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COLUNA VERTEBRAL Funções: suporte a aspectos como a viabilidade e manutenção da postura ereta do tronco, possibilitando agilidade e movimento dos membros superiores e inferiores; atua na proteção de órgãos e vísceras vitais proporcionado com auxilio das costelas; promove absorção e dissipação de choques mecânicos e pressão gravitacional; proteção da porção ramificada do sistema nervoso central (medula). A coluna é formada por 33 estruturas ósseas denominadas vértebras. Algumas dessas vértebras estão separadas uma das outras pelos discos intervertebrais, que funcionam amortecendo o impacto. Outras vértebras apresentam-se fundidas. A pelve é a base da coluna, onde os membros inferiores se articulam. Superiormente, a coluna articula-se com o osso occipital do crânio e, inferiormente, com o ilíaco. Sendo elas: Vértebras Cervicais: 7 vértebras; Vértebras Dorsais ou torácicas: 12 vértebras; Vértebras Lombares: 5 vértebras; Vértebras Sacrais: 5 vértebras fundidas; Vértebra Coccígea: 4 vértebras fundidas. -: MOVIMENTOS A coluna é um complexo que apresenta três graus de liberdade realizado em três planos: sargital, frontal e trasnverso Principais músculos e seus movimentos Flexão cervical: Reto anterior da cabeça, Reto lateral da cabeça, Longo da cabeça Flexão lombar: Reto do abdômen, Oblíquos interno e externo Lordose Cervical: Cifose Torácica: Lordose Lombar: Cifose Sacral convexidade voltada anteriormente. convexidade voltada posteriormente. Convexidade voltada anteriormente. convexidade voltada posteriormente. Extensão cervical: Esplênios da cabeça e pescoço Extensão torácica e lombar: eretores da espinha, semiespinhais, espinhais profundos Flexão lateral cervical: Esternocleidomastóide, levantador da escápula e escalenos Flexão lateral lombar: quadrado lombar e psoas maior Músculos Posteriores Camada Profunda (Paravertebrais) Os músculos paravertebrais (semi-espinhais, multifidos, rotadores, interespinhais, intertransversários) atuam na cadeia posterior do tronco de forma estática, tendo a função principal de manter o tronco ereto durante todo o tempo que estamos em pé ou sentados.Os músculos paravertebrais são músculos lordosantes puxam a coluna para a frente. Músculos Posteriores Camada Profunda (Eretores). Os músculos Eretores (iliocostais, longuíssimos do tórax e Espinhais) atuam na cadeia posterior do tronco de forma dinâmica, tendo função principalmente de manter a coluna nos movimentos. Músculos Antero - laterais (Abdominais) O grupo dos abdominais (reto do abdome, oblíquos superior e inferior, transveso do abdome) atua na cadeia anterior do tronco são os músculos unicamente dinâmicos do tronco, responsáveis pelo movimento e estabilidade, sendo importante mantê-los fortalecidos e resistentes (parte superior, inferior e oblíquos). Biomecânica da Medula Espinhal. Flexão (inclinação anterior) Aumento do canal vertebral A medula é alongada no lado do movimento. Tensão nas raízes nervosas oposta ao movimento. Amplitude articular: 0°-95° (Marques,2003) e 0°-40/60° (Magee, 2002) Extensão (inclinação posterior) Diminuição do canal vertebral Medula espinhal relaxada. Tensão nas Raízes nervosas oposta ao movimento Amplitude articular: 0°-35° (Marques, 2003) e 0°-20/35° (Magee, 2002).. Inclinação Lateral (Direita e Esquerda) Lado da inclinação, medula espinhal relaxada. Lado oposto da inclinação, medula espinha alongada. Tensão nas Raízes Nervosas oposta ao movimento Amplitude articular: 0°-40° (Marques, 2003), 0°-15/20° (Magee, 2002). Rotação (Direita e Esquerda) Lado da inclinação, medula espinhal relaxada. Lado oposto da inclinação, medula espinha alongada. Tensão nas Raízes Nervosas oposta ao movimento Amplitude articular: 0°-35° (Marques, 2003), 0°-3/18° (Magee, 2002). Fatores que contribuem para a Hipomobilidade da Medula Espinhal. -Sedentarismo -Doenças Crônicas Degenerativas -Alterações da Coluna Vertebral -Envelhecimento A cintura Pélvica e as Articulações Sacrilíacas: cintura pélvica é formado pela união dos ossos, ílio, ísquio e púbis. Os ossos ilíacos direito e esquerdo articulam-se anteriormente um com um outro na sínfise púbica e posteriormente com o sacro por meio das articulações sacroiliacas. Ocorre uma leve movimentação nessas três articulações para atenuar as forças à medida que elas são transmitidas através da região pélvica, mas a pelve basicamente funciona como uma unidade em cadeia fechada. A cintura pélvica apresenta quatro articulações; sacroiliaca, sínfise púbica e sacrococcígea. Ligamentos que Estabilizam as articulações Sacrilíacas. Primários -Ligamento Sacrilíaco anterior -Ligamento Sacrilíaco interósseo -Ligamento Sacrilíaco Posteriores curtos e longos Secundários -Ligamento Sacrotuberal -Ligamento Sacroespinhal Alinhamento Pélvico Para determinar o alinhamento pélvico normal na posição ereta podem-se adotar dois planos de referência: Vista lateralmente, uma linha vertical deve coincidir com a