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A abordagem estruturalista da Administração

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Evolução do Pensamento 
da Administração e 
Tecnologias de Gestão
Unidade 4
1ª edição
2019
Evolução do Pensamento 
da Administração e 
Tecnologias de Gestão
Produção do Material Didático - Pedagógico 
Delinea Tecnologia Educacional 
Diretoria Executiva
Charlie Anderson Olsen 
Larissa Kleis Pereira 
Margarete Lazzaris Kleis
Gestão de Produção
Camila Sayury Nakahara
Coordenação de Produção
Fátima Satsuki de Araujo Iino
Professor Conteudista
Alice Castro
Erica Sarraf Fernandes Biondo
Flaviana Totti Custódio dos 
Santos
Design Educacional
Juliana Bordinhão Diana
Revisão Gramatical
Sílvia Almeida
Coordenação de Design Gráfico
Edison Valim
Projeto Gráfico
Hortência Granair
Diagramação
Thiago Rocha
Sumário
4.1 Teoria estruturalista ............................................................................... 6
4.2 Organizações contemporâneas .............................................................. 8
4.2.1 As organizações ..................................................................................................10
4.2.2 A análise das organizações .................................................................................12
4.2.3 Tipologias de organizações .................................................................................12
4.2.4 Objetivos organizacionais ...................................................................................14
4.2.5 Ambiente organizacional .....................................................................................16
4.2.6 Estratégia organizacional ....................................................................................17
4.2.7 Conflitos organizacionais ....................................................................................18
Unidade 4
A abordagem estruturalista da Administração 
Para iniciar seus estudos
Conhecer os principais conceitos e representantes da abordagem estruturalista, assim como demons-
trar suas características e contribuições para a ciência da administração.
Objetivos de Aprendizagem
• Analisar a importância e as origens da teoria estruturalista no contexto atual da administração 
das organizações.
• Analisar a atual sociedade de organizações; as tipologias organizacionais para estudos com-
parativos das organizações; os conflitos e sua influência na administração das atuais organiza-
ções.
4.1 Teoria estruturalista
Chiavenato (2014) afirma que, no fim da década de 1950, a teoria das relações humanas entrou em 
declínio. A oposição entre essa teoria e a teoria clássica criou um impasse dentro da Administração 
que nem mesmo a teoria da burocracia teve condições de superar.
Desse modo, a teoria estruturalista significou um desdobramento da teoria da burocracia, aproximan-
do-se levemente da teoria das relações humanas e representando uma visão crítica da organização 
formal. Chiavenato (2014) apresenta a teoria estruturalista como uma corrente baseada na sociologia 
organizacional, que procura consolidar e expandir os horizontes da administração.
Ainda de acordo com Chiavenato (2014, p. 286), a origem da teoria estruturalista na administração teve 
como pressupostos:
1. A oposição que surgiu entre a teoria clássica e a teoria 
das relações humanas
Elas são incompatíveis entre si. Então, tornou-se necessária uma posição mais ampla, com-
preensiva e que integrasse os aspectos que eram considerados por uma e omitidos por outra, 
e vice-versa. A teoria estruturalista pretendeu ser uma síntese da teoria clássica (formal) e 
da teoria das relações humanas (informal), inspirando-se na abordagem de Max Weber e, até 
certo ponto, nos trabalhos de Karl Marx.
2. A necessidade de visualizar a organização como uma 
unidade social grande e complexa
Nessa unidade social grande e complexa, interagem grupos sociais que compartilham alguns 
dos objetivos da organização (como a viabilidade econômica), mas que podem incompatibi-
lizar com outros (como a maneira de distribuir os lucros). Assim, o diálogo maior da teoria 
estruturalista foi com a teoria das relações humanas.
3. A influência do estruturalismo nas ciências sociais e 
sua repercussão no estudo das organizações
O estruturalismo sofreu forte influência da Filosofia, da Psicologia (Gestalt), da Antropologia 
(Claude Lévi-Strauss), da Matemática (Nicolas Bourbaki) e da Linguística, chegando até a 
teoria das organizações (Thompson, Etzioni e Blau).
