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Relatório de estágio supervisionado 2019-2

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UNIVERSIDADE DE FRANCA – SP
CRUZEIRO DO SUL EDUCACIONAL
PEDAGOGIA - EAD
TATIANE PEREIRA TEODORO MORAIS
RGM: 17386543
RELATÓRIO CRÍTICO REFLEXIVO DE ESTAGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO EM GESTÃO EDUCACIONAL
Relatório final, apresentado a Universidade de Franca, como parte das exigências para a finalização da disciplina Estágio curricular Supervisionado em Gestão Educacional.
Centro Solidário de Educação Infantil de Uberlândia
Alameda José de Oliveira, 1680 com a Alameda Olívio Zacarias Silva, 185 – Jardim Holanda.
Dependência administrativa pública
Prefeitura Municipal de Uberlândia
Secretaria Municipal de Educação
Observação: Gestão Educacional
UBERLÂNDIA
2019/2
INTRODUÇÃO
Este relatório tem o objetivo de descrever minha experiência vivida durante o Estágio Curricular Supervisionado em Gestão Educacional.
A Educação Básica oferecida pelo Centro Solidário de Educação Infantil compreende a Educação Infantil para crianças de quatro meses a cinco anos conforme legislação vigente e normas estabelecidas pela secretaria Municipal de Educação.
É uma instituição de cunho público, pertencente à Rede Municipal de Ensino e ministra Educação Infantil conforme disposição da Lei 9.394, de 20 de Dezembro de 1996 e a Resolução 443 de 29 de maio de 2001.
Por necessidade e disponibilidade da escola fiz o acompanhamento apenas da diretora da instituição, salvo alguns momentos rápidos de conversa ou vislumbres das atividades da orientadora pedagógica onde fiz breves questionamentos ligados à formação continuada dos professores in loco e da Oficial Administrativa que me apresentou algumas das ferramentas utilizadas diariamente para fechamento de ponto dos profissionais da escola ou matrícula dos alunos por exemplo. Desta forma as atividades relatadas serão pautadas nesses acompanhamentos ocorridos entre os dias 19 de Agosto a 13 de Setembro de 2019, salvo algumas observações sobre a estrutura e organização escolar que farei no decorrer de alguns relatos.
Palavras-Chaves: Educação Infantil, Estágio, Formação, Gestão.
CARACTERIZAÇÃO DA ESCOLA
Como citado anteriormente, o CSEI (nome abreviado da escola) possui em sua totalidade 15 turmas divididas nos períodos manhã, integral e tarde, sendo 12 em horário parcial, das 07h as 11h25min e das 13h as 17h25min e 3 em horário integral, das 07h as 17h, perfazendo 800 horas e 1400 horas, cumprindo assim o Artigo 24 da Lei 13.415, de 2017, para o ensino fundamental,
I – A carga horária anual será de oitocentas horas para o ensino fundamental e para o ensino médio, distribuídas por um mínimo de duzentos dias de efetivo trabalho escolar, excluindo o tempo reservado aos exames finais, quando houver; 
 
Como não existe definição nacional para a Educação Infantil em relação a duração do ano letivo, as instituições públicas acompanham a do Ensino fundamental e médio.
O Centro Solidário segundo o Projeto Político Pedagógico foi construído pelo Serviço Voluntário de Assistência Social – SERVAS. Uma Associação de direito privado, sem fins econômicos e que tem como objetivo promover e executar ações sociais em todo estado de Minas Gerais.
O Centro Solidário de Educação Infantil de Uberlândia tem ambientes integrados, flexíveis, de múltiplo uso, projetados para motivar e criar oportunidades para o desenvolvimento cognitivo, psicomotor r integral da criança, respeitando a cultura e as tradições locais. (PPP, 2016, p.06)
O Centro Solidário foi construído no Bairro Jardim Holanda em um terreno de mais de três mil metros quadrados doados pela Prefeitura de Uberlândia, inaugurada em 2012 e abriga em média 340 crianças de quatro meses a cinco anos e 11 meses de idade.