sínfise púbica e as espinhas ilíacas antero-superiores. Uma linha horizontal deve coincidir a espinha ilíaca antero-superior e a espinha ilíaca postero-superior. Biomecânica da Pelve A pelve é o elo de ligação entre a coluna e os membros inferiores. O movimento da pelve causa o movimento das articulações dos quadris e da coluna lombar. A musculatura do quadril causa o movimento pélvico por meio da ação reversa. Os músculos flexores do quadril causam uma inclinação pélvica anterior; os músculos extensores do quadril, uma inclinação pélvica posterior, e os músculos abdutores e adutores causam uma inclinação pélvica lateral. Os músculos rotadores causam a rotação pélvica. Para prevenir a movimentação pélvica excessiva quando o fêmur se move na articulação do quadril, a pelve precisa ser estabilizada pelos músculos abdominais, eretor da espinha, multifido e quadrado lombar. Inclinação pélvica anterior (Anteroversão) As espinhas ilíacas antero-superiores da pelve movem-se nas direções anterior e inferior e, desse modo, se aproximam da face anterior do fêmur à medida que a pelve roda para frente em torno Importante na marcha do eixo transverso das articulações do quadril. Isso resulta em flexão do quadril e aumento da extensão lombar da coluna. -Os músculos que causam esse movimento são os flexores do quadril (Iliopsoas, Reto femoral, Sartório e Tensor da Fáscia Lata) e extensores da coluna. Inclinação Pélvica Posterior (Retroversão) As espinhas ilíacas póstero-superiores da pelve movem-se posteriormente e inferiormente, aproximando-se assim da face posterior do fêmur à medida que a pelve roda para trás em torno do eixo das articulações dos quadris. Isso resulta em extensão do quadril e flexão da coluna lombar. -Os músculos que causam esse movimento são os extensores do quadril (Reto do abdome e oblíquos externo e interno, Glúteo máximo, Glúteo médio, Isquiotibiais) e flexores do tronco. Inclinação Pélvica Lateral O movimento pélvico no plano frontal resulta em movimentos opostos em cada articulação do quadril. O movimento pélvico é definido pelo que está ocorrendo na crista ilíaca da pelve do lado oposto ao membro que está se apoiando o peso (ou seja, o lado da pelve que está se movendo). Quando a pelve se eleva, isso é chamadoelevação do quadril; quando se abaixa, é chamado queda do quadril ou da pelve. No lado que está elevado, ocorre adução do quadril; no lado que está abaixado, ocorre abdução do quadril. Quando se está em pé a coluna lombar flexiona lateralmente em direção ao lado da pelve elevada. - Os músculos que promovem a inclinação pélvica lateral incluem o quadrado lombar no lado da pelve elevada e a tração muscular reversa do glúteo médio no lado da pelve abaixada. Rotação Pélvica A rotação ocorre em torno de um membro inferior que está fixado no solo. O membro inferior sem apoio balança para a frente ou para trás com a pelve. Quando o lado da pelve que não está apoiado se move para frente, isso é chamado Rotação anterior da pelve. O tronco roda simultaneamente na direção oposta, enquanto o fêmur sobre o lado estabilizado roda internamente. Quando o lado da pelve sem apoio se move para trás, isso é chamado Rotação posterior, o fêmur sobre o lado estabilizado roda externamente, ao mesmo tempo em que o tronco roda na direção oposta. -Esse movimento é realizado pelo músculo Iliopsoas. Alterações Posturais da Pelve Alteração Postural em anteroversão pélvica A pelve inclina-se para frente diminuindo o ângulo entre a pelve e a coxa anteriormente, resultando em flexão da articulação do quadril, assim a coluna inferior irá se arquear para frente criando um aumento na curvatura para frente (lordose) da coluna lombar. Sendo que esta alteração pode ocorrer pela fraqueza dos músculos abdominais (retos e oblíquos). Alteração Postural em retroversão pélvica A pelve inclina-se para trás, as articulações do quadril se estendem e a coluna lombar se retifica, levando à uma postura de dorso plano, que pode resultar de um encurtamento dos músculos Isquiotibiais. Alteração Postural de inclinação pélvica lateral A pelve se inclina lateralmente e um lado fica mais alto que o outro assim as curvaturas da coluna lombar ficam com uma convexidade em direção ao lado baixo (escoliose), desta forma a perna do mesmo lado fica em “adução postural” e a posição do quadril faz com que uma perna fique aparentemente mais longa que a outra. Essa alteração postural pode ser provocada pela retração unilateral do tensor da fáscia lata e bandailiotibial, que provocará inclinação para o lado da retração, e/ou pela fraqueza dos abdutores do quadril e glúteo médio de um lado que farão com que a pelve se incline para baixo e para o lado mais baixo. Alteração postural de rotação pélvica A hemipelve em relação ao lado oposto, pode ser provocada pela contratura do músculo iliopsoas, e geralmente acompanha uma inclinação pélvica lateral para frente, do lado em que o quadril está alto. Cintura Pélvica – Músculos