO INTRUSÃO INTRUSÃO INTRUSÃO Condição clínica de um incisivo intruído. Tração ortodôntica de um incisivo intruído. Visão palatina da tração ortodôntica de um incisivo intruído. Prof. Ms. Marcelo J. Pereira QUADRO CLÍNICO ❑ Deslocamento axial com saída parcial do dente do alvéolo. ❑ Mobilidade. TESTES COMPLEMENTARES AO EXAME CLÍNICO ❑ Exame clínico ❑ Avaliar fratura alvéolar ❑ Tomadas radiográficas de rotina e oclusal modificada. PROCEDIMENTOS ▪ Reposicionamento do dente cuidadosamente e contenção semi-rígida por 14 a 21dias. ▪ Alivio oclusal. ▪ Antiinflamatório, se necessário. ▪ Orientar sobre alimentação e repouso da área; ▪ Bochechos diários clorexidina 0,12% durante 1 semana. ▪ Em dentes decíduos não se recomenda reposicionamento tardio, pois pode ocorrer deslocamento do coágulo do alvéolo, presionando o germe do dente permanente. Indica-se a exodontia. ▪ Caso não seja possível fazer reposicionamento, e a extrusão for pequena, mas apresente mobilidade com possibilidade de recuperação, pode ser realizada a conteção e desgaste oclusal. ▪ Em caso de fratura alvéolar, normalmente esta indicada a exodontia. CONTROLE CLÍNICO E RADIOGRÁFICO MANUTENÇAÕ DO DENTE: ▪ CLÍNICO – 1 semana, 2 semanas, 3 semanas. ▪ CLÍNICO E RADIOGRÁFICO – 1 mês, 3 meses, mais 3 meses e semestralmente até erupção do permanente. APÓS EXODONTIA : ▪ CLÍNICO – 1 a 2 semanas, 1 mês. ▪ CLÍNICO E RADIOGRÁFICO – semestralmente até erupção do permanente ➢ Se houver comprometimento pulpar, avaliar a indicação de tratamento endodôntico ou exodontia. PROGNÓSTICO ▪ Desfavorável normalmente. Paciente dificilmente chega dentro do tempo recomendável para os procedimentos normais. DESENHO ESQUEMÁTICO DE LUXAÇÃO EXTRUSIVA EM DENTE DECÍDUO ASPECTO CLÍNICO DE LUXAÇÃO EXTRUSIVA DO DENTE 61, AVULSÃO DO 51 E LACERAÇÃO DO FREIO LABIAL SUPERIOR ASPECTO RADIOGRÁFICO ASPECTO CLÍNICO DA CONTENÇÃO E SUTURA DOS TECIDOS MOLES ASPECTO CLÍNICO APÓS 6 MESES, DEMONSTRANDO ALTERAÇÃO DE COR NA COROA DO DENTE 61, EVIDENCIO-SE NECROSE PULPAR ASPECTO CLÍNICO APÓS 12 MESES DO TRAUMATISMO DO DENTE 61 COM TRATAMENTO ENDODÔNTICO ASPECTO RADIOGRÁFICO APÓS 12 MESES DO TRAUMATISMO DO DENTE 61 ASPECTO CLÍNICO APÓS 4 ANOS DO TRAUMATISMO DO DENTE 61 ASPECTO RADIOGRÁFICO APÓS 4 ANOS DO TRAUMATISMO DO DENTE 61 QUADRO CLÍNICO ❑ Deslocamento parcial do dente para fora do alvéolo. ❑ Grande mobilidade. ❑ Sensibilidade à palpação e percussão. TESTES COMPLEMENTARES AO EXAME CLÍNICO ❑ Tomadas radiográficas de rotina. ❑ Teste de sensibilidade pulpar. PROCEDIMENTOS DESLOCAMENTOS MAIORES QUE 1 A 2 mm: ▪ Reposicionamento do dente em seu alvéolo. ▪ Contenção flexível (fio de naylon nº 80) por 15 dias. ▪ Alivio oclusal. ▪ Antiinflamatório, se necessário. ▪ Orientar sobre alimentação e repouso da área; ▪ Bochechos diários clorexidina 0,12% durante 1 semana. QUANDO O GRAU DE DESLOCAMENTO FOR GRANDE E O TEMPO DECORRIDO SUPERIOR A 4 HORAS: ▪ Realiza-se o reimplante intensional QUANDO O TEMPO DECORRIDO FOR SUPERIOR A 24 HORAS E O GRAU DE DESLOCAMENTO FOR PEQUENO: ▪ Opta-se pela ortodontia. CONTROLE CLÍNICO E RADIOGRÁFICO ▪ Avaliar após 15 dias, 1 mês (remoção da contenção), 2 meses, 6 meses, 