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Contabilidade de Custos CUSTO PADRÃO 1 Sumário Introdução .................................................................................................................................... 2 Objetivo......................................................................................................................................... 2 1. Tipos de Custo Padrão.............................................................................................................. 2 2. Operacionalização do Custo Padrão ....................................................................................... 3 Exercícios ...................................................................................................................................... 4 Gabarito ........................................................................................................................................ 5 Resumo ......................................................................................................................................... 6 2 Introdução Custo Padrão é a meta de custo, estabelecido pelas empresas, para os produtos ou serviços por ela oferecidos. Nesse sistema de custeio, os custos são pré- determinados antes da produção ou prestação de serviço, utilizando contas para registro dos custos reais (históricos) e contas para registro dos custos padrões. As variações entre essas contas são apropriadas às contas de estoques e Custo dos produtos vendidos. O custo-padrão é usado para fins gerenciais, é aceito para fins legais se for aplicado juntamente com o Custeio por Absorção. São considerados os investimentos de cada produto, como as características técnicas e tecnológicas, o processo desenvolvimento e produção, os preços e volumes de insumos, entre outros. Objetivo • Conhecer os tipos de custo padrão • Aplicabilidade do custo padrão 1. Tipos de Custo Padrão Existem três tipos de Custo Padrão: Ideal, Estimado e Corrente. Custo Padrão Ideal: É um custo determinado pela área de Produção da empresa, da forma mais científica possível, considerando as condições ideais, como a qualidade dos materiais e insumos, a eficiência da mão de obra, e o mínimo desperdício de todos os valores, materiais e insumos envolvidos. O custo padrão ideal é uma meta considerada como de longo prazo pela empresa, pois a curto prazo, devido a deficiências no processo, incluindo o uso dos recursos e materiais disponíveis e a qualidade destes recursos e materiais, é considerado uma meta difícil de ser alcançada. Custo Padrão Estimado: Custo Padrão Estimado é determinado por projeção baseada na média histórica dos custos observados no passado, sem considerar condições que possam alterar essas projeções, como oscilações no processo produtivo, por exemplo, por ineficiências, desperdício dos materiais, melhorias nos processos, aumento ou redução da produtividade da mão de obra, ajuste de preços dos fornecedores, demanda do mercado, etc. 3 Custo Padrão Corrente: O Custo Padrão Corrente, assim como o custo padrão estimado, também utiliza a base histórica, entretanto a empresa estuda a avaliação da eficiência da produção, considerando aspectos como deficiências existente com difícil solução a curto e médio prazo, como o fornecimento de matéria prima ou escassez de mão de obra especializada. O Custo Padrão Corrente pode ser considerado como um objetivo de curto e médio prazo da empresa e é o mais adequado para fins de controle. Desta forma, o Custo Padrão Corrente, é o custo que a empresa deve atingir se mantiver certos níveis de desempenho. O Custo Padrão Estimado é o que normalmente a empresa deve obter. 2. Operacionalização do Custo Padrão Para definir o custo padrão, expresso em termos monetários, é feita pela multiplicação do padrão físico pelo padrão de Custo. Assim teremos: Custo padrão = Padrão Físico x Padrão de Custo Exemplo: A Fábrica Bom de Bola, produz vário tipos de bola. Para a produção de uma unidade da bola tipo A temos as seguintes informações: Custo Padrão Real Físico (quantidade) Monetário (R$) Físico (quantidade) Monetário (R$) Matéria-Prima 3 kg R$ 4,00 / kilo 4 kg R$ 5,00 / kilo Mão de Obra Direta 4 horas R$ 5,00 / hora 5 horas R$ 7,00 / hora Custos Variáveis 2 horas / máquina R$ 4,00 / hora 3 horas / máquina R$ 5,00 / hora Custos Fixos R$ 112.500,00 R$ 130.000,00 Quantidade produzida 4.500 unidades 4.000 unidades Fonte: Elaborada pela autora, 2019 Com essas