O Centro conta com berçário, salas de aula destinadas às atividades, sanitários, refeitório, área externa para lazer, brinquedoteca, salas administrativas, mural de pintura entre outros ambientes que foram entregues à Prefeitura Municipal de Uberlândia onde coube à PMU o custeio do funcionamento e se necessário fosse, fazer as adequações na estrutura para atender a demanda conforme a necessidade de atendimento da região. (PPP, 2016, p.06)
Desde então, anos se passaram e mudanças ocorreram no CSEI. Hoje o Centro conta com;
01 sala de multimeios/AEE: A sala é dividida entre brinquedoteca, biblioteca, sala de TV e ao fundo dividida por um armário, pequeno espaço para acontecer o atendimento especializado, 02 banheiros coletivos divididos por sexo, contendo três chuveiros e 4 privadas em cada um deles, não adaptados ao tamanho das crianças (Privada adulto), 10 salas de atividades dividas por faixa etária, sendo um berçário, 1 GI, um GII, um GIII, um 1º período e um 2º período divididos em manhã e tarde a partir do fluxograma definido no ultimo bimestre do ano, 01 Mural de pintura na área externa sem cobertura contra o sol, 01 Parquinho na área verde, também sem uma devida cobertura contra o sol, 01 Refeitório pequeno e estreito, grudado com as salas administrativas da escola, 01 Banheiro pequeno com apenas uma privada para uso dos profissionais da escola e comunidade escolar, de frente com o refeitório, 01 Cozinha, 01 Despensa de Alimentos com prateleiras de ardósia, 01 Lavanderia com banheiro/depósito usado por funcionários, 01 Sala de convivência/professores, 01 Sala do orientador pedagógico, 01 Secretaria/Direção, 01 Depósito de Gás, 01 Bebedouro de Água natural, infantil, 01 Pátio externo sem cobertura.
 As salas são divididas por turno e faixa etária, sendo no turno da manhã, 01 GII, 01 GIII, 01 Primeiro período e 03 Segundos períodos, no turno da tarde, 01 GII, 02 GIII, 02 Primeiros período e 01 Segundo Período, e no Integral, 01 GI, 01 GII e 01 GIII. Atendendo assim, crianças de 0 a 5 anos de idade.
Mesmo sendo uma escola relativamente nova, os recursos/ferramentas, estrutura física e espacial não são suficientes para alcançar a qualidade de ensino que se espera de uma instituição publica.
Os brinquedos e livros adquiridos até hoje foram através da doação da empresa privada que construiu a escola, recursos próprios ou enviados pela SME, doações de pais (pois é pedido na lista de materiais do início do ano) ou comprados pelas professoras regente da sala. 
Como pode perceber, a maior parte vem de doações e é algo inconstante. Com tão poucos recursos, a escola dificilmente renova seu acervo pedagógico.
Os aparelhos eletrônicos disponibilizados para uso são:
Uma televisão;
Dois mini system (cabos quebrados);
Duas caixinhas com leitor de Mp3;
04 DVDs (obsoletos);
Dois computadores (para todas fazerem seus diários);
01 projetor (comprado com recursos próprios);
01 caixa amplificadora (comprado com recursos próprios);
A senha do wi-fi foi compartilhada comigo através da secretária mas acredito que não compartilham com as demais professoras, impossibilitando de cada uma levar seu próprio computador caso queiram usar o horário de módulo para atualizar seus diários eletrônicos.
Mesmo tendo disponíveis alguns materiais eletrônicos, ainda faz se necessário cada professora ter seu “KIT” áudio visual. Acredito que todas ou quase todas possuem sua caixinha de som do “Paraguai”, seu notebook ou pen drive com filmes e vídeos para serem passados quando planejado, sem a necessidade de “brigarem” por uma reserva de “TV” que quase nunca está disponível.
A escola conta com os serviços assistenciais de forma precária, não tem profissionais na área de Psicologia, não possui uma sala adequada para professores de educação especial fazerem seu atendimento e nem Assistente social para atender as necessidades dos alunos na escola. São serviços que deveriam ser obrigatórios em cada instituição e com salas equipadas para seus atendimentos.
Mas, deixemos as críticas para outro momento...
Cada sala conta com uma professora regente, uma regente 2 que cobre o dia do módulo da regente 1 e uma professora de “movimento”, disciplina antes dada por professores com formação em educação física e que após alteraçõesem algumas leis educacionais não se faz mais necessário ter essa especialidade de 0 a 5 anos.
Nas salas de 0 a 3 anos possuem também as educadoras que auxiliam a professora nos cuidados de higiene, alimentação e quando necessário no pedagógico.
O PPP (Projeto político pedagógico) precisa de atualização anualmente e o atual que entrei em contato, está desatualizado desde 2016.
O planejamento das aulas é realizado semanalmente entre a professora e a supervisão no dia do seu modulo.
ACOMPANHAMENTO
 O estágio teve como foco de observação o acompanhamento das rotinas dos profissionais que estão diretamente ligados à gestão escolar.
Por disponibilidade da profissional que me recebeu prontamente, acompanhei a diretora da instituição e em momentos pontuais, solucionei algumas duvidas junto à orientadora pedagógica e com a Oficial administrativa.