1 ano e anualmente por 5 anos. Extrusão Reposicionamento de um incisivo extruído. Visão palatina do reposicionamento de um incisivo extruído. Confecção da contenção de resina fotopolimerizável em um incisivo extruído. Prof. Ms. Marcelo J. Pereira QUADRO CLÍNICO E EXAME CLÍNICO ❑ Deslocamento total do dente para fora do alvéolo. EXAME CLÍNICO E COMPLEMENTARES ❑ Exame clínico. ❑ Tempo de avulsão. ❑ Conservação dental. ❑ Idade da criança. ❑ Avaliar fratura alveolar. ❑ Radiografia oclusal modificada. PROCEDIMENTOS ➢ O REIMPLANTE GERALMENTE NÃO É INDICADO PARA DENTES DECÍDUOS, POR FALTA DE CONDIÇÕES FAVORÁVEIS E DO RISCO DE DESLOCAMENTO DO GERME DO PERMANENTE. ➢ REIMPLANTE REALIZADO APENAS EM CONDIÇÕES MUITO FAVORÁVEIS: ▪ Tempo decorrido entre trauma e atendimento o menor possível → ideal 30 minutos. ▪ Fragmento bem acondicionado (leite, soro fisiológico). ▪ Ausência de fraturas alveolares. ▪ Dente sem início de rizólise. ▪ Ausência de lesões de cárie e doenças periodontais. ▪ Presença de dentes vizinhos para realizar a contenção. ▪ Não ter afetado diretamente o germe do permanente (verificar na radiografia). ▪ Aceitação e colaboração dos responsáveis. ▪ Condições de trabalho do profissional (controle da criança). ▪ Pode não ter resultado positivo. TÉCNICA: ▪ Dente em soro fisiológico. ▪ Radiografar para avaliar se não houve alteração na posição do germe do dente permanente. ▪ Anestesia. ▪ Irrigação da loja alveolar com soro fisiológico para remoção do coágulo. ▪ Reimplantar o dente com cuidado, sem forçar, para não lesar o germe do permanente. ▪ Contenção semi-rígida 21 a 30 dias. PROCEDIMENTOS TÉCNICA (CONTINUAÇÃO): ▪ Aliviar oclusão, se necessário. ▪ Antibiótico, Antiinflamatório e analgésico, se necessário. ▪ Verificar situação da vacina antitetânica. ▪ Orientar sobre alimentação e repouso da área; ▪ Bochechos diários clorexidina 0,12% durante 1 semana. ▪ Tratamento endodôntico em até 1 semana, ainda com a conteção. ▪ Acompanhamento clínico e radiográfico ➢REABILITAÇÃO PROTÉTICA NO CASO DE NÃO REIMPLANTE: ▪ Aparelho mantenedor de espaço estético e funcional. CONTROLE CLÍNICO E RADIOGRÁFICO MANUTENÇÃO DO DENTE: ▪ CLÍNICO: 1 semana, 2 semanas e mensal até 6 meses. ▪ CLÍNICO E RADIOGRÁFICO: 1 mês, 3 meses, mais 3 meses, e semestralmente até erupção do permanente. APÓS EXODONTIA: ▪ CLÍNICO: 1 a 2 semanas, 1 mês. ▪ CLÍNICO E RADIOGRÁFICO: semestralmente até erupção do permanente. PROGNÓSTICO ▪ Desfavorável. DESENHO ESQUEMÁTICO DE AVULSÃO DO DENTE DECÍDUO ASPECTO CLÍNICO DEMONSTRANDO AUSÊCIA DO DENTE 61 ASPECTO RADIOGRÁFICO EVIDENCIANDO A AVULSÃO DO DENTE 61 ASPECTO CLÍNICO DEMONSTRANDO AUSÊNCIA DO DENTE 61 ASPECTO CLÍNICO APÓS O REIMPLANTE DO DENTE 61, OBSERVA-SE TAMBÉM LUXAÇÃO EXTRUSIVA DO DENTE 51 ASPECTO CLÍNICO APÓS A CONTENÇÃO DENTÁRIA ASPECTO CLÍNICO APÓS 3 MESES DO TRAUMATISMO Prof. Ms. Marcelo J. Pereira QUADRO CLÍNICO E EXAME CLÍNICO ❑ Deslocamento total do dente para fora do alvéolo. TESTES COMPLEMENTARES AO EXAME CLÍNICO ❑ Tomadas radiográficas de rotina . ❑ Teste de sensibilidade pulpar → frequentemente a resposta é negativa. PROCEDIMENTOS O DENTE JÁ FOI REIMPLANTADO: ▪Não extrair o