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UNIVERSIDADE PAULISTA-UNIP GESTÃO DE SERVIÇOS JURÍDICOS, NOTARIAIS E DE REGISTRO PROJETO INTEGRADO MULTIDISCIPLINAR - PIM III CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA Fortaleza - Ceará 2019 2 UNIVERSIDADE PAULISTA-UNIP GESTÃO DE SERVIÇOS JURÍDICOS, NOTARIAIS E DE REGISTRO CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA PROJETO INTEGRADO MULTIDISCIPLINAR - PIM III MARIA EVANIELLY BRAZ LUCENA R.A. 18227909 Fortaleza - Ceará 2019 3 RESUMO O presente trabalho de pesquisa PIM III se baseia no tema Organização do Estado e Instituições Judiciárias, buscando fazer uma análise sobre o Conselho Nacional de Justiça CNJ, como órgão responsável pela fiscalização de magistrados. Procuramos fazer uma análise partindo da pesquisa sobre a as funções do CNJ, governança e gestão de pessoas, como ter acesso ao site, e quais as metas estabelecidas pelo CNJ neste ano de 2019. Nessa perspectiva, tece-se algumas considerações usando como base de investigação dados colhidos ao site do próprio órgão e também a pesquisa na rede mundial de computadores, bem como estudo bibliográfico. Palavras-chave: CNJ, Metas do CNJ, governança. 4 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO----------------------------------------------------------------------------------5 2. DESENVOLVIMENTO -----------------------------------------------------------------------6 2.1. Função do CNJ ----------------------------------------------------------------------------------6 2.2. De que forma o Site do CNJ aborda a questão de governança em gestão de pessoas? 2.3. Quais os requisitos de acesso para o processo judicial eletrônico no CNJ? -------------7 2.4. O que é o Proname? Como se estrutura? -----------------------------------------------------7 2.5. Quais as metas específicas estabelecidas pelo CNJ para o presente ano?----------------8 2.6. Qual a motivação que você conclui para o CNJ ter estabelecido as metas específicas 2.7. Identifique a relação da pesquisa com as disciplinas cursadas neste bimestre. --------10 3. CONCLUSÃO ----------------------------------------------------------------------------------11 4. REFERÊNCIAS --------------------------------------------------------------------------------13 5 1. INTRODUÇÃO No início dos anos 2000, foi aprovada a Emenda Constitucional nº 45 de 2004, que instituiu o CNJ como um órgão público sediado em Brasília e ligado ao Poder Judiciário. Implementado em 2005, o Conselho tem como objetivo melhorar a atuação administrativa e financeira do judiciário brasileiro, além de controlar o cumprimento dos deveres por parte dos juízes. Tudo isso buscando melhorar a atuação desse Poder, de modo que ele possa atender melhor às necessidades dos cidadãos no país. São inúmeras as atribuições do CNJ. Todas elas instituídas pelo artigo 103B da Constituição Federal. Além disso, o CNJ ainda desenvolve e coordena diversos programas em âmbito nacional como: Metas do Judiciário, Conciliação e Mediação, Justiça Aberta, Justiça em Números e Audiências de Custódia. 6 2. DESENVOLVIMENTO 2.1 Qual a função do CNJ? Transparência e controle: • Na Política Judiciária: zelar pela autonomia do Poder Judiciário e pelo cumprimento do Estatuto da Magistratura, expedindo atos normativos e recomendações. • Na Gestão: definir o planejamento estratégico, os planos de metas e os programas de avaliação institucional do Poder Judiciário. • Na Prestação de Serviços ao Cidadão: receber reclamações, petições eletrônicas e representações contra membros ou órgãos do Judiciário, inclusive contra seus serviços auxiliares, serventias e órgãos prestadores de serviços notariais e de registro que atuem por delegação do poder público ou oficializado. • Na Moralidade: julgar processos disciplinares, assegurada ampla defesa, podendo determinar a remoção, a disponibilidade ou a aposentadoria com subsídios ou proventos proporcionais ao tempo de serviço e aplicar outras sanções administrativas. • Na Eficiência dos Serviços Judiciais: melhores práticas e celeridade: elaborar e publicar semestralmente relatório estatístico sobre movimentação processual e outros indicadores pertinentes à atividade jurisdicional em todo o País. 2.2 De que forma o site do CNJ aborda a questão de governança em gestão de pessoas? Segundo o Referencial Básico de Governança do Tribunal de Contas da União (TCU), a governança no setor público refere-se aos mecanismos de avaliação, direção e monitoramento, e às interações entre estruturas, processos e tradições, as quais determinam como cidadãos e outras partes interessadas são ouvidos, como as decisões são tomadas e como o poder e as responsabilidades são exercidos. A área de Gestão de Pessoas preocupa-se em aplicar esses mecanismos com enfoque na utilização do capital humano pelas organizações. Segundo o TCU, com base no art. 2º, II, da Resolução TCU 247/2011, pode-se entender governança de pessoas como o conjunto de diretrizes, estruturas organizacionais, processos e mecanismos de controle que visam a assegurar que as decisões e as ações relativas à gestão de pessoas estejam alinhadas às necessidades da organização, contribuindo para o alcance das suas metas. 