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RESUMÃO- PROCEDIMENTOS ESPECIAIS CIVIS

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Direito Unip – Helenilda Rufino – Décimo Semestre - 2019 | CADERNO PROCEDIMENTOS ESPECIAIS CIVIS – Prof. 
Cantal 
 
1 
 
PROCEDIMENTOS: 
1. Procedimento Especial: 
Procedimento é diferente de processo. O procedimento ou rito é a forma como os atos processuais se 
desenvolvem, se ordenam na linha do tempo, o curso do processo. 
Existem procedimentos mais céleres, outros mais lentos, varia de ação para ação. Ex.: uma ação de despejo 
anda de um jeito, o de mandado de segurança anda de outro jeito. 
Quem escolhe o procedimento a ser adotado para cada caso? É o legislador quem estabelece na lei como 
cada ação deve correr. Ele o faz quando elabora a lei. 
Se o advogado não observa o procedimento correto, gera o indeferimento da petição inicial. 
Como se faz a observância correta de qual procedimento deve-se adotar? Deve-se adotar o fenômeno da 
exclusão. 
1º adota-se o procedimento especial 
2º por exclusão, deve-se seguir o rito comum. 
 
Hipóteses do procedimento Especial: 
Uma coisa especial é a exceção, estão previstos fora do CPC, na legislação Extravagante. 
1.1. Legislação Extravagante: 
Ex.: Ação de mandado de segurança, Ação de despejo, Ação Habeas Data, Ação de Adoção, Ação 
de improbidade administrativa, Ação popular. 
Se o procedimento não cabe na legislação extravagante, partimos para o procedimento especial 
dentro do CPC – Art. 539 ao 770, CPC. 
 
1.2. CPC: 
1.1.1. Jurisdição Contenciosa: Tem lide, tem briga com autor e réu. Ex.: ação de consignação 
em pagamento, ação de reintegração de posse. 
1.1.2. Jurisdição Voluntária: Não tem briga, é consensual Ex.: ação de divórcio consensual. 
 
2. Procedimento Comum => Art. 319 e ss, CPC 
 
** Obs.¹: Procedimento Híbrido: quando existe a fusão de duas ou mais coisas ou situações. No caso, um 
procedimento híbrido é aquele formado pela junção de dois ou mais procedimentos. Começa em um 
procedimento e em determinado momento do processo, corre com outro procedimento. 
Ex.: Ação de reintegração de posse: Da Petição Inicial até a defesa do réu, correrá pelo procedimento 
especial. Da apresentação da defesa até o final, corre pelo procedimento comum. 
 
** Obs.²: Procedimento Juizado Especial Civil: JEC – Temos três no Brasil: O Estadual, o federal e o da 
fazenda pública. 
Direito Unip – Helenilda Rufino – Décimo Semestre - 2019 | CADERNO PROCEDIMENTOS ESPECIAIS CIVIS – Prof. 
Cantal 
 
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O JEC Estadual é previsto na Lei 9.099/95. Esta lei prevê como se desenvolve o procedimento perante o 
Juizado Especial Cível. 
Esta lei não está dentro da legislação extravagante por conta do que está previsto no art. 98, CF. Esse art. Diz 
que os processos no JEC devem seguir o RITO SUMARÍSSIMO. Processos de menor complexidade. 
Logo, no Brasil temos três tipos de procedimentos / ritos: 
• Procedimento Especial; 
• Procedimento Comum; 
• Procedimento Sumaríssimo. 
___________ 
PROCEDIMENTOS ESPECIAIS EM ESPÉCIE: 
1. Ação de Consignação em Pagamento: 
Fundamentação Legal: art. 539 a 549, CPC. 
Obs.¹: No Brasil, existe a previsão de outra ação de consignação em pagamento que está fora do CPC. Está na 
LEI 8.242 - LEI DE LOCAÇÕES IMOBILIÁRIAS URBANAS. A ação da lei de pagamento em consignação da lei de 
locações são mega específicos para locações. Porém, alguns imóveis, apesar de estar localizado na zona urbana 
que não abraça a lei de locações, ex.: locação de vaga de garagens. São mais 5 que estão no art. 1º da lei. 
 
Noções Introdutórias | Finalidade: Como é que uma obrigação é cumprida? Com o pagamento. Porém não é 
somente pelo pagamento que a obrigação é cumprida. Existem outras formas de cumprimento da obrigação, 
uma delas, além do pagamento, temos a consignação em pagamento. 
Logo, a consignação em pagamento é uma das formas de extinção de uma obrigação. 
No Brasil, em quais casos eu posso consignar? No Brasil a consignação não é a forma mais correta de realizar 
o pagamento, mas é admitida em algumas hipóteses. Precisa de previsão legal para realizar. Estas hipóteses 
legais estão descritas fora do CPC, estão no CÓDIGO CIVIL, art. 335, I ao V. Geralmente o motivo que as 
pessoas entram com a ação de consignação é pelo motivo descrito no inciso I deste art. 
Explicação do caso do inciso I: 
NUNCA ESQUECER: Na grande maioria das vezes, na ação de consignação em pagamento, o autor da ação é 
sempre, sem exceção, é o devedor. O devedor deposita em juízo o pagamento da obrigação. O credor é 
sempre o réu. 
 