6
Evolução do Pensamento da Administração e Tecnologias de Gestão | Unidade 4 - A abordagem estruturalista 
da Administração 
4. Novo conceito de estrutura
O conceito de estrutura é bastante antigo. Heráclito, nos primórdios da história da Filosofia, 
concebia o “logos” como uma unidade estrutural que domina o fluxo ininterrupto do devir, tor-
nando-o inteligível. A estrutura é o conjunto formal de dois ou mais elementos, permanecendo 
inalterada mesmo nas mudanças. A mesma estrutura pode ser apontada em diferentes áreas, 
bem como sua compreensão.
Para iniciar nossos estudos e reflexões sobre o tema, observe a afirmação de Chiavenato (2014, p. 256):
Embora tivesse escrito sobre a burocracia décadas antes, foi somente com a tradução do alemão 
para o inglês, em 1947, que Max Weber – considerado o fundador do movimento que se iniciou na 
sociologia – passou a ser conhecido e discutido nos meios acadêmicos e empresariais. A aborda-
gem estruturalista é um movimento que provocou o surgimento da sociologia das organizações e 
que iria criticar e reorientar os caminhos da teoria administrativa.
Para Taylor e Fayol, o homem era um ser econômico. Já para Elton Mayo, o homem seria um ser social. 
No entanto, para a teoria estruturalista, segundo Chiavenato (2014), o foco está voltado para o homem 
organizacional, ou seja, aquele que cumpre diferentes papéis, em inúmeras organizações. De acordo 
com Chiavenato (2014), para ser bem-sucedido, esse homem organizacional precisa ter as seguintes 
características:
• Flexibilidade: para enfrentar as mudanças bruscas e a diversidade de papéis/funções, bem 
como novos relacionamentos.
• Tolerância emocional: por causa do desgaste do enfrentamento dos conflitos gerados por 
necessidades individuais e organizacionais.
• Capacidade de adiar as recompensas: compensar o trabalho rotineiro em detrimento de prefe-
rências e vocações pessoais.
• Permanente desejo de realização: garantir a conformidade das normas que controlam e asse-
guram o acesso às posições de carreira dentro da organização.
7
Evolução do Pensamento da Administração e Tecnologias de Gestão | Unidade 4 - A abordagem estruturalista 
da Administração 
Figura 4.1: Mapa mental da teoria estruturalista
Sociedade de organizações
• Etapa da natureza
• Etapa do trabalho
• Etapa do capital
• Etapa da organização
Análise das organizações
(abordagem múltipla)
• Organização formal x informal
• Recompensas materiais x sociais
• Enfoque racional x natural
• Níveis de organização
• Diversidade de organizações
• Análise interorganizacional
Conflitos organizacionais
• Conhecimento x hierarquia
• Coordenação x comunicação livre
• Disciplina burocrática x especialização
• Planejamento centralizado x iniciativa
• Linha x assessoria (staff)
Objetivos organizacionais
• Visão da situação futura
• Fonte de legitimidade
• Padrões de desempenho
• Unidades de medidas
Apreciação crítica da teoria estruturalista
• Convergência de abordagens divergentes
• Ampliação da abordagem
• Dupla tendência teórica
• Análise organizacional mais ampla
• Inadequação das tipologias organizacionais
• Teoria da crise, transição e mudança
Tipologias de organizações
• Coercitivas
• Utilitárias
• Normativas
• Benefícios mútuos
• Interesses comerciais
• Serviços
• Estado
Fonte: Chiavenato (2014).
Lacombee Heilborn (2015) afirmam que a teoria estruturalista surgiu a partir de críticas relacionadas 
à rigidez e à impessoalidade da teoria da burocracia, que tendia a transformar as organizações em 
sistemas fechados.
A seguir, você terá a oportunidade de estudar algumas abordagens da teoria estruturalista.