7 2.3 Quais os requisitos de acesso para o processo judicial eletrônico no CNJ? A utilização do sistema exige a certificação digital de advogados, magistrados, servidores ou partes que precisarem atuar nos novos processos. 2.4 O que é o Proname? Como se estrutura? O Programa Nacional de Gestão Documental e Memória do Poder Judiciário (Proname), tem por finalidade implementar política de gestão documental que atenda às peculiaridades do Poder Judiciário Brasileiro. As normas de funcionamento do Programa e seus instrumentos constam da Recomendação n. 37/2011, alterada pela Recomendação n. 46/2013. A Recomendação veicula os requisitos e instrumentos necessários à gestão documental, assim como a sistemática à sua aplicação. Foram instituídos, ainda, os pilares de preservação da documentação permanente do Poder Judiciário, sendo facultado estabelecimento de convênios com entidades de caráter histórico, cultural e universitário, para atuação de forma coordenada com as Comissões Permanentes da Avaliação Documental no tratamento, na disponibilização de acesso, na descrição do acervo e na difusão da informação. A Recomendação n. 37/2011 complementa e se harmoniza com outros normativos do CNJ aplicáveis à gestão de documentos nas fases corrente, intermediária e permanente, tais como a Resolução n. 46/2007 (Tabelas Processuais Unificadas do Poder Judiciário), a n. 76/2009 (Sistema de Estatística do Poder Judiciário), a n. 91/2009 (Modelo de Requisitos para Sistemas Informatizados de Gestão de Processos e Documentos do Poder Judiciário) e a n. 185/2013 (Sistema Processo Judicial Eletrônico – Pje). O programa preza pela gestão documental que possibilite o integral exercício de direitos, a preservação das informações necessárias às partes e às instituições do Poder Judiciário, com o descarte da documentação que não mais se apresente necessária e a preservação do patrimônio histórico e cultural, de forma racional, acessível e segura. Para a execução das ações do Proname, foi constituído o Comitê do Programa, por meio da Portaria n. 105, de 18/9/2015, que conta com representantes de todos os segmentos do Poder Judiciário e desenvolve seus trabalhos com a coordenação do Secretário-Geral do CNJ ou por juiz por ele designado, com o apoiodo Departamento de Pesquisas Judiciárias. A composição 8 atual do Comitê está disposta na Portaria n. 159, de 11/12/2018. Compete ao Comitê propor ao CNJ as normas e instrumentos do Programa, manter atualizados no Portal do CNJ os instrumentos de gestão, propor e apoiar a realização de treinamentos de servidores e magistrados, acompanhar a aplicação de suas normas e atender às consultas que lhe forem encaminhadas. 2.5 Quais as metas específicas estabelecidas pelo CNJ para o presente ano? TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO REDUÇÃO DO TEMPO MÉDIO DE DURAÇÃO DO PROCESSO NO TST Reduzir para 374 dias o tempo médio de tramitação entre o andamento inicial e a baixa do processo. ELEVAR A SATISFAÇÃO DOS CLIENTES COM OS SERVIÇOS PRESTADOS PELO TST Alcançar 69% a satisfação dos clientes com os serviços prestados pelo TST por meio de aplicação de Pesquisa de Satisfação. JUSTIÇA DO TRABALHO (TRIBUNAIS REGIONAIS E JUÍZES DO TRABALHO) TEMPO MÉDIO DE DURAÇÃO DO PROCESSO – 2ª INSTÂNCIA Reduzir o tempo médio, em relação ao ano base 2017 em: 2% - para aqueles TRTs que contabilizaram o tempo médio de até 100 dias; 4% - para aqueles TRTs que contabilizaram o tempo médio de 101 a 150 dias; 9% - para aqueles TRTs que contabilizaram o tempo médio acima de 150 dias. TEMPO MÉDIO DE DURAÇÃO DO PROCESSO – 1ª INSTÂNCIA - FASE DE CONHECIMENTO Reduzir o tempo médio, em relação ao ano base 2017 em: 2% - para aqueles TRTs que contabilizaram o tempo médio de até 200 dias; 9 4% - para aqueles TRTs que contabilizaram o tempo médio acima de 200 dias. JUSTIÇA ELEITORAL IMPLANTAR O PROCESSO JUDICIAL ELETRÔNICO (PJE) Implantar o processo judicial eletrônico (PJE) em unidades do 1º grau