Modalidades de Consignação em Pagamento: São duas: 
a. Consignação Extrajudicial: Art. 539, §§§§ 1º,2º, 3º e 4º, CPC 
Objeto: Só dinheiro, em reais, moeda corrente (qualquer valor). 
Local: é feita perante uma instituição financeira. Em qualquer instituição: Não, somente os oficiais, ex. 
Em caso de Estadual: Banco do Brasil, Em caso de Federal: Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil. 
Quem realiza o depósito em dinheiro: O devedor. 
Prazo: Até a data do vencimento. 
Procedimento: 
Direito Unip – Helenilda Rufino – Décimo Semestre - 2019 | CADERNO PROCEDIMENTOS ESPECIAIS CIVIS – Prof. 
Cantal 
 
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- O devedor comparece na instituição financeira e pede para que seja feito o depósito; 
- O gerente da instituição abre uma conta específica para o depósito. É uma conta com a finalidade 
específica. 
- A instituição financeira notifica o credor para se manifestar no prazo de 10 dias. 
 
Possíveis Posturas do credor: 
 O credor se mante inerte, não se manifesta: 
Consequência: a obrigação se dá como satisfeita, extingue a obrigação. Conta com mais de 30 
anos parada, o valor vai para a união. 
 
 O credor expressamente concorda com o valor depositado: 
Consequência: a obrigação se dá como satisfeita, extingue a obrigação. 
 
 O credor expressamente não concorda com o depósito: (essa discordância não precisa ser 
fundamentada, basta dizer que não concorda com o depósito) 
Consequência: a obrigação não está satisfeita, continua em aberto, ainda corre os efeitos da 
mora. (o gerente não decide quem tem razão e quem não tem). 
 
A partir daí, o devedor tem duas hipóteses: 
I. Volta na instituição e levanta o dinheiro. Lembrando que incide em mora devido o 
inadimplemento; 
II. No prazo de até 30 dias, o devedor deve entrar com a ação de consignação em 
pagamento. Nesse caso, não incide em mora, desde que a sentença decida que o devedor 
tinha razão. Se o devedor não tinha razão, aí sim, a mora será devida. 
 
Obs.¹: Não inclui arbitragem. 
Obs.²: A consignação extrajudicial não é obrigatória no Brasil. O devedor pode entrar direto com ação 
judicial, mesmo sendo obrigação em dinheiro. 
 
 
b. Consignação Judicial: Art. 540 ao 549, CPC 
É realizada perante o judiciário através de um processo. 
Objeto: o mais amplo possível. Ex.: dinheiro ou coisa (móveis, imóveis ou semoventes). 
Autor: o devedor ou pode ser o 3º interessado ou desinteressado (não tem vínculo legal – mãe que 
paga para o filho). 
Réu: o credor ou pode ser pessoa autorizada a emitir a quitação. 
Competência: na comarca do cumprimento da obrigação. Se não houver local descrito, o local da ação 
é na comarca do autor da ação, ou seja, do devedor. 
Prazo: Se houver consignação extrajudicial antes, o prazo para a judicial é de até 30 dias. 
 Se NÃO tiver consignação extrajudicial, a ação deve ser ingressada até o dia do vencimento. 
Até o vencimento para o protocolar a petição inicial. 
 
Obs.: É possível se consignar judicialmente após o vencimento da obrigação? SIM, mas o autor fica 
sujeito aos efeitos da mora e tudo que tiver previsto no contrato. O ideal é sempre consignar um dia 
antes. 
 
Obs.: quando se tratar de obrigação de obrigações sucessivas (ex.: carnêcom 12 parcelas), o devedor 
ingressa com uma ação de consignação só. A DATA DE DEPÓSITO DAS PRESTAÇÕES EM AÇÃO DE 
Direito Unip – Helenilda Rufino – Décimo Semestre - 2019 | CADERNO PROCEDIMENTOS ESPECIAIS CIVIS – Prof. 
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CONSIGNAÇÃO DE PARCELAS DEVEM SER PAGAS ATÉ 5 DIAS APÓS O VENCIMENTO DA PARCELA. Ou 
Seja, se a data de vencimento da parcela é dia 15 de todo mês, o pagamento deve ser FEITO ATÉ DIA 
20 de todo mês, art. 541, CPC. 
 