4.2 Organizações contemporâneas
Para os estruturalistas, a sociedade moderna e industrializada é uma sociedade de organizações, das 
quais o homem passa a depender para nascer, viver e morrer. De acordo com Chiavenato (2014, p. 288):
Essas organizações são diferenciadas e requerem dos seus participantes determinadas caracte-
rísticas de personalidade que permitem a participação simultânea das pessoas em várias organi-
zações, nas quais os papéis desempenhados variam. O estruturalismo ampliou o estudo das inte-
rações entre os grupos sociais – iniciado pela teoria das relações humanas – para as interações 
entre as organizações sociais. Da mesma forma como os grupos sociais interagem entre si, as 
organizações também interagem entre si.
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Evolução do Pensamento da Administração e Tecnologias de Gestão | Unidade 4 - A abordagem estruturalista 
da Administração 
Figura 4.2: Os grupos sociais
Fonte: Plataforma Deduca (2018).
As organizações constituem a forma dominante de instituição da sociedade moderna, em que predo-
mina uma manifestação altamente especializada e interdependente, caracterizada por um crescente 
padrão de vida. As organizações permeiam todos os aspectos da vida moderna e envolvem a parti-
cipação de numerosas pessoas. Cada organização é limitada por recursos escassos e, por isso, não 
pode tirar vantagens de todas as oportunidades que surgem. É dessa realidade que surge o problema 
de determinar a melhor alocação de recursos. A eficiência é obtida quando a organização aplica seus 
recursos naquela alternativa que produz melhores resultados. (CHIAVENATO, 2014, p. 290).
A teoria estruturalista concentra-se no estudo das organizações, na sua estrutura interna e na sua inte-
ração com outras. As organizações são contempladas por um conjunto de relações sociais estáveis e 
deliberadamente criadas, com a explícita intenção de alcançar objetivos ou propósitos. Assim, a organi-
zação é uma unidade social dentro da qual as pessoas alcançam relações estáveis entre si, no sentido 
de facilitar o alcance de um conjunto de objetivos ou metas. (CHIAVENATO, 2014).
Ainda de acordo com Chiavenato (2014), as organizações passaram por um processo de desenvolvi-
mento ao longo de quatro etapas:
Da natureza
Os elementos da natureza eram a base única de subsistência da humanidade. O papel do 
capital e do trabalho era irrelevante nessa etapa inicial da história da civilização.
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Evolução do Pensamento da Administração e Tecnologias de Gestão | Unidade 4 - A abordagem estruturalista 
da Administração 
Do trabalho
A partir da natureza, surgiu um fator perturbador que iniciou uma verdadeira revolução no 
desenvolvimento da humanidade: o trabalho. Elementos naturais passaram a ser transfor-
mados pelo trabalho e, rapidamente, passaram a condicionar as formas de organização da 
sociedade.
Do capital
O capital prevaleceu sobre a natureza e o trabalho, tornando-se um dos fatores básicos da 
vida social.
Da organização
Nessa etapa, a natureza, o trabalho e o capital se submetiam à organização, que sempre 
existiu, mas de forma rudimentar. A partir desse momento, a organização passou a revelar 
um caráter independente em relação às outras etapas, utilizando-se deles para alcançar seus 
objetivos.
No próximo tópico, conheceremos mais profundamente o conceito de organização formal e informal.
4.2.1 As organizações
Chiavenato (2014) afirma que, de acordo com a abordagem estruturalista, as organizações são siste-
mas complexos, e suas características são permanentes. Elas possuem uma estrutura interna e intera-
gem com outras, em um contexto no qual são criadas como unidades sociais, intencionalmente cons-
truídas e reconstruídas, para que assim possam atingir objetivos específicos.
Por sua vez, Lacombe e Heilborn (2015, p. 21) explicam que as organizações são a forma que assume 
toda associação humana para atingir um objetivo comum. Edgard Schein (apud LACOMBE, 2006, p. 
118) define as organizações como a “coordenação racional das atividades de certo número de pes-
soas, que desejam alcançar um objetivo comum e explícito, mediante a divisão das funções e do traba-
lho, por meio da hierarquização da autoridade e da responsabilidade”.