de jurisdição da Justiça Eleitoral AÇÕES PARA EDUCAÇÃO ELEITORAL Promover campanhas voltadas ao eleitor para ampliar os conhecimentos sobre funcionamento do processo eleitoral. JUSTIÇA FEDERAL CRIMINAL A Baixar quantidade maior de processos criminais do que os casos novos criminais no ano corrente. Julgar quantidade maior de processos criminais do que os casos novos criminais no ano corrente. CRIMINAL B Identificar e julgar até 31/12 do ano corrente, 70% das ações penais vinculadas aos crimes relacionados ao tráfico de pessoas, à exploração sexual e ao trabalho escravo, distribuídas até 31/12/2016. SUSTENTABILIDADE Cumprir 100% das metas do Plano de Logística Sustentável. JUSTIÇA MILITAR CELERIDADE • JMU: Julgar, em até 120 dias, 90% dos processos originários e em grau de recurso no STM, e em até 150 10 dias, 90% dos processos originários no 1° grau, na Justiça Militar da União; • JME: Julgar, em até 150 dias, 90% no 1° grau e, em até 120 dias, 95% no 2º grau, dos processos originários e recursos, ambos cíveis e criminais e os processos de natureza especial, na Justiça Militar Estadual. 2.6 Qual a motivação que você conclui para o CNJ ter estabelecido as metas específicas? Reduzir a insatisfação dos clientes por meio da pesquisa de satisfação e reduzir a quantidade de processos. 2.7 Identifique a relação da pesquisa com as disciplinas cursadas neste bimestre. A pesquisa auxiliou ao complementar as disciplinas de processo civil, devido informar os resquisitos para acesso ao Pje, e a importância do CNJ no oder judiciário. 11 3. CONCLUSÃO Neste trabalho, abordou -se o tema: Conselho Nacional de Justiça. Iniciando-se pelos precedentes foi possível notar como evoluiu a con cepção de um órgão de controle vinculado ao Poder Judiciário. Primeiramente, existiu o Conselho Nacional da Magistratura, criado pela Emenda Constitucional nº 7/77, e que permaneceu até a promulgação da Constituição de 1988. A partir desse momento, e por vários anos, nenhuma instituição com similar papel surgiu; apenas discussões a respeito de sua criação foram ini ciadas. Mas, em dezembro de 2004, é publicada a Emenda Constitucional nº 45/04, que é conhecida como a “Reforma do Judiciário”. Depois de tramitar por quase três e anos, é aprovada e, além de promover importantes mudanças estruturais e funcionais nesse Poder, cria o Conselho Nacional de Justiça, que não é apenas um sucessor do extinto Conselho Nacional da Magistratura, mas uma versão mais efetiva, compatível com a Nova Ordem Constitucional pós -88. Assim, surge o CNJ e com ele um novo momento do Judiciário brasileiro, no qual a liberdade dos juízes é mais fortalecida, enquanto seu abuso é combatido com justeza. Quase quatorze anos depois de sua criação, o papel do Conselho tem se tornado vital para o Ordenamento Jurídico informatizado do século XXI. Com a evolução do Direito, da sociedade e do próprio Poder Judiciário, o CNJ deve continuar acompanhando essas mudanças e se adaptando a elas; já que, não só ele monitora o trabalho dos magistrados, como, também, todos os cidadãos que assistem às sessões e, muitas vezes, julgam como, ou porque, uma certa decisão foi tomada. Para o futuro, é preciso disseminar o conhecimento, pois, sem ele, a coletividade volta-se contra a Justiça, por mera discordância, intrínseca parcialidade e ignorância; e, como garantidor da autonomia do Judiciário, é preciso que busque, sempre, estar ao lado da independência de pensamento e juízo dos julgadores, para que estes sejam compreendidos e respeitados com base em competência e fundamentação. O Conselho Nacional de Justiça é um órgão de controle administrativo e financeiro, mas, muito além disso, é crucial para a República Federativa do Brasil, já que, ao tutelar a autonomia do Poder Judiciário, garante, também, a existência da própria Justiça. Partindo dessa premissa, discutiu-se o passado, o presente e o 12 futuro do CNJ. Desde os antecedentes históricos , passando por sua criação, pela Emenda Constitucional nº 45/04, e atual conformação na Constituição Federal, até o seu futuro em uma sociedade de constante mudança que assiste ao Judiciário, assim como, por ele, é assistida. 13 4. REFERÊNCIA https://www.cnj.jus.br/sobre-o-cnj/quem-somos-e-visitas/ https://www.cnj.jus.br/poder-judiciario/governanca-de-gestao-de-pessoas/ https://www.cnj.jus.br/programas-e-acoes-2-2/processo-judicial-eletronico-pje/ https://www.cnj.jus.br/programas-e-acoes-2-2/gestao-documental-2/ https://www.cnj.jus.br/wp-content/uploads/2019/08/709131a4e1f27812ffe4cb6931c04c2b.pdf https://www.politize.com.br/cnj-o-que-faz/