Em um primeiro momento fiquei mais na observação, levantando as informações que a meu ver, seriam mais pertinentes ao gestor administrativo, tais como; Construção do PPP, Regimento interno, o livro de ponto, livro caixa, entre outros.
A maior parte da rotina dos gestores pedagógicos ou administrativos, acontecem na instituição resolvendo pequenas burocracias como, acompanhamento de modulo de professor, reunião de pais, individual ou mesmo coletiva, negociação de faltas, etc...
Mas existem também momentos onde os gestores, cada um em seu devido lugar, participam de reuniões ou formação com seus pares na SME/CEMEP. É onde normalmente, a secretaria faz os informes mais importantes com seus gestores educacionais quando alguma mudança deverá acontecer.
Dentro da escola reservei momentos para fazer leituras dos documentos que regem a rotina escolar. Fiz leitura de parte do Projeto Político Pedagógico e levantei alguns pontos que deveriam ser revistos já que o Plano de Ação Referencia da Rede Municipal de Ensino já traz outro modo de lecionar, diferente do que está instaurado na escola.
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS/ADMISTRATIVAS/FINANCEIRAS DOS GESTORES 
O Plano de Ação Referencia da Rede Municipal de Ensino é embasado nos Campos de Experiências da BNCC com enfoque na pedagogia de projetos a partir dos seis direitos de aprendizagem da criança, tais como;
Conviver;
Brincar;
Participar;
Explorar;
Expressar;
Conhecer-se.
“As ações e aprendizagens das crianças são indissociáveis”(Plano de Ação Referencia,P24,versão preliminar, 2018), mas ao ter contato com o preenchimento do atual diário de professores pude perceber que o sistema cria uma fragmentação das atividades na hora de serem lançadas, prejudicando o professor e fazendo com que cada vez mais ele “desmembre” os ensinamentos para facilitar seu trabalho burocrático ao lançar no sistema as atividades daquele dia.
Como se as brincadeiras e interações fossem aprendidas separadamente, não levando em consideração que o ensino significativo o tempo todo ele tem uma base interdisciplinar, mas é o transdisciplinar, o que vem além das disciplinas que trás o aprendizado das complexidades ocorrendo simultaneamente e não uma de cada vez.
A orientadora e principalmente os professores, demandam de cursos de formação, não apenas teórico como prático para saberem como adaptar sua atual metodologia à que o município espera que seja aplicada.
Muitos professores criam resistências com tais mudanças e claramente tem a ver com o não entendimento pratico da pedagogia de projetos ou mesmo pela dificuldade em lançar no diário eletrônico, desmembrando algo que é todo interligado.
Existe a tentativa de formação durante o modulo dos professores junto a orientadora, mas já passei por diversas escolas e assim como as outras, o CESEI hoje tem uma orientadora que agora que está se inteirando das mudanças pedagógicas e ao repassar aos professores, ainda traz consigo a insegurança do novo.
Ainda estou lendo o Plano de Ação Referencia, buscando ampliar meu entendimento sobre a rede municipal de ensino e sempre que posso estou em discussão com meus colegas de trabalho e de estágio ( de outras instituições), na busca de me tornar uma educadora pesquisadora que coloca em pratica sua sabedoria.
Li também o regimento interno, já que eu não conhecia nenhum regimento anteriormente e achei muito interessante ter a descrição do funcionamento da instituição passo a passo e comuniquei á direção que algumas coisas deveriam ser atualizadas levando em consideração o a Lei 040/1992, Estatuto do servidor e o Plano de Cargos e Carreiras de 2019 que trouxeram algumas modificações de atribuições do pessoal e nomenclaturas das carreiras por exemplo.
Também fiz algumas anotações pessoais na intenção de levar algumas sugestões para a escola onde trabalho, pois lá ainda não possui esses documentos e estamos estruturando um para que até no final deste ano tenhamos nossos documentos oficiais criados pela equipe, tais como PPP, Regimento e Plano Anual com a “nossa cara”.
As atividades ligadas diretamente aos gestores administrativos, demanda de uma enorme responsabilidade e por esse motivo, optei por acompanhar de perto sem interferir diretamente, anotando tudo que me interessava por medo de causar algum erro e a pessoa ter que responder como erro dela.
Mesmo com uma rotina bem definida, durante alguns bate papos, me senti a vontade para fazer algumas sugestões e me ofereci para auxiliar diretamente na atualização do PPP conforme o Plano de Ação Referencia do Município, já que é um documento que estou em contato na escola onde já trabalho e que pode ser corrigido caso tenha alguma inconsistência sem causar grandes danos no fluxo escolar ou prejuízo financeiro a alguém. Algo difícil de fazer se eu participasse do lançamento de freqüência dos profissionais e cometesse um erro, causando o não pagamento do salário devido, por exemplo. 
