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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ 
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE 
DEPARTAMENTO DE BIOQUÍMICA E FARMACOLOGIA 
DISCIPLINA: FARMACOLOGIA APLICADA À NUTRIÇÃO 
PROFESSORAS: PROFª. Dra. MARIA ZENAIDE DE LIMA CHAGAS 
PROFª. Dra. FERNANDA REGINA DE CASTRO ALMEIDA 
 
 
 
 
 
 
 
GABRIELLA MAGALHÃES SILVA 
 
 
 
 
 
 
FARMACOCINÉTICA - VIAS DE TRANSMISSÃO E INFLUÊNCIA DO pH NA 
ABSORÇÃO DE FARMÁCOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TERESINA 
2019 
1 INTRODUÇÃO 
 
De forma a compreender e controlar a ação terapêutica dos fármacos no 
organismo humano é preciso saber quanto destes fármacos consegue chegar aos 
seus locais de ação e quando isso ocorre. A absorção, a distribuição, o metabolismo 
(biotransformação) e a excreção dos fármacos constituem os processos conhecidos 
como farmacocinética. O entendimento e a utilização dos princípios farmacocinéticos 
podem ampliar a probabilidade de sucesso terapêutico e reduzir a ocorrência de 
efeitos adversos dos fármacos no organismo (GILMAN, 2012). 
Uma vez administrado por uma das várias vias disponíveis, essas quatro 
propriedades farmacocinéticas determinam a velocidade do início da ação, a 
intensidade do efeito e a duração da ação do fármaco. As variáveis farmacocinéticas 
permitem ao clinico elaborar e otimizar os regimes terapêuticos, incluindo as 
decisões quanto à via de administração de cada fármaco, à quantidade e à 
frequência de cada dose e a duração do tratamento. A via de administração é 
determinada primariamente pelas propriedades do fármaco e pelos objetivos 
terapêuticos (CLARK et al, 2013). 
A ingestão oral é o método mais comumente usado para administrar os 
fármacos. Também é o mais seguro, conveniente e econômico. A injeção por via 
subcutânea pode ser realizada apenas com os fármacos que não causam irritação 
dos tecidos; caso contrário, pode provocar dor intensa, necrose e descamação dos 
tecidos. Os fármacos em solução aquosa são absorvidos muito rapidamente após a 
injeção intramuscular, mas isto depende da taxa de fluxo sanguíneo no local da 
injeção. A absorção pode ser modulada até certo ponto pelo aquecimento local, pela 
massagem ou exercício (GILMAN, 2012). 
A via intraperitoneal é normalmente a mais utilizada na experimentação com 
roedores. A substância é injetada na cavidade peritoneal entre os órgãos 
abdominais. Normalmente, injeta-se na metade posterior do abdome com o animal 
contido pelo dorso (BARROS, 2014). 
O presente relatório teve por objetivo compreender e relacionar as vias de 
administração dos fármacos e suas características de absorção como início, 
intensidade e duração do efeito de um fármaco utilizando a mesma dose e espécie 
animal e, analisar a influência do pH na absorção de fármacos. 
 
2 METODOLOGIA 
 
 No primeiro vídeo apresentado, realizou-se o experimento, utilizando-se 
quatro ratos machos de comportamento normal, acomodados em recipientes 
separados, um para cada rato. Cada animal recebeu uma marcação na cauda, 
correspondente a via de administração do fármaco. 
Em cada rato foram administrados 30 mg/kg de Tiopental (“Nembutal” ou 
“Hypnol”) a 30 mg/ml. Os ratos foram caracterizados como Rato 01, Rato 02, Rato 
03 e Rato 04, onde cada um recebeu o fármaco via oral (VO), subcutânea (SC), 
intramuscular (IM) e intraperitoneal (IP), respectivamente. 
Após a administração do Tiopental, o comportamento de todos os animais foi 
observado atentamente de acordo com a seguinte escalda de Grau de Depressão: 
Grau 00: Comportamento normal; Grau 01: Perda de coordenação motora ao 
caminhar, bêbado; Grau 02: Perda da postura, mas com reflexo de endireitamento 
bem-sucedido; Grau 03: Reflexo de endireitamento presente, mas sem sucesso; 
Grau 04: Anestesia, perda do reflexo de endireitamento; Grau 05: Não reage a 
compressão feita na cauda. 
No segundo vídeo, realizou-se o experimento com seis coelhos. Em cada 
coelho administrou-se 2 mg/kg do fármaco Midazolan em vias diferentes; via 
intravenosa, via intramuscular, via intraperitonial, via subcutânea, via oral e retal. 
Após a administração, observou-se comportamento dos animais verificando o 
resultado da ação do fármaco após alguns minutos. 
No terceiro vídeo, utilizou-se do fármaco Estriquinina para avaliar a influência 
do pH na absorção de fármacos por via oral. Foram utilizados dois ratos previamente 
anestesiados. No primeiro rato realizou-se uma ligadura na porção final do estômago 
em uma pequena cirurgia. Após o procedimento, a Estriquinina foi administrada nos 
dois ratos (com a ligadura no estômago e sem a ligadura) e observou-se o resultado. 
Posteriormente foi administrado bicarbonato de sódio no rato com ligadura e 
observado o resultado. 
 