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Evolução do Pensamento da Administração e Tecnologias de Gestão | Unidade 4 - A abordagem estruturalista 
da Administração 
Figura 4.3: Organizações informais
Fonte: Plataforma Deduca (2018).
A teoria clássica caracteriza o “homo economicus”. Já a teoria das relações humanas e a teoria estru-
turalista focalizam o “homem social”, que desempenha diferentes papéis, em várias organizações. 
(CHIAVENATO, 2014). Nesse contexto, temos, então, o modelo de organização formal e o modelo de 
organização informal.
Organização formal
O padrão de organização é determinado pela administração, assim como o esquema de divi-
são de trabalho, o poder de controle, regras e regulamentos de salários e o controle de quali-
dade. Exemplo: empresas mais conservadoras que, ao longo do tempo, no mercado, passam 
a ter algumas características peculiares, tais como prêmios e punições.
Organização informal
Esse tipo de organização refere-se ao relacionamento interpessoal, isto é, às relações sociais 
que se desenvolvem espontaneamente entre o pessoal e o profissional, acima e além da 
formalidade (trabalham em equipe e são amigos). Exemplo: empresas que estimulam a cria-
tividade e o relacionamento entre as pessoas, dando ênfase à motivação, como é o caso da 
empresa “Google”.
Nos próximos tópicos, vamos perceber que o equilíbrio entre as duas formas de organização (formal e 
informal) resultou em uma análise mais aprofundada das organizações.
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Evolução do Pensamento da Administração e Tecnologias de Gestão | Unidade 4 - A abordagem estruturalista 
da Administração 
4.2.2 A análise das organizações
Sobre a análise das organizações, Chiavenato (2014, p. 291) explica:
Os estruturalistas utilizam, para estudar as organizações, uma análise organizacional mais ampla 
do que a de qualquer teoria anterior, pois pretendem conciliar a teoria clássica e a teoria das rela-
ções humanas, baseando-se, também, na teoria da burocracia.
Chiavenato (2014) relata ainda que a análise das organizações, do ponto de vista estruturalista, é reali-
zada a partir de uma abordagem múltipla, que envolve principalmente:
• Organização formal e informal: como ponto de equilíbrio entre os clássicos mecanicistas (for-
mais) e os humanistas (informais).
• Recompensas materiais e sociais: significam o uso de recompensas salariais e tudo que possa 
ser incluído nos símbolos de posição/status.
• Diferentes enfoques da organização: organizações segundo duas diferentes concepções: 
modelo racional e modelo do sistema natural.
• Níveis da organização: as organizações se caracterizam por uma hierarquia de autoridade e pela 
diferenciação de poder, desdobrando-se em três níveis: institucional (mais elevado), gerencial 
(intermediário) e técnico ou operacional (mais baixo).
• Diversidade de organizações: ampliação do campo de análise das organizações, a fim de expan-
dir a classificação que existia nas teorias anteriores.
• Análise interorganizacional: tornou-se significativa a partir da crescente complexidade ambien-
tal e da interdependência das organizações.
4.2.3 Tipologias de organizações
Nunca haverá duas organizações idênticas, elas sempre serão díspares e apresentarão grande multi-
plicidade. Porém, podem apresentar algumas características que permitem classificá-las em certos 
grupos ou tipologias, denominados tipologias de organizações.Para facilitar a análise comparativa das 
organizações, muitos estudiosos do estruturalismo desenvolveram tipologias de organizações (CHIA-
VENATO, 2014).
Como já mencionado, Chiavenato (2014, p. 286) afirma que o estruturalismo sofreu forte influência da 
Filosofia, da Psicologia (Gestalt), da Antropologia (Nicolas Bourbaki) e da Linguística, chegando até a 
teoria das organizações (Thompson, Etzioni e Blau). No âmbito das ciências sociais, teve influência 
das ideias de Lévi-Strauss (estruturalismo abstrato), de Gurwitch e Radcliff-Brown (estruturalismo con-
creto) e de Karl Marx (estruturalismo dialético). Vamos estudar com mais detalhes algumas delas:
• Tipologia de Etzioni: definiu uma tipologia das organizações, classificando-a com base no uso 
e no significado da obediência. É muito utilizada devido à consideração sobre os sistemas psi-
cossociais das organizações. No entanto, não dá muito importância à estrutura, à tecnologia e 
ao ambiente externo.