dente. ▪Lavar o local com soro fisiológico. ▪Suturar tecidos moles, se necessário. ▪Confirmar com radiografia a posição corretado reimplante. ▪Contenção flexível por 15 dias DENTE FOI ARMAZENADO CORRETAMENTE EM TEMPO INFERIOR A 1 HORA: ▪Lavar a superfície radicular e foramen com soro. ▪Irrigar alvéolo com soro fisiológico removendo o coágulo. ▪Cobrir a superfície radicular com hidrocloreto de minociclina ou solução de doxiciclina (se disponível) ▪Avaliar se houve fratura alveolar. ▪Reimplantar o dente com leve pressão digital. ▪Confirmar com radiografia a posição correta do reimplante. ▪Contenção flexível por 15 dias. DENTE FOI ARMAZENADO SECO OU INCORRETAMENTE EM TEMPO SUPERIOR A 1 HORA: ▪Remover o tecido periodontal necrótico com gaze estéril. ▪Lavar o dente com soro fisiológico abundantemente. ▪Irrigar alvéolo com soro fisiológico removendo o coágulo. ▪Avaliar se houve fratura alveolar. ▪Submergir o dente em solução de fluoreto de sódio a 2% por 20’. ▪Reimplantar o dente com leve pressão digital. ▪Confirmar com radiografia a posição correta do reimplante. ▪Contenção flexível por 30 dias. ▪Realizar o tratamento endodôntico em 10 dias. PROCEDIMENTOS CONDUTAS GERAIS: ▪ Antibiótico e Antiinflamatório, se necessário. ▪ Verificar situação da vacina antitetânica. ▪ Orientar sobre alimentação e repouso da área; ▪ Bochechos diários clorexidina 0,12% durante 1 semana. CONTROLE CLÍNICO E RADIOGRÁFICO ▪ Avaliar clínica e radiograficamente, toda semana no 1º mês. ▪ Após 3 meses, 6 meses, 1 ano e, a partir daí, anualmente. Prof. Ms. Marcelo J. Pereira QUADRO CLÍNICO E EXAME CLÍNICO ❑ Deslocamento total do dente para fora do alvéolo. TESTES COMPLEMENTARES AO EXAME CLÍNICO ❑ Tomadas radiográficas de rotina . ❑ Teste de sensibilidade pulpar → frequentemente a resposta é negativa. PROCEDIMENTOS O DENTE JÁ FOI REIMPLANTADO: ▪Não extrair o dente. ▪Lavar o local com soro fisiológico. ▪Suturar tecidos moles, se necessário. ▪Confirmar com radiografia a posição correta do reimplante. ▪Contenção flexível por 15 dias. ▪Iniciar tratamento endodôntico no máximo em 10 dias. ▪MIC com Ca(OH)2 DENTE FOI ARMAZENADO CORRETAMENTE EM TEMPO INFERIOR A 1 HORA: ▪Lavar a superfície radicular e foramen com soro. ▪Irrigar alvéolo com soro fisiológico removendo o coágulo. ▪Cobrir a superfície radicular com hidrocloreto de minociclina ou solução de doxiciclina (se disponível) ▪Avaliar se houve fratura alveolar. ▪Reimplantar o dente com leve pressão digital. ▪Confirmar com radiografia a posição correta do reimplante. ▪Contenção flexível por 15 dias. ▪Iniciar tratamento endodôntico no máximo em 10 dias. ▪MIC com Ca(OH)2 DENTE FOI ARMAZENADO SECO OU INCORRETAMENTE EM TEMPO SUPERIOR A 1 HORA: ▪Remover o tecido periodontal necrótico com gaze estéril. ▪Lavar o dente com soro fisiológico abundantemente. ▪Irrigar alvéolo com soro fisiológico removendo o coágulo. ▪Avaliar se houve fratura alveolar. ▪Submergir o dente em solução de fluoreto de sódio a 2% por 20’. ▪Reimplantar o dente com leve pressão digital. ▪Confirmar com radiografia a posição correta do reimplante. ▪Contenção flexível por 30 dias. ▪Realizar o tratamento endodôntico em 10 