Por fim, esse acompanhamento foi bastante produtivo, pois vivenciei a preparação de um modulo com a orientadora pedagógica, aprendi a planejar com antecedência as atividades a serem trabalhadas com os demais profissionais, a distribuição de tempo para cada etapa já que parte da agenda já vem pré-definida pelo município, e algumas atividades junto a oficial administrativa como, lançamento do livro de Ponto, Livro caixa e suas regras e particularidades, as dificuldades em gerir diversas pessoas com diferentes temperamentos e principalmente, diversas pedagogias! 
Que a todo instante pode ser necessário um plano “B” e devemos estar preparados para ele na intenção de efetivar nossas responsabilidades com sucesso. É muito jogo de cintura!
PERFIL DOS GESTORES
Pude acompanhar três profissionais, das quais não citarei nomes e as identificarei pelo cargo para diferenciação.
Diretora- Graduada em Pedagogia.
Pós em Educação infantil, Educação Especial e Transtornos Globais.
Concursada no município no cargo de professora.
Cedida para o cargo de direção desde 2017.
Dedicada, carismática e atenciosa.
É aberta para ideias de outras pessoas;
É habilidosa com atividades manuais;
Carinhosa e cuidadosa com as crianças;
Procura sempre trazer sugestões de atividades que façam os alunos
Interagirem entre si;
Pulso firme com os pais.
Suas ações respeitam ao máximo o que vem da prefeitura e sempre pautada na administração democrática.
Orientadora- Graduada em Pedagogia.
Pós em Educação Especial, Inspeção escolar e Psicopedagogia.
Concursada no município.
Não é aberta para ideias de outras pessoas ;
Tem dificuldade em socializar com os funcionários;
Acha que seu cargo está em um patamar superior aos demais;
E precisa de uma intensa imersão nos documentos norteadores para atualizar a pedagogia instaurada na escola.
Padagogia do “Eu mando, vocês obedecem”.
Oficial Administrativo.
Concursada no município.
Estava em outra secretaria e há dois anos entrou na secretaria da educação.
Ainda está se inteirando de suas obrigações responsabilidades dentro da escola;
É aberta para idéias de outras pessoas desde que não prejudique seu trabalho;
Dedicadae até metódica com seu trabalho;
Não sei como lida com os pais, pois não presenciei nenhum contato entre eles;
O diálogo entre a oficial administrativa e a diretora parece ser saudável e descontraído, algo não muito visto quando a orientadora pedagógica está junta.
Além do temperamento soberbo da orientadora também existe outro agravante que prejudicou o relacionamento delas. No período de levantamento de nomes para escolha do diretor da instituição, a orientadora estava entre os três nomes e após não ser escolhida, ela por sua vez levou a não nomeação como uma derrota e começou a criar situações para prejudicar a gestão e os relacionamentos da atual diretora dentro da escola, como omitir ou modificar informações importantes ao grupo por exemplo.
O relacionamento durante o período escolar se torna complicado ao não terem confiança na palavra ou no apoio da orientadora. 
No geral, o profissional da escola mantém um bom relacionamento com a gestão. Nada excepcional, mas respeitosa, o que minimamente é esperado de um profissional com sua chefia.
FOCOS DE OBSERVAÇÂO
Projeto Político;
De acordo com o atual PPP da escola, as propostas estão sendo efetivadas lenta e gradativamente. Porém, o atual documento foi elaborado pela antiga gestão, sem a participação de representantes das diversas categorias que formam a comunidade escolar, como pais, ASG’s, Professores... Ficando a cargo apenas da antiga diretora e orientadora, que é a mesma orientadora que acompanhei no atual estágio.
Desde a formulação desses documentos em 2016, não houveram as devidas atualizações anuais, deixando o documento “a quem” do que a secretaria de educação do município espera das escolas hoje, não registrando as atuais necessidades da comunidade escolar.
Ou seja, a proposta antiga é efetivada, mas não contempla as propostas atuais do município oficialmente na integra, pois apenas alguns professores aplicam já que o documento norteador está defasado ou não existe uma orientação pedagógica adequada para as devidas adaptações. Havendo a necessidade de uma boa formação continuada de professores.
Formação Continuada de Professores (em serviço);
Para responder os questionamentos levantados por esse tópico, eu entrevistei a orientadora e vou transcrever parte das respostas dela.