No quadro a seguir, apresentamos um resumo da classificação das organizações, buscando 
capturar sua identidade caracterizadora (personalidade organizacional).
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Evolução do Pensamento da Administração e Tecnologias de Gestão | Unidade 4 - A abordagem estruturalista 
da Administração 
Quadro 4.1: Tipologia de Etzioni – uso e significado de obediência
Organizações Poder Controle Envolvimento Exemplos
Coercitivas Força física Prêmios ou punições Alienativo
Campos de 
concentração, 
entre outros
Utilitárias Material
Incentivos 
econômicos 
e vantagem 
desejada
Calculista Comércio
Normativas Consenso
Objetivos e 
métodos da 
organização
Moral
Igrejas, 
universidades, 
hospitais, entre 
outros
Fonte: Chiavenato (2014).
• Tipologia de Blau e Scott: baseia-se nas dimensões comuns a várias organizações, ou seja, na 
interação das organizações com o meio externo. É importante lembrar que as organizações ser-
vem para proporcionar benefícios à comunidade/sociedade.
Segundo Chiavenato (2014), Blau e Scott apresentam uma tipologia de organizações voltada 
para esses benefícios, apresentando quatro categorias de participantes que se beneficiam com 
uma organização formal, a saber:
 » os próprios membros da organização;
 » os proprietários, dirigentes ou acionistas da organização;
 » os clientes da organização;
 » o público em geral.
Chiavenato (2014) explica, ainda, os quatro tipos básicos de organização. Vamos conhecê-los a seguir.
Associações de benefícios mútuos
Os beneficiários são os membros da organização. Exemplos: cooperativas, sindicatos, con-
sórcios etc.
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Evolução do Pensamento da Administração e Tecnologias de Gestão | Unidade 4 - A abordagem estruturalista 
da Administração 
Organizações de interesses comerciais
Os proprietários e os acionistas são os principais beneficiários da organização. Exemplos: 
sociedade anônima ou empresas familiares.
Organizações de serviços
Um grupo de clientes é o beneficiário. Exemplos: hospitais, universidades, ONGs, organiza-
ções religiosas etc.
Organizações de Estado
O beneficiário é o público em geral. Exemplo: organização militar, Correios, segurança pública, 
saneamento básico etc.
A administração considera nossa sociedade composta por infinitas organizações, 
cada uma com seu papel diferente na comunidade. Cada um de nós exerce mui-
tos papéis nas organizações de que participa. Agora, pense nas características dos 
papéis que o homem organizacional desempenha nas organizações, a fim de ser 
bem-sucedido, ou seja, a flexibilidade, a tolerância emocional, a capacidade de adiar 
as recompensas e o permanente desejo de realização. Nas organizações atuais, isso 
acontece? Você concorda? Sim ou não? Por quê?
Reflita
4.2.4 Objetivos organizacionais
Chiavenato (2014) informa que a definição de objetivos é intencional, mas nem sempre racional. Trata-
-se de um processo de interação entre a organização e o ambiente.
14
Evolução do Pensamento da Administração e Tecnologias de Gestão | Unidade 4 - A abordagem estruturalista 
da Administração 
Figura 4.4: Os objetivos nas organizações
Fonte: Plataforma Deduca (2018).
Os objetivos servem como unidade de medida para o estudioso de organizações, que tenta verificar e 
comparar sua produtividade. Eles são fundamentais para que a organização possa transformar seus 
ideiais em realidade. Nesse sentido, Chiavenato (2014) chama a atenção para quatro categorias de 
objetivos organizacionais, a saber:
Quadro 4.2: Categorias de objetivos organizacionais
1 Objetivos da sociedade
O ponto de referência é a sociedade em geral, 
preenchendo as necessidades da sociedade. 