dias, MIC com Ca(OH)2. PROCEDIMENTOS CONDUTAS GERAIS: ▪ Antibiótico e Antiinflamatório, se necessário. ▪ Verificar situação da vacina antitetânica. ▪ Orientar sobre alimentação e repouso da área; ▪ Bochechos diários clorexidina 0,12% durante 1 semana. CONTROLE CLÍNICO E RADIOGRÁFICO ▪ Avaliar clínica e radiograficamente, toda semana no 1º mês. ▪ Após 3 meses, 6 meses, 1 ano e, a partir daí, anualmente. *Importante* No momento em que o dente saiu da boca, devemos tentar reposicioná-lo. Deve ser feita uma lavagem com soro, tomando cuidado de NUNCA tocar na raiz, somente na coroa. Com suavidade o dente é reposicionado; manter pressão com o dedo até chegar no consultório odontológico. *Sucesso no tratamento/Tempo* Comprimir o local sangrante com uma gaze ou pano limpo. Segurar o dente pela coroa, sem tocar na raiz; Colocá-lo suavemente na posição, podendo mantê-lo seguro com uma das mãos ou em oclusão dentária até o atendimento especializado. Em caso de queda do dente em lugar sujo, lavá-lo antes do reimplante, com soro fisiológico, sem esfregá-lo. Caso não se consiga reimplantá-lo é importante mantê- lo em um frasco com leite, sem manipulá-lo até o atendimento, que deve ser realizado, sempre que possível, até 30 minutos, depois do qual o índice de sucesso começa a decair. Os meios mais comuns de conservação são: · Água de torneira: NÃO é indicado · Saliva: Mantém o ligamento por até 20 minutos, porém corre-se o risco de contaminação bacteriana. · Soro Fisiológico: Mantém o ligamento por 20 minutos · Leite: Meio mais indicado, mantém o ligamento por até 6 horas. · Até 20 minutos: Grande chance de sucesso. · 20 minutos a 2 horas: O sucesso depende do meio de estocagem do dente. · 2 a 4 horas: Pouca chance de sucesso. · Mais de 4 h: Pouquíssima chance de sucesso, porém o tratamento deve ser tentado. LESÕES AOS TECIDOS MOLES Os traumatismos alveolodentários são frequentemente acompanhados de lesões nos tecidos moles bucais e da face. A seguinte classificação das lesões traumáticas aos tecidos moles tem se mostrado útil na prática clínica: ❑ CONTUSÃO → se caracteriza por ser uma injúria mecânica, geralmente causada por impacto, que resulta em hemorragia e edema sob a pele ou mucosa não lacerada. ❑ ABRASÃO → é uma escoriação ou remoção circunscrita de uma camada superficial da pele ou mucosa (neste caso denominada ULCERAÇÃO), provocada por grande atrição tecidual. ❑ LACERAÇÃO → é uma lesão caracterizada por corte no tecido, em que se verifica solução de descontinuidade. Dependente da força empregada, a laceração por golpe ou superfície cortante. As lacerações serão tratadas limpando- se a área empregando anti-sépticos e, realizando-se sutura e/ou curativos. A profilaxia antimicrobiana dependerá do caso, assim como a antitetânica. INJÚRIAS NOS TECIDOS MOLES PROCEDIMENTOS • • • • • CONCLUSÕES: Com base na literatura consultada é lícito concluir que: O traumatismo dentário apresenta uma prevalência alta, quer seja na dentição decídua ou permanente. O tipo de traumatismo dentário mais freqüente é a fratura de esmalte. Os incisivos centrais superiores são os elementos dentários mais atingidos pelo traumatismo