Motores e Estabilizadores da Pelve. Principais Ligamentos da Coluna Vertebral Ligamento Amarelo: Limita a flexão. -Ligamento Interespinhais e supra-espinhais: Limita a flexão. -Ligamento Intertransversários: Limita a flexão lateral contralateral. -Ligamento Longitudinal anterior: Limita a extensão ou lordose excessiva das regiões cervical e lombar. -Ligamento Longitudinal posterior: Limita a flexão, reforça o anel fibroso posteriormente. -Cápsula das articulações dos processos articulares: Fortalece e suporta a articulação dos processos articulares. VÉRTEBRAS Uma vértebra típica é formada por três partes básicas: corpo, arco e processos vertebrais. O corpo é a parte anterior da vértebra e é formado por uma massa de osso esponjoso com as superfícies inferior e superior formadas por osso compacto. O arco, por sua vez, fica na porção posterior e é o responsável por formar a parede do local por onde passa a medula espinhal. Por fim, temos os processos vertebrais, que são as pontas ósseas que partem da vértebra. Todas as vértebras apresentam 7 elementos básicos: 1. Corpo : Função:Sustentação 2. Processo Espinhoso: Função:Movimentação 3. Processo Transverso: Função:Movimentação 4. Processos Articulares: Função: Movimento 5. Lâminas: Função:Proteção 6. Pedículos: Função:Proteção 7. Forame Vertebral: Função:Proteção DISCOS INTERVERTEBRAIS O disco intervertebral, também chamada de fibrocartilagem intervertebral, é um disco de cartilagem localizado entre duas vértebras adjacentes da coluna vertebral, que atua possibilitando a propagação dos movimentos às vértebras, além de atuar como ligamento, assegurando que as vértebras permaneçam unidas, amortece impactos e dá flexibilidade à coluna. Anatomicamente, o disco intervertebral é formado por dois componentes: o anel fibroso, no qual se encontra em seu interior o núcleo pulposo. O anel fibroso é composto por uma porção periférica de tecido conjuntivo denso, porém em sua maior extensão é composto por diversas camadas de fibrocartilagem, cujos feixes colágenos se dispõem em camadas concêntricas. O núcleo pulposo é formado por fibras soltas que ficam suspensas num líquido viçoso rico em ácido hialurônico, juntamente com uma pequena quantidade de colágeno. Funciona como um amortecedor, absorvendo o impacto diário, além de separar as vértebras umas das outras. Estas estruturas variam de forma, tamanho e espessura ao longo da coluna vertebral, compreendendo cerca de um quarto da totalidade do tamanho da mesma. O disco comporta-se da seguinte forma nos movimentais: Em compressão axial, o núcleo tem tendência a espalhar-se lateralmente. Em alongamento axial, há a tendência de retorno da sustância gelatinosa. Em flexão, o núcleo migra para trás. Em extensão, para frente. Em inclinação lateral, para o lado oposto e, em rotação, o núcleo é comprimido e esmagado e tende a infiltrar-se por todas as falhas do sistema do anel fibroso. Doenças Algumas doenças estão associadas a coluna vertebral. São elas: Cifose: Desvio anormal da coluna vertebral, fazendo com que a parte superior das costas apareça mais arredondada do que o normal. Lordose: Curvatura excessiva da coluna vertebral. Hérnia de disco: Situação em que parte do disco intervertebral sai de sua posição normal e comprime a porção nervosa da coluna vertebral. Escoliose: Deformidade na curvatura da coluna, que adquire um formato de "s" ou "c". Doença degenerativa discal Esta condição leva à perda das funções de um ou mais discos intervertebrais, levando à perda da função de coxim na absorção de impacto entre as vértebras. A degeneração degenerativa discal - verdadeiro envelhecimento do disco - pode desenvolver-se como processo natural do envelhecimento, mas também pode resultar de traumas. O conteúdo de água dos discos vai diminuindo com a idade, tornando os discos mais finos e rijos. Como tal, a fricção entre as vértebras aumenta originando a formação de esporões ósseos que se associam a dor. Esta é uma das causas mais comuns de dor crónica no adulto idoso. Hérnia de disco Os tecidos entre os ossos da coluna são denominados discos intervertebrais. Estes discos são compostos de um centro macio, semelhante a um gel, e um revestimento externo rígido. O disco intervertebral cria uma junta entre cada um dos ossos da coluna que os permite se moverem. Quando o revestimento externo de um disco se rompe, seu centro pode passar pela abertura, criando uma hérnia de disco. Além disso, é uma situação em que parte do disco intervertebral sai de sua posição normal e comprime a porção nervosa da coluna vertebral Tipos de Hérnias de discos Hérnia de disco protusa: é o tipo mais comum, quando o núcleo do disco permanece intacto, mas já há perda da forma oval; Hérnia de discoextrusa: quando o núcleo do disco encontra-se deformado, formando uma 'gota'; Hérnia de disco sequestrada: quando o núcleo está muito danificado e pode até mesmo se dividir em duas partes.
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