Exemplo: manter a ordem pública.
2 Objetivos de produção
O ponto de referência é o público que entra em 
contato com a organização. Exemplo: serviços a 
empresas.
3 Objetivos de produtos
O ponto de referência são as características de 
bens e serviços produzidos. Exemplo: ênfase na 
variedade de produtos.
4 Objetivos derivados
O ponto de referência são os usos que a 
organização faz do poder originado na 
consecução de outros objetivos. Exemplo: 
serviços comunitários.
Fonte: Chiavenato (2014).
Chiavenato (2014) informa também que as organizações podem alterar seus objetivos durante o pro-
cesso de ajustamento a problemas e situações emergenciais e imprevisíveis. Essas alterações criam 
novas necessidades de mudanças, exigindo ajustes adicionais. Assim, fatores internos ou externos 
podem provocar mudanças nos objetivos organizacionais.
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da Administração 
4.2.5 Ambiente organizacional
As organizações existem em um contexto social, político e econômico, denominado de ambiente, 
dependendo umas das outras para seguir seu caminho e atingir seus objetivos. Essa interação, entre 
organização e ambiente, é fundamental para a compreensão do estruturalismo.
Figura 4.5: O ambiente organizacional
Fonte: Plataforma Deduca (2018).
Os estruturalistas criticaram o fato de que conhecemos muito a respeito de interação entre pessoas, 
alguma coisa sobre interação entre grupos e pouquíssimo sobre interação entre organizações e seus 
ambientes. Os estruturalistas ultrapassaram as fronteiras da organização para ver o que existe externa-
mente ao seu redor: as outras organizações que formam a sociedade. (CHIAVENATO, 2014).
Assim, o importante não é somente a análise organizacional, mas também a análise interorganiza-
cional, que está voltada para as relações entre uma organização e outras organizações no ambiente 
externo. Para Chiavenato (2014), dois conceitos são importantes para a análise interorganizacional, a 
saber:
1. Interdependência das organizações com a sociedade: toda organização depende de outras e 
da sociedade para poder sobreviver. Algumas consequências da interdependência das organi-
zações são: mudanças frequentes nos objetivos organizacionais, influenciadas por mudanças 
no ambiente externo; e certo controle ambiental sobre a organização, o que limita a liberdade 
de agir.
2. Conjunto organizacional: toda organização possui interações com uma cadeia de organizações 
em seu ambiente, formando um conjunto organizacional.
Com essas definições, os estruturalistas formaram um ciclo na teoria administrativa: o gradativo des-
prendimento daquilo que ocorre dentro das organizações para aquilo que ocorre fora delas. A ênfase 
sobre o ambiente começa aqui.
16
Evolução do Pensamento da Administração e Tecnologias de Gestão | Unidade 4 - A abordagem estruturalista 
da Administração 
4.2.6 Estratégia organizacional
Os estruturalistas também desenvolveram conceitos de estratégia organizacional, quando começaram 
a focar no ambiente e nas suas relações com a organização, ou seja, a estratégia seria a maneira de a 
organização lidar com as adversidadesdesse ambiente, com o qual cada organização precisa desen-
volver estratégias para lidar.
Essas estratégias foram definidas por Chiavenato (2014) como: competição, ajuste, coopção ou coali-
zação.
Competição
Forma de rivalidade entre duas ou mais organizações, mediada por um terceiro grupo; no 
caso de uma indústria, o terceiro grupo pode ser o comprador ou o fornecedor.
Ajuste (ou negociação)
Estratégia que busca negociações para um acordo quanto à troca de bens ou serviços entre 
duas ou mais organizações; é uma decisão sobre o comportamento futuro que for satisfató-
rio para os envolvidos.
Coopção (ou cooptação)
Processo para absorver novos elementos estranhos na liderança ou no esquema de tomada 
de decisão de uma organização, como um recurso para impedir ameaças externas à sua 
estabilidade ou existência.