dentário, tanto na dentição decídua, como na permanente. A queda, no âmbito domiciliar ou em outros locais, é a principal causa do traumatismo dentário. A presença de overjet incisal acentuado, especialmente superior a 5mm, e a cobertura labial inadequada são fatores predisponentes do traumatismo dentário. O tipo de tratamento indicado para o traumatismo dentário depende do grau de complexidade das estruturas envolvidas, da formação radicular e do tempo do primeiro atendimento, após o incidente. ORIENTAÇÕES À FAMÍLIA Ainda como parte do tratamento, a família do paciente deve ser orientada em relação aos cuidados a serem tomados com a criança, após o tratamento inicial do traumatismo dental, principalmente em relação à higiene bucal, com o objetivo de promover uma boa cicatrização. De acordo com Flores (2002), as principais orientações são: 1) dieta branda por 15 dias; 2) escovação dos dentes após cada refeição com escova macia, devendo esta ser orientada pelo profissional; ORIENTAÇÕES À FAMÍLIA 3) uso tópico de clorexidina duas vezes ao dia, durante uma semana e 4) informar sobre possíveis complicações que possam surgir, tais como: aparecimento de fístula vestibular e alteração na coloração da coroa associada à fístula. Holan, Ram (1999) acrescentam, ainda, que, em caso de intrusão, deve-se evitar o uso de chupetase mamadeiras, com o objetivo de permitir a reerupção espontânea do dente intruído. PROSERVAÇÃO O acompanhamento pós-traumatismo deverá ser realizado através de exames clínicos e radiográficos, de acordo com cada caso. Segundo Andreasen, Jacobsen (2001), é essencial que o primeiro controle seja realizado na primeira semana, com a finalidade de se avaliar cicatrização, higiene bucal e infecção. Para Kenwood, Seow (1989), a freqüência das reavaliações vai depender do tipo da injúria e da idade da criança. MONITORIAMENTO DOS DENTES DECÍDUOS TRAUMATIZADOS • TODO TRAUMA NOS DENTES DECÍDUOS DEVE SER MONITORADO APÓS 1 SEMANA, 1 MÊS, 3 MESES, 6 MESES, 1 ANO E, APÓS ESSE PERÍODO, ANUALMENTE ATÉ A SUA COMPLETA ESFOLIAÇÃO. • SE OCORREREM PATOLOGIAS PERIAPICAIS, O DENTE DEVE SER EXTRAÍDO OU TRATADO ENDODONTICAMENTE. • A DESCOLORAÇÃO DOS DENTES DECÍDUOS NEM SEMPRE É INDICADOR DA PERDA DE VITALIDADE. • TESTE DE VITALIDADE EM CRIANÇAS MUITO PEQUENAS É DIFÍCIL SEQUELAS NOS SUCESSORES PERMANENTES • DESCOLORAÇÃO BRANCA OU MARROM, COM OU SEM DEFEITO HIPOPLÁSICO. • DILACERAÇÃO DA COROA E/OU RAIZ DO DENTE. • MÁ FORMAÇÃO SEMELHANTE A UM ODONTOMA. • DUPLICAÇÃO DA RAIZ. • DESENVOLVIMENTO INCOMPLETO DA RAIZ. • MÁ POSIÇÃO DO DENTE PERMANENTE. • ALTERAÇÃO NA ERUPÇÃO DENTAL. CONSEQÜÊNCIAS PARA A DENTIÇÃO DECÍDUA • HIPEREMIA PULPAR → PODE SER REVERSÍVEL, NÃO REQUER TRATAMENTO, A NÃO SER QUE TORNE IRREVERSÍVEL. • HEMORRAGIA PULPAR → MUDANÇA DE COLORAÇÃO NÃO INDICA NECESSIDADE DE TERAPIA PULPAR OU EXTRAÇÃO DO DENTE. • REABSORÇÃO INFLAMATÓRIA (INTERNA E EXTERNA) → OCORRE APÓS AS LUXAÇÕES, ESTA RELACIONADA À NECROSE PULPAR E À INFLAMAÇÃO PERIODONTAL, É INDICADO O TRATAMENTO ENDODÔNTICO OU EXTRAÇÃO DEPENDENDO DO CICLO BIOLÓGICO DO DENTE. • NECROSE PULPAR → TRATAMENTO ENDODÔNTICO OU EXTRAÇÃO DEPENDENDO DA REABSORÇÃO