 
Procedimento: 
 
- Início se dá por petição inicial, art. 319 CPC, cc art. 542, CPC + pedido de autorização para realizar o 
depósito. Após esse pedido, o juiz solta o despacho para citação e autorização do depósito. 
Obs.: verificar se teve consignação extrajudicial antes, porque se teve, o depósito no banco já foi feito. 
Logo, não precisa pedir autorização para depósito, já que já foi feito, já está depositado 
anteriormente. Nesses casos, não se aplica esse dispositivo, APENAS INFORMA NA PETIÇÃO COM 
NÚMERO DE CONTA E COMPROVANTE DE DEPÓSITO, QUE O DINHEIRO ESTÁ DISPONÍVEL. 
A ação deve se entrar até o dia do vencimento para não incidir em mora. 
Sobre o despacho: 
• Pode ser negativo (sentença indeferindo a P.I) 
• Pode ser intermediário (juiz determina e emenda da P.I em 15 dias) 
• Pode ser positivo (citação e autorização do depósito). 
 
- Uma vez intimado do despacho, a parte realiza o depósito. Caso a parte não faça o depósito no prazo 
de 5 dias, a ação é extinta sem apreciação do mérito. 
 
- Citação: o credor é citado para ter conhecimento da ação. Ele pode concordar com o depósito, pode 
não responder e ser julgado a revelia, ou pode apresentar a contestação. 
- Na contestação: 
* O credor pode alegar toda as matérias processuais, como incompetência do juiz, validade da citação, 
alegar falta de interesse de agir etc. Todas as matérias de cunho processual, o credor pode alegar na 
ação de consignação em pagamento. Fora isso, o art. 544, CPC (muito importante esse art. Está nesse 
art o que o credor pode alegar). 
O inciso IV é o que mais cai na OAB: O DEPÓSITO NÃO É INTEGRAL. Ou seja, quando o código fala que 
o depósito não é integral, ele dá qual deve ser o valor correto e fundamentar, sob pena de rejeição de 
liminar. Se no caso do inciso IV, o juiz abre um prazo de 10 dias para o autor apresentar uma petição 
complementar, ou seja, deposita o valor que o autor acha devido, e na petição complementar o autor 
comprova o deposito da diferença e extingue o processo. 
 
Caso o autor não concorde com a diferença, e não faz o complemento, a consequência é: 
** o processo prossegue; 
** a discussão do processo será somente a diferença. Inclusive o credor pode fazer o levantamento 
do valor incontroverso que já foi depositado. Discutem apenas a diferença. 
 
- Instrução do processo: vai depender de caso para caso (se requer perícia contábil, oitiva de 
testemunha, etc.) 
- Alegações finais. 
 
- SENTENÇA - Na sentença: 
** Se a sentença entender que do devedor (autor da ação) tem razão, este, não terá que pagar mais 
nada e a obrigação é extinta. O credor (réu) arca com a sucumbência. 
 
Direito Unip – Helenilda Rufino – Décimo Semestre - 2019 | CADERNO PROCEDIMENTOS ESPECIAIS CIVIS – Prof. 
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** Se a sentença entender que o credor (réu da ação) tem razão, a ação é julgada improcedente. Ou 
seja, o devedor deverá pagar tudo, inclusive os efeitos da mora SOBRE O VALOR DA DIFERENÇA. O 
juiz, na sentença, dirá o que o devedor deve, descontará o valor já levantado e a diferença será um 
TÍTULO EXECUTIVO. Abre-se então a fase do cumprimento de sentença. 
 
 
AÇÕES POSSESSÓRIAS: 
 
Introdução: a defesa possessória (defesa da posse) se dá de várias formas, podendo inclusive ser feita através 
de esforço físico, hipótese de autotutela. Mas, também existe a possibilidade de se socorrer pelo judiciário 
através de 2 tipos de ações, as chamadas: 
• Ações atípicas: são chamadas atípicas por conta da proteção secundárias da posse, ex.: ação de 
embargos de terceiros; ação de imissão da posse; ações do direito de vizinhança etc. 
• Ações típicas: passaremos a estudá-las agora. 
 
Ações Possessórias Típicas: Art. 554 ao 568, CPC. 
Obs.: O procedimento destas ações, são quase que idênticos, por isso estudaremos em conjunto. 
Essas três ações formam uma tríade chamada INTERDITO POSSESSÓRIO (meio de defesa da posse), ou seja, 
INTERDITO POSSESSORIO é um gênero que tem três espécies. A diferença de interdito possessório é gênero e 
interdito proibitório é uma espécie. 
São três e correm do mesmo jeito. Quais são: 
1. Ação de Reintegração de Posse: COMBATE O ESBULHO. 
2. Ação de Manutenção da Posse: COMBATE A TURBAÇÃO 
3. Interdito Proibitório: COMBATE A AMEAÇA. 
Vejamos: 
Cada uma dessas ações existe para resolver um vício. 
 Vício do esbulho: é a expulsão do dono da posse do bem, é a perda da posse por completo. Isso 
se chama esbulho 
 Vício de turbação: é quando há alguém que perturba a posse, entra na posse junto com o dono. 
 Vício de ameaça: é quando alguém ameaça o dono de esbulho ou turbação. A mera ameaça já 
pode fazer a ação de interdito proibitório.

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