 
 
 
 
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 
 A Tabela 1 mostra as vias de administração de cada animal relacionadas ao 
tempo de instalação da resposta e o grau de depressão atingido. 
 
Tabela 1 – Grau de depressão atingido em relação ao tempo de administração de cada via. 
Rato Via de administração Grau de depressão Tempo 
1 Oral 00 Após 10 minutos 
2 Subcutânea 01 Após 5 minutos 
3 Intramuscular 02 Após 5 minutos 
4 Intraperitoneal Evoluiu do 01 ao 05 Em 5 minutos 
Fonte: YouTube - Vídeo disponibilizado pelo Departamento de Farmacologia – UFMG 
 
Observou-se que o rato 01 que recebeu a administração por meio de via oral 
(VO), mesmo após 10 minutos à administração do fármaco ainda apresentava 
comportamento normal. Não houve qualquer alteração. O animal continua com os 
movimentos normais apresentando grau de depressão 00. 
Já no rato 02, que recebeu a administração via subcutânea (SC), observou-se 
que após 5 minutos à administração do fármaco o animal apresentou o aspecto de 
perda de coordenação motora ao caminhar, semelhante a um bêbado apresentando 
então grau de depressão 01. 
O rato 03, que recebeu a administração via intramuscular (IM), após 5 
minutos apresentou reflexo de endireitamento bem-sucedido, porém, o aspecto de 
perda da postura é visível, apresentando grau de depressão 02. 
E no rato 04, que recebeu administração via intraperitoneal (IP), foi observado 
que já nos 02 primeiros minutos após a administração do fármaco o animal 
apresentou diminuição da movimentação. Após 03 minutos, entrou em grau de 
depressão 01 apresentando perda de coordenação motora. Alguns segundos 
depois, já atingiu o grau de depressão 02, apresentando reflexo de endireitamento, 
seguido do grau de depressão 03, com reflexo de endireitamento presente, mas sem 
sucesso. Instantaneamente, o animal entrou no grau de depressão 04, com perda do 
reflexo de endireitamento e finalmente em 5 minutos ele já atinge o grau de 
depressão 05, entrando em total anestesia. Esse grau de depressão é constatado 
quando o animal não reage à compressão feita na cauda. 
De acordo com a figura 1 é possível comparar a influência das vias de 
administração sobre o tempo de instalação e a duração da resposta. 
Figura 1: Influência da via de administração sobre o tempo de instalação e duração da 
resposta em diferentes vias de administração 
 
 
 
 
VO: Via Oral; SC: Subcutânea; IM: Intramuscular; IP: Intraperitoneal. 
 
A Tabela 2 mostra os resultados obtidos com a administração do fármaco 
Midazolan em coelhos por diferentes vias, com o mesmo propósito de verificar a 
relação da via de administração com a resposta obtida. 
 