RADICULAR, REABSORÇÃO INTERNA OU EXTERNA E INFECÇÃO ENVOLVENDO A CRIPTA DO SUCESSOR PERMANENTE. • CALCIFICAÇÃO PULPAR →90% DOS DENTES CALCIFICADOS REABSORVEM NORMALMENTE, NÃO SENDO NECESSÁRIO TRATAMENTO ALGUM. • INTERFERÊNCIA DO PROCESSO ERUPTIVO DO DENTE PERMANENTE → ANQUILOSE CONSIDERAÇÕES FINAIS O traumatismo dental em crianças ocorre com relativa frequência, podendo causar sérias complicações de ordem morfológica, fisiológica e emocional. Este tipo de injúria é uma das causas mais comuns de atendimentos de urgência pelo Cirurgião Buco-Maxilo-Facial, devendo o profissional estar preparado para resolver ou minimizar os problemas imediatos e tardios que venham a ocorrer. CONSIDERAÇÕES FINAIS Conhecimento das técnicas de manipulação dos traumas dento-alveolares e dos tecidos moles é imprescindível para a realização de um tratamento correto destas lesões. Deve-se destacar, ainda, a importância dos familiares, das babás e dos professores não só no auxílio imediato a esse tipo de acidente como também na sua prevenção. INJÚRIAS NÃO-ACIDENTAIS OCORREM QUANDO UMA CRIANÇA É TRATADA POR UM ADULTO DE UMA MANEIRA QUE É CULTURALMENTE INACEITÁVEL, E ENVOLVE TRAUMA FÍSICO NA CRIANÇA POR BATER COM AS MÃOS, BELISCAR, SACUDIR E USAR INSTRUMENTOS, TAIS COMO VARA, FERRAMENTAS, FACA, CHICOTE, DENTRE OUTROS. AS INJÚRIAS NÃO-ACIDENTAIS INCLUEM TAMBÉM AS QUEIMADURAS OCORRIDAS COM PONTA DE CIGARRO, FERRO E ETC. INJÚRIAS NÃO ACIDENTAIS - (N.A.I.) ABUSO FÍSICO APROXIMADAMENTE 50% DOS CASOS DE ABUSO FÍSICO ESTÃO ASSOCIADOS ÀS INJÚRIAS NA CABEÇA E NO PESCOÇO. 25% DAS INJÚRIAS DECORRENTES DE ABUSO FÍSICO OCORREM AO REDOR DA BOCA. INJÚRIAS NÃO ACIDENTAIS - (N.A.I.) ABUSO FÍSICO É MAIS COMUM NAS SEGUINTES SITUAÇÕES: a) BAIXO NÍVEL SÓCIO ECONÔMICO. b) PAIS JOVENS. c) INSTABILIDADE CONJUGAL. d) PAIS QUE TAMBÉM SOFRERAM ABUSO FÍSICO. e) BAIXO CONTROLE DE IMPULSO E DE TOLERÂNCIA. f) PROBLEMAS PSIQUIÁTRICOS E DESORDENS DE PERSONALIDADE INJÚRIAS NÃO ACIDENTAIS - (N.A.I.) ETIOLOGIA • NUNCA ACUSE OS PAIS DE MENTIROSOS OU DE SEREM OS RESPONSÁVEIS PELO PROBLEMA. • ANOTAR A HISTÓRIA, DETALHADA E CUIDADOSAMENTE, EM DIFERENTES CAMINHOS, PARA ASSEGURAR A CONSISTÊNCIA DA ETIOLOGIA. • PREENCHER A FICHA DE TRAUMA. • OBSERVAR SE A CRIANÇA NÃO ESTA USANDO ROUPAS INADEQUADAS PARA A ESTAÇÃO (O QUE PODERÁ ESTAR ESCONDENDO MARCAS E HEMATOMAS). INJÚRIAS NÃO ACIDENTAIS - (N.A.I.) CONDUTA FRENTE AOS CASOS DE ABUSO Todo caso de trauma dental deve sempre ser, inicialmente considerado suspeito, até que o Cirurgião-Dentista esteja convencido do contrário. • OS PROFISSIONAIS DEVEM ESTAR FAMILIARIZADOS COM OS SINAIS E OS SINTOMAS DE ABUSOS FÍSICOS, DE FORMA QUE POSSAM NOTIFICAR AS AUTORIDADES COMPETENTES, SEM COLOCAR O BEM-ESTAR DA CRIANÇA EM RISCO. • PACIENTES DO SERVIÇO PÚBLICO DEVEM SER ENCAMINHADOS, PRIMEIRO, PARA O SERVIÇO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL E PSICOLÓGICA. • PACIENTES DE CLÍNICA PRIVADA, COMUNICAR AO CONSELHO TUTELAR DA CRIANÇA. INJÚRIAS NÃO ACIDENTAIS - (N.A.I.) COMO ENCAMINHAR A CRIANÇA ÀS AUTORIDADES COMPETENTES Esta é uma questão crucial para o Cirurgião-Dentista. Muitos profissionais ficam hesitantes diante