Coalização
Refere-se à combinação de duas ou mais organizações para um objetivo comum; agem como 
uma só com relação a determinados objetivos.
17
Evolução do Pensamento da Administração e Tecnologias de Gestão | Unidade 4 - A abordagem estruturalista 
da Administração 
4.2.7 Conflitos organizacionais
Para Chiavenato (2014, p. 304),
os estruturalistas discordam que haja harmonia de interesse entre patrões e empregados (como 
afirmava a teoria clássica) ou de que essa harmonia deva ser preservada pela administração, por 
meio uma atitude compreensiva e terapêutica (como afirmava a teoria das relações humanas). 
Para os estruturalistas, os conflitos – embora nem todos desejáveis – são elementos geradores 
de mudanças e da inovação na organização.
Figura 4.6: Os conflitos na organização
Fonte: Plataforma Deduca (2018).
Chiavenato (2014, p. 304) diz também que conflito e cooperação são elementos integrantes da vida em 
organização. Esses elementos são abordados pelas recentes teorias administrativas, o que não existia 
nas teorias anteriores, sendo hoje considerados da seguinte maneira: “cooperação e confronto como 
dois aspectos da atividade social, ou, melhor ainda, dois lados de uma mesma moeda”. (CHIAVENATO, 
2014, p. 304). Para esse autor, “o propósito da administração deve ser o de obter cooperação e sanar 
os conflitos, ou seja, criar condições em que o conflito possa ser controlado e dirigido por canais úteis 
e produtivos”. (CHIAVENATO, 2014, p. 304).
Figura 4.7: O continuum das fontes de conflito
Completa
incompatibilidade
de interesses
Colisão frontal
Interesses diferentes, 
mas não necessariamente 
incompatíveis
Rivalidade e concorrência
Fonte: Chiavenato (2014).
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Evolução do Pensamento da Administração e Tecnologias de Gestão | Unidade 4 - A abordagem estruturalista 
da Administração 
Nesta unidade, estudamos que a teoria estruturalista inaugurou os estudos acerca do ambiente, tra-
balhando o conceito de que as organizações são, de fato, um sistema aberto, pois interagem com o 
ambiente. Podemos dizer que seus aspectos direcionam para a teoria dos sistemas, que abordaremos 
na próxima unidade.
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Evolução do Pensamento da Administração e Tecnologias de Gestão | Unidade 4 - A abordagem estruturalista 
da Administração 
Aprendemos, nesta unidade, sobre teorias administrativas. Em resumo, temos:
• O principal objeto de estudo da teoria estruturalista são as organizações, com base na sua estru-
tura interna e na interação com outras organizações.
• A teoria estruturalista possui um processo dinâmico de transição, buscando constantemente 
um modelo ideal de teoria organizacional e resolvendo os impasses criados pelas organizações 
atuais.
• Os estruturalistas desenvolveram conceitos sobre estratégia organizacional, com foco no 
ambiente e na interdependência entre organização e ambiente.
• O sistema social é construído e reconstruído porque as organizações são sistemas em cons-
tante mutação e o homem organizacional vive conflitos que são inevitáveis.
Saiba mais sobre o tema lendo o artigo do professor Fernando C. Prestes Motta, no 
link a seguir: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0034- 
75901970000400002&script=sci_arttext>.
Saiba mais
20
Síntese
CHIAVENATO, I. Introdução à teoria geral da administração. 9. ed. São Paulo: Manole, 2014.
LACOMBE, F. Teoria geral da Administração. São Paulo: Saraiva, 2006.
LACOMBE, F.; HEILBORN, G. Administração: princípios e tendências. 3. ed. São Paulo: Saraiva, 2015.
21
Referências
	4.1 Teoria estruturalista
	4.2 Organizações contemporâneas
	4.2.1 As organizações
	4.2.2 A análise das organizações
	4.2.3 Tipologias de organizações
	4.2.4 Objetivos organizacionais
	4.2.5 Ambiente organizacional
	4.2.6 Estratégia organizacional
	4.2.7 Conflitos organizacionais

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