Tabela 2 - Resultados obtidos após a administração do fármaco Midazolan em diferentes 
coelhos por diferentes vias. 
VIA 
ADMINISTRAÇÃO 
TEMPO EFEITO TEMPO EFEITO 
Intravenosa 
Após 2 min 
Redução do reflexo 
Após 15 
min 
Sonolência 
IntramuscularPerda de tônus postural Redução de 
reflexo 
Intraperitonial Redução de movimento 
e respiração 
Perda de tônus 
Subcutânea Alteração (aumento) da 
respiração 
Respiração 
acelerada 
Oral Perda de tônus postural Mantém a 
perda de tônus 
Retal Sonolência Sonolência 
Fonte: Vídeo assistido em sala de aula – UFPI. 
0
1
2
3
4
5
6
0 2 3 5 10
VO
SC
IM
IP
Grau de depressão 
Tempo (minutos) 
O Tiopental sódico é um barbitúrico; substância que causa depressão do 
sistema nervoso central (SNC), podendo ser utilizada como sedativo hipnótico em 
anestesia geral, podendo também induzir a morte por depressão, parada respiratória 
e colapso cardiovascular, eutanásia (CARREGAROA, 2005). 
A ação farmacológica do Midazolam é caracterizada pelo rápido início de 
ação e de curta duração, por causa da rápida transformação metabólica. Devido a 
sua baixa toxicidade, o fármaco possui amplo índice terapêutico, provoca efeito 
sedativo e indutor do sono rapidamente, de pronunciada intensidade e exerce efeito 
ansiolítico, anticonvulsivante e relaxante muscular (ANVISA, 2019). 
 