da possibilidade de estarem se envolvendo em tais situações, devido ao risco de se fazer um diagnóstico errado. Eles ficam preocupados com possíveis repercussões legais que podem resultar para eles. Atualmente, existem sistemas onde o Cirurgião-Dentista pode comunicar o fato sem que os responsáveis tomem conhecimento. São os Conselhos Tutelares da Criança de cada cidade. É importante ressaltar que, mesmo que o profissional faça um diagnóstico incorreto de abuso físico, nada sofrerá com as penalidades legais. ▪ AS HEMORRAGIAS EM ODONTOPEDIATRIA NORMALMENTE SÃO PROVOCADAS (EXTRAÇÃO OU TRAUMA) E ESPONTÂNEAS (DISCRASIAS SANGÜÍNEAS). ▪ HEMORRAGIAS PÓS-EXTRAÇÕES DE DENTES DECÍDUOS SÃO RARAS EM CRIANÇAS. ▪ QUALQUER QUADRO HEMORRÁGICO APRESENTA-SE COMO A PRIMEIRA E MAIS IMPORTANTE PRIORIDADE EMERGENCIAL. HEMORRAGIA PÓS-EXTRAÇÃO OU TRAUMA CONSIDERAÇÕES GERAIS HEMORRAGIA PÓS-EXTRAÇÃO OU TRAUMA TRATAMENTO Vários são os métodos utilizados no combate às hemorragias: compressão, hemostáticos locais absorvíveis, hemostasia por processo cirúrgico (ex. Sutura), medicação hemostática geral e compensações e transfusões para casos mais graves. Citaremos a seguir o método hemostático por compressão que é o primeiro e mais imediato método. É um método simples e eficiente, cessando na maioria dos casos as hemorragias que acompanham extrações dentárias: HEMORRAGIA PÓS-EXTRAÇÃO OU TRAUMA TRATAMENTO ◼ Identificar a causa (extração ou trauma). ◼ Localizar o(s) ponto(s) de sangramento(s). ◼ Comprimir o local com auxilio de uma gaze estéril. ◼ Orientar o paciente para “morder” ou “comprimir” uma gaze sobre o local mantendo-o sob observação por 30 minutos. ◼ Aplicar anestesia local (lidocaina 2% com adrenalina 1:100.000 ou noradrenalina 1:50.000) utilizando técnicas regionais. HEMORRAGIA PÓS-EXTRAÇÃO OU TRAUMA SE A HEMORRAGIA PERSISTIR ◼ Suturar o local com cuidado: é o melhor e mais prático método de hemostasia nas intervenções cirúrgicas bucais, principalmente nos casos de extrações dentárias. ◼ Prescrever dieta líquida, fria e hiperprotéica. HEMORRAGIA PÓS-EXTRAÇÃO OU TRAUMA SE A HEMORRAGIA PERSISTIR ◼ Recomendar ao paciente os seguintes cuidados: EVITAR O ESFORÇO FÍSICO, A EXPOSIÇÃO DEMASIADA AO SOL E OS BOCHECHOS DE QUALQUER ESPÉCIE, DURANTE 48 HORAS. ◼ Marcar o retorno após 5 ou 7 dias, para remoção de sutura. ◼ Manter contato freqüente com o paciente. HEMORRAGIA PÓS-EXTRAÇÃO OU TRAUMA SE A HEMORRAGIA PERSISTIR ◼ É prudente que o profissional tenha sempre disponível HEMOSTÁTICOS LOCAIS ABSORVÍVEIS (Ex. Gelfoam) para aqueles casos não controlados pela compressãoou sutura e principalmente para pacientes que apresentem alguma discrasia sangüínea. HEMORRAGIA PÓS-EXTRAÇÃO OU TRAUMA SE A HEMORRAGIA PERSISTIR ◼ Se realizar os procedimentos de sutura e compressão por 30 minutos e ainda continuar a hemorragia, encaminhar ao Serviço de Emergência para pesquisar alguma doença sistêmica de base. ◼ Numa hemorragia grave, raramente a perda de sangue chega a 1.500 ou 2.000 ml. Os casos acima desse limite já podem ser considerados fatais (deficiência circulatória dos tecidos)
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