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Transtorno de Personalidade Limite - Borderline
Definição
Fronteira entre a neurose e a psicose
História
o termo Transtorno Borderline tem uma longa história, passando por diversos conceitos e denominações ao logo do tempo. 
A primeira vez que aparece o termo borderline é em 1884.
 Nesse ano,Hughes (psiquiatra inglês) designa assim aos estados borderline da loucura, definindo assim essas pessoas que passaram toda sua vida de um lado a outro da linha da sanidade. 
Alguns autores da época usavam esse diagnóstico quando havia sintomas neuróticos graves.
Bleuler considerava os pacientes portadores de uma esquizofrenia latente como se fossem estados borderline. 
Freud, em “O homem dos lobos”, descreve um caso diagnosticado como neurose obsessiva, mas que à luz das investigações atuais e a revisão psicopatológica poderia ser entendido como um caso de patologia borderline.
Pelo DSM.IV vê-se que a característica essencial do Transtorno da Personalidade Borderline é um padrão comportamental de instabilidade nos relacionamentos interpessoais, na autoimagem e nos afetos. 
Há uma acentuada impulsividade, a qual começa no início da idade adulta e persiste indefinidamente.
Patologicamente podemos dizer que a pessoa portadora de Personalidade Borderline, embora seja bem menos perturbada que os psicóticos, são muito mais complexas que os neuróticos.
Embora o Borderline mantenha condutas até bastante adequadas em bom número de situações, ele tropeça escandalosamente em outras triviais e simples. 
O limiar de tolerância às frustrações é extremamente baixo nessas pessoas.
Os indivíduos com Transtorno da Personalidade Borderline se esforçam freneticamente para evitarem um abandono, seja um abandono real ou imaginado. 
A perspectiva da separação, perda ou rejeição podem ocasionar profundas alterações na auto-imagem, afeto, cognição e no comportamento. 
O Borderline vive exigindo apoio, afeto e amor continuadamente. Sem isso, aflora o temor à solidão ou a incapacidade de ficar só, em presença de si mesmo.
A tendência a alguma forma de adição, como o álcool, remédios, drogas, ou mesmo o trabalho desenfreado, o sexo insistentemente perseguido, o esporte, alguma crença, etc.
Borderline X Bipolaridade
Os indivíduos com este transtorno exibem impulsividade em áreas potencialmente prejudiciais para si próprios, tais como nos esportes, nos jogos de azar, no consumo de tabaco, álcool, drogas, etc. 
Eles podem jogar, fazer gastos irresponsáveis, comer em excesso, abusar de substâncias, engajar-se em sexo inseguro ou dirigir de forma imprudente.
Transtorno da Personalidade Borderline muitas vezes é acompanhado por períodos de raiva, pânico ou desespero.
O Transtorno da Personalidade Borderline é diagnosticado predominantemente em mulheres, as quais compões cerca de 75% dos casos. Quanto à prevalência, estima-se em cerca de 2% da população geral
O curso do Transtorno da Personalidade Borderline é instável, começando esse distúrbio no início da idade adulta, com episódios de sério descontrole afetivo e impulsivo. 
O prejuízo resultante desse transtorno e o risco de suicídio são maiores nos anos iniciais da idade adulta e diminuem gradualmente com o avanço da idade. 
Durante a faixa dos 30 e 40 anos, a maioria dos indivíduos com o transtorno adquire maior estabilidade em seus relacionamentos e funcionamento profissional.
1) Angustia
É crônica e difusa. 
Trata-se de um afeto contínuo e surdo mas que, no obstante, pode se manifestar como uma crise de angústia aguda e com sintomas somáticos correspondentes. 
Pode sobrevir uma crise histérica com comprometimento de todas as funções psíquicas, juntamente com manifestações somáticas variadas, tais como vertigem, taquicardia e outros característicos do Transtorno de Ansiedade Aguda.
2) Incapacidade para sentir
 Às vezes o paciente experimenta a consciência de um vazio afetivo, despersonalização e incapacidade para sentir emoções. 
Outras vezes encenam episódios do tipo histérico, com reações emocionais exageradas, ingerem álcool ou drogas, cometem delitos ou têm relações sexuais patológicas para libertar-se da sensação de vazio existencial.
Ainda que não consigam experimentar emoções genuínas, também não podem suporta-las caso existam. 
Protegem-se contra os sentimentos mantendo as relações em um nível superficial ou mudando frequentemente de trabalho, de amigos ou do lugar onde vivem
3) Depressão
A depressão do Borderline se caracteriza, basicamente, por sentimentos de vazio e solidão. 
A diferença do que ocorre no verdadeiro depressivo, no qual existe medo da destruição do objeto amado, no caso do Borderline há explosões de ira ou raiva contra o objeto considerado frustrante.  
4) Neurose poli-sintomática
a) Fobias múltiplas, geralmente graves, especialmente a agorafobia. A relação com o objeto está submetida à regulação da distância com mecanismos agorafóbicos e claustrofóbicos. Essas sensações associadas a tendências paranóides, originam serias inibições sociais.
b) Sintomas obsessivos-compulsivos. Normalmente esses sentimentos, muito repudiados pelo portador de TOC, são Ego Sintônicos no paciente Borderline, inclusive com tendência a racionalização.
c) Múltiplos sintomas de conversão (histéricos), geralmente crônicos.
d) Reações dissociativas (histéricas).
4) Neurose poli-sintomática
e) Transtornos de consciência,  Estados Crepusculares, fugas e amnésias.
f) Hipocondria e exagerada preocupação por a saúde e temor crônico a enfermar. Refere-se não só ao corpo, mas também à mente. Descrevem minuciosamente seu mal-estar, com reações e sensações esdrúxulas. É comum o medo de enlouquecerem.
g) Tendências paranóides com idéias deliróides persecutórias. 
h) Descontrole dos impulsos. Este descontrole impulsivo pode ser ego diatônico ou ego sintônicos. O alcoolismo, drogadição, bulimia, compras descontroladas, cleptomania, são sintomas impulsivos comuns entre os Borderlines. 
Aspectos gerais
Dificuldade em aceitar limites;
Manipulação, ou tentativa de manipulação;
Discurso significativamente acelerado ou letárgico;
Discurso marcado pela vitimização;
Difícil adesão ao tratamento;
Oscilação importante de vários aspectos do comportamento.
Impulsividade;
Baixo autoestima;
Aspectos

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