3.1 Vias de Administração 
 
A absorção é um fator fundamental para o efeito do fármaco, ela envolve a 
passagem da droga de seu local de administração para o sangue. A superfície 
escolhida é um dos principais determinantes da velocidade de absorção. Embora a 
taxa de absorção dos fármacos geralmente não influencie suas concentrações 
plasmáticas médias no estado de equilíbrio, ainda assim pode interferir no 
tratamento farmacológico (GILMAN, 2012). 
A administração por via intravenosa é feita diretamente na corrente 
sanguínea, por meio de vasos superficiais. É utilizada para fármacos que não são 
absorvidos por via oral. A via permite um efeito rápido e um grau de controle máximo 
sobre os níveis circulantes do fármaco (CLARK et al, 2013). É valiosa para uso 
emergências; permite a titulação da dose; geralmente é necessária para proteínas 
de alto peso molecular e fármacos peptídicos (GILMAN, 2012). É vantajosa para 
administrar fármacos que podem causar irritação quando administrados por outras 
vias, porque o fármaco se dilui no sangue rapidamente. Porém, diferentes dos 
fármacos usados no TGI, os que são injetados não podem ser retirados por meio de 
estratégias como a ligação a carvão ativado. A administração pode inadvertidamente 
introduzir bactérias e outras partículas de infecção por meio de contaminação no 
local da injeção. Ela também pode precipitar componentes do sangue, produzir 
hemólise ou causar outras reações adversas pela liberação muito rápida de 
concentrações elevadas do fármaco ao plasma e aos tecidos. Por isso, os pacientes 
devem ser cuidadosamente monitorados quanto a reações desfavoráveis, e a 
velocidade de infusão deve ser cuidadosamente controlada. (CLARK et al, 2013). 
Na administração por via oral a substância foi introduzida na cavidade oral ou 
no aparelho digestório por meio de um tubo esofágico ou estomacal. Para a maioria 
das espécies, um tubo flexível (ou agulha) com a ponta arredondada é introduzido 
na boca do animal e gentilmente empurrado pelo esôfago até o estômago 
(BARROS, 2014). 
A administração do fármaco pela via oral oferece várias vantagens ao 
paciente. Os fármacos orais são autoadministrados facilmente e, comparado com os 
fármacos administrados por via parenteral, têm baixo risco de infecções sistêmicas, 
que podem complicar o tratamento. Além disso, a toxicidade e as dosagens 
excessivas por via oral podem ser neutralizadas com antídotos, como o carvão 
ativado (CLARK et al, 2013). Porém, apresenta como desvantagens a absorção 
limitada de alguns fármacos em função de suas características (p. ex., 
hidrossolubilidade reduzida ou permeabilidade baixa das membranas), vômitos 
causados pela irritação da mucosa gastrointestinal, destruição de alguns fármacos 
pelas enzimas digestivas ou pelo pH gástrico baixo e irregularidades na absorção ou 
propulsão na presença de alimentos ou outros fármacos. Uma ampla variedade de 
preparações orais é disponibilizada, incluindo preparações revestidas (entéricas) e 
de liberação prolongada (GILMAN, 2012). 
Na administração por via subcutânea, aplica-se a injeção de solução sob a 
pele do animal, a qual deve ser levantada antes da aplicação. É realizada com 
agulha hipodérmica curta (normalmente 25x5 mm ou mais fina), passando apenas 
pela derme, o mais próximo da superfície, formando uma pápula após a 
administração da substância. As áreas dorsolaterais do pescoço, ombro e flancos 
são as regiões de escolha (BARROS, 2014). 
A via subcutânea não deve ser usada com fármacos que causam irritação 
tissular, porque pode ocorrer dor intensa e necrose (CLARK et al, 2013) e é 
inadequada para grandes volumes. É adequada para algumas suspensões pouco 
solúveis e para instilação de implantes de liberação lenta. A absorção é imediata no 
caso de soluções aquosas, e lenta e prolongada, no caso das preparações de 
depósito (GILMAN, 2012). 
Pela via intramuscular a substância é injetada no músculo esquelético na 
forma de soluções oleosas ou suspensões. Os músculos de grande superfície são 
as regiões mais utilizadas. Devem ser usadas agulhas de tamanho similar às 
empregadas nas injeções subcutâneas e a profundidade no tecido deve ser de 
aproximadamente 5 mm. Estruturas ósseas, nervos e vasos sanguíneos devem ser 
evitados (BARROS, 2014). 
Os fármacos administrados por via intramuscular podem estar em soluções 
aquosas que são absorvidas rapidamente ou em preparações especializadas de 
depósito que são absorvidas lentamente. As preparações de depósito, com 
frequência, consistem em uma suspensão do fármaco em um veículo não aquoso, 
como o polietilenoglicol. À medida que o veículo se difunde para fora do músculo, o 
fármaco precipita-se no local da injeção. O fármaco então se dissolve lentamente, 
fornecendo uma dose sustentada durante um período de tempo prolongado. 
Exemplos de fármacos de liberação prolongada são o haloperidol de liberação 
sustentada e o depósito de medroxiprogesterona. Estes fármacos produzem efeitos 
neuroléptico e contraceptivo prolongado, respectivamente (CLARK et al, 2013). 
Essa via é contraindicada durante o tratamento anticoagulante, pois pode 
interferir com a interpretação de alguns exames diagnósticos (GILMAN, 2012). 
Algumas vantagens são absorção rápida, administração em pacientes inconscientes, 
adequada para volumes moderados, veículos aquosos, não aquosos e suspensões. 
Algumas desvantagens são precipitação da droga, diferença de pH entre a droga e 
os fluidos corporais pode haver formação de depósito cristalino no local e dolorosa 
(CLARK et al, 2013). 
A via intraperitoneal é normalmente a mais utilizada na experimentação com 
roedores. A substância é injetada na cavidade peritoneal entre os órgãos 
abdominais. Normalmente, injeta-se na metade posterior do abdome com o animal 
contido pelo dorso (BARROS, 2014). A cavidade peritoneal, apesar de proporcionar 
absorção mais rápida que a via subcutânea, não propicia condição igual à 
intravenosa. Com isso, pode-se pensar em uma possível irritação nos constituintes 
desta, como peritôneo e vísceras, já que o fármaco ficará por algum tempo na 
cavidade (CARREGAROA, 2005). 
A via retal é empregada para ação local ou sistémica, com absorção rápida 
por revestimento fino e abundante irrigação sanguínea (GILMAN, 2012). Como 50% 
da drenagem da região retal não passam pela circulação portal, a biotransformação 
dos fármacos pelo fígado é minimizada. Como a via de administração sublingual, a 
via retal tem a vantagem adicional de evitar a destruição do fármaco pelas enzimas 
intestinais ou pelo baixo pHno estômago. Ela também é útil se o fármaco provoca 
êmese, quando administrado por via oral, ou se o paciente já se encontra vomitando 
ou se está inconsciente. A via retal é usada comumente para a administração de 
antieméticos (combater vômitos). Porém, com frequência, a absorção retal é errática 
e incompleta e vários fármacos irritam a mucosa retal (CLARK et al, 2013). Algumas 
vantagens são que pode ser usada quando o paciente não podem ingerir 
medicamento ou inconsciente, boa opção para uso pediátrico, parte do medicamento 
não sofre efeito de primeira passagem e não produz irritação gástrica (GILMAN, 
2012). 
 