Quais as ações formativas podemos desenvolver na escola a fim de garantir o pleno desenvolvimento do currículo?
O Plano de Ação do município que trás o currículo a ser trabalhado na educação infantil é uma versão preliminar, ainda está sendo construído e o nível de compreensão dos profissionais também estão sendo construído. Digo isso no nível de pedagogos, professores e até mesmo dos responsáveis pela criação do sistema diário eletrônico.
A partir do encontro de formação de pedagogos que ocorreu ontem (27/09/2019), ficou claro a necessidade de retomar estudos específicos para clarear esses objetivos e hoje durante o modulo com algumas professoras, eu já dei inicio a esse trabalho formativo. A cada momento que pego e leio novamente algum item do plano, vejo que minha percepção sobre o assunto se amplia e modifica. 
Ao trazer para as professoras, foi possível ver a duvida na aplicação da metodologia então comecei a partir do que a professora já me traz como atividade e mostro a ela sugestões de como podemos trabalhar englobando os campos de experiências e trazendo um aprendizado significativo.
Como pode ser realizado essa formação efetiva no ambiente escolar?
É um trabalho de formiguinha. Para ser feito de maneira significativa para o profissional o espaço de formação deveria ser com poucas pessoas participando, para dar espaço para que o profissional sinta se a vontade de expor suas duvidas e juntos definirmos caminhos para alcançar o objetivo do plano, um aprendizado significativo.
Estou criando também um instrumental contendo objetivos de aprendizagem, os direitos de aprendizagem, a atividades, a metodologia, avaliação e bibliografia para que as professoras possam preencher seu plano de aula já atentas ao pontos importantes que não devem faltar em uma atividade.
Qual o papel do coordenador pedagógico neste espaço formativo?
De incentivador! Incentivar muito e sempre buscar formação própria para sempre contribuir na formação da equipe.
Quais as ações realizadas por você como coordenadora pedagógica que mereciam destaque quando falamos em formação em serviço?
Acho que deixo a desejar neste quesito, porque tenho “Ns” atividades para desempenhar dentro da escola, como burocrática, relatórios... Mas sou uma pessoa que tenta vencer pela insistência. Em dia de módulos eu vou e busco professores pela orelha para não deixar de ter esse momento de conversa.
Procuro me atentar em questões praticas e visuais, de forma que a professora consiga vivenciar essas mudanças na prática e quem sabe assim eu consiga fazer diferença nessa formação. Mas não é fácil, a resistência dos profissionais é grande além do calendário escolar não vir com dias destinados a formação específica das comunidades escolares, mas insisto em romper essas barreiras.
Como podemos perceber, os profissionais interessados em mudanças significativa na educação muitas vezes batem de frente com a falta de formação continuada adequada e principalmente a burocracias vindas da secretaria que não se atentam as diferentes necessidades das comunidades escolares.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O contado proporcionado pelo estágio me trouxe uma necessidade extrema de conhecer melhor as leis que regem a educação para que eu consiga alcançar certa tranqüilidade ao me imaginar trabalhando em um dos cargos de chefia/gestão.
Chegamos cheios de ânsias, medos e inseguranças, que lentamente vão se dissipando e dando lugar a tranquilidade após vivenciar algumas situações junto a equipe escolar.
Acredito que conquistar uma confiança na profissão não exista 100%, pois a cada ano mudam-se os alunos, os pais e muitas vezes a equipe pedagógica, fazendo-se necessário a renovação do nosso eu constantemente. Certos dilemas nos acompanharão e assim vamos aprender como tomar as decisões corretas pouco a pouco, construindo nosso eu profissional, despertando-nos a refletir sobre os vários conflitos que iremos bater de frente na educação.
Para finalizar, ”a leitura de mundo precede a leitura da palavra”(Freire, 1996), então façamos a diferença na formação integral dos pequenos seres que estarão sob nossa responsabilidade.
BIBLIOGRAFIA
Plano de Ação Referencia da Rede Municipal de Ensino (Versao preliminar 2018) da Prefeitura Municipal de Uberlândia.
Projeto Político Pedagógico do Centro Solidário de Educação Infantil de Uberlândia (Versão 2016).
Regimento Interno do Centro solidário de Educação Infantil de Uberlãndia (Versão 2016).
Estatuto do Servidor do Municipio de Uberlândia (040/1992).
Lei complementar nº 662, de 8 de abril de 2019. Altera a lei nº 11.966 de 29 de setembro de 2014 e suas alterações, que "dispõe sobre o plano de carreira dos servidores públicos da administração direta do município de Uberlândia e dá outras providências.

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