informações podemos obter o Custo-padrão, Custo Real e a variação entre ambos, por unidade: 4 Custo Padrão Custo Real Variação Matéria Prima R$ 12,00 R$ 20,00 R$ 8,00 Mão de Obra R$ 20,00 R$ 35,00 R$ 15,00 Custos Variáveis R$ 8,00 R$ 15,00 R$ 7,00 Custos Fixos R$ 25,00 R$ 32,50 R$ 7,50 Total R$ 65,00 R$ 102,50 R$ 37,50 Fonte: Elaborada pela autora, 2019 Exercícios 1. (Autora, 2019) A empresa TecnoStandard elaborou o seguinte plano operacional para o próximo período: Físico Monetário Matéria Prima 2,50 kg por unidade R$ 40,00 por unidade Mão de Obra 2,00 horas por unidade R$ 61,00 por unidade Custos Variáveis 2 horas por máquina R$ 24,00 por hora Custos Fixos 40.000 unidades R$ 1.200.000 Passado o período, a Contabilidade de Custos reportou os seguintes dados reais (históricos): Físico Monetário Matéria-Prima 2,65 kg por unidade R$ 39,50 por unidade Mão de Obra 2,10 horas por unidade R$ 59,00 por unidade Custos Variáveis 2,50 horas por máquina R$ 22,80 por hora Custos Fixos 42.000 unidades R$ 1.176.000 Qual a variação da matéria-prima? a. R$ 4,68 b. (R$ 4,68) c. R$ 0,15 5 d. (R$ 0,15) e. (R$ 1,50) 2. (Autora, 2019) Qual a variação da mão-de-obra? a. R$ 1,90 b. (R$ 1,90) c. R$ 0,10 d. (R$ 0,10) e. R$ 2,00 3. (Autora, 2019) Qual a variação dos custos totais? a. R$ 8,998 b. R$ 9,002 c. (R$ 8,998) d. (R$ 9,002) e. R$ 9,000 Gabarito 1. Resposta correta a. Custo Padrão Custo Real Variação Matéria Prima R$ 100,00 R$ 104,68 R$ 4,68 Mão de Obra R$ 122,00 R$ 123,90 R$ 1,90 Custos Variáveis R$ 48,00 R$ 57,00 R$ 9,00 Custos Fixos R$ 0,030 R$ 0,028 (R$ 0,002) Total R$ 270,03 R$ 285,61 R$ 15,58 2. Resposta correta a. Custo Padrão Custo Real Variação Matéria Prima R$ 100,00 R$ 104,68 R$ 4,68 Mão de Obra R$ 122,00 R$ 123,90 R$ 1,90 Custos Variáveis R$ 48,00 R$ 57,00 R$ 9,00 Custos Fixos R$ 0,030 R$ 0,028 (R$ 0,002) Total R$ 270,03 R$ 285,61 R$ 15,58 6 3. Resposta correta a. Custo Padrão Custo Real Variação Matéria Prima R$ 100,00 R$ 104,68 R$ 4,68 Mão de Obra R$ 122,00 R$ 123,90 R$ 1,90 Custos Variáveis R$ 48,00 R$ 57,00 R$ 9,00 Custos Fixos R$ 0,030 R$ 0,028 (R$ 0,002) Total R$ 270,03 R$ 285,61 R$ 15,58 Resumo A finalidade do Custo Padrão é o controlar os custos, o Custo Padrão Corrente é mais eficiente que os demais, pois aponta ineficiências e defeitos na linha de produção ou a prestação de serviço. O objetivo principal do Custo Padrão é criar uma base de comparação entre o Custo Real e o que deveria ter ocorrido. Assim sendo, o Custo Padrão não é um método de custeio, como Absorção e Variável. A implantação do Padrão só atingirá o sucesso caso exista umbom sistema de Custo Real. A principal finalidade do Custo Padrão é atingir as metas estipulados pelo Custo Padrão Corrente. Porém sua principal contribuição é identificar e solucionar os problemas que causaram as diferenças entre o Padrão e o Real. 7 Referências bibliográficas BORNIA, Antonio Cezar. Análise gerencial de custos em empresas modernas. Porto Alegre: Bookman, 2002. BORNIA, Antonio Cezar. Analise Gerencial de Custos – Aplicação em Empresas Modernas. 3 ed. São Paulo : Atlas , 2010. BORNIA, Antônio Cezar. Mensuração das perdas dos processos produtivos: uma abordagem metodológica de controle interno. 1995. 125 f. Tese (Doutorado em Engenharia de Produção) – Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção, Universidade Federal de Santa Catarina, 1995. CRC-SP – Conselho Regional de contabilidade do Estado de São Paulo. Curso sobre temas contábeis: uma contribuição à educação continuada do profissional da contabilidade. São Paulo: Atlas, 1991. HORNGREN, Charles Thomas; FOSTER, George; DATAR, Srikant. Contabilidade de Custos. 9. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2000. PORTER, Michael E. Vantagem competitiva: criando e sustentado um desempenho superior. Rio de Janeiro: Campus, 1989. KOLIVER, Olivio. A contabilidade de custos: algo de novo sob o sol? In: SEMINÁRIO INTERAMERICANO DE CONTABILIDADE. Trabalhos apresentados no Seminário Interamericano de Contabilidade realizado nos dias 7 a 9 de setembro de 1994. Brasília: Conselho Federal de Contabilidade, 1994. LOPES DE SÁ, Antônio. A visão holística dos custos. Revista do Conselho Regional de Contabilidade do Rio Grande do Sul. Porto Alegre, v. 27, n. 92, p. 19-21, jan./mar. 1998. MARTINS, Eliseu. Contabilidade de custos. 9ed. São Paulo: Atlas, 2009. NAKAGAWA, Masayuki. ABC: custeio baseado em atividades. São Paulo: Atlas, 1994.
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