3.2 Influência do pH 
 
Muitos fármacos são ácidos ou bases fracas, presentes em solução sob as 
formas ionizada e não ionizada. A concentração efetiva da forma permeável de cada 
fármaco no seu local de absorção é determinada pelas concentrações relativas entre 
as formas ionizada e não ionizada. A relação entre as duas formas é, por sua vez, 
determinada pelo pH no local de absorção e pela força do ácido ou base fracos, que 
é representada pela constante de ionização, o pKª. O equilíbrio de distribuição é 
alcançado quando a forma permeável de um fármaco alcança uma concentração 
igual em todos os espaços aquosos do organismo (GILMAN, 2012). 
No experimento, observou-se que o rato 1, onde realizou-se uma ligadura na 
porção final do estômago, o fármaco não atingiu o intestino e como ficou em um 
meio ácido e não foi absorvido, o animal não apresentou o efeito observado com a 
administração da Estricninca, não teve convulsões. 
Na administração via oral do fármaco no rato 2 (sem ligadura) observou-se 
que após alguns minutos o animal apresentou convulsões tônicas e simétricas em 
todos os músculos esqueléticos. 
A Estricnina é um alcaloide de caráter básico. Quando inserida no meio ácido 
do estômago, onde o pH varia de 1,2 a 3,0, ele se ioniza e não é absorvido pela 
mucosa do estômago. Para ser absorvido é necessário que ele chegue ao intestino 
que seria um meio básico, onde seria não ionizado e então melhor absorvido. Assim 
ocorreu com o rato 2, o fármaco alcançou o meio básico e foi absorvido. 
Na segunda parte do experimento aplicou-se bicarbonato de sódio no rato 
com a ligadura, com isso alcalinizou-se o estômago e o meio ficou básico, assim a 
Estricnina foi absorvida, pois o fármaco não ionizou tornando-se mais lipossolúvel, 
sendo facilmente absorvido pelo estômago. Com a absorção do fármaco o rato 1, 
apresentou o efeito esperado, as convulsões. 
Diversos fatores têm implicações evidentes na absorção e excreção de muitos 
fármacos. O estabelecimento dos gradientes de concentração dos eletrólitos fracos 
através das membranas com gradiente de pH é um processo físico e não depende 
de um sistema de transporte ativo de eletrólitos. Os únicos requisitos são uma 
membrana permeável preferencialmente a uma forma do eletrólito fraco e um 
gradiente de pH através da membrana. Contudo, o estabelecimento do pH é um 
processo ativo (GILMAN, 2012). 
Fármacos altamente lipossolúveis atravessam de modo rápido a membrana 
celular e, em geral, entram nos tecidos com uma velocidade determinada pelo fluxo 
sanguíneo (CLARK et al, 2013). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 CONCLUSÃO 
 
Assim, cada via de administração dos fármacos apresenta singularidades 
ligadas à forma de aplicação e a absorção. Isso determina diretamente na eficácia 
da droga e no tempo da resposta do fármaco. Outros fatores têm importante 
influência na biodisponibilidade do fármaco no organismo, como o mecanismo de 
primeira passagem, o pH, e a interação com outros fármacos ou alimentos. 
Portanto, as propriedades do tratamento ou condição clínica do paciente, e o 
conhecimento das vias de administração são essenciais para a escolha da mais 
específica, eficaz e benéfica ao tratamento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
ANVISA. Bula do Midazolam. União Química Farmacêutica Nacional S/A: Embu 
Guaçu – SP. Disponível em: 
http://www.anvisa.gov.br/datavisa/fila_bula/frmVisualizarBula.asp?pNuTransacao=11
090932013&pIdAnexo=1926735. Acesso em: 16 de setembro de 2019. 
 
BARROS, C. A. Guias de Administração, medicamentos e eutanásia para 
animais em experimentação. UNIFIL - Centro Universitário Filadélfia. 2014. 
 
CARREGAROA, B.; CASTRO, M.B.; MARTINS, F.S. Estudo da ação inflamatória 
aguda do tiopental intraperitoneal em ratos. Arq. Bras. Med. Vet. Zootec. vol. 57 nº 
2. Belo Horizonte, 2005. 
 
CLARK, M. A. et al. Farmacologia Ilustrada. Tradução e Revisão Técnica: Augusto 
Langeloh. 5. ed. Porto Alegre: Artmed, 2013. 
 
GILMAN, A.G. As Bases Farmacológicas da Terapêutica. 12ª ed. Rio de Janeiro: 
McGraw-Hill Interamericana, 2012.

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